Moonlight escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 19
Capítulo 50


Notas iniciais do capítulo

~~ muita emoção! ai meu ♥

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Capítulo 50

19 de dezembro de 2007

Estou almoçando quando entre uma porção e outra tenho uma ideia e falo para Esme:

— Mãe, eu estive pensando...

— Sim, querida? – ela olha para mim atentamente.

— Poderíamos comemorar o Natal todos juntos aqui em casa. A sala é bem grande.

— Quem você tem em mente? - Edward não teria que me perguntar, mas eu respondo para ela explicando.

— Todos nós, Jacob, o pai da Bella...

— Teríamos que convidar, Sue, Seth e Leah também. Não sei se eles viriam, mas não custa tentar...

— Por que eles não viriam? - eles estavam aqui quando Jacob me atacou.

— É complicado, querida. Eles não gostariam de estar numa casa de vampiros, nem todo mundo é como você.

— Eles deveriam saber que não há perigo. Vocês não atacariam, não é?

— Claro que não! Mas, além disso, tem o tratado que não permite que nós entremos nas terras deles e nem eles venham no nosso território.

— Mas vocês poderiam fazer um acordo novo só pelo dia, como uma emenda na constituição. Eles já vieram aqui uma vez na festa de formatura dos meus irmãos, não é verdade?

— Sim. Seth não teria problema em vir, ele gosta de nós. Mas Sue e Leah podem não concordar...

— Só saberemos se perguntarmos. Se elas não quiserem vir tudo bem, ao menos convidamos. Não vai ficar chato para nós.

— Tudo bem, sweetie. Farei isso. Seu pai precisa comemorar ao menos uma vez, ele nunca celebrou essa data.

— Quando ele morava na Inglaterra não existia a festa?

— Os católicos e outros cristãos marcavam a data é claro, mas Carlisle não, porque ele era anglicano e o pai dele um pastor não fazia questão. E também porque o governo de Cromwell aboliu a prática durante a maior parte da vida humana dele

— Uau! Quer dizer que esse vai ser o primeiro natal de papai? E eu estarei presente. Oh!

— Não exatamente, querida. Mas será o primeiro que iremos festejar porque estamos ‘vivos’ depois do que aconteceu no final do ano passado. Nem imaginávamos que estaríamos comemorando o Natal... e temos uma outra razão para festejar também.

— Qual?- pergunto, mas logo percebo no olhar dela qual o motivo.

— Você, querida. Você é nossa razão para celebrar. Se tivéssemos morrido ano passado também não teríamos encontrado você, você é uma benção para nós.

Fico tão emocionada, nunca meus pais humanos me disseram isso, muito pelo contrário fazia com que eu me sentisse um estorvo, uma maldição.

— E eu também provavelmente teria morrido. Então eu também tenho o que agradecer. Você e papai me salvaram, mamãe – eles são como anjos enviados por Deus para me resgatar.

...XXX...

 

...Mais tarde naquela noite eu estava me preparando para dormir no colo de Esme quando ela diz:

— Querida, hoje está muito frio. Nós não devemos ficar tão perto. Eu não quero te machucar e não vou permitir que se machuque mesmo que seja indiretamente minha culpa.

— Ah mamãe, por favor! – olho para ela suplicante.

— Carol, eu não quero machucá-la, meu amor; entenda, por favor. Não me implore isso porque fazendo assim você só complica as coisas ainda mais para mim.

— Desculpe, mãe. Eu não quero fazer você sofrer – fico constrangida e abaixo a cabeça.

— Só você pode me fazer mal. Não posso ver você sofrendo que sofro com você.

— Eu também sofro junto com você, mãe.

— Não quero que você fique doente por minha causa sweetie.

— Fique comigo apenas até eu dormir, depois você pode sair, mãe. Eu nem vou perceber. Mas fique comigo, por favor.

— Farei isso querida, só um pouco até você adormecer. Melhor do que não ficar que a deixaria triste.

— Obrigada, mamãe.

— De nada, filha.

Ela afaga meus cabelos enquanto murmura uma canção para me fazer cair no sono. Reconheço a música que meu irmão Edward compôs para ela. Eu amo essa música também! Deve ser porque nós duas temos gostos parecidos.

...XXX...

 

24 de dezembro de 2007

Vamos comemorar o Natal todos reunidos, em família, como eu pedi. Somente Leah não quis vir e Jacob não a obrigaria mesmo que poderia ordenar como Alfa e ela teria que obedecer. O pai de Bella e Sue estão namorando e logo pretendem oficializar a união. Seth é mesmo um bom garoto, animado, e muito amigo de Edward.

