Celeste escrita por MCDS Cristal


Capítulo 8
Confusão


Notas iniciais do capítulo

Estou chocada comigo mesma. Já se passaram três anos desde que parei de escrever Celeste, ainda não consigo acreditar nisso. Não sei nem o que dizer.
O tempo passou, e os problemas que eu tinha se multiplicaram.
Então resolvi jogar tudo pro alto e voltar a escrever. Que se dane os problemas, era mais feliz quando estava livre pra escrever.
Espero que possam me perdoar pela demora. Mas eu disse que voltaria, não abandonarei minhas bebês inacabadas. Isso nunca.
Bem, espero que ainda tenha alguém por aqui.
Uma boa leitura a todos.
Bjs da MCDS.



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Confusão

— E então? O que você acha? – perguntei para a morena do outro lado da linha.

Após aquela visão, tudo o que eu precisava era de um conselho. Alguém que me desse uma luz para o que poderia ser aquilo. Então, assim que a agente Romanoff me deixou sozinha já no quarto separado para meu conforto, retirei meu celular do bolso e liguei para a primeira pessoa que pensei, minha melhor amiga, Kitty Pride.

Na maior parte das vezes, ela sempre dizia o que eu precisava ouvir.

Acho que você tem um pé frio do caramba. Cel. — comentou a menina – Você só vê coisas estranhas. Cruzes! Precisa se benzer, isso sim.

Como eu disse, na maior parte das vezes, nas outras, ela é simplesmente uma dissimulada maluca.

— Nossa, que reconfortante! – ironizei – Tirar dúvidas com você é o mesmo que conversar com uma foca. Se bem que a foca bateria as patas de maneira legalzinha.

E o que queria que eu dissesse? — o som que acompanhava a sua voz mostrava que ela no refeitório, o barulho de conversas quase tapava a nossa – Eu não consigo entender suas visões, minha filha.

— Aconteceu alguma coisa por aí? Parece estar mais agitado que o normal. – perguntei a ela enquanto lia os títulos dos livros que se encontravam na estante do quarto, algo que me distraísse um pouco.

— Né nada não. Só estão servindo pudim de sobremesa hoje.— disse ela, aparentemente de boca cheia.

— Ah, que maravilha. – resmunguei – Vocês ai, se divertindo e comento uma sobremesa criada pelos deuses e eu aqui, esperando um psicopata convidar seus amigos alienígenas para uma festa do pijama.

Bem, cada um ganha o que merece. – o tom de sua voz mostrava o quanto Pride se divertia as minhas custas, aquela vaca.

— Que bela amiga eu tenho! Da próxima vez ligo para a Marie em vez de você. – a gargalhada de Kitty veio alta do outro lado da linha.

Vampira nem lhe atenderia se souber que a está chamando pelo nome verdadeiro. Sabe que ela odeia. – disse ela— Mas aqui, falando sério. Não esquenta a cabeça com isso, sabe que não levara a lugar nenhum. Espere até ver mais alguma coisa, algo mais concreto. Com que dê para começar a trabalhar com a visão. Vou te ajudar no que puder, Cel.

— Obrigada. – agradeci. Trocamos mais algumas palavras antes de desligar.

Não muito tempo depois, um frio atingiu minha espinha. E eu tinha certeza de que não era mais uma visão que estava para aparecer pois, ao invés da conhecida nevoa branca que costuma aparecer,  uma forte tensão veio em seu lugar, preenchendo o ar ao meu redor. Era quase que palpável de tão forte e pesado que estava.

Um fraco chiado agudo podia ser ouvido. Era baixo, porem irritante.

Alguma coisa não estava certa.

Depositei o livro de capa grossa, no qual me encontrava lendo minutos antes, em cima da poltrona em que me sentava anteriormente. Saindo do quarto logo depois e seguindo em direção do possível problema.

O chiado ficava cada vez mais forte a medida em que me aproximava do laboratório criado para o doutor Banner trabalhar. Havia estado ali um pouco mais cedo, durante o meu tour pela base. Minha cabeça palpitava de dor, provocada pelo zumbido incessante e agonizante.

Ao chegar na porta do local, pude reparar que os que estavam ali eram aqueles arrastados pelos agentes para aquela nave.

O clima estava pesado no ambiente.

— Pelo menos ele tem estilo. – falava Banner no momento em que cheguei - E nós, somos o que? Uma equipe? Não, não, não. Nós somos uma combinação química que provoca o caos. Somos uma super bomba.

— Olha só. É melhor se afastar. – avisou o de tapa-olho para o doutor.

