Oh No! We Lost the Baby escrita por Miikah


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem dessa fanfic, fiquei horas escrevendo ela, era para ser uma OneShot, mas ideias foram vindo então vem mais capitulo ai, aguardem!!

Beijos e....
Boa leitura sz



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Castiel POV

Minha banda preferida Winged Skull está sorteando um CD + pôster autografado e tudo o que preciso fazer é uma compra no valor X para participar da promoção, então me pergunto onde caralhos arrumarei grana para isso? Meus pais, apesar de ganharem muito dinheiro, são tão mãos de vacas que aposto que pensam mais de mil vezes antes de gastar dinheiro em algo necessário, como satisfazer os hobbies do próprio filho por exemplo.

Abri uma nova aba no meu Laptop para ver como anda a situação para um desempregado como eu, procurei por empregos que não exigem muito da minha paciência e pelo que vejo, para a minha idade exigem experiências e conhecimentos que só nascendo com um diploma é que poderia se candidatar, já estava perdendo as esperanças quando meu celular começa a tocar e vejo que era minha mãe, quem sabe eu não comece ganhando uma mesada?

— Sim? – Atendo enquanto tento formular uma forma de pedir dinheiro que aos olhos da minha mãe não seja para comprar “besteiras”.

— Castiel, filho, como está o meu garotinho? – Pergunta minha mãe com voz de tainha, como odeio esses apelidos que ela me dá.

— Estou bem mãe e você e o pai como estão?

— Estamos bem também, você nem vai acreditar onde é que estamos, seu pai já não parece mais o mesmo. – Minha mãe parecia animada e até dava para ouvir uma música no fundo, eles deviam estar em algum país festeiro pelo visto.

— E onde é que vocês estão? – Eu até poderia chutar um país, mas queria logo tocar no assunto do Money.

— No Brasil, é época de carnaval aqui, nunca pensei que fosse me divertir tanto, fantasiaram seu pai de Carmen Miranda, está uma graça. – O pior é que essa cena passou pela minha cabeça e meu pai que parecia um homem tão sério perdeu um pouco do meu respeito.

— Então mãe, sabe, eu preciso de um dinheiro para comprar... Livros, são ordens da diretora. – Tentei mudar o assunto para o que realmente importava.

— Livros? Você, Castiel? Eu sou sua mãe e lhe conheço muito bem, você choraria lágrimas de sangue se fosse para gastar dinheiro em livros. – O que ela pensa que eu sou?

— Está meio difícil achar um trabalho com o meu perfil, eles exigem coisas que nem com os meus anos de vida teria a oferecer.

— Ainda bem que me lembrou, foi para isso mesmo que te liguei, só um minuto querido. – Será que minha mãe já me arrumou um emprego? Como ela sabia que eu estava precisando? Mães são assustadoras.... Depois de um tempo notei que a música ficou mais baixa, ela deve ter ido para um lugar mais silencioso. – Pronto, então, se lembra da tia Agatha? Ela precisa que alguém cuide do bebê dela por um dia inteiro. – Pronto, agora vou virar babá de um pirralho.

— Você quer que eu cuide de uma criança? – Perguntei ainda sem acreditar.

— De uma bebê de 9 meses. – Ótimo, um caga fraldas. – Ela disse que vai pagar bem, sabe como a tia Agatha é uma pessoa bem generosa. – Não sei se minha mãe disse isso por ironia ou a Tia Agatha era realmente “generosa”, lembro que no meu ultimo aniversário ela me deu uma boia de pato, uma maldita boia com um pato de pescoço longo, nem em sonhos eu usaria uma porra daquela.

— Não tenho certeza, eu não vejo a Tia Agatha como você vê.

— Você disse que precisava de dinheiro, né? Então já é um começo. – Suspirei pensando na possibilidade de cuidar de uma criança, ainda mais sendo filho da Tia Agatha. – Tem razão, vou aceitar, não deve ser tão difícil cuidar de um bebê. - E não devia ser mesmo. – Quando que vai ser isso?

— Ótimo, amanha de manhã ela vai aparecer por ai, cuida bem do seu priminho, Castiel, o mantenha alimentado, limpo e principalmente vivo. – Adoro as ironias da minha mãe, de quem acha que puxei essa personalidade agradável?

