Cinquenta Tons de Anastácia escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 1
Capítulo 1: Consequências




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P.O.V. Christian.

Desde que ela foi embora eu estou um caco. Eu me sinto horrível.

Eu continuo me lembrando do momento em que ela decidiu partir.

—Você vai á uma exposição de arte comigo e eu não aceito não como resposta. Você tem que sair desse quarto Christian.

—Mia...

—Ah, eu não quero saber. Vai se arrumar. Agora.

Minha irmã me obrigou a ir a maldita exposição de arte e no fim, fiquei feliz que tenha feito.

Quando cheguei, o lugar estava lotado de retratos dela. E pra completar eu ouvi a voz dela.

—Ai Meu Deus! Jesus Cristo.

Um rapaz veio falar com ela.

—Ana! Você veio.

—Isso é... um monte de eu. Tem muito da minha cara aqui.

—Se eu tivesse pedido, você não teria deixado. Teria dito: Eu sou muito tímida.

—É.

—Os meus retratos seus são o meu melhor trabalho. Você gostou?

—Elas são... super... grandes.

—Bem, alguém gosta delas. Estão oferecendo uma fortuna. Acabaram de comprar todas as seis.

—Todas as seis?

Eu cheguei perto dela, mas ela não me viu. Estava de costas, quando ela virou e me viu deu dois passos pra trás.

Sua respiração ficou curta e rápida. Eu me aproximei e ela recuou.

—Anastácia.

—Foi você não foi? Você comprou todos os quadros.

—Eu não gosto da ideia de que um cara estranho babando por você.

—Porque está aqui? 

—Por você. Será que podemos falar em algum lugar, em particular?

—Não.

—Olha, eu não sou muito bom nisso. Eu nunca quis tentar de novo.

—Só que eu não quero.

—Eu quero você de volta. Eu gostaria de renegociar os termos.

Ela riu.

—Não. Não mais, nunca mais. Eu to cheia de negociações e contratos. Eu me lembro Christian, ainda tenho pesadelos, você arrancou sangue de mim.

Vi as lágrimas nos olhos dela.

—Você precisa de ajuda. Precisa de tratamento.

O artista veio correndo.

—O que foi Ana? Porque está chorando?

—Olha José, eu tenho que ir. 

—Ta. É alguma coisa com a Alice?

—Não. Eu só tenho que ir.

Ela saiu praticamente correndo.

—Por favor, quem é Alice?

—É a filha da Ana.

—Ela tem uma filha?!

—Tem.

—E sabe quem é o pai?

—Eu acho que ela sabe quem é o pai, mas ela não fala nem por decreto federal. Coitada, ela se faz de forte, mas está mal. 

—Mal?

—Olha moço, eu não vou falar da vida da minha amiga com alguém que eu não conheço. Tudo o que eu posso falar é que ela passou por muita coisa no ano passado.

P.O.V. Ana.

Porque ele tinha que aparecer? Porque ele tinha que voltar? Eu ainda estou me curando do que ele fez comigo e eu não quero mais se quer ouvir o nome dele. Por que dói.

Olhar pra ele, falar dele dói.

Eu só sabia chorar. Estava doendo, de novo e dessa vez parece que dói mais.

P.O.V. Kate.

Eu cheguei ao apartamento e vi aquele monte de sangue.

—Ana? Ana!

Ela tava estirada no chão com os pulsos cortados. Tinha vidro pra tudo o que era lado.

Eu liguei para a emergência. E logo os paramédicos vieram e levaram a Ana para o hospital.

Peguei a Alice, a coloquei no carro e liguei para o José.

P.O.V. José.

O meu celular tocou. Era a Kate, eu sabia que ela não ligaria se não fosse uma emergência.

—Com licença.

—Alô?

—José, aconteceu alguma coisa ai na exposição?

—Como assim?

—Com a Ana?

—Não que eu saiba, porque?

—Porque?! Ela tentou se matar! Eu cheguei em casa e encontrei ela com os pulsos cortados! Tinha sangue pra tudo o que era lugar!

—O que?!

