Operation Swan escrita por Mrs Ridgeway


Capítulo 28
The Evening of the Conference


Notas iniciais do capítulo

Oie bbs,

Tudo bom?

Eu estou sumida por aqui, eu sei. É que o processo criativo não é justo. Às vezes existem ideias demais na minha cabeça e eu preciso parar para respirar antes de coloca-las no papel ~ou no caso, no word, ahaha. Longe de mim querer estragar a nossa OS, então prefiro demorar a vir, mas chegar com algo legal, do que me precipitar e escrever um capítulo não satisfatório.

Enfim, no more excuses. Esse seria o último capítulo da Operation Swan, porém, eu resolvi desmembra-lo mais uma vez, para melhor compreensão de tudo (e porque é dificil dizer adeus).

Espero que vocês gostem. Agora vamos ao que interessa!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/734182/chapter/28

 

London,

July 06, 2018.

 

 

Hermione andava de um lado para o outro, como uma mãe leoa ferida, mas prestes a defender os seus filhotes de qualquer ameaça, a todo custo, mesmo que isso lhe custasse à vida. Ademais, era exatamente assim que a mulher sentia naquele momento. Vulnerável.

Ela encarou a sobrinha assim que terminou de repassar o seu mapa de ordens mental.

— Tem um kit de mamadeiras cheias na geladeira. – avisou metódica. – E eu já deixei preparado lá no quarto tudo o que vocês vão precisar para dar banho nele.

Lily sorriu. Ela carregava Hugo no colo, que tentava morder insistentemente os cabelos vermelhos da prima.

— Tá bom, tia. – a garota garantiu.

— Se ele chorar, vocês podem colocar algumas músicas lentas. O som costuma distraí-lo.

— Pode deixar.

— E se...

— Tia Mione, fique tranquila. – Lily a interrompeu com um sorriso compreensivo.  – Rose e eu sabemos o que fazer.

Apenas respire, a mulher disse para si mesma. Aquela não era a selva e Hugo não estava desprotegido como um filhote indefeso. Além do mais, a situação não era nova. Ela já havia passado por aquilo uma vez. Porém, na época, havia um homem ao seu lado prestes a ajuda-la no que fosse possível. E no que fosse impossível também. Ron fazia muita falta.

Hermione suspirou, tentando por os pensamentos em ordem.

— Ok. – ela sorriu para a sobrinha. – Eu sei que vocês conseguem.

Ela acariciou os fios finos de cabelo do filho, delicadamente.

— É que é difícil deixa-lo pela primeira vez, após todos esses meses.

Lily assentiu. Neste instante, Rose saiu do quarto como celular pendurado no ouvido.

Tudo bem, papai. – a garota falou. – É o que eu espero. – ela sorriu. – Também, te amo. Tchau.

A ruiva pôs o celular em cima da estante.

— Oh, mamãe! – exclamou. – Ainda está por aqui?

— Eu já estava de saída...

Hermione franziu a testa. Ela se aproximou da filha, um pouco sem jeito.

 – Rosie, você estava falando com o seu pai? – indagou, interessada.

— Sim... – a garota confirmou. – Por quê?

— Ahn... nada.

A mãe da garota passou a mão pelos vastos cabelos achocolatados, em disfarce.

— É que, não sei... – pigarreou. – O Ronald anda meio desaparecido ultimamente.

Rose arqueou as sobrancelhas.

— Desaparecido? – questionou, surpresa.

— É, nessas últimas semanas.

— Que estranho. Papai e eu nos falamos normalmente nesses últimos dias.

— Normalmente?

— Sim.

A ruiva se aproximou do irmão, que se agitou animado ao perceber a sua presença. Ela pegou o bebê no colo.

 – O Huguinho até participou de algumas ligações. – contou. – Papai disse que ele está um neném enorme.

Rose coçou a orelhinha de Hugo, que soltou um gritinho de felicidade e tentou segurar o dedo da irmã com veemência. Diferentemente do bebê, Hermione não parecia contente e sim perplexa. Pelo visto, por algum motivo Ronald escolhera se comunicar apenas com os filhos.

Aquilo incomodou Hermione em um nível absurdo. Desde o nascimento do caçula, ela e Ron conversavam todos os dias, a todo o momento praticamente. Ainda que o ruivo estivesse longe, do outro lado do atlântico.

Porém, há quase um mês, Ron deixara de manter contato sem explicação. Era difícil admitir, mas a mulher estava acostumada demais a presença do pai das crianças para se manter indiferente ao seu desaparecimento sem motivos.

Ainda assim, apesar de estar magoada, Hermione tentou disfarçar ao máximo o seu desgosto com ex-marido.

— Bom, eu tenho que ir... – ela avisou. – Não quero chegar atrasada justo no primeiro dia do meu retorno.

— Tudo bem, mamãe. – Rose concordou. – Bom trabalho.

— Obrigada. – agradeceu. – Não hesitem em me ligar, caso algo aconteça.

— Tenha certeza que ligaremos.

A mulher se despediu das garotas e partiu rumo à universidade. Assim que a porta foi fechada, Lily e Rose se encararam, ambas com um leve sorriso maroto no rosto.

 

...

 

 

— Ei! – Hermione chamou. – Venham todos por aqui, por favor.

