Accidentally in Love escrita por Apollo, Kess


Capítulo 6
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Notas iniciais do capítulo

Hi, I'm back!!!
Saudades???
Parlez-vous français?
Eu também não, mas gostaria de aprender.
Enfim, acho que dessa vez não demoramos tanto, né?
Semana de revisões, sabem como é -_-
Mas o importante é que estamos presentes.
Boa leitura, galerinha.
Ass: Violet



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Alice Potter

 

"Tudo tem que acabar eventualmente. Senão nada poderia começar."— Doctor Who.

...

..

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Londres, Inglaterra

Século XXI, 00:37

— Não acredito que fomos presos DE NOVO- Reclamou Marlene escorando-se nas barras frias de metal que a separam do resto do mundo- E nem sequer temos direito a uma ligação dessa vez!

— E para quem iríamos ligar?- Questionou Lily enquanto rabiscava no braço de Mary com uma caneta emprestada por James- Todos os nossos amigos estão aqui, e também a turminha do Potter- Disse indicando o moreno com a cabeça.

— Não sei se você percebeu, Lily, mas a Dorcas não está aqui- Frank falou inclinando-se para ver o desenho feito pela ruivinha.

— Como se fizesse diferença. Dorcas não tem um centavo para nos tirar daqui, Frank.

— Sorte sua, Evans, que nos temos- James, que até agora tinha se mantido ocupado discutindo com Sirius interrompeu- Parece que você me deve mais uma, ruivinha.

Lily levantou a cabeça lentamente e encarou o moreno de forma intensa.

— Então você faz favores para poder cobrar depois, Potter?- Indagou a garota levantando uma sobrancelha- Isso explica o fato de você conseguir transar.

— Dá pra vocês pararem de discutir?- Jimmy reclamou cobrindo a cabeça com as mãos.

— Concordo com ele- Alice falou deitando-se e colocando a cabeça apoiada nas pernas de Frank que se pôs a acariciar os cabelos da jovem- Se tudo isso é tensão sexual reprimida, vocês podem resolver agora, é só pedir para fecharmos os olhos.

James sorriu para a irmã e Lily soltou um xingamento alto, argumentando que preferia beijar um sapo.

— Jimmy, cadê seu pai afinal? Ele não é policial?- Sirius perguntou esperançoso.

— Esquece, cara, ele ‘tá de folga hoje.

O jovem Black suspirou resignado, apoiando a testa no metal frio.

— Essa vai ser uma longa noite- Disse olhando para o grupo até que seus olhos pousaram na morena ao seu lado- Mas tem seus privilégios.

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Dorcas acordou sentindo os primeiros raios da manhã incidirem diretamente em seu rosto. Franzindo o cenho, virou-se de costas abraçando um travesseiro.

O travesseiro estava quente.

O travesseiro tinha músculos.

O travesseiro soltou um suspiro e passou os braços pela cintura dela.

O travesseiro estava vivo.

Arregalando levemente os olhos, a loirinha levantou parte do tronco dando-se conta de onde e com quem estava.

Jogando-se novamente na cama, a garota sorriu. Até que o encontro não havia sido de todo ruim. Na verdade, havia sido bom, muito bom, pensou ela.

Virou a cabeça lentamente olhando para o relógio digital sobre o criado-mudo.

06:14

Soltando um suspiro frustrado, Dorcas tirou o lençol de seda que cobria seu corpo e se pôs a procurar suas roupas que estavam espalhadas pelo quarto.

Tinha menos de uma hora para chegar até seu apartamento, tomar banho, trocar de roupa, tomar café e sair para trabalhar exatamente as sete.

Já vestida, procurou um pedaço de papel e uma caneta pelo quarto, achando ambos em uma escrivaninha. Com isso em mãos, escreveu um rápido bilhete para o garoto.

Obrigado pelo jantar e pela noite. Tive que sair para trabalhar- Nem todos são riquinhos igual a você :)

P.S.: Tente me ligar, talvez você consiga outro encontro, dessa vez sem precisar fazer nenhuma aposta ou trapaça.

Beijos, Doe.

Colocando o pedaço de papel na cômoda, a garota lançou um ultimo olhar no moreno jogado sobre a cama antes de sair do quarto fechando a porta cuidadosamente.

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Mary estava entediada. Passara a noite toda na delegacia presa por pichar um muro e, ao contrario do seus colegas de cela que dormiam largados no chão ou apoiados nas paredes, a garota não havia conseguido pegar no sono.

