Família De Marttino Uma Segunda Chance(degustação) escrita por moni


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oiiieeee Espero que gostem. Obrigada pelo carinho de sempre.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/733977/chapter/5

   Pov – Filippo

   Espero que ela fique bem. Se não tivesse reunião no fim do dia eu nem viria a agência. Deixar a Kiara sozinha logo hoje não parece nada bom. Ainda sinto raiva só de lembrar dela naquele bar.

   Odeio não poder simplesmente dizer a ela que nunca mais ela pode ir a um lugar como aquele.

   Se ela soubesse como é linda, como é inteligente e o tanto de coisas que pode conquistar. Não jogava a vida fora assim, sem pensar em nada.

   Esses De Martino precisavam fazer umas aulas sobre família com meus pais. Aprenderiam rapidinho que família se mete em tudo e cuida um do outro sem respeitar espaço.

   Milena entra na minha sala meia dúzia de vezes durante toda manhã. Ou o resto da manhã. Cheguei tarde e atrasei tudo. Fico pensando se ligo ou deixo que durma o dia todo. Pelo menos vai se recuperar da ressaca.

   A noite eu vou até lá. Preciso pensar num jeito de resolver isso. Não posso contar ao Enzo. Não quero atrapalhar a lua de mel dele com preocupações, mas deixar Kiara sozinha todo o tempo naquela mansão não parece nada saudável para ela.

   Seja o que for que a consome só tende a pior com o tempo ocioso e a solidão.

   Almoço com a equipe de criação. Enquanto discutimos os últimos detalhes da campanha do perfume. Acabando essa o pessoal ainda tem que começar a campanha para o dia dos namorados de toda nossa carteira de clientes.

   Reviso tudo que preciso sobre a reunião do fim da tarde. Acho que depois posso comprar uma pizza e levar para Kiara. Quem sabe eu a convenço a assistir um filme e com sorte ela não apronta nada.

   Garota maluca. Eu não sei como o Enzo dormia. Não consigo pensar nela sem imaginar os perigos que já correu. O imbecil puxando ela como se fosse uma coisa e não uma pessoa me deixa com vontade de ir atrás dele e acertar aquele rosto com um bom direto de direita.

   Nem sei por que não fiz isso. Eu estava mesmo muito preocupado com ela para não começar uma briga. Claro que eu iria perder feio, aqueles caras pareciam muito mais uma gangue.

   ―Filippo a sala de reunião está pronta e eles já chegaram. – Milena avisa da porta.

   ―Vou indo. – Pego minha pasta e sigo para a mesa de reunião. Vou usar as opiniões da Kiara sobre maquiagem para convence-los que somos a melhor escolha para a publicidade da empresa.

   São duas mulheres e um homem. A reunião leva mais tempo do que o esperado. Não é muito meu negócio fazer esse tipo de reunião. Enzo é melhor nisso que eu. Gosto mais de me envolver nas campanhas. Isso sim me faz feliz. Acontece que meu sócio tinha que casar e me largar sozinho.

   No fim, usando os argumentos que a Kiara me ofereceu como uma luz do tipo de trabalho que pretendemos para a marca, eles fecham. Apertamos as mãos e agora não é mais comigo. Nosso advogado se reúne com o deles e fechamos o contrato. Até assinarmos Enzo está de volta e assume seu posto de De Martino e o tino que eles têm para ganhar dinheiro.

   Fico ainda um momento na sala de reuniões arrumando minhas pastas e terminando a reunião com nosso advogado. Meu celular toca e fico feliz de ser o Enzo.

   ―Lembrou de mim no meio da lua de mel. Que gentil.

   ―Lembrei. Lembrei da reunião. Como foi? Acabou?

   ―Conseguimos mais essa conta. Pode dizer que me ama e que eu sou muito bom.

   ―Te amo, você é muito bom.

   ―Se deu mal Bianca! – Ele ri do outro lado da linha. – Ela está aí?

   ―Está com o Matteo. Como vão as coisas?

   ―Tudo bem. Sua lua de mel a três como está indo?

   ―Especial. Ficar dia e noite com eles é a melhor coisa da vida. Nem quero voltar.

