A Garota Malfoy escrita por Paula Mello


Capítulo 3
A SELEÇÃO




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Todos atravessaram a sala e entraram pela porta dupla no salão, onde quatro mesas estavam lotadas de alunos, Hydra ia na frente, tentando se manter séria e centrada, o local era iluminado por dezenas de velas que flutuavam, era uma visão espetacular e Hydra olhava cada centímetro com curiosidade, no outro extremo do salão, estava a mesa dos professores, Hydra seguia a professora até lá, ela tentava olhar diretamente para frente, mas sentia centenas de olhos a olhando com curiosidade, ela pensou que não precisava ter vergonha, ela havia usado a poção que modela os cabelos, de forma que os seus longos cabelos louros faziam ondulações nas pontas, ela se sentia bem, mas era inevitável o nervosismo, ouvia alguns sussurros e pessoas perguntando se aquela menina era do primeiro ano e outras dizendo, é dela que estavam falando,.

Tentando não prestar atenção em nada que falavam para não ficar ainda mais nervosa, ela olhou para o teto, que sabia pelo livro "Hogwarts, uma história" que era encantado para parecer o tempo lá fora, realmente era um lugar fantástico.

Hydra viu quando a Professora silenciosamente colocou um banquinho de quatro pernas diante dela e dos alunos do primeiro ano. Em cima do banquinho ela pôs um chapéu pontudo de bruxo. O chapéu era remendado esfiapado e sujíssimo.

Um rasgo junto à aba se abriu como uma boca e o chapéu começou a cantar uma canção de boas-vindas, falando da história de cada fundador das casas de Hogwarts e de como era só colocar ele em suas cabeças que seriam selecionados para suas casas. Hydra sorriu, depois de se espantar com o chapéu que falava, achou graça e beleza em tudo aquilo e o salão todo aplaudiu.

Ela viu quando um bruxo com grande barba branca e vestes lilás se levantou no centro da mesa dos professores e pediu silêncio, aquele só podia ser Dumbledore que tão mal ouvira falar, sentiu uma instantânea simpatia por ele.

— Silêncio por favor – Disse ele seriamente e no mesmo momento todos no salão obedeceram. - Esse ano – Continuou ele-  excepcionalmente, Hogwarts recebe uma aluna de quarto ano transferida da digníssima Academia de Magia Beauxbatons na França.

Hydra sentiu seu rosto corar, não era muito tímida, mas sentiu todos olhando para ela novamente e muitos novos sussurros surgiram.

— Ela, – Ele continuou – junto com os alunos do primeiro ano irá passar pela cerimônia de seleção das casas, quero que por favor se juntem a mim, dando as boas-vindas a sua nova colega e apontou para Hydra.

O salão aplaudiu e de novo Hydra sentiu seu rosto corar fortemente mas tentou sorrir e acenar para Dumbledore com a cabeça, que se sentou.

A professora Minerva voltou a falar.

— Quando eu chamar seus nomes, vocês porão o chapéu e se sentarão no banquinho para a seleção. – Ela olhou para Hydra e chamou seu nome, - Hydra Malfoy.

Hydra deu um passo à frente e se virou para sentar no banquinho, deu uma rápida olhada na multidão que cochichava, sentiu que os cochichos aumentaram muito após a professora dizer seu nome, ouviu alguns cochichos enquanto sentava no banco.

— Ah não, Malfoy!

— Ué, ela não é Francesa?

— Ela vai para a Sonserina, com certeza, todos sabem disso, não sei nem o porquê fazem a seleção.

A professora colocou o chapéu em sua cabeça ela ouviu a mesma voz que cantou dessa vez dentro da sua cabeça, ficou assustada e deu quase um salto de início, depois ficou prestando atenção no que ele falava.

— Ah, sim, sim, uma Malfoy, posso ver, mas não uma Malfoy comum, não, não, tão diferente da sua família que conheci, tão diferente, porém com muita coisa em comum, em qual casa deve colocá-la?

Hydra começou a sentir sua mão suar e o coração palpitar, se sentia nervosa demais naquele momento e procurava não olhar para ninguém em especial, mas também não demonstrar o seu nervosismo.

— Sonserina, talvez? – Disse o chapéu em sua cabeça, fazendo seu coração palpitar mais ainda. – Você tem tantas qualidades que a casa certamente preza, vaidade, nobreza, consigo ver tudo isso, mas não, não é só isso, Corvinal talvez? Vejo grande inteligência e talento, não, não, coragem, ousadia, vontade de se provar, sim, sim, sei exatamente aonde devo colocá-la – E então o chapéu pareceu gritar para todos – GRIFINÓRIA!

