O Passado Sempre Volta escrita por yElisapl


Capítulo 34
Capítulo 33: Todos Os Recursos


Notas iniciais do capítulo

Obrigada por tudo, estrelas! :D



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Quatro anos atrás:  

Estou morando na casa de Bruce, juntamente com Selina que é (sem oficialização) a namorada dele. 

Tudo está bem. Tudo está normal. Eu precisei de alguns tratamentos médicos para recuperar a forma. Ofereceram para mim psicólogos, mas não quis aceitar. Sei como lidar com os meus problemas psicológicos, ou no caso, sei como acabar com eles.  

Todas as noites, eu sonho com Blue. Sonho que estou no quarto de punição, presa e no escuro. Não vejo o rosto dele, mas ouço sua voz e sinto seu corpo em cima do meu. Sempre o mesmo sonho. Para meu alivio, nem Bruce e Selina sabem que tenho este pesadelo, pois ambos estão ocupados com o romance que os envolve.  

Idiota fora eu que pensara que voltaria para Bruce e tentaria um relacionamento novamente. Nunca que poderia estar com ele. Nunca que poderei estar com alguém neste sentido. Então, fico feliz que Selina tenha o conquistado. Os dois merecem serem felizes e eles conseguem ser.  

A única coisa que os atrapalha sou eu, pelo fato de não conseguir agir mais normalmente, estou sempre treinando e sempre pesquisando qualquer informação que possa envolver Blue e por causa disso, Bruce e Selina se esforçam para me animar, para procurar outra coisa na vida. Portanto, decido partir nesta tarde da casa de Bruce. Não posso mais permiti-los gastar suas energias comigo, afinal, não pretendo mudar, não pretendo superar. Eu pretendo me vingar.  

Finalizo minha mala, colocando as roupas que Selina fizera eu comprar quando fomos ao shopping (uma maneira de tentar me distrair) e duas armas com munições. Com ela pronta, a deixo em cima da cama do quarto de hóspedes que durmo e vou à sala de estar, onde estão Bruce e Selina. 

Quando entro, ambos estão conversando animados, mas ao me verem, o assunto se encerra. 

—Ei, garota – Bruce cumprimenta – O almoço já está pronto, é melhor comer.  

—Está muito bom, Babydoll!  - Sweet diz, colocando seu prato em cima da mesa de vidro que fica no centro da sala. - Aquele ali é o seu prato, já o deixei pronto para você.  

—Obrigada – sorrio, pegando minha comida (uma das outras coisas que Selina faz por mim: preparar o meu prato como se fosse uma criança precisando de cuidado) e sentando-me de frente para eles. Como rapidamente e quando termino, digo: - Há uma coisa que gostaria de conversar com vocês.  

—O que é? - Indaga Bruce, com os olhos inquisitivos. - Você quase nunca conversa com a gente. 

—Cala boca, Bruce – Sweet Pea dá uma cotovelada nele – Pode falar, Babydoll.  

—Eu quero ir para a cidade – declaro, animada. - Mas sozinha.  

—Sozinha? - Sweet questiona, com a cabeça inclinada e o cenho franzido. - Geralmente é eu quem tenho que te arrastar para fora da casa e de repente você quer sair sozinha? Por que não posso ir junto com você?  

—Porque tudo que eu vou fazer sempre está sendo acompanhado por você ou Bruce!  É por isto que também não saio, vocês dois agem como se qualquer coisa que eu fizesse fosse ne explodir. Eu preciso do meu tempo sozinha. O que vocês têm tanto medo? Que eu exploda de verdade? 

—Quer sinceridade? Nós não sabemos, garota. Achamos que tudo pode acontecer, afinal, nunca diz o que está sentindo ou o que está acontecendo com você.  Já se passaram meses desde que está livre e você age como se estivesse naquele lugar.  Está este tempo todo procurando por informações de Blue e treinado como se estivesse se preparando para a volta dele. Como se não estivesse livre dele. 

Aperto minhas unhas em minha mão, para manter a calma e não deixar tudo ir pelo ar.  

