Capítulo 33

Dreadnought

                Helena Bertinelli levou o tempo que precisava para se acostumar com sua nova condição; ela ainda seria a Caçadora, atuaria em Gotham a ajudaria o Batman quando pudesse, mas, o que Bruce ouviu foi que ela estava se ajustando bem a viver em Gotham, usando a fortuna de sua família em eventos beneficentes; investindo em empresas buscando ter mais retorno financeiro e continuar como socialite, mas, também, ela conseguiu uma emprego de professora; seria alguns dias depois que ela seria vista com uma nova roupa com mais proteção atuando como a Caçadora e o povo de Gotham parecia aceitá-la bem; no momento ele estava a vendo fazer o trabalho que havia proposto, mas, estaria atento caso ela desviasse. Nesse tempo, ele se encontrou sem um chefe de segurança da Wayne Enterprises; o antigo, havia sido assassinado; para manter as aparências e a sua identidade secreta, Batman não podia se envolver nesse caso, apenas a polícia se envolveria, ele foi encontrado em seu apartamento na mesa de jantar com um tiro que atravessou a sua cabeça; tiro de sniper em que traçando de onde o tiro veio e analisando o local do atirador, não encontraram a capsula de bala, logo foi analisado a vida dele.

                Um homem com a ficha limpa, exército e mais tarde se especializou em segurança e trabalhando na Wayne Enterprises subiu na carreira até chegar a Chefe De Segurança, somente havia um problema, ele tinha dívidas de jogo, mas, não tão grandes que justifique um atirador de elite, especialmente com o salário dele que lhe permitiria quitar a dívida sem problemas, logo a polícia foi atrás dos seus relacionamentos; cada um deles seria analisado, tanto dentro como fora da Wayne Enterprises, por enquanto, Bruce ficaria atento a qualquer desenvolvimento do caso; outras coisas haviam surgido; voltando da empresa, resolvendo os assuntos do dia e colocando tudo em ordem e em seguida saindo da garagem e em seguida entrando na cozinha; Bruce vê o que parece ser uma reunião feliz e normal de família, Alfred, Leslie e James abraçando uma mulher que ele reconheceu imediatamente:

— Julia Pennyworth! - disse Bruce – Como está a SAS?

— Bruce Wayne! - disse Julia de volta – Eu terminei o meu tempo com a SAS, voltei para visitar a família; procurar um emprego e não é por nada, mas, também ter um lugar próprio!

— Você é bem vinda Julia! - disse Bruce sorrindo a abraçando em que ela retribuiu; foi uma tarde feliz, uma rara tarde feliz em que todos puderam estar reunidos e comer um belo almoço; todos puderam desfrutar de uma deliciosa sobremesa e de apenas uma conversa banal sobre qualquer assunto que venha a mente e Bruce percebeu que estava vendo algo que é bem-vindo na sua vida e que deveria tonar mais uma rotina, por um momento esquecer as coisas sombrias acontecendo; foi bom ver Julia cumprimentando os outros; foi bom vê-la segurando sua filha Helena pela primeira vez, de brincar com ela; foi bom apenas ficar sentado e ver o clima descontraído de todos; foi um dos poucos momentos que Bruce não esqueceria e guardaria com carinho; tomando um gole da taça de vinha em sua mão, Bruce apenas aproveitou a paz que sentia naquele momento; Julia então se sentou ao seu lado:

— Como estão as coisas? - perguntou Julia:

— Vão bem! - respondeu Bruce com a voz leve:

— Bruce, eu sinto muito não ter vindo no enterro da Rachel! - disse Julia:

— Eu sei! - disse Bruce – E tenho certeza que ela sabe e não se importa, sei que teve suas razões!

— Obrigada! - disse Julia:

— Você pode visitá-la sempre que quiser! - disse Bruce:

— Eu farei isso quando me estabelecer e encontrar um lugar meu! - disse Julia:

— Você pode ficar o tempo que quiser Julia! - disse Bruce – Você pode morar se quiser, é bem-vinda!

— Obrigada Bruce, eu aceito passar um tempo, mas, eu quero minha independência! - disse Julia – Quero construir minhas próprias memórias!

— Eu entendo! - disse Bruce – Quanto ao emprego, posso ajudar!

— Obrigada Bruce, mas, eu gostaria de fazer com as minhas próprias mãos e competência! - disse Julia:

— Você aceita e quando estiver mais estável, pode sair a qualquer hora! - disse Bruce:

— Em que cargo? - perguntou Julia curiosa:

— Chefe De Segurança! - respondeu Bruce:

— Quer que eu investigue a morte de seu empregado? - perguntou Julia:

— A polícia está fazendo seu trabalho! - respondeu Bruce – Mas, é bom ter olhos novos nesse caso!

