Do trono ao cadafalso escrita por Evil Queen 42


Capítulo 7
Capítulo VII


Notas iniciais do capítulo

Voltei ♡
Boa leitura.



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"O Rei, juntamente com Orochimaru, está tentando quebrar o contrato feito com família da Princesa Izumi. Nosso soberano diz que Izumi era prometida de Itachi, seu irmão, portanto ele nada tem a ver com isso. Ainda assim, as coisas demoram; Creio que Orochimaru, aquela serpente venenosa, está atrasando as coisas para que o Rei desista de mim. Pobre homem, mal sabe que possuo Sasuke na palma de minhas mãos. 

Sou cada dia mais mimada e venerada por meu soberano. A Corte em peso me julgava amante de Sasuke, agora estão chocados com a notícia de que o nosso monarca pretende desposar a mim, uma plebéia sem títulos. 

Para mim, o mais estranho é que Mikoto, cuja dama de companhia ainda sou, mantém sua consideração por mim mesmo sabendo dos planos de seu filho. Ela sabe o espaço que ocupo no coração de Sasuke, mas deve crer que ele logo mudará de idéia. A Rainha mãe trata-me com a mesma amabilidade de sempre. Seguramente, ignora os planos que Sasuke tem para Izumi, pois mesmo que conheça a profundidade dos sentimentos que Sasuke tem por mim, considera-me uma amante e nada mais. Aos Reis, por antigos costumes, permitem-se todos os prazeres; E Mikoto com certeza já teve que lidar de cabeça erguida com as traições de seu falecido marido e antigo Rei. 

Embora Izumi seja apenas uma menina que sequer atingiu a maioridade e espera o momento certo para casar-se e tornar-se Rainha, ponho-me no lugar dela. Acredito que há tempos mantém algum tipo de amor platônico por Sasuke, sempre descrito como muito belo. Izumi com certeza ficará sem chão quando souber que o Rei pretende desposar não a ela, mas uma mulher que sequer pertence a realeza. 

Vi-me obrigada a ver, embora de longe, como Sasori se casava e se deitava com outra, tal como Izumi terá de suportar sua substituição e Mikoto era obrigada a aceitar as traições do marido. 

Creio que não deverei me preocupar com isso quando for Rainha. Sasuke me ama verdadeiramente, diz que seremos sempre sinceros um com o outro; E mesmo que eu lhe negue qualquer coisa além de um beijo nos lábios, o Rei não possui nenhuma outra mulher para saciar seus desejos carnais. Eu sou a única em sua vida, e com certeza serei a única em sua cama (...)." 

O Rei estava ocupado não somente com os assuntos da anulação do contrato que por anos fez de Izumi sua noiva, mas também com os assuntos de Estado. Há dias Sakura não o via, embora recebesse e enviasse cartas diariamente. 

Como uma boa dama de companhia, estava a entreter a Rainha mãe. Mikoto gostava muito da rosada que, embora fosse uma moça inteligente e instruída, não passava de uma plebéia. Sakura pertencia a uma família rica, embora inicialmente sem títulos. Tudo o que foi concedido a Kizashi, tornando-o nobre, foi fruto da paixão de Sasuke por Sakura. 

Mas Kizashi não era o único. Enquanto aguardava o processo para desposar a Haruno, Sasuke pretendia conceder a ela títulos de nobreza. Orochimaru era claramente contra, mas o Rei já tomava todas as providências necessárias. Uma mulher tornando-se nobre pelas mãos do Rei era no mínimo cômico. 

Sentada de frente para a Rainha mãe, Sakura estava concentrada num jogo de cartas, tendo as outras aias como expectadoras. Mikoto estava ciente dos planos de seu caçula e se mostrava contra, mas Sakura não ligava, uma vez que a vontade da Rainha mãe pouco iria importar para o regente. 