—Eu sei que estou agindo de uma maneira estranha – suspiro, fingindo estar triste, mas o suspiro é para colocar a raiva para fora. - Mas só estou agindo assim porque passei muito tempo sendo torturada por Blue. Eu sei que você também passou o mesmo que eu, Sweet. No entanto, foi diferente a tortura dele. Além de física, era psicológica. Se eu tivesse ficado mais tempo lá, com toda certeza estaria louca. Fiquei a um fio de não enlouquecer. Sem contar que um dos capangas de Blue tentou me matar, pois considerava minha existência inútil.  

—Você nunca disse sobre o que passou lá, Babydoll – Selina declara, com ternura. - Fico feliz que enfim decidiu compartilhar conosco. Ajuda a diminuir o peso. E como confiou em nós, contando o que passou naquele lugar, eu e Bruce iremos confiar em você. Pode ir à cidade sozinha. Apenas prometa para mim que se cuidará.  

—Eu sempre me cuido – respondo, piscando para ela e anemizando o quão sério o clima ficou. - Então já vou indo! E eu irei de a pé, para poder realmente desfrutar o passeio.  

—Leve pelos menos seu celular, garota – Bruce se levanta e vai até uma das gavetas, abrindo-a e pegando o aparelho. - Nunca se sabe o que pode acontecer. Então, qualquer coisa, ligue.  

—Pode deixar – sorrio, e guardo o celular no bolso da minha calça. - Nos vemos mais tarde! - Despeço apenas com o olhar e saio rapidamente da mansão Wayne.  

O percurso para chegar na cidade é demorado, mas totalmente tranquilo, só encontro algumas pessoas, mas nenhuma delas me incomodam.  

A cada segundo, uma linha de pensamento surge em minha mente. Tantas coisas passam pela minha cabeça que é difícil focar-se apenas em uma. De repente, relembro-me de minha boa mãe, do monstro do meu pai e de minha dócil irmã. As memórias voltam à época que tudo estava bem. Onde meu pai não tinha se tornado uma alcoólatra e gostava de mim. Onde mamãe e papai se davam bem, se amavam. Onde eu e minha irmã passeávamos pelo parquinho e tomávamos sorvete.  

Balanço a cabeça, espantando essas memórias. Esses dias nunca mais voltarão e nunca haverá algo parecido com isto. Tudo chega a um fim. Seja a felicidade, seja a tristeza. As coisas sempre terminam. A não ser é claro, a vingança. Esta só acaba quando se é realizada.  

Enquanto atravessa um amontoado de pessoas, sinto uma mão ligeira passar por meu bolso e roubar meu celular. No mesmo instante que pego sua mão, ele a puxa com força e começa a correr.  

Já estava na hora de eu ter alguma emoção diferente. 

Corro atrás dele, empurrando qualquer um que fique na minha frente. O ladrão continua a fugir, olhando para trás e confirmando se ainda estou atrás dele. O vejo entrar em um beco e não hesito em segui-lo, no entanto, fora uma péssima ideia. Dentro deste beco está uma gangue.  Dez homens. Todos incrivelmente fortes e armado.  

Merda!  

Tento voltar para trás, mas não adianta, eles me viram. Provavelmente o ladrão pertence a esta gangue. Se eu estava atrás de emoção, acabo de arranjar.  

—Você é a mocinha que está perseguindo meu chapa? - Um cara alto e negro pergunta, vindo em minha direção e apontando sua arma.  - Até que é bonitinha.  

—Bonitinha? - Inquiro, sentindo-me ofendida, pois é a única coisa que homens conseguem reparar. Eu poderia estar armada e eles não reparariam. O que importa é que sou ‘’bonitinha’’.  

Por um impulso idiota, chuto a arma que está sendo mal segurada de sua mão e acerto um soco no rosto dele. Minha mão dói, mas não tanto quanto a bochecha dele deve estar doendo.  

—Hoho, nós temos uma lutadora – um outro cara diz, rindo ridiculamente. - Traga ela para perto. Quero me divertir primeiro, depois a matamos.  

—Não toque em mim! - Desvio dos braços que querem me agarrar e de volta dou uma joelhada no saco do que tenta me prender.   

—Vão mesmo deixar uma mulher como ela bater em vocês? - O homem que ria como idiota pergunta, provavelmente sendo o chefe deles.  