Os Quileutes deveriam aprender mais com ele. Quando é que vão aprender que os Cullen não são como os outros vampiros? Já faz quase 100 anos que papai fez o tratado com eles e ainda não entenderam. Se os Cullen não fossem vampiros diferentes porque teriam feito um acordo para começar? Nem teriam entrado nessas formalidades.

Todos vamos passar a noite acordados, embora isso não seria difícil para a maioria de minha nova família porque vampiros não dormem. A maior prejudicada, de certa forma serei eu porque ainda sou humana e preciso de pelo menos oito horas de descanso todos os dias. Mais do que Renesmee que precisa apenas da metade disso e os lobos que podem dormir quatro horas também que já estão refeitos.

Essa desculpa da ceia é perfeita para manter o disfarce dos Cullen. Mamãe está na cozinha cozinhando com papai, enquanto meus irmãos estão aqui fazendo sala para nossos convidados. Eu tentei ver se Esme precisava de ajuda, mas ela me dispensou. Eu até fico de certa forma aliviada por não ter que ficar lá. Eu só iria atrapalhar meus pais. Assim eles podem ficar livres para fazer o que quiserem...

— Esme, Carlisle, estamos esperando – fala Edward de repente e me tira dos meus devaneios.

Ele deve ter percebido que nossos pais não estavam preparando a refeição e fazendo outra coisa...

Sue olha para mim que estou sentada diretamente em sua frente e diz:

— Oi querida, então é você a filha nova de Esme e Carlisle? – Sue me questiona em inglês mesmo.

— Sim, sou eu.

— Você é brasileira, não?

Charlie fica inquieto com a curiosidade da noiva. Bella que está sentada no outro lado dele segura sua mão. Ele já deve ter se acostumado com a pele fria da filha, pois não disse nada.

— Sim, sou.

— Como você se chama?

Caroline. My name is Caroline.

— Que nome bonito! Parece que você nasceu aqui, não em outro país.

— Sim é verdade, meu nome é de origem inglesa. Eu poderia ser inglesa. Assim como meu pai.

— Carlisle nasceu na Inglaterra?!

Ops! Acho que dei com a língua nos dentes e eles não sabiam disso. Quando eu for uma vampira acho que meus irmãos vão ter que cuidar de mim por isso e ficar me vigiando sempre. Às vezes eu falo coisas que não devia. Mas eu não sabia que não podia... Espero que eles me desculpem.

— Sim, mas ele veio ainda criança para os EUA – Edward me socorre e fico devendo mais uma para ele.

— Deixa para lá, Carol, eu não estou contando – ele sussurra para mim. Ou será que eu ouvi seu pensamento?

Acho que eu estou é ficando maluca com a convivência com tantos vampiros. Não teria problema se fossem todos como meus pais, vampiros ‘normais', eu nunca tive problema em morar com eles. E eu já moro com eles há quase quatro meses, então sei o que estou dizendo.

— A mesa já está pronta – Esme vem até a sala nos chamar.

— Até que enfim, eu estava ‘morrendo’ de fome – diz Jacob e Seth acena afirmativamente concordando.

Todos riem, inclusive eu. Ainda bem que os lobos comem bastante para compensar que os Cullen não comem muito - só quando querem disfarçar ou fingir ser humanos. Só eu e Renesmee, mas logo eu também vou me unir ao time da ‘dieta’.

Essa é a desculpa que eles dizem para não comer nada. E de fato estão de dieta, pois a dieta deles é 'vegetariana'. Acho que apenas os Cullen são vegetarianos no verdadeiro sentido da palavra, pois não comem as plantas.

Eu rio também devido a palavra ‘morrendo’. Nessa casa a única forma de morte é essa e ainda facilmente sanada. A única coisa que se mata aqui é a fome e nada mais.

...XXX...

 

Depois da refeição Alice diz:

— Hora dos presentes!

Eu não comprei nenhum presente, se eu ganhar algum como irei retribuir? Fico nervosa e Jasper sente então prontamente me manda uma onda de calma e me ajuda a relaxar.

— Não tem motivo para ficar agitada, querida – Esme vem ao meu lado e põe a mão sobre meu ombro.

— Você não quer ganhar presentes, criança? – Carlisle vem atrás de nós duas e nos envolve.

— Eu só não acho que eu mereça tanto... Além do mais eu não tenho nada para dar. Fica chato só ganhar e não retribuir.