— Já acordou, morena?- Jimmy, que havia adormecido apoiado nas grades da cela exprimiu com a voz levemente embargada pelo sono.

— Eu nem ao menos consegui dormir- Reclamou ajeitando-se em busca de uma posição mais confortável- Daria tudo por um cigarro agora.

— Você deveria parar de fumar sabe, isso faz mal.

— Não me diga- Replicou sarcasticamente.

— Desculpe, não queria parecem intrometido.

— Pois adivinhe só? É exatamente isso que você parece agora.

Jimmy se calou encarando a parede de concreto e areia.

Mary olhou em volta rapidamente. Marlene e Sirius estavam dormindo em um colchão de casal, seus rostos virados um para o outro.

Alice dormia nas pernas de Frank, que havia pegado no sono sentando em um banco de cimento com a cabeça apoiada na parede.

Já Lily havia usado sua jaqueta como cobertor e dormia com a cabeça apoiada no tronco de James, embora Mary duvidasse que tinha sido a ruiva que colocara a cabeça ali.

Por fim, o tédio foi mais forte que a vontade de ignorar o garoto ao seu lado.

— Você conhece esse jogo?- Inquiriu a moça virando-se novamente para Jimmy e pondo as palmas de suas mãos para cima.

— Que jogo, o do silencio?- O rapaz perguntou olhando para ela desconfiado.

— Não, seu bobo- Mary respondeu sorrindo- Coloque a palma das suas mãos sobre as minhas.

Não menos desconfiado, Jimmy obedeceu sentindo a maciez da pele da jovem.

— E agora?

— Agora você tira a mão antes que eu bata nela.

— O que?- O jovem perguntou confuso- AI!- Exclamou ao sentir a garota bater nas costas das suas mãos.

— Você tem que tirar as mãos antes que eu acerte elas, Jim.

Jimmy levantou as sobrancelhas ao ouvir o novo apelido, sorrindo de canto.

— Okay- Falou colocando as mãos sobre as da garota novamente- Vamos de novo.

A brincadeira seguiu por certa de dez minutos, antes da porta da delegacia ser aberta com violência.

— JAMES POTTER- Um homem que aparentava ter uns quarenta anos e vestindo um terno impecavelmente arrumado gritou fazendo com que todos despertassem assustados.

— Papai?- Alice sussurrou surpresa levantando-se rapidamente- O que você está fazendo aqui?

— Tirando vocês e seus coleguinhas delinquentes da prisão, obviamente.

— Alto lá, meu senhor- Marlene proferiu já de pé cruzando os braços em frente ao peito- Você não pode falar assim da gente na nossa cara e achar que nós vamos-

— Muito obrigada, Mister Potter- Frank apressou-se em acrescentar tapando a boca de Marlene com uma das mãos- Mas a culpa da prisão foi nossa, e não dos seus filhos.

O senhor Potter, ainda vermelho de raiva, encarou o filho fixamente trincando os dentes.

— Eu poderia até fingir que acredito e ignorar esse episódio se meu filho irresponsável não tivesse arrastado sua irmã mais nova para isso.

— Eu não sou mais uma criança, pai, eu posso muito bem-

— Me desculpe, senhor- James respondeu calando a irmã.

— Vocês tem cinco minutos para estarem no carro, caso contrario farei com que os dois fiquem na delegacia por mais uma noite- E saiu batendo os pés com força no chão.

— Acho que nos já vamos, senhoritas- Sirius quebrou o silêncio que se seguiu sorrindo galanteador- Foi um prazer passar a noite com companhias tão adoráveis, especialmente a sua, jovem McKinnon.

— Queria poder dizer o mesmo, Black- Marlene retorquiu sentindo o canto de sua boca subir levemente- Até a próxima- E saiu marchando da delegacia. Sorrindo abertamente, Sirius a seguiu.

— Me desculpe pelo meu pai, Frank, a gente se encontra depois para continuar treinando patinação, ‘ta bem?- Alice pronunciou-se dirigindo-se a saída sendo acompanhada pelo garoto.

— Claro, não vejo a hora.

— Que pena, estava adorando o jogo- Jimmy brincou ajudando Mary a se levantar.

— Continuamos depois, então, e quem sabe você consegue ganhar pelo menos uma vez, ein?- Ela contestou balançando a cabeça para afastar os cachos do seu rosto- Me acompanha até a rua?