   ―Sem gracinha. Vai voltar sim. Um mês de férias é mais do que merece. Estou estressado aqui sozinho.

   ―Deixa de drama que eu sei que essa semana as coisas vão ficar bem calmas por aí.

   ―O funcionário do mês sabe toda a agenda da empresa. Parabéns. Vou colocar sua foto na recepção.

   ―Aposto que eu faria muito sucesso. – Ele brinca. – Fez a reunião sozinho?

   ―Sozinho. Estou pensando em me dar um aumento. A Kiara me deu umas dicas sobre a visão das mulheres que eu usei. Ela vai ficar feliz que ajudou. Não acha?

   ―Aposto que sim. Liga para ela. Kiara foi hoje de manhã para a Vila. O Vittorio mandou o helicóptero. – Ela fez isso? Foi para a Vila sem me avisar? Perdi a garota de novo? Mas que difícil cuidar dessa maluca. – Filippo? Ainda está aí?

   ―Sim. Eu só... por que ela foi para a Vila?

   ―Não sei, mas a vovó está feliz. Ela vai ficar uns dias. Acho que deve ser por que estava sozinha em casa. Amanhã ligo para ela.

   ―Ela chamou o Vittorio e foi de helicóptero?

   ―Foi o que eu acabei de dizer.

   ―Só estou confirmando impaciente. Eu vou... acha que ela está bem lá?

   ―Está com a vovó e o Vittorio. Acredito que sim. Não parece coisa da Kiara, mas eu fico aliviado dela não estar por aí aprontando. Quando ela voltar você vai dar uma olhada nela de vez em quando?

   ―Vou. Vou grudar meus olhos nela. Sua irmã não é muito... esquece. Eu vou indo.

   ―Tchau. Qualquer coisa me liga.

   Se ela pensa que pode se enfiar num helicóptero e me deixar sem aviso está muito enganada. Kiara podia ter avisado. O que custava? Ir para Vila de Martino e me largar aqui sem uma explicação? O combinado não era eu cuidar dela? Como é que eu vou cuidar de alguém a quilômetros de mim?

   Entro no carro bem decidido. Vou chegar lá no meio da madrugada, mas a culpa é dela. Bastava me ligar. Preferiu fugir. Agora vai ver que não pode fugir assim. Eu sei que ficou com vergonha, chateada, mas não precisava fugir. Não precisava me deixar aqui sem um aviso.

   Se eu não vou ao encontro dela. Se deixo o tempo passar, vai nascer um abismo entre nós. Ela achando que eu estou pensando mal dela e eu achando que ela está fugindo de mim e um dia daqui uns meses mal vamos nos olhar.

   Não mesmo. Pego o celular enquanto dirijo. Vou avisar para ela me esperar. Não atende. Kiara quer mesmo fazer minha vida difícil.

   Eu sei lá quando eu tive tanta preocupação assim. Nunca. Passo em casa, pego meia dúzia de peças de roupas e depois de tomar um banho e comer um sanduiche pego a estrada para a Vila de Martino.

   Nem bem cheguei e já estou de volta. Mas por que diabos não ficamos lá mesmo? Tinha evitado aquele idiota pegando nela. Que nojo. Só de lembrar da cara dele.

   As estradas estão tranquilas. Deixo a música alta. Viajar assim sem planos depois de ter dormido tão pouco. Chegamos de madrugada em casa. Eu esperei ela estar dormindo para ir para cama. Acordei cedo para ficar de olho nela, depois trabalhei o dia todo. Certo que a mocinha estava de ressaca na cama e ela estava fugindo. Muito esperta.

   Estava com um olharzinho tão triste de manhã. Morta de vergonha. Quem nunca passou da conta e fez uma bobagem? Ela não precisava se sentir daquele jeito. Quis ficar mais tempo com ela. Só saí mesmo para não deixa-la mais constrangida. Kiara estava mesmo linda sem maquiagem.

    A viagem até a Vila de Martino é um pouco mais curta do que imaginei. Chego a Vila por volta das duas da manhã.

   O bom de um lugar como esse é que está tudo aberto. Não tem ninguém tomando conta da propriedade. Passo pelos portões em forma de arco e entro na vila.