— Por que Batman não pode fazer isso? - perguntou Julia:

— Não pode haver nenhuma chance de ligarem Bruce Wayne ao Batman! - respondeu Bruce – Por isso não posso me aproximar nesse caso como Batman, apenas como Bruce Wayne!

— Ponto! - disse Julia e em seguida ficou em silêncio pensando – Quando começo?

                Bruce não queria colocar Julia em algo tão cedo, na verdade ele não queria arrastá-la, mas, nesse momento ele só confia nela para ficar de olho de um jeito que ele não levante suspeitas, mas, ele não precisa se preocupar, Julia é capaz e vai resolver isso sem problemas; não havia mais nada em que a polícia pudesse usar na investigação, pelo menos da maneira legal, o caso, é claro seguiria pelos próximos meses de investigação e análise de evidências e nesse tempo, Julia olharia as coisas de um jeito diferente e poderia chegar em algo que então seria entregue a polícia e quem sabe podendo ajudar a encerrar a investigação com a captura do culpado, de fato, Bruce não tem o que se preocupar; Julia não precisa de ajudar para resolver isso e ele poderia focar em outras situações que estava surgindo. Julia Pennyworth havia chegado a Wayne Enterprises em seu primeiro dia de trabalho; ela havia passado no andar de escritório do Departamento De Segurança e entrado no escritório do chefe com todos os presentes no andar olhando para ela enquanto passavam, dentro do escritório, notou que nada havia sido mexido, as coisas de Alan D’Port ainda estavam, em uma caixa; ela estava olhando para as coisas de Alan esperando encontrar alguma pista que ajudasse a resolver seu caso; foi naquele momento em que a porta bateu:

— Entre! - disse Julia e Bruce entrou no escritório:

— Julia! - disse Bruce a cumprimentando:

— Chefe! - disse Julia:

— Bem vinda! - disse Bruce – O pessoal está se reunindo para você ser apresentada!

                Julia suspirou revirando os olhos:

— Ótimo! - disse Julia:

— Olha, você não precisa fazer isso se quiser! - disse Bruce:

— Não, eu vou! - disse Julia – Tenho que manter as aparências!

— Se não for muito para você! - disse Bruce:

— Se meus pais aguentam você, eu também posso! - disse Julia sorrindo:

— Verdade! - disse Bruce sorrindo também – Você conseguiu alguma coisa com os pertences de Alan?

— Não! - respondeu Julia – Comecei a olhar para as coisas dele agora, mas, por enquanto podemos ficar com as dívidas de jogo, mas, ainda não faz sentindo, os cobradores não o matariam, se não, não receberiam, a não ser que quisesse passar uma mensagem!

— Só se for alguém jovem e com a reputação no início! - disse Bruce – Os agiotas mais antigos e com uma larga reputação de seus tratamentos com os endividados garante que sejam pagos no tempo certo e mesmo que não consigam, ainda sempre há possibilidades de a dívida ser paga!

— Você acha que Alan D’Port recusou dar acesso ao agiota a Wayne Enterprises? - perguntou Julia:

— Com essa dívida pequena que Alan tinha as condições financeiras para pagar; isso tem que ser verificado! - respondeu Bruce:

— Também pode estar envolvido com os seus relacionamentos! - sugeriu Julia:

— Isso, são dois caminhos que você tem que verificar! - disse Bruce – Mas, agora, temos que apresentar você ao pessoal!

                Julia suspirou e em seguida saiu com Bruce para ficar de frente a todas as pessoas do escritório:

— A todos vocês, obrigado por terem vindo! - disse Bruce – Sei que a morte de Alan foi repentina e pegou todos nós de surpresa, mas, um departamento da importância de vocês dentro dessa empresa não pode parar, por isso, contratei a sua nova chefe de segurança, a Srta. Julia Pennyworth!

                Houve alguns aplausos educados:

— Terminou seu serviço com a SAS britânica, está aqui para acrescentar a sua experiência a esse departamento! - disse Bruce – Espero que todos vocês a recebam bem e a façam se sentir em casa; obrigados a todos e tenham um ótimo dia!