— Sim- Apressou-se o garoto.

James continuou parado adiando o momento em que teria que enfrentar o pai.

— Potter- Lily tocou levemente o ombro do garoto- Acho que não agradeci pela jaqueta. Obrigada- Disse estendendo a peça de roupa para o garoto.

— Pode ficar- Respondeu ele pegando o agasalho e jogando sobre os ombros da ruiva- Fica muito melhor em você. E mais sexy também.

 E dizendo isso, o moreno depositou um suave beijo no canto dos lábios da garota, saindo logo depois.

Lily se permitiu sorrir levemente enquanto encarava o local em que o jovem estava momentos atrás.

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Dorcas havia acabado de voltar para casa com um copo do Starbucks cheio de chá gelado quando a porta abriu-se e por ela entraram seus colegas de apartamento visivelmente cansados.

— Onde vocês estavam? Sabiam que já passa das oito horas?

— Desculpe, Doe, nos fomos presos- Frank respondeu atirando-se no sofá.

— De novo?

— É, a diferença é que dessa vez você não foi presa com a gente. Mas o pai de um dos amigos do Frank conseguiu nos tirar de lá- Lily revelou sentando-se no tapete- Porém, nos vamos ter que fazer serviço comunitário para pagar a pena.

— E você vai fazer com a gente, Doe- Marlene completou ligando a televisão e colocando em uma série da Disney.

— Eu? Mas porque?

— Um por todos e todos por um, lembra?

— Lembro sim, Mary, mas isso não quer dizer que-

— Quer dizer sim- Contrapôs a morena pondo um ponto final a discussão. Dorcas abriu a boca para contestar, mas voltou a fecha-la desistindo, afinal, não seria o fim do mundo ajudar os amigos nisso- E alias, você não deveria estar trabalhando?

— Eu já entreguei os papeis que tinha que terminar com as imagens das decorações e as ideias que eu tive para a festa.

— Você conseguiu terminar tudo?- Surpreendeu-se Marlene.

— Sim- A loirinha disse colocando ambas as mãos na cintura em uma pose digna de super heroína- Contra tudo e contra todos, eu consegui fazer o impossível- Pronunciou fazendo graça- E falando em empregos, seu chefe ligou, Frank- Ouvindo isso, o rapaz levantou a cabeça imediatamente- Eu disse que a Lily tinha passado mal e você estava no hospital com ela, mas que você estaria no clube antes das dez.

O rapaz resmungou erguendo-se do sofá e andando em direção ao quarto.

— É melhor a gente ir se arrumar também, Mary- Lene se manifestou batendo levemente no braço da amiga- Nos entramos na lanchonete as nove, lembra?

— É mesmo- A moça bateu na testa levemente- Vamos logo.

— Esperem- Dorcas parou as garotas antes que as mesmas conseguissem se levantar- Não querem saber sobre meu encontro com o Remus?

— Claro que sim- Lily falou cruzando as pernas- Vamos lá, pequena Meadowes, conte-nos tudo sobre seu talvez interesse amoroso.

— Bom... Nós fomos comer massa em um restaurante italiano muito legal e ele se ofereceu para me ajudar a terminar meu esboços para as decorações no apartamento dele.

— Uau, ele é bem direto, não é mesmo?- Marlene brincou olhando maliciosamente para a amiga.

— E o que vocês fizeram no apartamento dele exatamente?- Mary questionou fingindo-se de seria.

— Exatamente o que vocês estão pensando.

As três meninas caíram na gargalhada, enquanto Dorcas corava um pouco.

— E foi bom, Doe?- Lily inquiriu.

— Foi incrível! Eu queria que toda transa fosse como aquela, meu Deus- respondeu a menina fingindo abanar-se.

Dessa vez as quatro riram apoiando-se umas nas outras para não acabar rolando no chão.

— Do que estão rindo?- Perguntou Frank voltando a sala já uniformizado.

— De nada- Apressou-se em responder Mary levantando-se da poltrona- Vamos nos arrumar, Lene, chega de ficar enrolando.

— Isso me lembra que eu tenho que sair- Lily jogou as almofadas do lado e alcançou um sobretudo amarelo que estava jogado em uma cadeira- Tenho um compromisso.

— Qual? Fumar na porta do prédio?

— Não, Marlene- A ruiva respondeu olhando para a amiga- Arranjar um emprego.