   A mansão está quase toda apagada. A porta deve estar aberta, eu me ajeito num quarto qualquer e amanhã pego Kiara de surpresa. Os cachorros me recebem abanando o rabo.

   ― Sempre atentos e ferozes. Quanta segurança. – Acaricio os pelos dos dois que parecem felizes com a visita inesperada.

   Essa é a hora que os fantasmas dessa mansão estão por aí curtindo a solidão e o silencio. Voando pelos cômodos. Vou dar de cara com um ancestral dos De Martino. Isso não vai ser nada legal Kiara. Nada legal. Olha o que me faz fazer.

   Entro pela porta da frente que por sorte está só encostada. Tem um abajur aceso na sala principal. Menos mal. Derrubar móveis não é de bom tom quando se invade uma casa no meio da noite.

   ― Filippo! – A voz de Vittorio quase me mata do coração. Quase me faz preferir um fantasma. Demoro um momento para me acalmar, ele acende as luzes da sala. – O que faz aqui?

   ―Boa noite. – Tento sorrir. Sou praticamente da família. Não é nenhum drama estar aqui. Encaro Vittorio. Ele é mesmo um tipo estranho, sempre tão sério e fechado.

   ―O que faz aqui?

   ―Vittorio, só para o caso de não ter notado, está usando um pijama de seda cinza, com um robe preto por cima. Um conjunto, todo certinho sabe e isso... isso... estou com medo de olhar para os seus pés e descobrir que está de meias. – Tento evitar, mas acabo olhando para os pés e lá está. Um par de meias pretas dentro de um chileno de couro fino do tipo que se usa depois dos noventa anos. Esse cara definitivamente não tem uma vida amorosa.

    ―Eu realmente posso viver sem seus conselhos de moda. O que afinal faz aqui?

   ―Não tenho tanta certeza se pode. Eu vim falar com a Kiara. – Ele faz um ar engraçado de quem não esperava por essa.

   ―As duas da manhã? Viajou de Florença aqui para isso? Já ouviu falar de telefone? E nem é o meio mais moderno de comunicação, mas funciona.

   ―Eu... eu...

   ―Minha avó não vai gostar nada dessa sua visita no meio da noite sem aviso.

   ―Filippo. – Vovó Pietra surge na sala. Caminha sorrindo para decepção de Vittorio. – Que bom ter você aqui também. – Ela me beija o rosto.

   ―Vim falar com a Kiara vovó.

   ―Ela está dormindo. São duas da manhã. – Vittorio se intromete.

   ―Filippo? – Kiara se junta a nós. Vittorio balança os braços se rendendo.

   ―Vamos dormir vovó. A Kiara arruma um quarto para o Filippo. – Vittorio e vó Pietra caminham para a escada enquanto Kiara vem até mim usando uma camiseta que vai até seus joelhos e ela está linda sem maquiagem, com os cabelos soltos, e um ar surpreso.

   ―O que faz aqui as duas da manhã? – Eles são apegados nessa coisa de hora.

   ―Eu digo que estou rico, mas ainda não estou podendo comprar helicóptero para caçar você não. Dirigi até aqui. Não consegui chegar mais cedo.

   ―E por que tinha que vir atrás de mim?

   ―Quem tem que se explicar aqui é você? Tá muito difícil ficar de olho em você. Foge todo dia. Não pode ficar quieta num canto não?

   ―Está levando muito a sério o pedido do Enzo. – Ela faz careta. – Vem, vou te arrumar um quarto. Não acredito que dirigiu até aqui.

   ―Cadê seu celular?

   ―Esqueci de trazer.

   ―Mas que bonito. No futuro lembre que não pode fugir sem celular. Vou colocar um rastreador em você.

    Caminhamos pela escada, ela com os braços cruzados no peito. Ainda atrapalhada com minha visita.

   ―Vim só... são só um ou dois dias. Já ia voltar.

   ―Achou que eu não iria notar?

   ―Achei.

   ―Notei, notei bem rápido. Ia bater na porta da mansão com pizza para vermos filmes, mas por sorte o Enzo me contou que estava aqui.

   ―Desculpe Filippo. Não era minha intensão preocupa-lo. Já fez demais ontem.

   ―Você ainda está com isso na cabeça? – Viramos o corredor. – Fico nesse quarto aqui. Sempre fico nele.