                Julia passou a conhecer todos dentro do escritório nesses próximos dias; fato de ser filha do mordomo da Família Wayne deu a entender que ela estava nesse cargo por favorecimento, claro, que desmerecendo seu histórico com a SAS; ela logo tratou de corrigir esse fato, com a mudança de turno e indo para a academia dentro do prédio da empresa onde os seguranças treinavam, ela desafio-os para uma luta amigável e logo estava provando para eles a sua capacidade e foi com isso que ela conseguiu se aproximar deles e ela descobriu um pedaço de informação importante sobre Alan D’Port, ele tinha uma namorada; bem, eles não usaram esse nome, mas, se referiram a ela mais como amante e ela é funcionária do Departamento de Tecnologia Da Informação Da Wayne Enterprises; Samantha Kells é uma bela mulher que encanta qualquer homem ou mulher por onde passe, diferente do estereótipo de um especialista de tecnologia da informação, Julia sabia o que tinha que fazer, tendo acesso à vida profissional de Samantha e depois de aprender o que é necessário, ela tinha que entrar na vida pessoal dela; olhando para esse momento, sendo apenas considerada amante ou nos termos modernos; ficante; sendo mantido tão discreto e que poucos seletos ou ninguém sabia é que permitiu que ela passasse pela polícia, nesse caso, Julia seguiria essa pista e ver se algo relacionado a vida pessoal de Samantha foi a causa da morte de Alan.

                Julia sabia por onde começar; olhando os pertences de Alan que manteve no escritório encontrou algo que seria dado a Samantha; Julia seguiu para o andar do departamento onde Samantha Kells trabalha e chegou a área dos cubículos; seguindo exatamente para a estação de Samantha chegando lá, a vendo trabalhar concentrada:

— Samantha Kells! - disse Julia:

— Sim! - disse Samantha parando o seu trabalho e se virando para ver Julia:

— Julia Pennyworth, a nova chefe de segurança! - respondeu Julia – Tem um minuto?

— Sim! - respondeu Samantha – A área de descanso serve?

— Claro! - respondeu Julia seguindo para a área de descanso com Samantha:

— Do que se trata? - perguntou Samantha quando as duas entraram na sala:

— Uma pergunta antes de tocar no assunto! - disse Julia:

— Tudo bem! - disse Samantha:

— Eu soube entre os funcionários que você e Alan D’Port eram próximos! - disse Julia. Samantha suspirou:

— Você pode manter um assunto em segredo e o mais discreto possível, mas, aparentemente é inútil e se espalha como fogo! - disse Samantha – Éramos amantes; ficantes, amigos com benefício, mas, mesmo sabendo que não era para durar, não desenvolver sentimentos de paixão e romantismo, acabamos caindo nessa armadilha e logo estávamos falando em namorar, deixar o relacionamento sério e ver até onde iriamos, mas, eu sei que agora não vou saber!

— Guardando as coisas em seu escritório encontrei isso! - disse Julia entregando uma caixa preta pequena para Samantha – Dados os rumores, achei que é para você!

                Samantha abriu a caixa para ver um colar de ouro, ela deixou cair lágrimas de tristeza e soltou um gemido de dor; Julia entregou a ela um lenço que começou secar suas lágrimas:

— Esse colar marcaria o começo do nosso namoro! - disse Samantha – Eu nem consegui dar meu presente a ele; obrigada!

— Não tem problema! - disse Julia:

— O Sr. Wayne mandou você para investigar a morte de Alan? - perguntou Julia:

— Por que acha isso? - perguntou Julia:

— Alguém com sua bagagem! - disse Samantha – Eu sei e todos dentro da empresa sabem quem é o seu pai, em quem mais ele confiaria para investigar se suspeitasse de assassinato!

— Ponto! - disse Julia e em seguida entregando o seu cartão de visita para Samantha – Me ligue se precisar de algo!

— Eu ligo, mas, apenas garanta que vai pegar quem fez isso! - disse Samantha:

— Estou aqui para isso, mas, não posso garantir nada! - disse Julia.

                Julia ainda tem o seu equipamento de combate que usou na SAS, foi com ele que ela verificou a vida de Alan D’Port; ela não recebeu nenhuma ligação de Samantha Kells nos próximos dias e por isso, ela verificou a vida de Alan, por mais que a polícia tenha feito isso, Batman também tenha verificado mais a fundo, ela fez isso para passar o tempo e refletir sobre a vida que estava tomando, ela, de fato, estava gostando; ela não tinha nenhuma expectativa quanto a trabalhar na Wayne Enterprises ou se vestir com máscara e sair à noite, ela nem mesmo bateu em nenhum bandido nas primeiras noites, mas, agora, ela estava gostando desse trabalho como chefe de segurança e podia dizer com certeza, que estava fazendo bem e também, foi recentemente que começou a bater nos bandidos enquanto fazia seu trabalho de investigar a vida de Alan e percebeu a satisfação de ter ajudado os inocentes, ela estava sendo falada na cidade e tem a certeza que Bruce e os outros também já sabem dela e que ele estava cobrindo ela para a polícia, não agora, ela tinha a certeza que enquanto não houvesse confirmação por parte da polícia, eles não tocariam nesse assunto com o Batman, de qualquer forma, Julia tem que tomar uma decisão; foi durante essa noite que ela sairia pela primeira vez para apenas patrulhar e ajudar os inocentes prendendo bandidos que seu celular tocou:

