Cinquenta Tons de Anastácia escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 9
Inesquecível aula de história


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/_uhtsUzb7fg



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P.O.V. Professora Helen.

Essa menina tem problemas psiquiátricos.

—Você jura?

Ela olhou pra mim com um olhar furioso e eu a vi se erguer do chão, seu vestido branco flutuava e ela também.

—Sim. Eu juro.

—Ela sabe voar? Ela ta voando.

—Não imbecil, ela tá só levitando.

—Essa é a coisa mais linda e incrível que eu já vi.

—Você é muito estranho Ben. Ela é esquisita.

—Ela é um anjo.

P.O.V. Mack.

Ela é demais. Eu ouvi o Benjamin mauricinho Bingley falar que ela era um anjo e aparentemente ela também.

Ela desceu até ficar á alguns centímetros do chão. 

—Realmente acha isso?

—Acho que ela tá falando com você Ben.

—Sim. Eu acho. Você é um anjo, um ser extraordinário.

—A parte do anjo foi elogio, mas a parte do ser... não sei se fico lisonjeada ou ofendida.

—Foi um elogio. Pode ter certeza.

—Nunca ninguém me chamou nem de bonita. As pessoas acham que eu sou doida. Você acha que eu sou doida?

—Não. Eu acho que... você é demais.

—Obrigado.

Ela o abraçou e chorou.

—Porque está chorando?

—É porque eu to muito feliz. Você é a primeira pessoa fora da minha família que não acha que eu sou doida e que me acha bonita.

Uma das lágrimas dela caiu no chão e da lágrima nasceu uma flor. Uma flor amarela linda, ela tinha um brilho próprio.

—Que coisa linda. Como você fez isso?

—Eu não sei. Não queria que acontecesse, só aconteceu.

—Eu disse que ela era um anjo, não disse?

—Como é que eu vou dar aula com essa flor no meio da sala?

—Se isso a incomoda tanto... eu posso resolver.

Ela tirou cuidadosamente a flor do chão e a colocou num vaso e do vaso ela plantou no jardim. E aquela flor de lágrima afetou o jardim inteiro, foi como se o jardim ficasse mais bonito, como se ficasse feliz.

P.O.V. Ben.

Estou oficialmente muito impressionado.

—Que que é isso?

Perguntou a professora atônita. E ela passou e respondeu:

—Isso é magia querida.

Eu venho de uma família muito rica e todos os meus parentes tem título de nobreza, incluindo eu. Eu sou Lorde de uma grande propriedade, vim para os Estados Unidos estudar no colégio Winter, o melhor colégio do mundo e o mais caro também.

—Bem vinda senhorita Grey. Eu sou a professora Grace, ensino literatura.

—Minha mãe é formada em literatura e a minha avó paterna chama Grace.

—Eu sei.

—Você pode me chamar de Alice.

—Você vai ao baile de inverno Alice?

—Eu nem sabia que tinha um.

Ela ficava mordendo o lábio inferior era um gesto quase instintivo pra ela. Eu só conseguia pensar em como eu queria morder aquela boquinha.

—Ben? Terra para Ben.

—Que?

—Em que planeta você tá?

—Ele tá no planeta Grey. Ta amarradão nela.

A professora perguntou o que o autor quis dizer com a fala e Alice respondeu:

—Ele acreditava que a humanidade nasceu do pecado, que somos fruto do efeito cascata do pecado de Eva e Adão. Eva é desacreditada por nós, somos mais fãs da Lilith. Ela foi a primeira segundo a lenda.

—Lilith?

—Sim. Ela foi a primeira esposa de Adão, só que Adão queria uma submissa e Lilith não era submissa, ela queria igualdade, ela é a Original, o lado escuro da lua, a primeira serva da natureza. Porque ela se negou a ser pau mandato do marido, sumiu dentro dos bosques. Os espíritos da natureza se agradaram dela e lhe concederam dons. Eles ficaram impressionados com sua coragem de se levantar contra os decretos de Adão. E dela saíram todas as outras, inúmeras linhagens incluindo a minha.

—E o que isso tem a ver com Paraíso Proibido?

—Tudo. Eu, pessoalmente estou cansada de ouvir sempre a mesma versão da história, queria alguma coisa diferente pra variar.

Ela deu um pulo, afastou a cadeira e perguntou para o nada:

—Quem é você?

—Eu sou Lilith.

—Você ta morta.

—Que conclusão mais óbvia.

—O que significa que só eu posso te ver e te ouvir.