Naquela noite haveria uma palestra importante, com um conferente famoso cuja identidade não fora revelada. Há dias um fervor se espalhara pela universidade por causa disso. Todos queriam saber quem seria o palestrante surpresa.

O lugar estava impecavelmente arrumado. Grandes luzes adornavam o palco enorme que fora montado no canto do ginásio. As arquibancadas estavam entupidas de gente. Alunos e professores da College London e outras universidades, empresários, escritores, repórteres. Mr. Nott investira pesado na divulgação do evento.

Hermione guiou os alunos por entre as cadeiras centrais do ginásio magistral. Por sorte, o próprio diretor tinha reservado os lugares para a sua turma, pessoalmente, semanas antes. Mesmo que a insistência da mulher não fosse o suficiente para fazê-lo revelar o nome da estrela da noite a se apresentar.

A mulher continuou a pensar, distraída, até que uma voz conhecida, mas que há muito ela não escutava, chamou a sua atenção.

— Mrs. Granger?

Uma figura loira e esbelta estava parada em pé, ao seu lado, com as mãos apoiadas em frente ao corpo.

Hermione franziu o cenho.

— Lavender. – falou.

— Posso me sentar aqui?

— Claro. Fique a vontade.

Mione retirou a bolsa de cima do assento da cadeira e pôs no próprio colo. Lilá agradeceu e se sentou. As duas trocaram um aperto de mão em seguida.

A mulher mais velha pigarreou, sem jeito.

— Veio para a conferência? – indagou, interessada.

— Não exatamente. – a loira respondeu com um sorriso. – Eu estava de passagem pela cidade quando soube da palestra. Acabei criando interesse em assisti-la.

— Admito que estou surpresa em te ver aqui. Achei que você estivesse em New York.

— Oh, não. Eu não trabalho mais para o Mr. Weasley.

Aquela era uma novidade e tanto.

— Jura...? – Mione não conseguiu conter a curiosidade. – Desde quando isso?

— Já faz um bom tempo. – Lilá comentou. – Mais de um ano, sendo precisa. – completou. – Depois de uma longa e esclarecedora conversa em uma noite de happy hour, Mr. Weasley e eu chegamos à conclusão que talvez eu precisasse renovar a minha carreira, mudar um pouco o rumo da minha vida.

Hermione ergueu as sobrancelhas. Surpresa era a palavra que definia completamente o que ela estava sentindo naquele momento.

Ela só não poderia negar que a notícia a agradara de alguma forma.

— Bom...  – Mione sorriu de canto. – Espero mesmo que você tenha se encontrado.

— As coisas têm dado certo. Estou morando em Paris agora. – Lavender contou. – Abri uma confeitaria por lá.

— Nossa...

— Eu sei, a vida é engraçada às vezes.

— Muito...

Lavender sorriu simpática e Hermione não pode deixar de correspondê-la. Sem nenhuma discrição, a loira analisou a organização primorosa ao seu redor.

— Vai ser um evento e tanto... – comentou, pensativa.

— A universidade vem se preparando há semanas para isso. – Mione elucidou.

— Eu creio que não apenas ela.

O comentário fez Hermione franzir a testa. Sem encara-la, Lavender sorriu, mais uma vez naquela noite.

— Enfim, parece que vai começar. – a ex-secretária apontou para o palco.

As luzes das arquibancadas esmaeceram, enquanto as grandes caixas de som do tablado retumbaram, a indicar o início da conferência. Mr. Nott subiu ao palco e andou em direção ao microfone instalado no centro.

Ele deu algumas batidinhas no aparelho e um som ecoou, agudo.

— Boa noite. – o diretor cumprimentou a plateia. – Antes de tudo, eu gostaria de agradecer a presença de todos que vieram até aqui esta noite. É de grande importância para a universidade a participação de vocês.

O público bateu uma salva de palmas. Nott sorriu, satisfeito.

— Eu sei que foi feito todo um mistério em relação à identidade do nosso palestrante... – ele comentou. – Quase uma estratégia de marketing, eu diria...

Boa parte da plateia riu. Inclusive Lilá e Hermione.

— Mas... – o homem continuou. – Eu sei que vocês vão entender que foi por um bom motivo. – falou. – Eu creio que todos os que vieram aqui hoje irão gostar do que vai ser dito, ou melhor, ensinado. Pelo menos assim eu espero.

As luzes do palco piscaram em torno do diretor. No telão, um logo bem famoso começou a se formar. Espantada, Hermione se ajeitou na cadeira. Ela conhecia bastante aquele emblema. Fora ela inclusive que ajudou a cria-lo, vinte anos atrás.

Mr. Nott segurou no microfone empolgado.

— Bom, sem mais enrolações! – ele exclamou. – Eu gostaria de escutar uma salva de palmas para o nosso convidado da noite...

Um homem saiu do backstage a passos largos. Ele acenou para o público, que se levantou em peso para ovaciona-lo.

— Harry Potter!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?!
Me contem aqui nos comentários! Eles são muito importantes para a evolução da história! (e podem ajudar a postagens mais rápidas ;] )

Para quem não conhece ainda, eu tenho uma página onde posto os links das histórias, alguns spoilers de vez em quando, umas novidades também... Dá uma chegadinha lá!
==> https://www.facebook.com/Mrs-Ridgeway-1018726461593381/

Beijos e até dia 11!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Operation Swan" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.