—Ela ta no hospital.

—E a Alice?

—To com ela. No hospital, estou com as duas no hospital.

—Alice se machucou?

—Não. Só a Ana.

—Em que hospital ela tá?

—No Saint Joseph.

—Ela tá bem?

—José ela quase morreu!

—Ta. Eu já chego ai.

P.O.V. Christian.

Ela tinha uma filha. Talvez tivesse um namorado também.

Ouvi a assistente anunciar que o artista tinha tido um contratempo e teve que ir embora mais cedo.

Eu o segui e ele foi até o hospital. 

—O que estamos fazendo Christian?

—Cala a boca.

Ouvi ele perguntar pelo paciente e fiquei chocado.

—Com licença, estou procurando Anastácia Steele.

—Ela está no quarto, mas está sedada. Você pode esperar na sala de espera.

Perguntei por ela também e a recepcionista me deu a mesma resposta.

Fui para a sala de espera e reconheci a mulher loira que segurava um bebê. Ela me reconheceu também. E veio tirar satisfações.

—O que você tá fazendo aqui? Já não ferrou a vida da minha amiga o suficiente?

—Vocês se conhecem?

—Infelizmente sim. Foi minha culpa. Se eu não tivesse ficado doente naquele dia, nada disso teria acontecido.

—Do que está falando?

Perguntou o artista.

—Deixa pra lá José. Olha, seu engomadinho metido á besta, se a Ana morrer... a culpa vai ser sua. Ela estava bem! Ficou estável por um ano inteiro, ela estava feliz, mas você tinha que aparecer não é?

O bebê começou a chorar.

—Shh. Tudo bem, vai ficar tudo bem. A mamãe vai ficar bem.

—Essa é a filha de Anastácia?

—É.

—E quem é o pai?

—Que lhe interessa? Eu nem sei porque eu perco meu tempo falando com você. Seu maluco.

—O que ela tá olhando?

—Alice nasceu com problema na cabeça por causa do seu castigo. Ela tava gravida quando você bateu nela até arrancar sangue e por causa da sua brincadeira a Alice nasceu esquizofrênica. Por isso a Ana te deixou, por isso ela escondeu a Alice de você.

Ouvi um barulho e Anastácia estava de pé. Com os antebraços enfaixados.

—Ela não é esquizofrênica. Ela é como eu. Eu consigo ver tudo. E você prometeu Kate. Você jurou que nunca ia contar.

—Ana... eu não queria. Eu tava com raiva e meio que saiu sem eu perceber. Desculpe.

Eu estava chocado. Eu tinha uma filha.

—Você já estava grávida quando...

Ela assentiu.

—As minhas ancestrais salvaram a mim e a nossa filha. Eu quase perdi ela.

Ela veio até mim, segurou no meu rosto, encostou sua testa na minha e disse chorando:

—Eu amei você. Ainda amo, mas não dá. Eu não vou colocar a minha filha, a minha linhagem em risco por sua causa. O sangue antes de tudo. 

Ela se afastou de mim. E avançou com tudo.

—Você tem alguma ideia do que quase tirou de mim?! Quase me tirou a chance de criar a nossa filha! Você é um louco! Você quase me matou! Quase nos matou! Essa criança pela qual eu pedi a minha vida inteira!  Cada bruxa pela qual eu lutei, cada bruxa que se levantou e apoiou a nossa filha você as amaldiçoou! As feriu. Meus pais me abandonaram porque eu era diferente! Os seus te feriram e olhe pra nós agora Christian!?

—Ela merece algo melhor do que o que nós tivemos! É tudo o que eu sempre quis pra ela, algo melhor! Revide! Revide!

—Ana. Ana!

Ela se virou e viu.

—Ela tá andando. Quando ela começou a andar? Eu perdi. Eu perdi tudo.

Anastácia pegou Alice no colo e beijou o topo de sua cabeça.

—Vamos pra casa querida.

—Ana, seus machucados.

Ela desenrolou as faixas e não tinha mais nada.

—Eu nunca vou me acostumar com isso.

 

 


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