Cinquenta Tons de Anastácia escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 5
Pensamentos




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P.O.V. Christian.

Quem diria que eu me casaria com uma bruxa? Que eu me casaria? Que eu teria filhos?

Eu não. Eu se quer sabia que bruxas existiam, eu nunca me imaginaria casado, pai e casado com um bruxa serva da natureza.

Agora eu estou numa infindável reunião de negócios. Tudo o que não envolve estar com ela parece terrivelmente tedioso.

P.O.V. Ana.

Eu estou de licença á maternidade, já que estou prestes á dar a luz. Estava sentada na cama, comendo batata frita de pacote. Eu sei, não é saudável pro bebê, mas eu tava com uma vontade.

De repente, eu sinto uma dor. Tipo, uma pontada.

—Ai.

De novo só que mais forte.

—Ai.

Eu fiquei sentindo aquilo, peguei o telefone e liguei pra Kate.

—Alô?

—Kate. Socorro. Eu... ai. Kate, eu acho que tem... algo errado com o bebê. Christian não atende o telefone.

—Calma, onde você tá?

—Em casa. Ai! Rápido Kate. Acho que eu to perdendo ela.

A Kate chegou e me levou pro hospital. Felizmente eu não estava perdendo o bebê. Ela estava vindo.

P.O.V. Christian. 

A reunião finalmente terminou. Quando liguei o celular tinha umas vinte chamadas perdidas da Ana e mensagens. Tinha mensagens da minha mãe, da Mia e de todo mundo da minha família.

Então eu liguei pra Mia.

—Christian?!

—Sou eu. O que aconteceu?

—Até que enfim seu lerdo! A sua esposa tá parindo e você ai nessa calma. Ta todo mundo aqui. O pai, a mãe, a Kate, só falta você. O pai da criança.

—Em que hospital vocês estão?

—Saint Joseph. Ela já foi pra sala de parto.

Eu fui correndo para o hospital e quando cheguei toda a minha família estava lá.

—Até que enfim irmãozão. Antes tarde do que nunca.

—Cadê a Ana?

—Ela já tá em trabalho de parto. Ninguém mais pode entrar. A mãe tá com ela e a mãe dela também tá lá.

—Que droga.

P.O.V. Ana.

Quando eu pensava que não ia aguentar mais, que não tinha mais forças... eu vi o rostinho daquela menininha linda e então eu empurrei.

Do nada, eu ouvi o choro.

—É uma menina.

—Alice. O nome dela é Alice.

Então tudo começou a apagar lentamente, eu não sabia se só estava desmaiando ou se estava passando para o outro lado.

—Senhora Gray? Precisamos de sangue O negativo!

Eu vi as minhas ancestrais, nós fizemos um feitiço juntas. Todo o Coven Steele. Então, do nada eu acordei.

P.O.V. Christian.

O médico me chamou, chamou todo mundo. Eu vi a Anastácia apagar e o médico a declarou morta. Então, começamos a ouvi-la falando numa língua desconhecida. Começou como um sussurro e foi aumentando até que do nada ela acordou. Respirou como se fosse a primeira vez que respirasse na vida.

—Ana!

—Como? Como é possível? Você estava morta. Não tinha pulso, batimento cardíaco.

—Por um momento eu estive. Eu estive do outro lado.

Ela estava chorando, mas sorrindo ao mesmo tempo.

—Foi... incrível. Toda a minha linhagem, minha avó, minha mãe, meu pai, toda a minha família. Nós fizemos magia juntos, a energia era tão grande... tão poderosa. Acho que eles me trouxeram de volta.

—Você esteve clinicamente morta por vinte minutos senhorita Steele. Deve ter tido algum tipo de alucinação.

Ela levantou da cama, sorriu para a médica, tocou o rosto dela e disse:

—Só porque a sua preciosa ciência não tem provas, não significa que não esteja lá. Elas estão lá Doutora, todos estão lá.

Ana tirou cuidadosamente a agulha e passou o dedo no lugar onde estava sangrando e o pequeno buraco fechou.

—Onde está a minha filha? Onde está Alice?

Uma enfermeira veio correndo.

—Doutora a senhora tem que ver isso.

—O que foi?

—Eu to sentindo ela.

Ana caminhou até o berçário do hospital. Onde eu vi um bebê levitando.

—Ai Meu Deus! Ela tá levitando! Eu só aprendi a levitar quando tinha dezessete.

—Você levita?

—É.

A médica foi até Alice e passou a mão sob ela e por baixo dela.

—Ela está mesmo levitando. Não é truque.

—Não é truque. É magia.

Eu vi todos os meus familiares ficarem chocados. Quando a Ana se virou e viu as caras deles perguntou:

—Porque estão tão chocados? É hereditário. Á menos... Não contou pros seus pais sobre mim?

—Eu até contaria, mas eles não acreditariam.

—Seguinte, filha de bruxa, bruxinha é. Sou uma bruxa e sua neta é uma bruxa. Surpresa!

—Maneiro. Você tem que me ensinar.

—Não vai rolar. Não me ouviu falar que é hereditário? Ou você é ou você não é e você não é.

—Então... você nasceu com isso?

—Exatamente. 

—Como isso é possível?

—As bruxas tem uma coisa nas células, chama Midicloriana, toda bruxa tem midiclorianas e quanto mais poderosa maior a contagem midiclorial. Não tem como explicar como funciona... só... funciona. As que vem de uma longa linhagem ininterrupta como eu e a minha filha são mais poderosas. É cumulativo. Quando uma bruxa morre seu poder passa para a sua descendente viva mais próxima.

—Será que eu posso levar o meu bebê pra casa agora?

—Eu tenho que fazer uns exames...

—Não. Você já fez todos os testes que tinha que fazer em um bebê recém nascido. E eu vou levá-la pra casa. Se acha que vai transformar a minha criança em um rato de laboratório, tá muito errada. Assina a alta. Agora.

—Tudo bem.

Ela saiu e quando voltou disse que Ana e Alice estavam liberadas.

—Eu vou me trocar. Christian, fica de olho na Alice.

Então ela voltou trocada, pegou Alice no colo e disse:

—Podemos ir?

—Claro. Vamos.

P.O.V. Grace Gray.

Minha nora e minha neta são bruxas. Eu ainda não consigo acreditar.

—Bruxas. Bruxas de verdade.

Eu tenho tantas perguntas. 


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