O silêncio se fazia presente naquele lugar. Mikoto analisava suas cartas e posteriormente analisava a expressão de Sakura, concentrada em seu baralho e pensativa, como se ganhar fosse a única coisa que importasse para ela. 

Era claramente uma moça competitiva, o que de certa forma demonstrava sua ambição adquirida com os anos na Corte. 

– A senhorita Sakura não descansará enquanto não tomar o Rei para si, não é mesmo? - Mikoto questionou calmamente, olhando para as cartas sobre a mesa.

Sakura olhou nos olhos tão negros quanto os do Rei, sentiu seu sangue gelar. Mikoto nunca tinha feito uma declaração daquela forma, se posicionando contra o possível matrimônio. Todas as conversas que tinha sobre o assunto eram privadas, somente entre ela e Sasuke; Mikoto nunca havia feito uma declaração pública contra Sakura ou contra seu filho. A antiga consorte de Konoha sempre foi uma mulher discreta. 

– Eu não... - Sakura ficou sem jeito. Pela primeira vez estava sem palavras. A mulher que tantas vezes enfrentou o Rei, encontrava-se agora muda.

– Não se engane, criança. Meu filho lhe dá presentes caros quase que diariamente, você tem a ilusão de que ele a ama, mas não se engane. Sasuke só está lhe comprando em troca de favores que você sabe muito bem quais são. 

Sakura ficava furiosa com aquilo. Resistia às investidas do Rei, mantinha sua virgindade com orgulho para o homem que viesse a tomá-la como esposa, mas todos a julgavam concubina de Sasuke. 

– Eu não sou prostituta. - Respondeu a Haruno - Não há como forçá-la a acreditar em algo, Majestade, mas lhe asseguro de todo o meu coração que jamais me deitei com o seu filho. 

– Se a senhorita conseguiu manter-se casta mesmo com meu filho a perseguindo, aconselho que aproveite para fazer um bom casamento. 

– Farei, Majestade. 

Mikoto percebeu a petulância de Sakura. Não poderia deixar que aquela menina se mantivesse tão segura, crendo cada vez mais que conseguiria manipular o Rei da forma que quisesse por meros caprichos.

– Sasuke quer tê-la e fará de tudo para isso, acredite. - Mikoto respondeu - Mas ele só demonstra o que quer que você veja, criança. Você pode crer que está no comando, mas não está. 

– Vossa Majestade fala como se o Rei fosse uma pessoa horrível. 

– Sasuke é uma pessoa maravilhosa, mas até onde ele acha que os outros merecem. Ele nasceu de mim, ninguém o conhece melhor. - Falou convicta - Ele irá se cansar de você, como se cansou de todas as outras. 

– E se dessa vez for diferente, Majestade? - Sakura demonstrou segurança em seu tom de voz, embora as palavras de Mikoto tenham mexido com ela.

– Não será. Mesmo que demore um pouco, você não conseguirá manter o interesse dele sólido para sempre. Mais cedo ou mais tarde, Sakura, não serás mais a única no coração do Rei.

(...) 

Sarada estava pensativa. Não sabia o que mais lhe atordoava, se eram as teorias sobre sua mãe ou a idéia absurda de casar-se para agradar terceiros. 

Dispensou suas aias naquela tarde, queria ficar sozinha para pensar. Sentou-se num banco no jardim, de frente para um belo chafariz que jazia ali desde que seu bisavô era rei. Achava-o belíssimo e, com certeza, em algum momento de sua vida, sua mãe se sentou naquele banco e se pegou admirando o chafariz. 

– Sarada? - Uma voz a tirou de seus devaneios, então olhou para o lado e viu a figura de cabelos loiros e olhos azuis que tanto conhecia - Não estamos em público, posso chamar a Rainha pelo nome. - Brincou. 

– Sim, você pode. - Assentiu. 

– Então... - Ele sentou ao lado da morena cujos longos cabelos eram bagunçados pelo vento daquela tarde - Ainda pensativa sobre o diário de sua mãe?

