Moonlight escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 13
Capítulo 44 - TPE


Notas iniciais do capítulo

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Capítulo 44

Depois que nossos primos foram embora Carlisle diz para meus irmãos:

— Alice você e Edward já sabiam o que iria acontecer hoje, não é verdade? - papai não parece zangado com os filhos, mas ele já deve estar acostumado com isso.

— Sim, pai. Mas não aconteceu nada de mais, se fosse acontecer algo grave eu iria avisar com certeza – responde minha irmã.

— Quero dizer, você já sabia que sua irmã teria um dom, filho? Porque não me disse nada? – Carlisle olha para Edward desapontado.

— Eu percebi que a mente dela é diferente das outras pessoas, mas eu não sabia o que poderia significar. Eu não fazia ideia, assim como você, pai. Eu só soube quando ouvi o que Alice viu Eleazar dizendo.

‘Eu já sabia que os pensamentos da Carol eram diferentes. Pareciam como as palavras em negrito que se destacam de uma página. Era como talvez uma compensação depois de ter encontrado minha esposa cuja mente eu não podia desvendar.

— Mas eu posso lhe mostrar agora, querido – se defende Bella.

— Sim, querida. Não estou dizendo que era ruim, eu só nunca havia conhecido alguém antes cujos pensamentos eu não podia ver. E isso me deixou intrigado.

— Eu devo ter algum problema... – digo, minha auto-estima nunca foi das melhores e todos percebem isso pelo meu comentário.

— Ninguém disse isso, filha – Esme me tranquiliza. Ela saberia se eu tivesse algum problema mental, pois ela foi minha psicóloga, mesmo que por apenas oito meses aproximadamente. Quase uma gestação... Mas nasci prematura como da primeira vez. ‘Carol, não bóia’. Me repreendo. – Você não tem nenhum problema, querida.

Parece que vi Edward reprimindo o riso. Que ótimo. Ele deve ter lido minha mente enquanto eu pensava nisso. Ao menos eu sirvo para alguma coisa... Sou a boba da corte.

— Não estou debochando de você, irmã – Edward me diz e Esme e Carlisle não entendem sobre o que o filho está falando, mas também não parecem surpresos. Já estão acostumados que ele responda a alguns pensamentos não verbalizados dos irmãos.

Se ele teve que falar é porque não queria que eu interpretasse errado sua atitude. Ele é tão jovem quanto eu, temos quase a mesma idade, de certa forma. Embora ele poderia ser meu tataravô acho, ou algo assim.

...XXX...

 

Flashforward >>>

Depois eu descobri que Esme não foi totalmente verdadeira comigo. Ela mentiu e sabia que eu tinha um leve transtorno de personalidade. Transtorno de Personalidade Esquizoide -TPE , para ser mais especifica. Não sei como quando viramos vampiros essas doenças desaparecem, mas somem como se nunca tivessem existido. Nossas atitudes se conformam a uma personalidade apenas, não somos como quando humanos que poderíamos ter mais de uma atitude conforme cada pessoa que conhecíamos. As nossas ações como vampiros são correspondentes ao temperamento e ao caráter. Não podem ser divergentes. Não dizem que apenas os mortos são coerentes? Pois bem, somos mortos-vivos então a coerência faz parte de nós.

Eu fiquei sabendo disso quando um dia mamãe me pediu para ajudá-la a preparar a mudança dentre as diversas que temos que fazer a cada dez anos aproximadamente. Uma folha de papel caiu de um livro e eu iria colocar de volta, pois poderia estar marcando a página. Até que eu li o meu nome de quando ainda era humana escrito no topo da folha. Não que eu sou curiosa, mas depois de ver o meu nome eu não pude evitar de ler o que estava escrito.

Era meu diagnóstico psicológico dos testes que ela fizera comigo. Ela nunca havia me mostrado os papéis, embora tenha me dito a maioria do que estava escrito. Eu não tinha muitos problemas, eu era azarada e tinha esse leve desvio de personalidade. Claro, justificável e compreensível na situação em que eu cresci. Mas no geral os resultados não foram muito ruins.