Com isto, todos os noves caras fazem um círculo para me prender. Eles se aproximam de mim com dificuldade, pois faço diversos movimentos bruscos, no entanto, não será suficiente para impedir que me prendam e façam de mim um saco de pancada e em seguida um cadáver. 

—Sério? Dez brutamontes contra uma mulher? - uma voz feminina diz e no mesmo segundo, o som de um taco acertando a cabeça de alguém ecoa.  

—Homens. Tão estúpidos - esta voz pertence a uma mulher diferente e com ela, várias raízes de plantas começam a surgir nos pés dos homens, os fazendo ficar paralisados no mesmo local.  

—Isso é tão divertido! - Uma risada louca se inicia e o barulho do taco sendo acertado aumenta ainda mais.  

Os caras tentam fugir e até mesmo usar suas armas, no entanto, as raízes das plantas que se encontravam em seus pés sobem para suas mãos, os impedindo de atirar. É como se fossem cobras se enroscando e apertando a vítima até que morra esmagado.  

No entanto, não me importo nenhum pouco como se irão morrer. Eu apenas começo a espancar um deles, o chefe da gangue. Bato em seu rosto repetidas vezes. Bato tanto que seu nariz se quebra, sua visão fica turva e sua boca cheia de sangue.  

—Você realmente está apanhando para uma mulher como eu? - Inquiro, gargalhando maleficamente. 

Apenas paro de bater nele quando o deixo inconsciente. Com isto, volto minha atenção para os outros homens, mas, todos já estão caídos no chão e as únicas pessoas que estão em pé na minha frente são Hera Venenosa e Arlequina.  

—Pequenina! - Arlequina grita, alegre e soltando seu taco que está com sangue no chão. Ela vem até o meu encontro e me abraça. - Como você cresceu! - Felizmente, não consigo recusar seu abraço.  

—Oras, a boa filha a casa retorna – Hera provoca e eu apenas reviro os olhos para ela.  

—Há quanto tempo está na cidade? - Inquira Arlequina, se desvencilhando do abraço.  

—Voltei hoje – respondo, não mentindo e nem dizendo a verdade. De fato, desde que estou morando com Bruce, fora forçada a vir para cá algumas vezes, mas não sozinha. Então, posso considerar este o meu primeiro dia.  

—Mal voltou e já fez esta confusão toda? Sorte a sua que nós duas percebemos que era você, caso o contrário, teríamos deixado passar. Não costumamos a nos envolver em briga – Hera diz, pegando na mão de Arlequina. E no automático, lembro-me de que as duas tinham sentimentos uma pela outra além da amizade. Será que conseguiram se resolver? 

—Obrigada pela ajuda, mas eu poderia ter me virado sozinha – incito, rindo. - Aliás, vocês duas estão juntas?  

—Juntinhas! Como chiclete grudado na sola do sapato! - Arlequina declara, abrindo um sorriso de orelha a orelha. - Tudo graças a você! E que tal nós comemorarmos a volta da nossa pequenina, Hera? Vamos, por favorzinho! Nós não planejamos nenhum roubo hoje. Que tal nós três juntas para roubarmos algo importante? Imagina que divertido? 

—Tudo depende de Felicity - Hera foca seu olhar em minha direção. 

—Eu aceito o convite, mas também preciso pedir algo. Estou morando em uma espelunca, há chances de morar com uma das duas?  - Minto, apenas para sair de vez da casa de Bruce.  

—É claro que há! - Arlequnia ri. - Nós estamos morando juntas, então, vai morar com ambas! 

—E tem mais uma coisa: Quero que me ensinem como seduzir, como usar meu corpo como arma.  

—Isso será interessante – a voz da Hera sai com bastante diversão. Mas não me importo.  

Afinal, irei precisar de todos os recursos e treinamento para encontrar Blue.   

Atualmente:  

—Nós precisamos continuar com a experiência! - Nygma diz, descontente para Blue. 

—Não, o que nós temos que fazer é ir embora – Blue responde, ignorando o sentimento do doutor. 

—Acho que o que está fazendo é precipitado, meu caro – Pinguim declara, olhando para as próprias unhas, como se não tivesse preocupação.  