 - Também. - Respondeu - Mas há outra questão que vem me dando dor de cabeça. 

– Pode revelar ou é confidencial?

– Casamento. - Disse ela, deixando Boruto confuso - Shikadai e Mitsuki conversaram comigo há pouco. Querem que eu me case.

– Ora... É claro que a Rainha deverá se casar, afinal de contas, és a última da dinastia Uchiha. Mas, se me permite opinar, creio que é muito cedo para isso.

– Uma mulher no trono... isso é abominável diante de alguns olhos. Eu sabia que deveria conviver com esse julgamento, mas parece que preferem ver um estrangeiro regendo o país ao invés de uma mulher. 

– Ninguém pode forçá-la. - O ar enciumado de Boruto não passou despercebido e Sarada riu. Eram nítidos os sentimentos do rapaz pela Rainha, ele não queria que ela se casasse com um príncipe de outro país mesmo que isso significasse formar uma aliança poderosa entre reinos. 

– Boruto, estou pensando seriamente em aceitar. - Suspirou - Mesmo que signifique minha infelicidade... Às vezes um monarca deve se sacrificar pelo seu reino. 

– Recebeste a mesma educação que um homem receberia! - Protestou - Foste criada para governar, Sarada! Não creio que tudo isso será jogado ao vento! 

– Não importa a educação que tive... Não importa minha fluência em tantos idiomas... Nada disso importa, uma vez que nasci mulher e, portanto, sou vista como inferior e incapaz de governar. 

– Então vai ser isso? - Indagou com tristeza o rapaz - Passará o resto de sua vida produzindo filhos e bordando?

– Essa é a função de meu sexo, não é mesmo? - Sorriu com desânimo - Esse mundo é dos homens, Konoha nunca foi regido por uma mulher... Dizem que mulheres não são capazes de manter a paz. 

– Por favor, não tome decisões precipitadas. - Boruto implorou - Antes de fazer qualquer coisa para agradar qualquer um, pense que está em seu lugar de direito. Nada acontece sem um motivo, Sarada. Se a coroa de Konoha foi colocava em sua cabeça, então é porque esse é o lugar dela, e o seu é no trono, governando o país como foi instruída desde a tenra idade para fazê-lo. Entendeu? 

Sarada nada disse, apenas se levantou e esboçou um sorriso sincero. Boruto conhecia a Rainha há tempos, sabia o que aquele sorriso significava, portanto ela nada precisava dizer. 

A morena voltou para o seu quarto. Enquanto pensava sobre o possível casamento e os pretendentes que seus conselheiros com certeza já arrumavam para ela, voltou a pensar no diário de sua mãe. Não se contendo, pegou o objeto envelhecido, sentou em sua cama e voltou a ler de onde havia parado. 

"Oh, que desgraça a minha! Quando regressei da caça com o Rei, passei pela cozinha e por acaso escutei cochichos entre duas criadas. Foram palavras que ofenderam-me profundamente. Comentavam entre risos que a moça que acompanhava sua Majestade era objeto de mexericos trazidos da Corte. 

'A rameira de cabelos rosados do Rei', era como se referiam  a minha pessoa. Ora, eu, uma rameira! Logo eu, que luto contra os desejos do Rei para manter intacta minha virgindade até ser tomada como sua legítima esposa. Por acaso Sasuke quebraria uma aliança para se casar com uma rameira? 

Não devo dar importância, o melhor é fingir que tais palavras nunca alcançaram meus ouvidos. Contudo, o pedido para anulação do contrato de casamento não vem mostrando progresso e Sasuke continua legalmente noivo de Izumi. Os embaixadores ainda não deram uma resposta, as coisas estão lentas e enquanto isso devo ser forte e manter longe de meu leito um homem cheio de desejos. Orochimaru diz estar doente, mas creio que sua doença nada passa de um pretexto para atrasar as coisas. 