— Julia Pennyworth! - disse Julia atendendo o telefone:

— Aqui é Samantha! - disse Samantha:

— Algum problema? - perguntou Julia sem perder tempo e Samantha sabia disso:

— Eu tenho que confessar algo! - respondeu Samantha – Podemos nos encontrar?

— Aonde? - perguntou Julia:

— Meu apartamento! - respondeu Samantha e em seguida desligou e uma mensagem de texto veio em seguida com um endereço, Julia vestiu uma roupa civil apenas carregando a sua pistola e logo saiu para se encontrar com Samantha; demorou alguns minutos dirigindo na cidade quando chegou ao endereço, desceu do carro atravessando a rua e chegando à porta do prédio onde tocou a campainha do apartamento de Samantha:

— Quem é? - perguntou Samantha pelo interfone:

— Julia! - respondeu Julia e o sinal foi tocado e ela entrou, entrando no elevador e em seguida tocando no botão onde chegou ao andar, saiu do elevador e andou até chegar ao apartamento onde Samantha abriu a porta:

— Entre por favor! - disse Samantha. Julia entrou e Samantha fechou a porta – Você conseguiu algo na sua investigação?

— A vida de Alan está limpa, mesmo com a dívida ainda pendente, ele quitaria em breve! - respondeu Julia:

— Essa dívida foi um momento em que ele decidiu se divertir, mas, não soube parar a tempo! - disse Samantha – Ele disse que nunca mais faria isso e que resolveria e de fato, ele fez!

— O que aconteceu com Alan foi muito recente e por isso, comecei a olhar para a sua vida! - disse Julia tirando a pistola de seu coldre, Samantha não demonstrou reação ao ver essa ação:

— É minha culpa, eu sabia que seria por minha causa! - disse Samantha derramando lágrimas – A morte de Alan:

— E você quer justiça para ele! - disse Julia – Pelo começo, por favor!

— O que posso dizer! - disse Samantha – O passado condena e sempre volta para assombrar! Eu era como toda adolescente, revoltada, retraída, com raiva da sociedade e vendo a injustiça, eu queria lutar para fazer a diferença, proteger os inocentes contra essas corporações e governos autoritários que exploram o seu povo; boa com programação desde de cedo, eu me tornei uma hacktivista solo durante um bom tempo até que encontrei…!

— A Helix! - disse Julia:

— Eles me fizeram se sentir em casa, eu me senti em casa e principalmente que estávamos lutando pelo que é certo, Cayden James é carismático e um bom líder, não posso negar, mas, à medida que o tempo passava eu o vi se envolvendo com alguns nomes realmente ruins; a Calculadora, o Apagador são alguns desses nomes e quando vi que eles estavam trabalhando em uma lista de nomes de espiões americanos e que iriam divulgá-la; descobri que eles venderiam a lista em um leilão, mas, que também os familiares desses espiões seriam divulgados também; não pensei duas vezes, denunciei todo o esquema! - contou Samantha:

— Você entrou no Programa De Proteção A Testemunha! - disse Julia:

— Ser a causa da liberação da verdadeira identidade de três hackers mais perigosos do país, ser responsável pela prisão da metade dos integrantes do grupo Helix; me concederam proteção e uma mudança de vida! - disse Samantha – Alan sabia disso, ele foi responsável pela minha entrevista, ele me monitorou por algum tempo até ser declarada pessoa de confiança e foi assim que nos aproximarmos e agora sei que por causa do meu passado ele está morto!

— Acha que algum hacker descobriu sobre você? - perguntou Julia:

— Tenho certeza! - respondeu Samantha.