Hydra não conseguiu evitar de dar um grande sorriso e agradecer silenciosamente apenas com os lábios, enquanto a professora tirava o chapéu de sua cabeça, por um segundo, todos ficaram em silêncio, parecendo em choque, e então o salão aplaudia, um pouco timidamente em algumas partes, ela podia ver rostos chocados vindos de todas as mesas, especialmente da Sonserina, onde seu irmão olhava de boca aberta para a cena.

Ela andou em direção a mesa da Grifinória, se sentindo extremamente bem e aliviada, para se sentar nos espaços vazios.

— Sente-se aqui conosco, somos do quarto ano também – Disse uma menina negra de cabelos negros mais ao centro da mesa, algumas pessoas chegavam para o lado para que Hydra pudesse se acomodar, enquanto isso, a professora chamava os alunos do primeiro ano para se sentarem no banquinho.

— Obrigada – Disse Hydra enquanto sentava ao lado da menina.

— Meu nome é Angelina Johnson, essa é a Alicia Spinnet, nós somos do seu ano - Disse ela apontando para uma outra menina negra ao seu lado - essa é a Katie Bell -Agora ela apontava para uma menina de cabelo castanhos ao lado de Alicia, ela é do terceiro ano, esses são Fred e Jorge Weasley eles são do nosso ano também – Hydra notou que ela apontava para os dois meninos ruivos gêmeos que ela viu no beco diagonal, ela sorriu e os meninos retribuíram parecendo não reconhecer ela, eles afinal eram os famosos Weasleys – E esse é o Lino Jordan também do nosso ano – Disse apontando para um rapaz ao lado dos gêmeos, o que estava com eles também no Beco Diagonal, todos retribuíam os cumprimentos dela –Essa é a Hermione Granger, ela é do segundo ano – Ela apontou para a menina de cabelos cheios e dentes grandes sentada ao lado de Kate - E esse é o Olívio Wood – Hydra voltou os olhos para o bruxo alto, forte, de ombros largos e de cabelos e olhos castanhos do outro lado da mesa, ao lado de Lino, ela o achou muito bonito e notara que o rapaz demorou para tirar os olhos dela  enquanto sorria e acenava – Ele é do sexto ano, quase todos somos todos do time de quadribol da Grifinória.

— Você joga quadribol? - Perguntou Olívio ainda sorrindo, ignorando um pouco os outros ao seu redor.

— Não, quer dizer, sim, eu jogo, eu sou goleira – Respondeu ela.

Todos deram risadinhas, como se ela tivesse contado algum tipo de piada, Hydra não entendeu o porquê no começo.

— Bem, essa é a minha posição, eu sou o capitão da equipe – Disse Olívio explicando.

— Então já sei que nem devo tentar entrar para o time – Disse Hydra também rindo, enquanto isso, mais três alunos tinham sido selecionados para a Grifinória e eles paravam para aplaudir.

— Não, nós sempre precisamos de reservas, acredite – Olívio ainda sorria e não tirava os olhos de Hydra e nem ela dele.

— Obrigada, vou pensar no assunto – Não pretendia entrar no time, mas gostava da visão que estava tendo no momento.

— Você é uma Malfoy mesmo? – Perguntou um dos gêmeos, fazendo Hydra tirar os olhos de Olívio para olhar agora para ele. - Como você está aqui na Grifinória? – Ele parecia realmente confuso.

Hydra se sentiu um pouco desconfortável, mas respondeu pacientemente e ainda sorrindo.

— Eu sou uma Malfoy sim, meu irmão Draco é da Sonserina, assim como toda a minha família, mas eu e eles somos completamente diferentes, não compartilhamos das mesmas ideias digamos assim.

— Você então não pensa ser melhor que todo mundo por ter sangue-puro? – Perguntou o outro gêmeo, fazendo todos olharem para ele um pouco assustados com a sinceridade pergunta talvez, mas Hydra sabia que era o que deviam estar todos imaginando.

— Não, eu não penso isso, eu acho isso uma grande bobagem na verdade, acredite, a última coisa que eu quero é ser associada à minha família, eu não sou eles, somos completamente diferentes – Disse ela um pouco menos paciente agora.

— Ok então – Disse o gêmeo sorrindo – bem-vinda à Grifinória.

Hydra sorriu de volta.

— Muito obrigada, Jorge... ou Fred? Me desculpe, eu não sei ainda...

— Não se preocupe, eu sou o Jorge, esse feioso aqui do meu lado é o Fred.