Mas estou evitando pensar nisso por esses dias que o Rei decidiu vir comigo para longe da Corte e das serpentes venenosas que nela vivem. Sasuke me trouxe para passar alguns dias no castelo que outrora foi de Orochimaru, mas escolhi para ser meu e ele teve que conceder como prova de sua fidelidade ao Rei. Escolhi o maior deles, claro, e estou mais do que satisfeita com essa aquisição. Sinto que enquanto estiver próxima de Sasuke, posso conseguir o que eu quiser (...)" 

Sasuke e Sakura jantavam juntos. Velas sobre a mesa e uma lareira iluminavam o local naquela noite. O Rei estava no seu lugar de privilégio, na ponta da mesa, e Sakura sentava ao seu lado. 

Comiam em silêncio, Sasuke não gostava de conversar na frente dos empregados que ficavam por perto para servi-los caso necessário. 

Sakura se concentrava em tirar pequenos pedaços de frango assado com as pontas dos dedos e levar à boca, observando o Rei que fazia o mesmo. 

– Minha taça está seca. - Ela disse, então a empregada que anteriormente a criticava às escondidas, encheu sua taça dourada com vinho - Gosto dos empregados que mandaste para cá. - Disse gentilmente para o Rei. 

– Fico feliz por isso. - Sasuke respondeu, levando em seguida um ovo de codorna à boca. 

– É ótimo ver como são úteis, discretos... Me causam repúdio criados que não sabem se manter em seus lugares, não têm disciplina, e agem como crianças mal criadas fazendo mexericos. - Ela sorriu de forma meiga para a mulher que há pouco serviu seu vinho - Esses não irão durar por muito tempo quando eu for Rainha. 

– Sabes que és Rainha em tudo, menos no nome. - O moreno respondeu - Portanto não hesitarei em fazer suas vontades. Pode contratar os empregados que quiser, quantos quiser. - Sorriu de canto - Além do mais, esse castelo é seu.

– Ah, sim, verdade. - Ela se fez de desentendida, logo em seguida sorriu diabolicamente para aquelas que anteriormente lhe ofendiam - Esse castelo é meu. 

– Vê-la  feliz é tudo que me importa. 

– Eu gostaria de ficar a sós com o Rei. - Disse num tom alto para que todos os empregados ouvissem, então, após uma reverência, se retiraram - Majestade, me considera uma rameira? 

– O quê? - Olhou confuso para a Haruno - Uma rameira?

– Não escuta o que dizem ao meu respeito? - Indagou seriamente. 

– Ouço tantas coisas todos os dias, Sakura, desde que era Príncipe e mais ainda agora, que sou Rei. Preciso aprender a selecionar o que devo e o que não devo dar importância. 

– Então, Sasuke... - Devido a proximidade com o Rei, quando estavam a sós, Sakura sentia liberdade para tratá-lo pelo primeiro nome - Não dará ouvidos se palavras de maldizer direcionadas a minha pessoa chegarem a você? 

– Ouço mentiras todos os dias, Sakura. Eu aprendi a decifrar um rosto, e o seu com certeza não demonstra algo nocivo, caso contrário eu não me apaixonaria perdidamente. 

– Eu preciso... - Suspirou - Eu preciso tirar uma coisa de minha cabeça! 

– Dissemos que seríamos sempre sinceros um com o outro, portanto não deve se sentir acanhada. Pode me contar qualquer coisa. 

– O que vai acontecer quando seu amor por mim esfriar?

Sasuke não compreendeu o motivo da pergunta de Sakura. Ele a amava de todo o coração e deixava isso claro. Sabia que ela, mesmo não tendo recebido a educação necessária para tal, seria uma boa consorte. 

– Konoha precisaria ser destruída antes disso acontecer. 

Sakura sorriu sinceramente. As palavras de Sasuke a tocavam com certeza e ela estava começando a sentir algo por ele, mesmo que ainda se pegasse pensando em Sasori algumas vezes.