— Entendi mãe, não vou fazer nenhuma besteira, eu cuido muito bem do Dragon, com um bebê não deve ser diferente.

— É MUITO diferente, bem, vou ligar para ela avisando que você aceitou, olha lá Castiel, juízo em meu bombonzinho.

— Tchau mãe. – Desliguei o celular antes que ela começasse a me chamar de um monte de nomes.

Nunca pensei que diria isso, mas estou muito ansioso para o dia de amanhã, meu primo não deve ser igual aquelas crianças que mais parecem crias do Exu. É o que espero.

Na manhã seguinte...

O Sol parecia que nunca iria nascer, devo estar com umas olheiras bem chamativas, é difícil dormir quando a ansiedade é muita. Depois de fazer minha higiene pessoal e tomar café, fiquei esperando minha tia chegar, enquanto isso fiquei pensando no que eu poderia fazer, não tenho nada que agrade uma criança e ela pode ter medo do Dragon se for muito medrosa, será que é melhor deixar meu cachorro lá fora? E com essa linha de pensamento ouço o som da campainha, deve ser ela. Corri até a porta da sala e quando abri, lá estava minha tia com o filho dela, ele parecia sonolento.

— Meu querido sobrinho, como você cresceu, está mais gordinho também. – Disse minha tia enquanto entrava e colocava uma bolsa grande no sofá, parecia que a criança iria se mudar para a minha casa. – Olha o que eu trouxe para você, comprei perto da onde trabalho, não é bonitinho? – Me mostrou uma peruca e um nariz de palhaço, a essa altura não tenho palavras o suficiente para descrever o que estou sentindo agora. – Deixa eu colocar em você, vamos ver, olha só ficou uma gracinha, deixa a tia tirar uma foto. – Pegou seu celular e o seu flash quase me tira completamente a visão.

— Tia...

— Esse aqui é o seu priminho Frank, é um amor de criança, não vai lhe dar nenhum trabalho. – Me entregou a criança que começou a rir enquanto puxava o nariz de palhaço e o soltando de uma vez me causando uma leve dor. – Estarei de volta umas oito da noite, então se comportem meninos. – E antes que eu pudesse dizer alguma coisa ela fechou a porta atrás de si.

— Ótimo, agora somos só você e eu pequeno Frank. – Coloquei o bebê no sofá para poder tirar a “fantasia”, só que ele começou a chorar então voltei a colocar e ele parou, o que eu não faria por dinheiro?

5 minutos depois de a minha tia ter saído, Frank começou a chorar, revirei a bolsa a procura de algo como um brinquedo ou comida, mas nada satisfazia a criança, o peguei no colo e o levei para em frente ao espelho, ele parou de chorar e ficou admirando a própria imagem refletida, eu só queria chorar com a cena que eu estava vendo de mim mesmo.

— Droga, quero ir ao banheiro. – Onde eu poderia deixar o bebê sem causar acidente algum? Acho que vou levar ele junto, assim fico de olho nele enquanto faço o que preciso fazer. Fui em direção ao banheiro deixando a porta aberta, coloquei Frank no chão e fui direto para o trono do rei, eram mais ou menos umas nove e meia da manhã, até às oito da noite tinha muito chão pela frente. Distraído em meus pensamentos não notei o bebê indo para o corredor. – Frank volta aqui, droga. – Terminei de “tirar a água dos joelhos” o mais depressa que pude, dei descarga e lavei minhas mãos, então sai correndo pela casa a procura da criaturinha e lá estava ele com o Dragon, pelo visto parece que não tem medo algum, estou vendo que o dia será cheio.

Meia hora com o bebê e mais parece que estou lidando com um furacão, ele engatinha numa velocidade que é preciso eu correr para pegar ele, fora as tentativas de subir pela cortina como se fosse um gato, minha cabeça estava começando a doer, acho que eu não consigo lidar com isso sozinho, só me restava pedir ajuda a uma pessoa.