— Prazer meninos! – Disse Hydra ainda tentando distinguir entre os dois – Eu na verdade meio que já conhecia vocês, mas acho que vocês não lembram – Os meninos olharam confusos para ela. – No Beco Diagonal, eu vi vocês no dia que fui comprar meu material e você também, Lino.

— Sim, você era a bonitona que o Fred quase derrubou o queixo quando viu – Disse Lino rindo.

Hydra ficou corada enquanto todos riam.

— Cala a boca, você que quase derrubou o queixo! – Disse Fred – E o Jorge que foi falar com ela e levou um fora.

— Não, não, eu não estava dando um fora em você, eu realmente tinha que correr para encontrar a minha mãe, ela não gosta muito de atrasos – Respondeu Hydra rapidamente.

— Olha, não é a irmã de vocês que a Minerva acabou de chamar? – Perguntou Angelina.

— Sim, a Gina – Disse Fred olhando com atenção enquanto o chapéu gritava "GRIFINÓRIA" para a menininha ruiva que Hydra conversara mais cedo, então ela também era uma dos famosos Weasleys.

— Eu conheci a sua irmã, conversamos enquanto eu vinha para o castelo com os alunos do primeiro ano, ela é uma menina muito doce – Disse Hydra aplaudindo com os outros alunos da Grifinória.

— É que você nunca viu ela levantando de manhã – Disse Jorge.

A menina se aproximou timidamente da mesa da Grifinória e foi parabenizada pelos irmãos e o resto das pessoas que estavam perto e por mais um rapaz ruivo e magro que Hydra supôs ser outro irmão.

— Aquele é o Percy, nosso irmão mais chato, digo, mais velho, ele é monitor da Grifinória, provavelmente você vai ouvir muitas vezes ele dizer isso – Brincou Fred.

— Vocês todos se parecem – Disse Hydra olhando para Percy e então para eles.

— É o cabelo ruivo – Disse Fred.

Hydra percebeu que timidamente, Olívio ainda a lançava olhares.


— Então, Hydra, como uma bruxa Inglesa acaba em uma escola na França? – Perguntou Angelina.

— E você saiu de lá por quê? – Completou Alicia, enquanto os demais olhavam com curiosidade.

— Eu pedi para os meus pais para estudar lá, eu não queria vir para Hogwarts e todo mundo ficar me julgando algo que eu não sou só por causa do meu sobrenome – Disse ela, sem a intenção de parecer um fora, mas todos olhavam envergonhados agora para ela, então deve ter parecido um.

— A gente não quis... – Disse Jorge, interrompido por Fred.

— É só que... bem, não conhecemos muitos Malfoys bons.

— Não existem muitos Malfoys bons eu acho, não que eu conheça pelo menos – Disse Hydra rindo. – Não se preocupe, eu entendo, pensaria a mesma coisa se fosse vocês, provavelmente.... E por falar nisso, sou uma grande admiradora do seu pai.

— Como conhece nosso pai? – Perguntou Jorge curioso.

— Eu soube da briga deles no beco diagonal, não o conheço pessoalmente, mas meu pai deve ter merecido, grande admiradora aqui. – Disse Hydra rindo.

Todos riram surpresos, Hydra olhou para o prato e taça na sua frente e Alicia respondeu como se estivesse lendo a sua mente.

— Sempre tem um banquete depois da seleção, você sabe, para comemorar o início do ano.

— Ótimo, estou com muita fome! – Ela parou por um segundo e então continuou. - Fico pensando que a essa hora minhas amigas na Beauxbatons também devem estar jantando... sem mim... – Hydra parecia genuinamente triste.

— Ei, eu não sei sobre as suas amigas, mas nós somos bem legais, acredite, eu acho você vai gostar daqui – disse Fred tentando animá-la.

— Eu acredito, Fred – Hydra voltara a sorrir.

— Você tinha muitos amigos na sua antiga escola? – Perguntou Olívio, era engraçado como o som da sua voz fazia Hydra corar.

— Eu tinha... eu tenho três melhores amigas lá, Gabrielle, Desiré e Gisele, são do meu ano, nós éramos inseparáveis, não imagino passar o ano sem elas – Respondeu ela olhando para ele.

— Tenho certeza que você poderá ter amigos aqui, como teve lá – Disse Angelina, o que fez Hydra sorrir e agradecer.

— E namorado, você deixou algum namorado lá? – Olívio perguntou de um jeito espontâneo, depois que percebeu o que falou, pareceu corar e se arrepender, o que fez Alicia, Katie e Angelica trocarem risadinhas e Hydra corar ainda mais, o que estava acontecendo? Ela nunca foi tímida desse jeito.