— Nós sabemos que não tem como. Se tivesse, eu teria levado você para comprar algo - diz Esme.

— Você já nos deu o maior presente, criança: você - diz Carlisle.

Abraço meus pais. Eles são tão fofos. Ai meu Deus! Obrigada Senhor! Demorou mas você me fez mais feliz do que eu imaginei que fosse ser um dia. É verdade o que dizem que Deus faz as coisas muito melhor do que pensamos. Eu mereço tudo isso? Se Ele me deu é porque sim, eu mereço.

— Oh Carol, não diga isso. Você merece sim – diz Alice. – Até parece alguém...

Alice e Bella se entreolham.

— Eu não tenho culpa, eu não disse nada – Bella levanta as mãos como se Alice estive assaltando-a.

— Ela é assim, mesmo – diz Edward acalmando a esposa. – Não se exalte, querida.

— Desculpe, não queria causar problemas... – abaixo a cabeça.

— Tudo bem, querida – Esme afaga meus cabelos.

— Eu começo - diz Jacob.

— Ah, não – protestam Bella e Edward em sincronia, mas Jacob os ignora.

— Este presente eu escolhi com carinho para minha pequena mo... rena.

Jacob iria dizer monstrinha, mas na última fração de segundo antes de terminar de falar, viu Charlie e lembrou que não podia dizer. O tratado tem essa parte também que diz que os lobos não revelam o que os Cullen são de verdade e em troca os Cullen também não falam o que os Quileutes realmente são para as pessoas.

Renesmee abre a caixinha e descobre um anel:

— Você vai dar uma aliança para minha filha? – Bella explode e Edward a contém. É claro que meu irmão já sabia qual era o presente, mas só porque ele não avançou em Jacob, não significa que ele aprova.

— Não é uma aliança, é só um anel – ele se defende.

— Jacob eu acho que você deveria ter escolhido outra coisa – diz Charlie. – Como brincos.

— É, concordo. Mas agora já foi – olha para Renesmee. – Quer trocar por um par de brincos Nessie?

Bella trinca os dentes.

Realmente Jacob está brincando com fogo (ele é quente e não tem problema) e ao que parece não tem nenhum medo de se queimar, porque sabe que com Charlie aqui Bella não pode fazer nada. Mas espera só até amanhã. Eu não ficarei com dó nenhuma. Ele sabe que Bella não gosta desse apelido da filha e ele disse com a intenção de provocá-la.

Ou será que ela também está se refreando por minha causa? Não seja por isso. Edward leu meu pensamento e sorri um pouco para demonstrar que me ouviu.

— OK – diz Carlisle dando um passo à frente. – o próximo sou eu.

Fico tranquila porque papai deve ter comprado alguma coisa para mamãe.

Ah como eu estava enganada! Que nada! Eles dois compraram um presente para mim. Edward deve ter visto que eu pensei e ficou bem contente que eu tinha imaginado outra coisa. Eu era bem cooperativa mesmo sem ter sido induzida.

Ele pega a caixa mais alta e menos larga.

— Esse presente foi escolhido com carinho para alguém muito especial.

O que será? Será um vaso para mamãe plantar flor? Alto assim será uma estátua para colocar no jardim?

Carlisle volta e para bem na minha frente:

— Espero que goste.

— É algo que você sempre quis e nunca pode ter.

Eu vou chorar! O que pode ser? Ai meu Deus!

— Obrigada! – digo entre os soluços.

— Edward nos disse que seus pais nunca puderam lhe dar um – papai sussurra no meu ouvido.

— Abra meu amor – diz Esme me incentivando.

Tremo tanto que Carlisle precisa me ajudar a rasgar o embrulho, não quero me machucar como a Bella no seu último aniversário como humana. Dentro, obviamente tem uma caixa e abrir é fácil. Meu coração bate tão forte que mal consigo ficar em pé e acho que vou desmaiar. Sorte que meu pai é médico. Mas, eu não queria dar trabalho para ele...

No interior da caixa um patinete prateado. Meu Deus! Sonhei tanto com um desses. Mesmo se eles tivessem me comprado qualquer coisa eu ficaria feliz com o que eles me dessem, até lama.

Um patinete não era caro, mas meus pais não podiam comprar porque havia outra prioridade. Eu não era uma prioridade, comprar comida era mais urgente e importante do que me fazer sorrir. Custaria quanto? Cem reais em média, muitos pacotes de arroz e feijão. Não poderiam se dar a esse luxo e eu cheguei a pensar em construir um patinete de madeira eu mesma. Mas eu desisti dessa ideia.