Lysandre POV

Faltavam mais algumas frases para que eu terminasse a letra da música que estava compondo, Rosalya estava no quarto com o meu irmão e só Deus sabe o que eles estão fazendo. Olhei novamente para o relógio e não mudou muita coisa desde a ultima vez em que olhei, suspirei ainda pensando no que faltava para aquela música ficar completa, já fico imaginado cantando ela enquanto Castiel toca a sua guitarra e com esses pensamentos em mente ouço meu celular tocar e olha só...

— Alô? – Ao atender o celular escuto ao fundo uma voz de criança e o Castiel falando para não fazer isso, o que será que estava acontecendo?.

— Lysandre? Ai. Está muito ocupado? Pode vir aqui em casa, preciso de sua aj- não solte is- Ai. Droga. Dragon larga minha perna. Olha, vem aqui o mais depressa possível. – Desligou o celular antes de eu dar a minha resposta e pelo que ouvi ele estava com problemas.

Peguei meu bloco de notas e o guardei no bolso, tive o cuidado de sair sem perturbar ninguém, não queria estragar o “romântico” momento em que estavam tendo, peguei as chaves de casa e segui para a casa do Castiel. Cinco minutos depois toco a campainha e ouço um barulho de algo se quebrando, espero que não seja nada sério.

— Até que enfim você chegou. – Castiel abriu a porta e pela minha surpresa ele estava meio que fantasiado de palhaço, no momento eu quis rir, mas ao ver a bagunça em sua casa mudei de ideia imediatamente.

— O que esta acontecendo aqui? E esse... Bebê? – Apontei para a criança que estava perto das escadas.

— Lysandre me ajuda, essa criança é um demônio, ele já quebrou o porta-retrato, já mordeu o rabo do Dragon e tive que correr atrás dele para que não quebrasse mais coisas, fora as vezes que chorou e jogou um de seus brinquedos na minha testa, olha esse vermelhão aqui. – Apontou para uma parte vermelha perto da sobrancelha, ele parecia desesperado e pelo que vejo bem desesperado mesmo.

— Tudo bem, eu posso ajudar em alguma coisa, primeiro vou varrer esses cacos de vidros e você põem gelo nisso ai, nunca se sabe o que pode acontecer, eu fico de olho na criança enquanto isso.

— Obrigado. – Se dirigiu até a cozinha voltando depois com uma vassoura e uma pá. – Não tire os olhos dele por um segundo, se não a casa vai abaixo. – E retornou para a cozinha agora abrindo o freezer para pegar o gelo. Fiquei olhando a criança por alguns segundos e imaginando como um serzinho como aquele podia fazer tamanha catástrofe. Varri os cacos de vidros e coloquei na pá, uma vez e outra olhando para a criança também. Castiel voltou para a sala com um pedaço de gelo enrolado num pano e colocado sobre a testa, sentou-se de uma vez no sofá colocando a cabeça para trás.

— Quem é essa criança, Castiel?

— Ele é o meu primo Frank, estou cuidando dele até minha tia Agatha chegar a noite. – Olhou para o relógio logo dando um suspiro.

— E... Por que esta vestido assim?

— Minha tia que comprou e me “obrigou” a usar, fora que se eu tirar o Frank começa a berrar mais que uma sirene. – Nunca imaginei Castiel cuidando de uma criança, ele parecia não ter paciência para tal, principalmente para se fantasiar desse jeito...

— Eu vou levar esses cacos aqui, olho nele. – Confirmou com um joia. Ao voltar vejo o pequeno Frank agarrado na perna do ruivo que tentava levantar o bebê pela barra do macacão, decidi pegar a criança para deixa-lo mais sossegado.

— Então quer dizer que o seu nome é Frank? É um nome muito bonito. – Ergui a criança para o alto que começou a rir. Ao trazê-lo para perto sinto sua barriga roncar, ele deve estar com fome. – Castiel, ele comeu alguma coisa desde que chegou?

— Huuum... Eu tentei dar uma papa, só que ele derrubou e Dragon comeu tudo.

— Deve ter uma mamadeira na bolsa dele, porque não vai esquentar enquanto fico de olho nele?

— Ok. – Se levantou do sofá e foi em direção à bolsa, remexeu por um tempo até achar a mamadeira. – Como se esquenta isso? Tem que tirar o leite ou põem direto no microondas?

— Acho que dentro da água quente. – Eu não tinha muita experiência com bebês, mas acho que as coisas funcionavam desse jeito.