                Foi nesse momento em que as duas ouviram a janela sendo quebrada e um objeto cair no chão, Julia viu a granada cilíndrica e imediatamente agarrou Samantha e correndo quando a granada explodiu, imediatamente o ouvido de Julia foi coberto por um zunido doloroso; flashbang, Julia reconheceu e tirou a sua pistola de seu coldre e olhou para a janela da sala, homens vestidos de armaduras pretas com armas automáticas entraram, Julia atirou acertando dois deles que caíram no chão; Julia e Samantha se esconderam atrás da bancada da cozinha com Julia atirando e derrubando mais dois, mas, então quando a zunido em seu ouvido parou, a porta da frente foi arrombada e mais homens entraram atirando; Julia atirou derrubando mais um enquanto os outros entravam na cobertura e ainda estavam atirando; Julia viu que estava sobrando poucas balas:

— Não vai demorar muito para eles jogarem as granadas em nós! - gritou Julia em meio aos tiros:

— O que vamos fazer? - perguntou Samantha:

— Atacar! - respondeu Julia entregando a arma para Samantha – Me cobre!

— O que? - perguntou Samantha confusa a vendo pegar as facas da cozinha e se levantar; Samantha se levantou também disparando a arma em suas mãos; Julia com as duas facas na mãos a jogou acertando dois homens e em seguida pegando a terceira e a jogando acertando a arma do terceiro, Julia veio aplicando um golpe no peito e na cabeça do homem, agarrou o seu pescoço por trás e mirou a arma dele atirando e acertando o outro homem, o escudo humano que ela usou recebeu várias balas; Julia pegou a quarta faca a jogando acertando o pescoço do homem que estava atirando e em seguida o segundo homem recebe um tiro de Samantha que havia descarregado a sua arma; o ataque havia terminado.

                Carros da polícia bloqueiam a rua com policiais espalhados vigiando o local, ambulâncias e carros do necrotério estavam presentes; eles também estavam no prédio onde o ataque acorreu; em uma das ambulâncias estavam Julia e Samantha sendo atendidas pelos para médicos procurando por qualquer ferimento e medindo a pressão enquanto o detetive no local pega o depoimento das duas; foi nesse momento em que Alfred, Leslie e James chegam, eles conseguiram passar pelo bloqueio policial e agora estavam se aproximando de Julia, nada foi dito entre eles, apenas em um olhar, ambos estavam se abraçando:

— Eu estou bem! - disse Julia – Estou bem!

— Tem certeza? - perguntou Leslie:

— Sim, mãe! - respondeu Julia – Eu sobrevivi e tive a ajuda de Samantha!

                A família Pennyworth se virou para Samantha:

— Obrigada! - disse Leslie:

— Não tem problema! - disse Samantha:

— Ainda sim, agradecemos! - disse James:

— Isso aconteceu por minha causa! - disse Samantha:

— Senhorita, eu posso dizer com toda a autoridade de alguém que se culpou quando coisas ruins aconteciam a aqueles que eu amava que as coisas acontecem! - disse Alfred:

— Isso é a maneira educada de meu pai dizer que merda acontece! - disse Julia – Você não deve se culpar disso!

— O que eu não disse durante a conversa é que tenho recebido ameaças a algum tempo! - disse Samantha:

— De quem? - perguntou Julia:

— Eu não sei! - respondeu Samantha – Não consigo rastrear a origem e quem é o chantagista, ele é um bom hacker, eu admito!

— O que esse chantagista quer? - perguntou Alfred:

— Me usar para entrar na Wayne Enterprises! - respondeu Samantha – Eu disse não, mas, por causa disso, Alan está morto e esse ataque aconteceu e eu sei quem fez isso!

— Como? - perguntou Julia:

— Eu reconheci o modo operacional dele quando estávamos juntos na Helix, ameaças a distâncias e físicas praticadas por terceiros, só havia um hacker que fazia isso! - respondeu Samantha:

— Christopher Young, o Expediter! - disse Julia Pennyworth a Barbara Gordon, as duas dentro da Batcaverna; Barbara com o seu batsuit no grande computador da caverna mexendo nele:

— Eu já ouvi falar dele! - disse Barbara – Membro da Helix que foi um dos denunciados, Expediter é conhecido por ser um caçador que não desiste da presa, claro que ele caçaria Samantha, não importa o quão bem protegida ela estivesse!

— Usá-la para entrar na Wayne Enterprises é um bônus para ele! - disse Julia:

— Isso, na verdade, indica que ele tem um novo chefe e o mesmo quer ter uma abertura na Wayne Enterprises! - disse Barbara – Isso não pode acontecer!

— Concordo! - disse Julia; um acesso de alguém de fora da empresa seria catastrófico, Expediter teria acesso a projetos secretos da empresa que poderia vender no mercado negro que seria devastador, sem falar nos balanços financeiros da empresa e pior ainda, as contas da empresa:

— E agora? - perguntou Julia:

— Você ainda está no caso! - respondeu Barbara – Bruce disse isso!