—Se me deixar entrar, todos vão poder me ver e me ouvir.

—Você quer me possuir? Não. Minha mãe tem regras sobre possessão. Se eu não te der permissão, você não pode entrar.

—Correto.

Então a gótica Mackenzie falou para o nada, tentando se comunicar com o que não podia ver.

—Olha, Lilith se você quiser... eu deixo você entrar.

—Ta doida Mack?!

—É o bastante.

—Não! Fica longe dela!

—Pensei que quisesse uma nova versão da velha história.

—Se você não sair, eu tiro você á força.

—Tudo bem.

O corpo de Mack reagiu, se retesou e então ela estralou o pescoço.

—Mack?

—Não querida. 

—Lilith.

—Sim. Se querem mesmo saber, eu o odiava... não pedi pra casar com ele. Ele era um bronco, controlador, mandão, agressivo.

—De quem você está falando? Espírito?

—Meu nome é Lilith e eu estou falando de Adão. Fiquei feliz quando ele criou a outra... a sua preciosa Eva. O seu livro fala sobre os filhos que ele teve com ela, mas se quer menciona as minhas crianças. Eu nunca produzi um herdeiro homem, apenas meninas. 

—Você tem raiva da Eva ter roubado seu marido?

—Ta louca? Eu dou graças. Eu criei as minhas meninas sozinha, nas sombras da floresta, nas sombras da humanidade.

—Quantas filhas você teve?

—Demais pra contar. Algumas mais poderosas do que outras, é sempre assim não é? Alguns poucos se destacam. Eu tinha uma filha preferida, toda mãe tem e se disser que não, é mentira. O nome dela era Amarantha. Extremamente talentosa, ardilosa, inteligente tanto que ela construiu um império e se tornou Rainha. Mas, ai ela cometeu o pior erro de todos... ela casou. Ela se apaixonou e casou. O mortal lhe deu filhos e filhas, filhas extremamente poderosas de sangue puro o qual ele usava em rituais profanos, sacrificiais para invocar poderes das trevas. Ele tinha uma máscara feita á partir dos ossos de reis caídos, Amarantha fez a máscara pensando que ele a usaria para levar paz e prosperidade ao mundo. Ha, doce ilusão. Ele massacrou sem piedade todos os reinos vizinhos que se opuseram a ele, transformou suas crianças em armas então... indignada e irada a minha filha matou o marido enquanto ele dormia e com uma espada forjada no fogo de dragão ela destruiu a máscara e espalhou os fragmentos pelos quatro cantos desta terra para que ninguém jamais os encontrasse.

—E depois?

—Depois? Ela reinou sob Asheron até que os bárbaros invadiram a cidade e a mataram. Mas, a linhagem sobreviveu, não só sobreviveu como evoluiu. Cada geração mais potente do que a anterior.

—A linhagem ainda existe?

—Quem sabe? 

Ela deu um sorriso sacana e logo a Mack caiu desmaiada.

—Mack!

—O que aconteceu? Ai, a minha cabeça.

—Alice, Lilith ainda está aqui?

Ela negou com a cabeça.

—Onde ela ta?

—Do outro lado em algum lugar.

—Você a está vendo agora?

Ela negou com a cabeça de novo. 

—Muda de assunto.

—O que?

—Eu não quero falar sobre isso.

—Sobre o que?

—Imagino que ela esteja se referindo a Lilith e o outro lado e seus poderes.

—Isso. Obrigado Ben.

—Sobre o que você quer falar?

—Isso importa? Estamos em aula.

Só porque ela falou o sinal tocou.

—Ai. A minha cabeça ta doendo.

—Vem Mack, eu vou dar um jeito nisso.

O professor de biologia entrou.

—Onde pensam que vão?

—Eu vou levá-la a enfermaria. Não está se sentindo bem.

—Tudo bem. Voltem logo.

P.O.V. Mack.

Ela não me levou para a enfermaria, me levou para o laboratório de química e passou no de biologia e pegou algumas ervas. Alice fez uma poção roxa e deu pra eu beber.

—O que é isso?

—Melhor do que aspirina. Bebe ai.

Eu bebi e a minha dor de cabeça simplesmente sumiu.

—Obrigado.

—De nada. Esses remédios de farmácia foram feitos pra te viciar. São cheios de toxinas, conservantes etc.

—Legal.

Nós voltamos e o professor perguntou:

—O que a enfermeira disse?

—Ela me deu um remédio ai. Pra dor de cabeça.

Lancei um olhar de cumplicidade para Alice que riu de leve.


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