— Vou ver o que posso fazer. – Foi direção à cozinha e jogou o gelo na pia.

— Vamos brincar agora bebê? – O coloquei no sofá e me ajoelhei em seguida, coloquei as mãos no rosto para brincar com ele. – Cadê o bebê? Achou!! Cadê o bebê? Achou!!! – Ele ria enquanto pulava no sofá, parece que vai ficar tudo bem agora. – Cadê o pequeno Frank? Cadê? – Ao tirar as mãos do rosto vi que o bebê sumiu, olhei para os lados e atrás do sofá e nada dele. Agora a brincadeira ficou séria, onde estava o bebê?

Castiel POV

Depois de esquentar a mamadeira, voltei para a sala e Lysandre parecia estar à procura de alguma coisa.

— O que aconteceu?

— Eu fiz o bebê desaparecer. – Falou estático, não entendi o que ele quis dizer com aquilo, olhei ao redor e nenhum sinal de Frank.

— Onde está o meu primo?

— Eu estava brincando com ele de “Cadê o bebê”, ai ele sumiu.

— Ele deve estar aqui em algum lu... – Parei de falar ao ver a porta da sala aberta, engoli em seco e deixei a mamadeira em cima da mesa de centro. – Procure por ele aqui que vou dar uma olhada lá fora, qualquer coisa grita avisando que achou.

— Ok. - Me dirigi até o quintal e olhei ao redor da casa, no meio do gramado, perto da minha bicicleta e nada do pestinha. Voltei para a sala na esperança do Lysandre ter encontrado ele.

— Achou? – Ele balançou negativamente a cabeça, agora sim eu sou um homem morto. Procuramos mais um pouco e nada, estávamos exaustos de tanto nos agachar para olhar em baixo dos moveis. – Será que devemos ligar para a policia? – Sugeri.

— Não precisa exagerar Castiel, tenho certeza de que ele vai aparecer do nada. – Sentamos no sofá para descansarmos antes de sair à procura novamente e não percebi quando sentei em cima do controle remoto, assim fazendo a televisão ligar.

“- Imagens exclusivas do bebê em cima de um cachorro perto da fábrica abandonada, até parece que estamos vendo um domador de animais, onde será que está a mãe dele?”

Meu coração queria sair pela boca enquanto assistia o noticiário, Frank e Dragon estavam no meio da cidade e sabe-se lá quando iriam voltar e o que iria acontecer. Se a mãe dele ver essa noticia é capaz de recuperar o bebê e vir atrás de mim querendo minha cabeça. Lysandre se levantou de uma vez puxando meu braço para fora de casa, saímos correndo até a fabrica abandonada que não era muito longe da minha casa.

— Temos que ir rápido antes que a coisa piore. – E podia piorar?

Ao chegarmos perto do local o número de pessoas haviam aumentado e isso me preocupava muito

Lysandre POV

Eu mal podia respirar de tanto que corri, a fábrica não era muito longe, mas eu estava bem sedentário nesses últimos meses Ao nos aproximamos da fábrica abandonada, notei que havia mais pessoas do que eu tinha visto pela televisão.

— E agora, como vamos entrar? – Castiel que não parecia tão cansado tentava ver alguma coisa através da multidão.

— Será que não tem uma entrada nos fundos? – Ele olhou ao redor do muro e ficou pensativo por alguns segundos.

— Acho que conheço uma “passagem secreta” – Demos a volta ao redor da fábrica e ao chegarmos perto de um muro, noto que havia um buraco na parede.

— Não creio que eu possa passar nisso ai. – Analisei o tamanho do buraco e o meu corpo, eu não era gordo, mas não estava confiante.

— Então você espera aqui que eu vou atrás deles. – Castiel se abaixou e começou a adentrar o buraco, mas parou de repente ao perceber que não conseguia mais passar.

— Você está bem, Castiel? – Parece que da bunda para baixo ele não conseguia passar e também não conseguia voltar.