— Vamos deixar o picolé desabafar, gente. – zombou Stark.

— Você sabe muito bem por que, se afasta. – Rogers empurrou o braço do outro, irritado com o homem de ferro.

— Tô doidinho para você me afastar. – Stark desafiou

— É. Um homem grande com armadura. Sem isso você é o que? – perguntou o capitão.

— Gênio, bilionário, playboy, filantropo. – rebateu.

— Conheço caras que não tem nada disso e dão dez de você. Eu já vi esse filme. – falou Rogers, ficando cara a cara com o homem mais baixo - A única coisa pela qual luta é você mesmo. Você não é um homem que se sacrifica. Que se deita no arame farpado para outro poder passar.

— Acho que eu cortaria o arame. – disse o moreno.

— Sempre uma resposta. Sabe, você pode até não ser uma ameaça. Mas pare de bancar o herói.

— Herói? Como você? Nasceu de um laboratório de experiencias, Rogers. O que você tem de especial saiu de um mero frasco.

— Poe a armadura. – ordenou o loiro – Que tal uma luta?

— Humanos são fracos e pequenos. – debochou o deus nórdico, quebrando a discussão dos outros dois.

— Agente Romanoff pode levar o dr. Banner de volta para... – iniciou Fury, mas foi interrompido pelo doutor.

— Para onde? Você alugou o meu quarto. – falou ele.

— A cela era só por causa de... – novamente o agente tentou falar, mas não teve tempo de continuar antes de ser novamente interrompido.

— Eu sei. Pro caso de precisar me matar, mas não pode. Não dá, eu já tentei. – gritou ele.

Um pesado silencio se instalou no laboratório após as palavras do cientista, que transmitia em sua face uma agonia sem fim.

— Eu fiquei mal. – o doutor desabafou - Eu não via um fim então eu enfiei uma bala na boca e o outro cara cuspiu fora. Eu segui em frente. Eu me concentrei em ajudar os outros, e eu estava bem. – a raiva ia se fazendo presente em sua voz, logo apontando para o caolho - Isso até você me arrastar pra este circo e colocar todos aqui em risco. Quer saber o meu segredo agente Romanoff? Quer saber como eu fico calmo?

Quase que imperceptivelmente, Banner se aproximava do cetro que se encontrava em cima da mesa e, de maneira calma e ágil, o tomou nas mãos.

Soquei meu punho direito na porta. Com o barulho do impacto, a atenção de todos voaram para mim. Só assim perceberam que eu também estava ali.

— Parem de agir feito criancinhas! Esse não é o momento para brigas e discussões. - Falei para eles, irritada com toda aquela situação. Poxa, eu poderia estar no Instituto, aprendendo a melhorar os meus poderes. Mas ao invés disso, estava num lugar que não queria estar, com pessoas muito problemáticas. E o zunido irritante não parava, provavelmente ficaria com uma enxaqueca depois. De maneira calma, me aproximei um pouco do círculo em que todos eles estavam e olhei nos olhos do cientista - Doutor Banner, por favor, largue o cetro. – pedi gentilmente ao homem.

A tensão preenchia toda aquela sala, meus pelos estavam arrepiados com toda aquela aura de perigo.

Tive a sensação de terem passado horas quando um apito soou nos computadores na parte de trás, nos trazendo para a realidade.

Naquele exato momento, o chiado também parou.

— Sinto muito crianças, mas não vão ver o meu truque agora. – Banner largou o cetro em seu devido lugar e partiu em direção ao apito.

— Conseguiu? Localizou o Tesseract? - Thor perguntou ao Banner, quando este se aproximou da aparelhagem - O Tesseract pertence a Asgard. Nenhum humano é páreo para ele.

Enquanto Rogers e Stark voltam a discutir entre si, me direcionei para perto do cetro de Loki. Mesmo que o chiado tivesse parado, uma aura pesada ainda emanava do objeto.

— Essa coisa me da arrepios. – murmurei baixinho. Podia sentir o olhar do agente Fury em cima de mim, vigiando meus passos. – Não precisa agir assim. Ao contrário de vocês, eu não gosto de mexer com objetos extraterrestres. – falei para ele, sem nem ao menos me virar para olhá-lo.

— A meu Deus. – exclamou o doutor. Sua voz tensa transmitia sinais de alerta por todo o meu corpo. Em seu olhar, algo me dizia que tinha coisa errada.

—Doutor Banner, o que acon... – antes que eu pudesse terminar de perguntar, um grande tremor se fez presente.

E o laboratório explodiu, lançando-nos pelo ar.


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