— Ele disse sim! - disse Julia e Barbara suspirou:

— Desde a morte do Superman, as coisas mudaram, bandidos não saiam de dia e de noite com medo do Batman e do Superman, em Gotham, pelo menos até aprenderem a trabalhar com eles por perto, mas, agora, eles se tornaram mais corajosos e estão saindo de onde se esconderam e também novos vilões estão surgindo e velhos voltando a assombrar! - disse Barbara – Bruce disse que vai ajudar assim que puder, mas, ele sabe que você pode resolver isso sem ele!

— Eu me sinto agradecida por Bruce ter essa fé em mim, mas, eu não fui feita para isso! - disse Julia:

— Não foi o que nós percebemos durante esses dias! - disse Barbara ficando de pé – Samantha vai ser transferida para uma casa segura e estará em movimento; uma oportunidade para o Expediter atacar!

— O clássico da emboscada! - disse Julia:

— Nesse caso vai precisar de equipamento! - disse Barbara:

— O que a de errado com o meu? - pergunta Julia incrédula:

— O fato de ser equipamento da SAS! - respondeu Barbara – Agradeça a Deus que você não foi reconhecida apenas por usar esse equipamento!

                Julia não disse nada enquanto seguia Barbara dentro da Batcaverna até a seção onde os ternos são guardados:

— Seus pais pediram que o Sr. Fox providenciasse esse terno novo para você! - disse Barbara:

— Meus pais? - perguntou Julia incrédula:

— Eles também perceberam! - respondeu Barbara:

— Claro que sim! - disse Julia vendo uma seção que abriu revelando o novo terno que ela usaria; além de conter todos os equipamentos que ela já estava usando no antigo, o que mudou foi; as placas de klevar e titânio que dão mais proteção, além do tecido inventado por Lucius Fox, o tiflex na versão 2 que protege contra cortes de facas, mas, não facadas diretas; capacete que cobre os olhos com uma lente única e retangular com o resto do rosto descoberto, mas, segundo Barbara, essa parte do rosto é coberta quando entra em combate; o traje é completamente diferente do traje que ela usou no SAS, mas, o que chamou a atenção de Julia foram as duas pistolas que vinham junto com o traje:

— Eu pensei que Bruce odiasse armas! - disse Julia:

— Ele odeia, mas, também sabe que você vai ser mais eficiente se usar todo o seu treinamento, inclusive o de armas! - disse Barbara que em seguida pegou uma das pistolas e entregou a Julia que a achou inicialmente leve – Pistolas de energia, cortesia da engenharia reversa das armas kryptonianas; devem durar doze horas sem recarga se não abusar dos tiros!

— Certo! - disse Julia:

— Tem mais! - disse Barbara saindo da sala e indo para a garagem quando uma plataforma começou a subir do chão revelando uma moto – É sua!

— O que? - perguntou Julia surpresa:

— Você precisa de locomoção! - respondeu Barbara – Carroceria e chassi de titânio a prova de balas, rodas largas, pneus a prova de balas, o piloto fechado com vidros à prova de balas; dois motores elétricos, bateria dura vinte e quatro horas; de 0 a 100 km em cinco segundos; duas metralhadoras calibre trinta na frente, flares como defesa e dois lançadores de granadas atrás; além de um modo furtivo!

— Uau! - disse Julia:

— Eu sei! - disse Barbara sorrindo – Eu tenho que ir, se acostume com isso rápido antes de ir para as ruas!

                Julia se acostumou rápido, afinal ela teve que sair na mesma noite, o transporte de Samantha Kells estava acontecendo; Julia com seu novo equipamento chegou a um ponto de observação em cima de um estacionamento onde assistiu em uma visão ampliada um comboio saindo da delegacia e em seguida do outro lado da delegacia saindo um carro comum, Julia sabia onde Samantha Kells estava, ela sorriu com seus lábios vermelhos ao qual ela deu seu próprio toque ao uniforme; ela montou na sua moto que se fechou sobre ela, deu a partida e em seguida saiu em velocidade para acompanhar o verdadeiro comboio de Samantha. O plano estava sendo seguido, a polícia colocou um comboio de três carros blindados para ser a isca enquanto um único carro sem acompanhante ia discretamente com Samantha e mais dois guardas, na verdade ela estava sendo acompanhada por um drone com reforço pronto para agir em caso de problemas; os policiais estavam esperando que tudo desse certo e Samantha estaria protegida enquanto as autoridades preparam uma nova vida para ela e dessa vez garantindo que não fosse encontrada; no carro, eles estavam calmos quando de surpresa eles são atingidos por um caminhão de lixo que o joga para capotar o carro e ficar de cabeça para baixo; Samantha está tonta quando seis carros pretos surgem e estacionam perto do acidente, homens de preto descem dos carros; além dela, os outros dois passageiros estão inconsciente, mas, o motorista consegue sair, mas, um tiro em sua cabeça e ele não se move mais, Samantha grita de susto enquanto os homens, agora, claramente armados se aproximam e então tiros foram ouvidos, dois carros explodiram e apenas Samantha esperou que tudo terminasse e ela tivesse uma chance de escapar.