E correu para fora do apartamento sem olhar para a expressão no rosto dos amigos.

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A Empresa Potter erguia-se imponente em meio aos demais prédios. Lily sempre passava por ali para chegar ao Starbucks do outro lado da rua, porém nunca havia sentido aquele sensação ruim na boca do estômago.

Apertando o casaco contra o corpo a jovem Evans adentrou o local apertando o botão do ultimo andar no elevador nervosamente.

— Você é Lily Evans?- Indagou uma mulher de pele escura e olhos claros assim que a jovem pisou no apto.

— Sim. Onde é a entrevista de emprego?- Perguntou apressadamente querendo que tudo aquilo terminasse logo. Odiava ter pessoas a avaliando, como se fosse uma mercadoria.

— Logo ali, Miss Evans- A morena falou apontando para uma porta dupla de madeira polida- A entrevista será com o filho do Mr. Potter.

— Mas o filho dele é o...

Antes que ela pudesse continuar, James Potter apareceu vestindo um terno refinado que com toda certeza custava mais que seu celular.

— James- Completou a ruivinha encarando o garoto com olhos estreitos.

— Olá, Miss Evans, como vai?- Questionou o jovem Potter sorrindo divertido- Katherine, pode deixar que eu acompanho a candidata até a sala de entrevista.

— Sim, Mister Potter.

— Vamos, Lily.

Sem muita opção a moça o seguiu sentindo-se um pouco mais a vontade.

A sala de entrevista era grande e espaçosa, com uma poltrona de veludo em frente a uma mesa de mármore onde uma grande cadeira de couro sintético se erguia por trás da mesma.

— Então- Lily incentivou James a começar sentando-se na poltrona que- ela notou sem nenhuma surpresa- era mais confortável que sua cama.

— Nosso terceiro encontro não demorou muito para acontecer, não é mesmo?- O jovem proferiu desafiando-a com o olhar.

— Ah, então você considerou ficarmos detidos na delegacia por uma noite inteira um encontro? Você tem mais problemas do que eu imaginei.

— Tudo obra do destino- O garoto falou abrindo os braços teatralmente.

— Você acredita em destino, Potter?- A ruiva perguntou olhando o rapaz com curiosidade.

— Bem, acho que não foi coincidência eu ter te conhecido- James respondeu simplesmente.

— Isso não foi destino, Jay, ‘tá mais para carma.

— Sempre com uma resposta na ponta da língua.

— Para você, sim- Movendo-se na poltrona desconfortavelmente, Lily fez uma careta- Onde está seu pai afinal? Acho que prefiro fazer a entrevista com ele.

— Eu... Não sei. Ele saiu- Retrucou o menino simplesmente fingindo mexer em alguns papeis.

— Você tem medo dele, não é?

— O que? Não! Claro que não!

— Não precisa ter vergonha disso, James. Eu sei bem como é ter medo dos seus pais.

— Como assim?

— Nada. Podemos começar a entrevista de emprego antes que eu resolva quebrar aquele vaso na sua cabeça?

James sorriu para a garota tentando não rir daquela figura pequena e colorida que insistia em lhe dar respostar mal- criadas.

— Tudo bem. Por que você quer trabalhar aqui?

— Preciso do dinheiro- Retorquiu a moça prontamente.

Dessa vez o jovem Potter não conseguiu conter uma gargalhada.

— Serio? A maioria das pessoas diria que é porque acham a empresa importante ou porque são qualificados para o cargo.

— Eu não faço ideia de qual seja a função dessa empresa e também não sou nem um pouco qualificada para o cargo, mas eu estou mesmo precisando de grana, então, por favor, continue logo essa droga de interrogatório.

— Não precisa- James proferiu levantando-se e dando a volta na mesa- Você está contratada, Lily. A partir de hoje é a nova secretaria da empresa.

— Serio?- Os olhos verdes da garota brilharam de alegria- Obrigada, James!- Falou enquanto atirava os braços em volta do pescoço dele em um abraço de agradecimento. O rapaz passou os braços pelo tronco dela e pousou o queixo em seu ombro- Eu poderia prometer que você não vai se arrepender, mas acho que eu estaria mentindo.

— Algo me diz que eu não vou me arrepender- O jovem falou apertando os braços em volta da cintura da garota.


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Notas finais do capítulo

É isso, o próximo é com a Celeste.
Beijos doces como mel.
Tchau.



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