Save the Crown escrita por vanprongs


Capítulo 2
Chained and shackled


Notas iniciais do capítulo

YEY! Save the Crown atualizadissima pra vocês aproveitarem essa sexta-feira. Espero que gostem.
Boa leitura ♥



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And I've had enough

It's obvious

And I'm getting tired of crawling all the way

Por três dias cansativos elas fugiram e se esconderam. Marlene se culpava por não ter segurado o pano que cobria seus cabelos há dias atrás, Nymphadora se culpava por não estar em casa e nem mesmo ajudar seu pai a proteger sua mãe e Lily se culpava por ter fugido (mesmo as meninas lhe dizendo que a culpa já tinha dono e seu nome era Tom Riddle).

A única Tonks restante as protegia como podia, fosse com a espada e arco e flecha para caçar ou com um pouco de magia (usada escondida das outras duas) para que elas pudessem ter algumas horas em paz e dormir na escuridão da noite, mas após estar exausta por tentar ensinar durante todo o período da tarde McKinnon a usar a espada, Dora simplesmente capotou embaixo do grande manto de pelos de animal que elas haviam feito (sob brigas da princesa que aparentava não entender que elas precisavam fazer de tudo para sobreviver ao rigoroso inverno que se aproximava).

A garota sentiu seus olhos sendo atacados pelos raios de sol e abriu-os com certa dificuldade, seu corpo estava sendo arrasado pela grama molhada da floresta e aquilo fez com que ela franzisse seu nariz como uma reação a coceira, sem pensar Tonks deixou-se espirrar e em questão de segundos fora surpreendida com algo batendo contra sua cabeça, fazendo-a ficar desacordada novamente.

Sentiu seus braços presos por cordas e balançou a cabeça, cansada, forçando-se a abrir os olhos azuis escuros. Assim que se acostumou com a claridade pôde ver um rapaz em sua frente, preso, não deu muita atenção pois logo começou a procurar por suas companheiras de viagem encontrando-as ainda desacordadas e amarradas lado a lado, revirou os olhos e soltou uma bufada de ar.

— Oh... A milady acordou. – ouviu uma voz grave vindo de sua direita e virou o rosto.

— Eu não sou nenhuma milady. – murmurou com raiva ao encontrar os olhos negros do homem que encarava uma adaga em mãos.

— Você é o que eu quiser que você seja. – disse ao erguer os olhos e encara-la com uma expressão fria.

Tonks sentiu seu sangue ferver e algo chutar-lhe o pé, olhou para sua frente e observou o rapaz com cicatrizes, era o que estava em sua casa há dias atrás, os olhos castanhos encararam os seus como se pedisse calma e ela puxou o ar, tentando manter algo que há muito tempo não tinha.

— Onde.... Onde eu estou? – a voz com um sotaque francês que a morena conhecia bem se fez presente, chamando a atenção de todos ali.

— Oh querida, de onde você é? – o homem que falava com Dora perguntou para Lily, aproximando-se da ruiva.

— Marseille. – a morena que falava antes respondeu, com medo que a falta de prática em mentiras de Lily as entregasse.

— Se eu quisesse que a puta falasse comigo eu estaria conversando com a puta. - o homem respondeu grosseiramente ao levantar-se e andar até Tonks, segurou-lhe os cabelos com força fazendo-a, a força, levantar o rosto sem olhá-lo, o nariz do homem foi até a bochecha dela e passou por seu rosto, como se decorasse seu cheiro. – Putas ficam quietas quando eu não falo com elas, milady, entenda isso.

Os olhos azuis escuros encontraram os castanhos a sua frente novamente, a expressão do moreno a sua frente era difícil de ler, mas Nymphadora sabia que a sua feição demonstrava só um sentimento, o nojo. Eles não desfizeram o contato visual até que o homem largar, de forma brusca, os cabelos escuros dela e deixar seu corpo relaxar novamente, e mesmo quando isso aconteceu era possível perceber o preso encará-la de forma assustada e, talvez, um pouco preocupada.

O resto das horas do dia passaram-se arrastadas. Hora ou outra o homem de cabelos escuros e expressão de lobo aproximava-se para atormentar Evans e McKinnon, e até mesmo fazer ameaçar a Tonks que vez ou outra apanhava por respondê-lo quando deveria manter-se quieta. O menino que era prisioneiro assim como elas manteve-se quieto durante todo o tempo que os homens estavam acordados, e quando escureceu ele fez um barulho ao perceber que até mesmo aqueles que deviam ficar de guarda haviam dormido.

— Você resolveu conversar? – Marlene perguntou em um murmúrio.

— Não. Eu estou chamando a atenção de vocês para simplesmente calar a boca em seguida. – respondeu seco e observou as três garotas. – Antes de vocês acordarem eu consegui pegar a adaga de Greyback, e eu realmente teria apreciado se as três donzelas não fizessem ele vir aqui a todo momento.

— Nós não somos donzelas. – a morena murmurou com raiva.

— Você pode não ser, mas as duas? – indagou em um sussurro e apontou para a ruiva e a loira com a cabeça. – Elas são donzelas indefesas.