                Julia avançou rápido pelas ruas de Gotham verificando o deslocamento de Samantha pelas câmeras nas ruas quando viu o seu carro ser atingindo por um caminhão de lixo e em seguida ser capotado, viu seis carros chegando e homens armados descendo deles e foi quando ela chegou ao local que viu o motorista ser assassinado; ela agiu antes que Samantha fosse morta; a moto avançou disparando de sua metralhadora munição explosiva destruindo dois carros cruzando o acidente, mas, atrás da moto está lançadores de granadas que lançam os projéteis destruindo mais três carros; os homens estão atirando sem parar na moto, mas, a blindagem mostra que não sofre nenhum arranhão, a moto vira e avança mais uma vez destruindo o último carro com sua metralhadora; foi nesse momento em que um dos homens grita de dor e terror quando é puxado para a escuridão de um becos, os outros homens se viram e começam a atirar no beco, mas, quando se aproximam e iluminam com suas lanternas, apenas veem o companheiro nocauteado e de surpresa, outro homem é pego e puxado para cima, ele grita de medo até que é solto e cai no chão desmaiado; os homens ficam desesperados e ficam surpresos quando uma figura feminina vestida de preto e blindada pousa em cima do caminhão de lixo, puxa duas pistolas e dispara raios de energia rapidamente atingindo todos eles e os derrubando; todos aqueles estavam mortos; a mulher guarda as pistolas e se aproxima do carro capotado, tira os dois policiais inconscientes e depois tira Samantha do carro:

— Obrigada! - disse Samantha:

— Sem problemas! - disse Julia verificando os corpos dos homens que haviam atacado Samantha e encontra um celular em um deles:

— Quem é você? - perguntou Samantha.

                Julia não tem uma resposta, diante de tudo, ela nem tinha pensado nisso; na verdade ela aceitou que nunca levaria essa vida até pouco tempo onde passou a gostar de fazer isso, salvar pessoas; ela fez isso na SAS, mas, agora poderia continuar com o que treinou para fazer; ela poderia continuar fazendo o que já é uma parte de se mesmo, mas, diante dessa constatação sobre se mesma, ela não pensou em um nome código, nada que a possa identificar nas ruas enquanto combate os bandidos; Julia foi salva de responder quando ela ouviu as sirenes da polícia se aproximando, com o controle remoto na manopla, chamou a moto que parou a lado dela, montou na moto e saiu em disparada em alta velocidade. Se alguma coisa que Julia sabe é que hackers são notórios em se esconder, eles tem uma paranoia em se permanecerem ocultos, nomes códigos e as mais variadas formas de navegar na rede sem serem identificados ou detectados, mas, uma coisa que ainda não conseguem esconder é o consumo de energia; se eles moram em grandes densidades populacionais, eles podem esconder o consumo de energia, mas, quando estão estabelecidos em locais poucos populosos ainda podem ser encontrados pela geração de calor e isso é ainda mais facilitado quando se tem os locais que o hacker frequenta, mas, Julia sabe que Expediter é um homem precavido, mas, ele não conta com seus mercenários portando celulares onde o histórico de localização pode ser acessado e comparado com os altos consumos de energia e geração de calor e foi assim que Julia sabe exatamente para onde ir.

                Julia chegou ao prédio onde Expediter operava, com a visão de detetive, ela verificou toda a estrutura e já sabia por onde entrar e o quão rápida e silenciosa ela deveria ser para chegar ao Expedir, ela avançou com a moto em modo furtivo até um beco escuro e saiu dela entrando pela ventilação; dentro do prédio ela começou a nocautear os mercenários um a um, da forma discreta e silenciosa e foi quando mais da metade foi tirada é que o resto começou a entrar em estado de pavor, suando muito e exalando medo, Julia acelerou o processo sabendo que o Expediter já poderia estar ciente e destruindo os arquivos de seus servidores; Julia queria confrontá-lo, ela queria respostas; somente quando chegou ao último mercenário é que ele gritou de medo e Julia o nocauteou e soube que não tinha muito tempo, ela seguiu imediatamente para Expedir, saindo do duto de ar e pousando atrás dele; ele se virou e a viu:

— Você não é o Batman! - disse Expediter:

— Não! - confirmou Julia com a voz alterada:

— Mas, você segue os passos dele, já que eu ouvi o grito de pavor do mercenário! - disse Expediter:

— De fato! - disse Julia:

— Então, eu estou preso? - perguntou Expediter:

— A polícia já foi chamada! - respondeu Julia – Mas, acho que podemos conversar!