   ―Estou nesse quarto. Vou redecorar o meu.

   ―Está aqui? – Ela faz que sim. – Eu não vou ficar no seu quarto com os fantasmas mesmo. Vou dormir no sofá.

   ― Não tem fantasmas, e não precisa ficar lá. Tem um monte de outros quartos. – Ela abre a porta ao lado. – Pronto. Um quarto igualzinho o que dorme. Fica aqui.

   ― Vamos ser vizinhos. – Ela prende o sorriso, mas entra comigo. O quarto está arrumado, tem cobertas, toalhas, tudo que alguém precisa. Uma ótima suíte que vai servir até essa doida resolver voltar para casa. – Kiara você precisa dar um jeito no seu irmão. Viu aquele pijama dele? O homem não vai casar nunca. Aquilo é pavoroso. – Ela ri. Fica linda rindo. Eu podia colorar um nariz vermelho e dar cambalhotas pela casa. Só pelo riso dela.

   ―Ele é um homem elegante.

   ―Ele não tem nem trinta anos. Não é um homem elegante. É só um cara fechado. Dá umas dicas para ele.

   ― Você é louco. Precisa de alguma coisa? – Nego. Ela ainda de pé no meio do quarto enquanto deixo minha mochila no canto da cama. – Está com fome?

   ―Não. É tarde. Melhor ir dormir.

   ―Vou fazer um sanduiche para mim. Quer vir? – Ela convida e sim. Eu quero ficar mais tempo com ela.

   ―Vamos. Nesse caso até estou afim de comer também.

   Descemos evitando barulho, a casa de novo mergulhada no silencio e na escuridão. Kiara acende as luzes da cozinha. Parece cozinha de restaurante, tudo nessa casa é grandioso.

   Abro a geladeira moderna e pego frios enquanto ela pega pão. Juntamos todo tipo de guloseimas e nos sentamos para comer.

   ―Acordei você?

   ―Não. Eu dormi a tarde toda, estava lendo. – Ela responde antes de tomar um gole do refrigerante.

   ―Romance?

   ―Idiota. Terror. – Faço careta.

   ―Mentirosa. – Ela lambe os dedos. Isso é interessante, me lembro das mãos dela em mim. De quase não ter resistido. – Mais refrigerante? – Quero me livrar desses pensamentos, mas anda difícil.

   ―Pode ser.

   ―O Enzo ligou. Está feliz. Óbvio, está em lua de mel. – Ela concorda. – Está com saudade do Matteo? – Eu estou. O pequeno é tão engraçadinho. Ficamos tão próximos.

   ―Eu estive cuidando dele uns dias. Acho que sinto um pouco de falta, não de ser responsável por ele, mas... sim. Eu sinto.

   ―Uffa. – Eu brinco fazendo com que ela me olha curiosa. – Bastava dizer que sim. Não tem que racionalizar e explicar. É só dizer que sente saudade. Como aposto que sentiu de mim.

   ―Aí Filippo você é tão bobo. Ainda não acredito que dirigiu até aqui depois do trabalho. Só por que prometeu ao meu irmão.

   ―É o que acha?

   ―Sim. Não é isso?

   ―Se fosse por ele eu não precisa vir. Está com o Vittorio e sua avó.

   ―Então por que veio? – Ela me olha interessada. A verdade é que eu não tenho muita certeza da razão. Só que gosto de como me sinto quando estamos juntos.

   ―Não sei direito conchinha. Eu não queria você longe de mim. Não queria que ficasse com vergonha, por causa daquela coisa toda que aconteceu.

   ―Eu estou. Estou culpada, estou sem graça. Foi...

   ―Acontece, conversamos pela manhã, não precisa fugir. Não de mim. Não pode fazer isso, toda vez que fizer isso vou caçar você. Melhor desistir disso de agora em diante.

   ― Como me achou ontem?

   ―Lembrei que uma vez quando estávamos atrás do Giovanne você disse que iam lá as vezes. Até achamos mesmo seu irmão lá. Resolvi tentar a sorte.

   ―Fui tão ridícula.

   ―Vai reformar o quarto? – Decido mudar de assunto. Não quero mais pensar em nada daquilo. – Não tem medo dos fantasmas migrarem para outro cômodo?