– Serei sempre a única em seu coração? - Indagou. 

– Sempre. 

– E o mesmo vale para a sua cama?

Sasuke hesitou. 

– Eu te amo, é isso que importa. 

– Não respondeu a minha pergunta, Majestade. - Falou com a voz firme, mostrando que jamais o temeu - Alguém, não me lembro quem, escreveu uma carta para mim, dizendo que todo o seu reinado giraria em minha volta, e que estava disposto a banir de sua afeição e de seu leito qualquer mulher que não fosse eu. 

– Se tem tão boa memória, não vejo motivos para me questionar sobre isso. - Sasuke não escondeu sua irritação com a afronta da Haruno. 

– Quero ouvir de seus lábios. - Retrucou - Meras palavras escritas em um papel são apagadas pelo tempo, não acha?

– E meras palavras proferidas são levadas pelo vento.

– Creio que as palavras de um Rei têm mais valor do que as de qualquer outro homem. 

– Então não deveria duvidar delas. 

– Tem razão, me perdoe. - Sakura abaixou o olhar. 

– Ei. - O moreno a chamou, então ela seguiu sua voz. Sasuke sorria - Não gosto de te ver triste. Seu sorriso é belo, deveria usá-lo sempre.

– Obrigada. - Disse docemente - Mas me assombra pensar que pode se apaixonar por outra. Me assombra pensar que pode se cansar de mim, substituindo o espaço que ocupo em seu coração. 

– Esse espaço será sempre seu... e dos filhos que teremos juntos. 

– E sua mãe? - Indagou como quem não quer nada, levando um pedaço de frango à boca. 

– O que tem ela?

– Ora, é sua mãe! Não a ama?

– Muito. - Respondeu prontamente - Mas é um amor diferente do que eu sinto por você, claro. Não compreendo por que a citou. 

– Mas você, mesmo sendo Rei, a teme e a respeita, não é? 

– Onde quer chegar? - O moreno semicerrou os olhos, desconfiando do porquê de Sakura fazer questionamentos tão óbvios. 

– Obedece as vontades dela?

– Não sou mais um garoto, todavia, lhe devo respeito. 

– Se a Rainha mãe lhe mandasse casar com Izumi como seu pai havia decretado depois da morte de seu irmão, obedeceria a vontade dela?

– Não. - Respondeu sem hesitar - Dos assuntos de Estado, cuido eu. Uma mulher não pode reinar, Sakura, portanto minha mãe deve manter-se em seu lugar. 

– É bom saber que as vontades dela não irão influenciá-lo, porque ela não demonstra estar feliz com o nosso casamento. 

– Ela disse isso? - Questionou sério. 

– Não com essas palavras, mas tentou persuadir-me a desistir da coroa. - Comentou - Parece que além dos Cortesãos, a mãe do Rei também está ciente de sua conduta lasciva. Inclusive, creio eu que várias aias da Rainha mãe já frequentaram sua cama, Sasuke... 

– Não precisa de rodeios, vá direto ao ponto! - Sasuke se irritou por um instante, mas Sakura não demonstrou reação diante do rompante do monarca. 

– Me garanta mais uma  vez que suas palavras foram sinceras, que não terá outra além de mim. 

– Eu já lhe disse, não foi? Meu coração e eu nos colocamos em suas mãos. Estamos totalmente entregues à você, somente à você. 

Sakura sentiu segurança nas palavras de Sasuke. Mesmo conhecendo a fama do Rei, ele poderia ter mudado, afinal, se mostrava apaixonado e fazia todas as vontades da rosada.

Mesmo que não amasse Sasuke com a mesma intensidade que ele a amava, Sakura sabia que seria feliz ao seu lado como Rainha, afinal, teria o mundo aos seus pés. 


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Notas finais do capítulo

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Bjs ♡