A Garota Malfoy escrita por Paula Mello


Capítulo 12
O Menino da Corvinal




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Alguns dias depois, ainda aproveitando as férias, Hydra decidiu caminhar sozinha pelo castelo, ainda achava encantador cada detalhe daquele grande lugar quando esbarrou com Hagrid, o guarda caças de Hogwarts que parecia um gigante, Hydra sempre notou que ele nunca a olhara diretamente e parecia não gostar dela, mas decidiu falar com ele mesmo assim:

— Bom dia Hagrid – Disse ela animada.

— Ah, sim, bom, bom dia senhorita Malfoy – Mais uma vez o gigante parecia seco e não a olhava diretamente, ele se preparava para continuar caminhando quando Hydra decidiu perguntar:

— Hagrid, eu queria saber por que você não gosta de mim? – O guarda caças parecia assustado e surpreso com a pergunta parou de demorou alguns segundos para responder:

— Eu, eu, quem lhe disse isso? – Perguntou um pouco nervoso.

— Ninguém, eu só sinto, você nunca me olha e sempre fala comigo de forma esquisita, o que eu fiz?

— Nada, nada senhorita Malfoy – Hydra percebeu uma certa ênfase no seu sobrenome.

— Ah, então é isso – Hagrid ficou intrigado com a afirmação de Hydra – É porquê eu sou uma Malfoy, não é? – O Guarda caças parecia que ia cair para trás de tanto susto.

— Não, é, não! – Gaguejou Hagrid.

— Olha, tudo bem, eu entendo de verdade, minha família é horrível e eles odeiam todos que são diferentes, eu sei disso, eu também os odiaria se estivesse em seu lugar. – Hagrid parecia cada vez mais confuso e envergonhado – Mas eu não sou igual a eles, é sério, mas me desculpe se lhe fiz algo.

Agora Hydra estava pronta para sair quando o Guarda caças a chamou de volta:

— Você gostaria de tomar chá? Eu estava indo para minha cabana fazer um pouco para mim, você gostaria? – Ele parecia um pouco mais composto ao falar, já não gaguejava.

— Claro, tudo bem! – Disse Hydra sorrindo.

Os dois saíram do castelo em direção a cabana de Hagrid, Hydra já tinha visto a cabana de fora, mas nunca imaginou que iria entrar ali dentro, ao entrar na cabana, Hydra viu notou cada detalhe, havia apenas um aposento na casa. Presuntos e faisões pendiam do teto e em um canto, havia uma cama maciça coberta com uma colcha de retalhos, ela se assustou quando um enorme cão negro pulou em Hagrid parecendo muito feliz.

— Esse é o Canino, meu cão de guarda.

— Que cão lindo! – Na verdade Hydra ficou assustada por alguns minutos com o tamanho do bicho, mas logo depois ele a cheirou e deu algumas lambidas.

Hagrid a convidou para se sentar em uma de suas cadeiras e ferveu o chá, logo em seguida trouxa uma grande caneca para Hydra e outra para ele e serviu aos dois, Canino descansava perto de Hydra.

— É verdade sim, senhorita Malfoy – Começou a falar Hagrid, sentado na sua frente, parecendo mais confortável que no corredor do castelo.

— Me chame de Hydra, por favor... – Disse ela, depois de beber um gole do chá oferecido pelo meio gigante.

— Tudo bem, Hydra, eu achei que você seria igual a seu pai, tive o desprazer de conhecê-lo em algumas situações e nunca foi agradável, seu pai é... – Ele pareceu escolher com cuidado as palavras – uma das piores pessoas que já conheci e toda sua família sempre foi o mesmo comigo.

Hydra abaixou a cabeça, concordava com tudo com o que Hagrid disse, mas se sentia estranha ao ouvir isso de um estranho.

— Não quis aborrecê-la, me desculpe! – Disse Hagrid depressa.

— Não, não, eu entendo, é verdade, eles são tudo isso mesmo, eu sei que são. – Disse Hydra depressa, dando um leve sorriso.

— Hermione já me falou que você era diferente, mas não consegui acreditar muito, acho que eu fui preconceitos vejam só! – Hagrid deu uma risada reconfortante.

— Eu também seria, acredite, se eu pudesse, nem eu falava com a minha família.

— Mas só de ver a senhorita aqui e na Grifinória, sei que eles estavam falando a verdade, espero que aceite as desculpas de um velho tolo... – