The Special Gift escrita por


Capítulo 2
A história do presente especial.


Notas iniciais do capítulo

primeiramente: desculpa pela demora em postar a segunda parte, mesmo, o propósito era ter postado antes, massss aproveitando o atraso e o dia dos pais, considerem ela como o especial do dia dos pais.


Adoro escrever Kurt/Jane com os filhos, então espero que gostem dessa segunda parte. ❥



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— Papai, eu dei um presente especial para a mamãe hoje! — diz Lilly toda animada pulando dos braços do pai para a sua cama.

— Sério? — pergunta Kurt cruzando os braços interessado e curioso em saber o que havia acontecido. — E a mamãe gostou?

— Sim! Mas ela chorou também. — Lilly faz uma careta parecendo um pouco decepcionada. — Eu queria que ela ficasse feliz.

A expressão pensativa da garotinha conseguia ser uma perfeita mistura da que Jane fazia quando estava confusa e a de Kurt quando algo não saia de sua cabeça.

— Eu tenho certeza que o choro da mamãe foi de felicidade. Você sabe que a mamãe chora quando fica muito feliz. — Kurt sorri colocando algumas mechas do cabelinho dela atrás da orelha. — Lembra da sua apresentação na escola para ela?

— Ela chorou tanto que até soluçava. Parecia até eu quando caio. — diz a pequena rindo. Sua risada embora fosse melodiosa típica de uma criança de 4 anos, era muito parecida com a do pai.

— A mamãe amou o seu presente. — diz Weller abaixando o tom de voz, sussurrando para a filha como quem conta um segredo. — Ela me contou.

SÉRIO? — grita Lilly se levantando da cama animada e indo para o colo do pai.

— Shhhhh! — Kurt ri e a toma nos braços, deitado-a em seu colo e tampando a boca dela. — Não deixe ela ouvir que eu te contei, é segredo nosso. — finaliza piscando para a filha.

— Ta.

— Agora está na hora de dormir. Vamos, já para a cama. — Kurt a solta e levanta as cobertas para que ela se acomode.

— Mas eu não estou com sono. — rebate ela cruzando os braços, imitando o que Kurt fazia quando falava sério com ela.

— Mas você tem que dormir bonequinha.

— Então conta uma história para mim. — propõe a pequena Lilly — Prometo que durmo depois da história.

Kurt semicerra os olhos fingindo reprovar a negociação que a filha sempre fazia quando ele a colocava para dormir, mas como resistir àqueles olhinhos tão azuis encarando os seus? Como sempre, o pai coruja termina rindo e cedendo.

— Ta. Que história você quer? — pergunta já sabendo a resposta.

A história.

— De novo, filha? Você não prefere uma história nova? — propõe Kurt enquanto arruma as cobertas e pega a bonequinha de pana que dorme com a filha desde bebê.

— Não. Eu quero aquela. — diz ela decidida. — Porfavorzinho.

Como quem sabe exatamente do “poder” que têm, Lilly olha para o pai fazendo biquinho, intensificando ainda mais seu jeito manhosa.

— Você é igualzinha à sua mãe. — ele toca a ponta do nariz dela e sorri. — Consegue me dobrar totalmente.

Kurt senta na cabeceira da cama e Lilly rapidamente se ajeita, colocando a cabecinha no colo dele. Kurt respira fundo e começa a história.

Era uma noite como outra qualquer, o papai estava trabalhando com o tio Reade e tia Tasha quando uma pessoa veio buscar o papai para levar ele para Nova York--

O presenteee! — grita ela adiantando a história que já sabia de cor e levantando os bracinhos empolgada.

Kurt ri e dá alguns beliscões nela, que ri se contorcendo e pedindo que o pai pare.

— Posso continuar?

— Pode. — responde ela piscando os olhinhos e começando a senti-los pesar mas lutando contra o sono para continuar ouvindo sua história preferida.

— ...porque precisavam dele para ver o presente especial com o nome do papai que havia sido deixado na Times Square…

Os olhos da pequena brilham de empolgação, como se estivesse ouvindo pela primeira vez Kurt contar em sua versão “leve”, a história de como Jane Doe — agora Jane Weller, sua esposa e mãe da sua filha — entrou em sua vida.

A história havia sido adaptada e consideravelmente atenuada, em uma noite em que Kurt estava colocando Lilly para dormir e todas as histórias de princesas e bichinhos já haviam sido usadas e sem resultado algum. Então, deixando de fora boa parte de tudo o que aconteceu na vida de ambos para que ficasse apropriado à uma criança de 4 anos, havia surgido a história do presente especial.

Lilly ouve a história quase completa, sendo vencida pelo sono já quase no final, que conta sobre o casamento e o seu nascimento.

Após terminar a história, Kurt para o carinho que estava fazendo em seus cabelos e depois de deixar um beijo em sua testa, se levanta com cuidado para não acordá-la. Ao se virar para a porta, Kurt se depara com Jane apoiada no batente. O sorriso de emoção que ela exibia, se transforma em riso leve ao ser pega no flagra.

— Há quanto tempo está aí? — pergunta Kurt em voz baixa pegando alguns ursinhos que estavam no chão e jogando-os no cesto de brinquedos da filha.

— Apenas alguns minutos. — responde ela limpando algumas lágrimas que haviam em seu rosto. — Juro que tentei resistir e não bisbilhotar vocês, mas...

Kurt estende a mão para Jane, que a pega prontamente, e os dois sorriem parados do lado de fora do quarto, observando Lilly dormir.

— A relação de vocês é tão... — Jane apenas sorri limpando mais algumas lágrimas que escorriam por sua face.

— Ela foi o melhor presente que você me deu. — Kurt diz puxando-a para seus braços e deixando um beijo na testa da esposa.

— Ela foi a melhor coisa que eu fiz depois de me casar com você.

— Literalmente. — Kurt franze a testa e contendo um sorriso sarcástico.

— Literalmente. — concorda Jane rindo e empurrando o ombro dele levemente.

Os dois ficam mais um tempo ali, apenas observando a pequena garotinha dormindo abraçada à boneca de pano que havia ganhado do tio Roman quando nasceu. Ela não havia desgrudado dela desde então.

— Então quer dizer que você ganhou um presente hoje. — sussurra Kurt virando a cabeça para olhar para Jane. — Que presente foi esse, o que exatamente aconteceu a tarde...?

— Aconteceu que ela é apaixonada pelas suas histórias. — Jane sorri relembrando do que a filha havia feito naquela tarde e agora entendendo todo o significado e a intenção dela.

— Eu conto histórias à ela sempre que a coloco para dormir, desde bebê. Eu fazia com Sawyer quando ele dava trabalho para dormir. — diz Kurt sorrindo. — Mas o que isso tem a ver com o que aconteceu hoje?

Apesar de ter cogitado algumas possibilidades, Kurt ainda não tinha entendido exatamente o que havia acontecido.

— Lilly me deu um presente especial hoje. — Jane enfatiza as palavras e lança um olhar significativo olhando para o marido.

— Um presente especial? — Kurt repete agora entendendo o significado das palavras.

— Sim. — Jane abre um sorriso, rindo levemente.

— Não vai me dizer que ela...? — o sorriso de Kurt, espelhando o da esposa, se abre mais medida que junta as peças e entende o que a filha havia feito. — Ah meu deus! Eu não acredito que ela fez isso.

Um riso carregado de emoção além do humor escapa de Kurt, sem acreditar e Jane tampa sua boca com a mão, rindo com ele.

— Eu a procurei feito uma louca. Quando eu te liguei eu estava desesperada pensando que ela pudesse-- — Jane se interrompe, afastando os pensamentos ruins.

— E o tempo todo ela estava na mala, esperando que você a encontrasse.

— Sim, só que ela esqueceu de tocar a campainha, então acabou adormecendo. — completa Jane rindo levemente. — E tudo isso aconteceu por causa da história que você conta a ela.

— Eu nunca imaginei que ela pudesse fazer algo assim. — Kurt diz ainda sem acreditar no quão sensível sua filha havia sido a ponto de querer que a mãe também tivesse um presente assim como Jane era o presente de Kurt na história que o pai lhe contava.

— Eu é que nunca imaginei que você contasse a minha, quer dizer, a nossa história para ela. — Jane sorri inclinando a cabeça contra o ombro dele e beliscando a cintura dele levemente.

— Eu tentei as histórias de princesas mas ela sempre preferiu histórias de heroínas ou as princesas fortes e destemidas, corajosas, que lutam. — o canto da boca dele se curva em um sorriso malicioso enquanto traça linhas invisíveis nos braços de Jane. — Assim como a mãe dela.

Jane sorri ironicamente e se inclina contra o marido, jogando os braços ao redor do pescoço dele.

— Lembra quando eu disse que você seria um ótimo pai? — Kurt sorri assentindo com a cabeça. — Você superou todas as minhas expectativas. Primeiro como marido, depois como pai. Você é o melhor pai que Lilly poderia ter.

O sorriso de Kurt se amplia e ele a beija carinhosamente, até que pouco tempo depois, Jane interrompe o beijo para se esticar e alcançar a maçaneta da porta do quarto da filha. Ela encosta a porta, deixando-a entreaberta.

Kurt ri da atitude dela, encarando-a o tempo todo e assim que ela encosta a porta, ele a pega pela mão, indo em direção ao quarto, mas não sem antes parar e dar uma última olhada em sua filha, que dormia profundamente. É, definitivamente, ser pai de Lilly e marido de Jane, era sem dúvidas a sua melhor vocação.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado tanto quanto eu adorei escrever essa fofura que é Lilly e Kurt. ❥

Comentem, é importante e faz a escritora aqui muito feliz!



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