— Não, eu já tive um namorado, se é que pode se chamar de namorado lá sim, mas é coisa do passado... – Disse ela ainda vermelha.

— Todos os garotos de Hogwarts agradecem por essa notícia – Fred disse e os outros meninos riram, até Hydra riu, apesar de ter certeza que estava mais vermelha que um pimentão, então decidiu mudar de assunto:

— Quantos irmãos vocês são?

— Sete, dois já se formaram, tem mais nós dois, o Percy, a Gina e o Rony, que nós não sabemos por onde se meteu – Disse Fred.

— Sim, era disso que eu estava falando antes, eu não os vi no trem! – Disse Hermione, mostrando pela primeira vez interesse na conversa. - Nem ele e nem o Harry.

— Harry Potter? – Perguntou Hydra curiosa.

— Sim, ele mesmo, a Hermione e meu irmão são grandes amigos – respondeu Fred.

— Que interessante, já ouvi falar muito dele, ouvi pelo meu irmão e pai, então acredito que ele é o oposto de tudo que ouvi.

— Deve ser uma pessoa maravilhosa então, já que aposto que seu irmão só lhe contou as piores coisas – Disse Hermione e Hydra notou um pouco de raiva e magoa nos seus olhos enquanto ela falava isso.

— Hermione, é claro, o Draco já falou de você, me desculpe sinceramente por tudo que ele já deve ter lhe feito – Disse Hydra, lembrando das coisas horríveis que ele chamava a menina.

— Você não tem culpa, mas ele não é uma das melhores pessoas – Disse a menina, um pouco mais suavemente.

— Ele não é tão ruim, ele tem culpa é claro de ser preconceituoso, mas muito ele meio que repete o que aprendeu com meu pai – Disse Hydra.

— Mas você aprendeu as mesmas coisas e não parece repetir isso – Hermione parecia ríspida ao responder.

— Não, você tem razão, mas eu, bem, eu, nós, tivemos uma tutora quando éramos crianças, madame Bouvier, ela é da França, ela me ensinou a não odiar os trouxas e os que não tinham sangue puro, ela me fez crescer sem essa visão vazia do mundo.

— E por que ela não ensinou a mesma coisa ao Draco? – Perguntou Hermione, um pouco mais calma.

— Porque o Draco era muito novo, quando ele cresceu mais um pouco, eu já, vamos dizer, irritava o meu pai o suficiente, então ele manteve o Draco mais próximo dele.

— Que azar o nosso então – Disse Hermione seriamente.

— Foi por causa dela que você quis ir para a França? – Perguntou Katie Bell.

— Sim, também, ela me ensinou francês quando criança e me falou tanto de lá, eu tinha aquele lugar como meu refúgio muito antes de me mudar – Disse Hydra sorridente.

A cerimônia tinha acabado, a última aluna havia sido sorteada para a Sonserina e a professora Minerva havia recolhido o chapéu seletor e o banco, o bruxo que Hydra julgou ser Dumbledore sorridente, levantou e falou aos alunos.

— Sejam bem-vindos! — Disse. — Sejam bem-vindos para um novo ano em Hogwarts! Antes de começarmos nosso banquete, eu gostaria de dizer umas palavrinhas: Bolo de milho, suco de abóbora e ovo de hipogrífo, obrigado.

O salão aplaudiu e ele se sentou.

— Então, esse então é o Dumbledore? – Perguntou Hydra rindo.

— Você não o conhecia? – Perguntou Olívio.

— Só de nome.

Hydra se surpreendeu ao ver os pratos na mesa que estavam vazios a um minuto atrás se encherem de comida, das mais deliciosas possíveis, todos encheram os pratos, ela e os alunos do primeiro ano receberam as boas vindas de Sir Nicolas-quase-sem-cabeça o fantasma da Grifinória o qual Hydra achara muito divertido, Hydra estava conversando animadamente com Angelina, Katie e Alicia sobre os bruxos da França quando ela sentiu uma mão em seu ombro

— O que você está fazendo aqui? – Draco estava atrás dela, com um enorme olhar de desprezo.

— Comendo e você? Não deveria estar em outra mesa? – Respondeu Hydra calmamente. Os novos colegas de Hydra, assim como algumas outras pessoas ao redor, olhavam curiosos para a cena.

— Não aqui, o que você está fazendo na Grifinória, você deveria estar na Sonserina! – Disse muito irritado.

— Eu deveria estar aonde fui selecionada e a não ser que eu tenha ouvido errado, o chapéu disse Grifinória.