— Droga, Lysandre, me ajuda aqui, acho que entalei. – Fiquei pensando se eu puxava ou empurrava, então decidi primeiro empurrar. Coloquei minhas mãos em sua perna e empurrei com a força que eu tinha. – Aaiii não dá, não dá, sinto que minha bunda está espremendo. – Ao ouvir sua reclamação parei imediatamente e vi que não tinha outro jeito e não ser puxar de volta Coloquei suas pernas no chão e arregacei as mangas da minha camisa, segurei seus tornozelos e o puxei com força. – Aii... Devagar Lysandre, assim você vai me partir em dois.

— Não tenho culpa se você é gordo na parte de baixo, então pare de reclamar. – Juntei suas pernas e fiz movimentos de ziguezague para ver se funcionava.

— Eu não sou gordo, sou musculoso nos glúteos, além do mais... – O ruivo ficou em silencio de repente e então parei com os movimentos pensando ter machucado ele sério. – Ly-Lysandre... É o Frank e o Dragon, eles não estão muito longe das minhas vistas.

— E como vamos pegar ele?

— Você terá que pular o muro, eu dou um jeito de sair daqui. – Olhei para cima pensando na possiblidade de passar pela cerca de arames.

— Não tenho um corpo flexível para tal, mas como é uma urgência vou dar o meu melhor. – Pulei tentando alcançar o muro, mas o máximo que eu conseguia era alcança-lo com as pontas dos dedos. – Hum... Eu não alcanço direito, vou subir em cima de você, Castiel, então me desculpe por isso. – Pisei em sua bunda e olha, era bem mais mole do que imaginava.

— Aii... Conseguiu? – Dei um pulo enquanto colocava um pé no muro e finalmente consegui subir, eu só tinha que ter o cuidado de não me machucar tanto me arranhando no arame quanto caindo daqui de cima.

— Sim, agora é só passar para o outro lado. – Olhei de relance para o outro lado do muro e  Castiel estava olhando para cima e notei que ele ainda estava com aquela fantasia, eu dei um riso que quase me  fez cair. Isso me faz ter uma lição de que se quer rir do seu amigo, primeiro esteja seguro no chão. Fiquei na ponta dos pés e coloquei uma mão no outro lado, depois passei a minha perna e quando eu ia passar a outra levei um escorregão para o lado que eu estava. – Au. – Bati minhas costas no muro e fiquei pendurado por uma perna pelo arame.

— Estamos ferrados. – Ouvi Castiel dizer e mesmo que estejamos de lados opostos dava para ver nenhum podia ajudar o outro. – Vou tentar ao menos chamar o Dragon no assobio, ele pode trazer o Frank junto.

— É, mas e depois? Como vamos sair daqui? – Ter a criança era fácil, mas e o nosso socorro?

— Vamos dar um jeito. – Dei um longo suspiro, mas logo me lembrei que ficar de cabeça para baixo ajudava a ter boas ideias, então logo comecei a pensar na letra que estava compondo, quem sabe assim eu não conseguiria termina-la ainda hoje.

Castiel POV

O Lysandre era a minha ultima esperança e vê-lo tombando para o outro lado só aumentou ainda mais o meu desespero, o garoto e o cão estavam logo ali e os jornalistas estavam tentando arrombar o portão para poder entrar, ao menos dali onde eu estava não podia ser capturado pela câmera.

Assobiei tentando chamar a atenção de Dragon que logo se virou e me viu, mas ele  não veio até mim, assobiei de novo, mas ele apenas me observava, o que será que estava rolando? Logo Frank se aproximou de Dragon que se deitou e o demoniozinho subiu em cima dele.

— Mas que..... – Vi meu cachorro correndo em minha direção, acho que agora finalmente uma parte dos problemas serão resolvidos. Mas ele apenas pulou em algumas caixas de madeiras que estavam jogadas não muito longe de mim e saltou para o outro lado. – Porra! Lysandre, consegue ver eles dai?

— Parece que eles estão indo em direção ao metrô e tem uma multidão correndo atrás também.

— E nós nessa situação, isso deve ser castigo, mal olhado, me jogaram uma macumba. – Comecei a cavar o chão de terra rapidamente e conforme abria um buraco eu ia me empurrando para trás, ao conseguir sair vi Lysandre pendurado pela perna enquanto mantinha um semblante pensativo. – Você está bem?

— Só com um pouco de dor de cabeça.