Eu queria tanto um patinete, ai meu Deus! Papai, obrigada! Meus olhos ficam marejados de lágrimas devido à emoção.

Edward! Foi ele que contou para nossos pais. Nem tenho como agradecer. Mais uma vez devo a ele. Aah! Desisto! Não vou mais contar, ele pode ler minha mente então nunca ficaremos quites. Isso é injusto! Mas é uma injustiça legal, boa para mim depois de sofrer tanta injustiça ruim.

Edward leu isso na minha mente e sorri orgulhoso. Agora a nuvem de lágrimas se dispersa e eu posso ver novamente com alguma nitidez.

Pulo no colo de papai segurando seu pescoço.

— Obrigada – digo com a voz embargada de emoção e ele abaixa para que eu o alcance e lhe dou um beijo no rosto.

— Não fui apenas eu, foi ideia da sua mãe pedir para Edward ver o que você gostaria – diz sussurrando, pois Charlie não pode saber.

— Meu dom é muito útil! – rejubila Edward sussurrando.

— Sim, Ed – eu sorrio para ele com olhos brilhando de alegria. – Obrigada mamãe – viro para ela e beijo seu rosto também.

— Nós vimos a sua felicidade; foi o dinheiro mais bem gasto. Valeu a pena, eu faria tudo de novo.

Nem vou pensar no preço agora. Será que tiraram a etiqueta e nem poderei ver o valor? Não é tão caro (ainda mais nos EUA), mas meus pais humanos não tinham esse dinheiro sobrando para se dar ao luxo de gastar. Minha alegria não valia essa despesa para eles. Nem é muito e eu ficaria tão feliz! Mas agora estou feliz porque Esme e Carlisle puderam fazer isso por mim.

— Agora minha vez – diz Bella. – Nós também temos um presente para você, Carol. É de todos os irmãos.

— Mais... Eu não...

— Aceite, irmã – diz Edward.

— Está bem. Aceito. - Claro que eu aceito, não sou boba.

Mas o maior presente vai ser Esme que vai me dar quando me morder. Nenhum presente supera esse. A imortalidade.

— Encomendamos pela internet – explica Bella.

Ela me estende um livro embrulhado num pacote transparente:

— Não vimos necessidade de esconder. É uma coletânea dos livros de Jane Austen: Orgulho e Preconceito, Razão e Sensibilidade...

Adorei o presente! Eu queria muito ler esses livros um dia, claro que meus irmãos sabiam que eu iria gostar. Principalmente Alice e Edward. Não sei como conseguiram convencer minha irmã a não comprar algum vestido para mim...

Acho que sei como a convenceram. Depois que eu for vampira, Alice poderá comprar a roupa que quiser para mim, teremos a eternidade toda para isso. Ela sabe esperar.

E também ela deve ter visto que eu iria gostar tanto do livro que por hora está bem para ela. Mais tarde eu não vou escapar... Nem iria querer escapar. Quero ficar com Esme para sempre e se terei que aturar Alice para isso, não será ruim. Ela pode parecer um pouco extravagante, mas sempre tem boa intenção.

Bem, quase sempre.

— Obrigada, a todos – olho para todos os meus irmãos.

— Compramos uma versão em português para você irmã, não se preocupe – diz Alice.

Analiso a capa e constato que é verdade: está escrito em português.

— Obrigada pela atenção – repito para ela.

— Agora os presentes do meu pai e de Sue – diz Bella.

O de Charlie é óbvio, pois como embrulhar uma vara? A não ser que desmonte. Mas também veio junto vídeos de pesca nos mais diferentes lugares do planeta com o maior pescador do mundo na atualidade.

— Obrigado, Bells – responde ele meio sem jeito.

— De nada, pai. E para Sue... – diz Bella se voltando para a madrasta.

— Para mim?

— Sim, agora você é da família também.

Ela abre a caixinha e encontra um colar de pérolas e um par de brincos.

Sue acha muito e reluta em aceitar. Ainda bem que Edward falou que era melhor pérola que diamante, Bella queria comprar um colar de diamantes para ela. Imagine se fosse diamantes, aí sim que Sue não iria querer aceitar.

...XXX...


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Notas finais do capítulo

-- sim, eu sempre quis ter um patinete e isso foi uma das coisas que eu não pude ter quando era criança.
— e eu também pretendo ler os livros de Jane Austen. estou lendo mansfield park



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