—Eu treinei Eiggam para ser uma assassina mortal – a um certo tremor na voz de Blue. - A esta hora, ela deve ter consigo avisar os outros vigilantes. Imagine ela lutando ao lado deles? Não podemos ir contra eles.  

—O certo é dizer que torturou Rocket para ser uma assassina mortal – entro no meio do assunto.  

Assim que Rocket fugiu, os homens que corriam atrás de nós me prenderam e levaram para dentro, entregando-me diretamente para Blue. Nisto, meus braços estão amarrados e eu estou sentada em uma cadeira, pois não me mais em pé.  

De primeira, pensei que Blue iria querer continuar a experiência, mas ele simplesmente deu ordens para parar com tudo e que fizessem as malas, pois partiriam. E é claro que nada disto agradou Nygma e Pinguim.  

—Nós somos centenas, Blue – Pinguim argumenta. Nenhum deles deram atenção ao que falei. - Podemos derrotar os vigilantes como se fossem baratas. Não há razão de fugir.  

—E eu posso terminar minha experiência! Estava tão perto de conseguir transformá-la na boneca perfeita! Deixei-me retornar e verá o quão certo estou – Nygma insisti no assunto.  

—Eu já disse não! Babydoll já fora torturada antes e mesmo assim resistira. Você ficou com ela durante horas fritando o cérebro dela e a única coisa que obteve foi de deixá-la perto da morte. Babydoll nunca se renderá. Ela pode morrer, mas nunca deixará de ser quem é. Idêntica ao pai.  

—Então é isso? Vai correr e se esconder? E a cidade? E o nosso reinado? - Pinguim inquira, exasperado. - Vai largar tudo para poder ficar a sós com esta daí? 

—Você não entende. Nunca foi minha intenção ser rei de uma cidadezinha qualquer. Meus desejos são maiores. E Babydoll faz parte de um deles – ele vem até mim e acaricia meu rosto.  - Se quiser, meu amigo, fique com a cidade e lute para mantê-la dominada. Não me importo. Eu estou partindo e estou deixando tudo para você. Isto não é fantástico?  

—Está falando sério? - Pinguim indaga, com o semblante confuso e ao mesmo tempo, luxuoso.  

—Claro. Apenas irei levar comigo um carro, pouco dinheiro e alguns homens comigo. Além é claro, da minha Babydoll – ele estala o dedo e dois homens vão em minha direção. - Coloque-a no carro.  

Eu tento lutar, mas não tenho força. Sou simplesmente arrastada pelos corredores até o lado de fora e jogada para dentro de um automóvel qualquer. Do lado de fora, os dois homens ficam observando e preparados para qualquer coisa.  

Se Blue me levar de Starlig City, nunca poderei escapar. No entanto, para onde iríamos? E como nunca foi desejo dele dominar uma cidade? Parece ser tão fácil para ele ir embora e larga tudo que conseguiu. Não compreendo. É como se nada mais fizesse sentido. Para mim, tudo o que Blue queria era ter uma cidade sobre seu comando e que todos o respeitassem. E apenas como companhia, ter a mim para se entreter.  

Contudo, de todas as coisas que estão acontecendo, o que mais incomoda Blue é o fato de que Nygma não ter conseguido me transformar em sua bonequinha que segue ordens. Mas por quê? O que ganharia comigo sendo sua cachorrinha? E por que disse que eu era igual ao meu pai? Seria possível que o monstro de meu pai também tivesse sido submetido a torturas? Que ele não era apenas um trabalhador normal?  

São tantas perguntas. Tantas coisas confusas que minha cabeça arde. Entretanto, paro de pensar assim que ouço o som da porta sendo aberta. Blue entra na parte de motorista e com ele, mais três homens entram. Um na parte da frente e os outros dois ao meu lado na parte de passageiro.  

—Para onde vamos? - Inquiro, preocupada. Eu posso ser levada a outro estado, outro país. E este pensamento me dá calafrios.  

—Para casa. Para o lugar onde passaremos os restos dos dias das nossas vidas juntas – Blue responde, enigmático. - Eu consegui, Babydoll. Você está pronta. Não do jeito que desejei, mas com certeza, ele ficará orgulhoso no que a transformei.  

Você é meu projeto. Meu objetivo. Relembro do que dissera há horas. No entanto, outra coisa me chama a atenção.  