— ESSE MALDITO CHÁPEU ESTÁ ERRADO, ISSO DEVE SER ARMAÇÃO DAQUELE DUMBLEDORE COM MEU PAI, TEM QUE SER! – Draco gritava, não alto o suficiente para que Dumbledore ouvisse, mas alto o suficiente para que todos na mesa se virassem para ele.

— Draco, lá fora, agora – Hydra falava baixinho com ele e extremamente irritada.

— Não vou a lugar nenhum, você que virá comigo para a sua mesa...

Hydra levantou, o interrompeu, segurou forte em seu braço e disse em seu ouvido.

— Se você não vier comigo agora, eu talvez vá transformar o seu nariz em uma enorme verruga e você sabe que eu posso fazer isso.

Draco ficou com medo e resolveu ir com a irmã, Hydra pediu desculpas a todos e seguiu com Draco até a porta do salão.

— Draco, qual é o seu problema? – Disse ela irritada com o menino.

— Você sabe muito bem que está no lugar errado.

— Draco, olha para mim, você achou mesmo que eu iria para a mesma casa que o resto da nossa família?

— Você é uma Malfoy! – Disse Draco agora mais irritado do que nunca e vermelho. – Papai vai ficar sabendo disso, vou enviar uma coruja para ele imediatamente, ele vai resolver isso! Ele é conselheiro desse lugar imbecil!

— Vai Draco, envie, eu não pretendia manter nada em segredo mesmo, ele que pensasse melhor antes de me tirar da minha escola e me trazer para cá.

Com isso, Hydra virou as costas para o irmão, foi interrompida no meio do caminho de volta para a sua mesa.

— Hydra! – Disse Adrian, fazendo Hydra se virar para falar com ele. – Parabéns pela seleção, é uma pena que não vamos estudar juntos então.

Hydra sentiu mais simpatia ainda pelo rapaz, que até agora, era educado com ela.

— Obrigada, Adrian, meu irmão não reagiu tão bem quanto você.

— Eu sei, eu vi..., mas não ligue para ele, de qualquer maneira, vamos nos ver em algumas aulas – Disse ele sorrindo.

— Que bom que vamos! – Respondeu Hydra, retribuindo o sorriso.

Depois que voltou para a mesa e se sentou todos estavam a olhando com olhares desconfortáveis.

— Olha, me desculpe ok? O Draco, O Draco...

Antes que terminasse de falar, todos disseram para deixar isso para lá.

— Não deve ser fácil – Disse Olívio.

— Você não faz ideia...

— Aquele menino da Sonserina que você estava falando, ele é seu amigo? – Perguntou Jorge.

— Amigo do meu irmão, eu acho, ele estava na minha festa de aniversário, era o único dos amigos dele que foi realmente gentil e não um babaca comigo, somos colegas – Respondeu Hydra.

— Ele parece gostar de você... – Disse Olívio, com um tom estranho.

— Ele é gente boa – Disse Hydra.

Depois de algum tempo algumas pessoas começaram a falar sobre Harry Potter e Rony.

— Vocês ficaram sabendo? Perguntou uma menina de olhos puxados e cabelo negro para o grupo – Harry Potter e Rony Weasley chegaram em Hogwarts em um carro voador e pousaram no Salgueiro Lutador!

— O QUE? ELES VIERAM NO CARRO VOADOR? – Perguntou Fred e Jorge ao mesmo tempo com uma mistura de raiva de surpresa.

— Sim! – Disse a menina – E parece que eles foram expulsos!

— Não, isso deve ser mentira, com licença... – Hermione disse e saiu pela porta do salão principal.

— Eu não acredito que eles não nos chamaram! – Disse Jorge para Fred.

— Mas onde eles arranjaram um carro voador? – Hydra perguntou curiosa.

— É do nosso pai, mas a gente não sabia que eles iam fazer isso, senão teríamos vindo junto! – Disse Fred desgostoso – Chegar voando em um carro, eles provavelmente vão virar lenda!

— Pois é, é a coisa mais legal que eu já vi acontecer aqui – Completou Jorge.

Percy, no entanto não pareceu gostar da notícia e reclamou sobre como Rony estava manchando o nome dos Weasleys, assim como Jorge e Fred.

— Manchando está você, sendo um chato de galocha como sempre! – Disse Fred.

— Ele não pode fazer isso! – Disse Percy sem dar muita atenção para ele. – Mamãe e papai devem estar furiosos.

— Furioso estou eu, que não fui convidado para ir junto – Disse Jorge frustrado.


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