— Escute aqui, eu vou lhe mostrar quem é donzela indefesa quando Nymphadora conseguir nos tirar dessas cordas. – McKinnon murmurou com um sotaque francês forte devido sua raiva.

— Você quer passar as informações de vocês duas a um completo estranho também, idiota? – Tonks perguntou com raiva ao olhar para Marlene e então encarou o rapaz novamente. – Qual seu plano?

— Enquanto vocês discutiam eu consegui me desamarrar. – sussurrou e olhou para o lado do acampamento, assim que ele percebeu que todos estavam dormindo se levantou com cuidado e andou silenciosamente até a garota em sua frente, deixando-a livre também. Os dois andaram com passos leves até as duas francesas amarradas juntas e libertaram-nas rapidamente. E então os quatro se puseram a andar a direção norte do acampamento. – A propósito, eu sou Remus Lupin. – apresentou-se com um sorriso para a garota de cabelos escuros que andava ao seu lado, mais atrás das outras duas.

— Nymphadora Tonks, mas talvez seja algo que você já tenha percebido. – respondeu com pouca emoção a voz.

— Você? Sem milorde? – ele perguntou com um sorriso atrevido nos lábios.

Em um minuto Dora e Remus andavam lado a lado e no outro ela o jogou contra uma árvore, levando uma adaga até o pescoço dele e encarou-o com uma expressão assassina. – Eu sei o que você é. Saqueador.

A sobrancelha castanha levantou-se e um sorriso debochado surgiu nos lábios de Lupin, de certa forma ele esperava aquela reação dela.

— Eu se fosse você, milady, tomaria cuidado onde colocar essa adaga. – o rapaz disse com desprezo. – Eu realmente sei quem você é, Nymphadora, e não acho que aquelas duas ficariam felizes em saber que você as protege com feitiços.

A feição de Dora foi de choque e ele lhe deu um sorriso compreensível.

— Não contarei a elas. Contato que eu possa andar com vocês até a capital e você não conte de onde eu venho.

Ela concordou com a cabeça e colocou a adaga em seu bolso ao afastar-se dele. Os dois escutaram as francesas darem murmúrios de alegria e reviraram seus olhos antes de virarem seus corpos e andarem até as duas. Ao chegarem mais perto encontraram um acampamento, ao que parecia real e fecharam os olhos em desaprovação ao notarem que Lily e Marlene já andavam até a fogueira ainda acesa e cumprimentavam um rapaz de cabelos escuros e compridos, com um sorriso satisfeito nos lábios.

— Elas são sempre tão...

— Burras? – Tonks interrompeu Lupin e ele acenou com a cabeça. – Infelizmente sim. Você está com o outro livro das sombras? – perguntou e Remus acenou com a cabeça novamente antes de enfiar a mão no bolso do casaco que era três vezes o seu tamanho e entregar o livro a ela. – Esse livro era de meu pai, os feitiços de proteção são melhores.

A mais nova olho para o céu e observou a lua cheia, soltando um suspiro logo depois, abriu o livro das sombras de Ted e achou o feitiço de proteção que eles usavam há uns meses.

Tirou seu casaco e entregou para Remus, pedindo silenciosamente que ele se afastasse. Dora ajoelhou-se perante a luz da lua cheia e deixou o livro aberto em sua frente, jogou seu corpo para a frente com seus braços para a frente e logo se pôs em pé em seus joelhos novamente, levantou seu rosto para a lua e fechou seus olhos.

Qui affecto protego, mixtisque iubas serpentibus et posteris meis stirpique meae domum meam, et deducet me ruunt momenta ut potest iactare servate innoxias.

O tom de voz agudo fez Lupin observar a garota e então um círculo de brilho leve começar a surgir no chão e expandir-se. Ela levantou-se e bateu a mão no pano escuro de seu vestido, encarando Remus logo após.

— Estaremos a salvo até conseguirmos chegar à capital. – murmurou após guardar o livro.

— Estaremos? – o rapaz perguntou com as sobrancelhas arqueadas ao se aproximar dela e depositar com cuidado o casaco de pele sob os ombros dela.

— Sim. – Tonks deu um pequeno sorriso.

Os dois andaram em direção ao acampamento que as garotas haviam ido anteriormente e a princesa Evans sorriu ao vê-los.

— Dora, esse é James Potter, o príncipe da Inglaterra, ele irá nos levar até a Capital para podermos encontrar a mãe de Marlene. – sorriu orgulhosa de sua mentira e a menina mais nova soltou um suspiro divertido ao encarar a ruiva.

— Juntem-se a nós e comam algo, vai ser uma longa viagem. – o rapaz de cabelos escuros sentado ao lado de Lily os chamou.

Aquela fora a primeira noite em dias que Nymphadora conseguiu dormir em paz, ela sabia que os guardas do príncipe Potter não deixariam o brutamontes de Fenrir Grayback se aproximar dela ou das garotas, e nem mesmo de Remus. Porém quando ela fechou os olhos tudo o que ela pode ver em seus sonhos era o fogo.

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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam desse capítulo?
Reviews são bem vindos.
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xoxo.



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