—Ele? - Friso o cenho. Quem é o homem que Blue quer me levar? 

Blue abre a boca para responder, mas a fecha no mesmo instante que o teto do carro é esmagado. Ele tenta continuar dirigindo em direção à saída da cidade, mas o que está em cima de nós, fura dois pneus e força a nossa parada, pois caso continuássemos, sofreríamos um acidente. 

—Blue Jones! - Uma voz cheia de ódio grita pelo nome e no outro segundo, a porta de Blue é escancarada. - Você falhou com esta cidade! - A visão de Oliver, encapuzado e apontando o arco em direção a Blue, simplesmente faz o meu coração palpitar tão rápido que parece que irá explodir.  

Os homens que estão no carro, simplesmente saem de dentro e vão para cima de Oliver, que até então estava puxando Blue para fora do carro. Os capangas saltam para cima do arqueiro, resultando em Blue ficar livre para vir até mim e arrastar para fora do carro, no outro lado, para que Oliver não nos veja saindo.  

—Ande! - Blue vocifera, retirando da cintura uma faca. Eu queria muito pegar a faca de sua mão e cortar sua garganta, no entanto, neste momento, ele tem vantagem. Não consigo nem andar sem a cada passo cair no chão. Estou danificada. E não é psicologicamente. Minha coordenação motora está ferrada e não será com alguns minutos que irei melhorar. - Pare de cair!  

Eu me irrito. Além de eu estar colaborando com o que mandou, me diz para fazer melhor? Viro-me para tentar acertar um chute em seu rosto, mas a minha ação é demorada e totalmente desengonçada, com isso, acabo me derrubando no chão.  

—Que coisa de dar pena – Blue comenta, rindo. Nunca me senti tão humilhada quanto agora. Se eu não tivesse tão ferrada, o mataria agora mesmo. Retiraria seus olhos e o faria engolir.  - É melhor continuarmos – ele me levanta e continua a me forçar a correr.  

No entanto, nós dois paramos de andar assim que um carro para na nossa frente. Para fora dele, salta Oliver, furioso.  

—Blue Jones, renda-se agora! - Ele vocifera, caminhando em nossa direção. Os olhos azuis dele estão focados apenas no inimigo. Sequer desvia o olhar para mim. Sinto-me ignorada. Mas isso é pouco perto do que Oliver poderia fazer comigo.  

—Render-se? Que herói estupido é? Bem, isso não tem relevância. O que importa de verdade é sobre quem você odeia menos. E então, quem vai ser? Eu ou Felicity? - No exato momento que faz sua pergunta, ele enfia a faca em minha barriga. Mordo o lábio para não gritar - Você prefere me pegar ou salvar Felicity? - Blue me empurra para o lado e com isto, caio com tudo no chão.  

Desta vez, não consigo segurar o grito de dor. Solto um berro cheio de agonia e, antes de fechar os olhos, vejo Blue correr rapidamente para outro lado. Quando retorno a abrir minhas pálpebras,  minha visão é preenchida pelo rosto de Oliver em cima de mim.

—Felicity! - Quando retorno a abrir minhas pálpebras,  minha visão é preenchida pelo rosto de Oliver em cima de mim. Ele me olha profundamente e diz: - Eu estou aqui.

—Você precisa pegá-lo – falo, tentando ao máximo conter os gemidos de dor e pressionando o ferimento na barriga. - Ou pegue seu arco e atire nele. Eu não vou morrer! - Minha voz sai irritada. Oliver me ignora, ele me pega no colo e eu começo a me debater - Não! Você precisa ir atrás de Blue! Você precisa prendê-lo! Deixe-me aqui! - mesmo com dificuldade, ele consegue me colocar dentro do carro, prender o cinto em mim e trancar o meu lado da porta. - Isto é um erro, Oliver!  

—FIQUE QUIETA, FELICITY! - Oliver manda, me encarando furiosamente. Eu acabo me encolhendo sobe seu olhar. Não há dor nele. Apenas raiva. Raiva de mim.  

E eu preferia ter ficado presa e torturada por Nygma, em vez de ver a expressão de rancor de Oliver.  

Mas infelizmente, não há mais nenhuma escolha a ser feita. Preciso enfrentá-lo.  

 


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