Esme não me disse tudo, mas não me escondeu completamente. Talvez ela soubesse que isso não faria diferença se eu soubesse ou não. O fato era que eu tinha e isso não iria influenciar na minha transformação.  E na verdade isso nem me incomoda hoje, não é importante. Eu perdoo mamãe, mas o que mais me comove é saber que ela e papai já sabiam como precisavam lidar comigo.

Devido a força da emoção que toma conta de mim, eu dou alguns passos para trás e sento na cama, pois não posso mais chorar. Se eu pudesse certamente estaria soluçando convulsivamente.

— Ah mamãe! – suspiro segurando o papel contra meu peito sobre meu coração congelado.

Esme logo aparece na porta e vendo como eu estou vem até mim:

— O que foi minha filha? – ela pede evidentemente preocupada e seus grandes olhos dourados afetuosos me analisam.

— Eu estou bem, mãe, não se preocupe. Estou emocionada.

— Por quê? – ela me pergunta sentando na sua cama ao meu lado.

— Porque eu encontrei isso – estendo o documento para que ela veja e mamãe fica surpresa ao ver que eu achei. Mas ela percebe que eu não estou brava por causa disso. Ela tinha alguma razão para não ter me contado, e eu confio nela.

— Me desculpe por ter escondido isso de você, querida – ela diz constrangida.

— Tudo bem, mãe. Não estou zangada por isso. Fiquei tocada pelo fato de que você e papai sempre souberam disso. Vocês sempre foram gentis comigo, mas ainda mais depois do resultado.

— Ah filha! – Esme me abraça com ternura. – Sempre amamos você.

— Sei disso, mamãe. Eu amo muito vocês dois.

— Sim, nós sempre soubemos de todos os motivos que a levaram a nos amar. Toda a sua vida você nunca viu seus pais se acariciarem então eu e Carlisle sabíamos como isso era importante para você. Você também nunca teve um pai de verdade e isso Carlisle sabia que deveria ser para você. Nós jamais faríamos você sofrer e nem menosprezar você por causa de seus sentimentos. Jamais iríamos nos aproveitar deles para machucá-la. Sempre consideramos uma honra você nos amar e jamais iríamos deixá-la na mão. Nós sabíamos que nós éramos sua última esperança e não poderíamos decepcioná-la, nem seria nossa atitude fazer isso. Amor com amor se retribui, você sempre foi uma menina adorável, não entendo porque seus pais humanos a desmereciam e maltratavam daquela maneira.Você não merecia. Você era a nossa pedra preciosa que tivemos que lapidar para ser realmente aquilo que era para ser. Sempre soube que você era uma dádiva, uma benção em nossas vidas.

— Ah mãe, você e papai que foram meus anjos e me salvaram a vida. Minha vida a partir daquele dia era e sempre será de vocês dois. Vocês me fizeram viver de verdade, me mostraram que a vida não era aquilo que eu vivia. E eu sabia, no fundo eu sabia, que nada daquilo era normal. Um pai e uma mãe de verdade não tratam os filhos daquela maneira. Mesmo se fosse para educar não exageram daquela forma... Eu devo tanto a você mamãe. Comecei lhe dando minha vida.

— Você não me deve e nem nunca me deveu nada, querida. Seu pai me salvou e eu salvei você, apenas fiz o que tinha que fazer. Mas, eu aceito seu sacrifício.

— Não foi sacrifício nenhum, mãe. Eu me sinto bem, essa é a vida que eu sempre quis. Eu nasci para viver, não para sobreviver como antes eu sobrevivia. Agora eu estou viva, pode parecer estranho e contraditório, mas eu nunca me senti tão viva.

— Você me lembra sua irmã Bella. Ela também disse algo parecido. Ela disse que nasceu para ser vampira. Ela escolheu essa vida e agora queria começar a viver.

Fim do flashforward >>>

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Notas finais do capítulo

https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_esquizoide



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