   ―Tipo o seu quarto?

   ―Se me deixar com medo vou dormir com a vovó Pietra. Ela deve ter boas relações com eles. Vai me proteger.

   ―Vai rir da sua cara. Isso sim. – Começamos a guardar as sobras e tirar a mesa. – Eu acho que preciso renovar um pouco aquele ambiente. Vai ser bom. Amanhã. Hoje na verdade. Vamos até a cidade comprar umas coisas. Logo de manhã.

   ―Ótimo. Assim fico dormindo. Estou bem cansado.

   ―Você é maluco Filippo. Completamente maluco. Quanto tempo vai ficar?

   ―Depende de você. – Ela me olha surpresa enquanto lava os copos e facas e eu seco. – Volto quando voltar. Para o bem da agencia espero que não decida morar aqui.

   ―Veio ficar comigo? – Kiara me pergunta surpresa. Tão surpresa quanto eu. Não sabia que tinha esse plano até esse segundo.

   ―Parece que sim. Vamos dormir cara de concha.

   ―Odeio esse apelido.

   ―Eu adoro. – Ela revira os olhos. – Está tão bonita. Pouca roupa como sempre, mas já me acostumei que economiza tecido.

   ―Você é a única pessoa que se preocupa com isso.

   ―Não me preocupo. Eu só acho... todo mundo olha. Os homens mexem com você na rua. Ainda mais com as botas.

   ―Não estou afim de falar disso.

   ―Falei que está bonita, nem notou. Devia sorrir e dizer obrigada. Pode dizer que estou bonito também, mas isso é opcional.

   ―Está bonito e obrigada pela gentileza. É mentira, mas agradeço se é importante para você.

   ―Chata. – Chegamos a porta dos quartos. Parede com parede. – Se bater na parede é um código, aí você vem no meu quarto. O que acha do meu plano?

   ―Infantil.

   ―Mas vai funcionar. Boa noite cara de concha. Obrigado pelo sanduiche. Dorme bem.

   ―Boa noite.

   Depois de fechar a porta e ajeitar as cobertas eu dou alguns soquinhos na parede. Rio pensando que ela vai ficar brava. Um minuto depois minha porta se abre. Ela entra rindo.

   ―Qual seu problema Filippo? São três da manhã.

   ―Funcionou. Era um teste.

   ―Podemos dormir?

   ―Atravessei o país a cavalo atrás de você.

   ―Que exagero. Boa noite.

   ―Consegui a conta com a sua ajuda. Aquela coisa que disse sobre maquiagem. Usei na reunião. Eles gostaram do ponto de vista. Foi legal.

   Eu devia estar tentando dormir, mas estou meio que um bobalhão tentando mantê-la mais um tempo perto de mim.

   ―Bom saber. Eu vou... dormir. Posso?

   ―Claro? Quem está te impedindo? Boa noite. Me chama quando voltar das compras com a vovó.

   ―Algo me diz que vai estar acordado. – Ela diz enquanto caminha para a porta. – Você parece que não dorme. – A porta se fecha atrás dela.

   ―Culpa sua que eu não durmo cara de concha. Culpa sua. E falar sozinho também é culpa sua. – Me deito uns minutos depois. Com a Paola era tudo tão fácil. – Aí cala a boca Filippo. Que comparação é essa?

   O melhor mesmo é dormir. Estou com o sono atrasado e isso está misturando as coisas na minha cabeça. Confundindo meus pensamentos e sentimentos. Ao menos é o que parece quando comparo minha história com a Paola com a Kiara.

   São coisas diferentes. Sem comparação. Se fosse comparar. Não é o caso, mas se fosse, então Paola seria calmaria, Kiara um vendaval de emoções. Cara de concha. Sorrio pensando nela. Paola nunca teve um apelido carinho. Aposto que Kiara me chamaria de alguma coisa fofa se fossemos mais do que amigos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijosssssssssssssssssssssssssssssssssssss

https://www.youtube.com/channel/UC9Yz803AyZZB-B8maYIgh1w/videos

Vão lá conferir os videos. Estão lindos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Família De Marttino Uma Segunda Chance(degustação)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.