— Pergunte! - disse Expediter:

— Samantha Kells? - perguntou Julia:

— Eu não a conheci por esse nome! - disse Expediter rindo – Rosefalls é o nome que foi reconhecida na Helix, mas, ela foi fraca e denunciou a todos, nossos nomes verdadeiros conhecidos para o mundo e nossa paz em nosso trabalho destruída!

— Chantageou Samantha por um acesso! - disse Julia:

— De fato! - disse Expediter entendo onde Julia queria chegar – Fui contatado, seja quem for entregou o novo nome de Rose e em troca lhe daria um acesso a Wayne Enterprises!

— Você resolveu fazer os dois! - disse Julia:

— Por que não? - perguntou Expediter sorrindo – Eu me vingo de Rose e consigo o acesso a Wayne Enterprises ao mesmo tempo, claro que logo descobri que Rose não cederia, então mandei matar seu amante como forma de persuasão, mas, com você aqui, claro que não deu certo!

— Quem é o seu chefe? - perguntou Julia:

— Eu não sei! - respondeu Expediter – Pela primeira vez, não fiquei curioso para descobrir, uma chance de se vingar foi um bom preço!

— Um hacker como você, pelo menos, teria alguma pista para seguir depois! - disse Julia:

— Eu tenho na verdade! - disse Expediter sorrindo.

                Foi um momento de surpresa para Julia quando Expediter caiu para trás quando tomou um tiro na cabeça o matando antes que atingisse o chão; ao acontecer esse momento os servidores que Expediter estava operando começaram a pegar fogo, Julia se aproximou na esperança de salvar alguma coisa, mas, não adiantou, o fogo ficou mais intenso e Julia percebendo que certamente havia mais na segurança que Expediter acionou quando morreu, Julia começou a correr saltando e quebrando uma janela quando a explosão ocorreu, Julia caiu e ela pegou o arpéu o acionando e em seguida fez uma queda controlada onde conseguiu pousar no chão com segurança, ela ficou lá, parada enquanto guardava o arpéu assistindo ao prédio sendo consumido pelo fogo, então ela ouviu as sirenes se aproximando, chamou a moto pelo controle remoto e quando ela parou ao seu lado, subiu e saiu em alta velocidade se distanciando do local. Julia passou por um longo banho descansando o seu corpo, ela passou cada momento da conversa com Expediter e a conclusão em que chegou foi que ele seria morto pelo seu novo chefe, independente se tivesse sucesso ou não em sua missão e também em sua vingança; Julia saiu do banho, vestida seguiu para a área do computador onde Bruce estava verificando alguns dados:

— Ei! - disse Julia chamando a atenção de Bruce:

— Oi! - cumprimentou Bruce – Seu pai disse como foi as coisas!

                Julia suspirou:

— Então ele contou o meu fracasso! - disse Julia:

— Não acho que foi um fracasso! - disse Bruce:

— Eu sei! - disse Julia – A merda acontece!

— Eu entendo! - disse Bruce – Mesmo assim se sente culpada!

— Claro! - disse Julia – Seja quem contratou Expediter, cobriu bem os rastros! Ele estava obcecado pela vingança que não percebeu que já estava morto!

— Acredite ou não, você vai ver muito disso se seguir com essa linha de trabalho! - disse Bruce sorrindo. Julia ficou com a cara fechada mergulhada em seus pensamentos sobre se continuaria com essa vida ou não, mas, no fim, ela pesou tudo o que foi dito e aprendido, além do que ela experimentou durante esses dias; ela suspirou:

— Bem acho que vou me acostumar! - disse Julia:

— Bom! - disse Bruce sorrindo – Aliais, você já tem um nome código?

                Julia pensou por um momento, especialmente se lembrando da conversa com Expediter antes dele ser assassinado, de como ele falou sobre o pavor que havia colocado nos mercenários que ele havia contratado, da mesma forma que lembrou do medo que Batman colocava nos bandidos e somente os mais loucos poderiam enfrenta-lo e então havia chegado a um bom nome:

— Dreadnought! - disse Julia.