— Pera que vou te puxar. – Segurei por debaixo de seus braços e o puxei para trás, tendo o cuidado para que sua perna não seja machucada. – Nossa, do que a sua calça é feita? Não rasga nem a pau.

— É de um tecido importado que meu irmão comprou.

— Não vejo outra alternativa, você me ajuda dando impulso e eu puxo você de uma vez, ok?

— O-ok.

— Então no três. Um, dois... Três!!! – Puxei com o resto de força que eu ainda tinha e só deu para ouvir o barulho de algo se rasgando e Lysandre caindo em cima de mim. – Hoje realmente não é meu dia de sorte. – Ao se levantar, o albino me estendeu a mão, segurei e ele me puxou.

— Isso não é nada vitoriano – Disse ao olhar para a barra curta da sua agora ex-calça, parecia que ele estava usando short e calça ao mesmo tempo.

— Não temos tempo para nos lamentarmos agora, temos que ir atrás daqueles dois antes que algo perigoso aconteça, então vamos seguir a multidão. – Dito isso corremos para onde haviam pessoas correndo e parece que o Lys estava certo, o metrô parecia ter mais gente que o normal.

Tentamos a todo custo passar pelo meio da multidão e do repórter que ainda fazia cobertura, logo começaram a aparecer seguranças que impedia as pessoas de passarem.

— Teremos que entrar pelo outro caminho, Castiel, vimos que está impossível aqui.

— Tem razão, vamos rápido antes que eles saiam por ai sem rumo. – Corremos até a outra entrada e se eu estivesse em uma maratona, creio que chegaria em primeiro lugar. Ao chegarmos, descemos algumas escadas e dobramos vários caminhos até chegarmos ao nosso destino, olhávamos para os lados para ver se tinha algum aglomerado de pessoas, mas nada. O jeito era falar com algum guarda, então puxei o pulso de Lysandre que de tão cansado não conseguia mais falar. – Con-conli-sença s-seu guarda. – Eu tentava absorver o máximo de oxigênio possível, mas estava um pouco difícil. – Por acaso... O senhor não viu nenhum cão da raça... Pastor de Beauce junto com um bebê... Em cima dele? – Eu tentava falar e respirar ao mesmo tempo. O guarda me olhou de cima a baixo e me ignorou completamente, será que ele não via o sufoco que eu estava passando? – É... Uma emergência... – Tentei debater de novo.

— Olha, eu não tenho tempo para piadas.

— Piadas? Acha que vim correndo ate aqui para lhe contar uma piada? Por acaso tenho cara de palhaço?

Lysandre POV

Parece que Castiel havia se esquecido que ele estava “fantasiado” de palhaço, eu quis muito rir daquilo, o guarda apenas chamou um outro pelo rádio e o ruivo queria ir para cima dele, corri para tentar segura-lo e não estragar ainda mais as coisas.

— Calma, Castiel, vamos sair daqui antes que o outro guarda chegue.

— Não estou nem ai, quero quebrar a cara dos dois. – Enquanto o ruivo se debatia, avistei de longe o bebê e o cachorro.

— Olhe lá, eles estão ali. – Segurei o rosto do Castiel e o virei na direção onde os dois fugitivos estavam.

— Então vamos rápido antes que eles escapem de novo. – Corremos atrás deles por todo o metrô até que saíram, como Castiel e eu estávamos cansados de tanto correr, aos poucos Dragon ia se  distanciando, como um cachorro podia correr tão rápido assim?

Não demorou muito para que nos aproximássemos de novo, Dragon estava parando aos poucos e logo ele entrou num banco.

— Caralho, por que ele teve que entrar num banco? – Castiel resmungou e por algum milagre acelerou os passos e passou na minha frente. – Dragon.... Frank.. Parem agora mesmo. – Gritou o ruivo assim que entrou no banco.

— Cas-Castiel... Calma ai... – Entrei logo em seguida quase caindo de joelhos.

— Todos no chão, isso é um assalto!!! – Vários homens entraram no banco logo anunciando o assalto, pelo choque todos haviam parado o que estavam fazendo, inclusive Castiel que ficou imóvel e eu que me esqueci de até de como se respira.

[Continua]


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Espero que sim XD



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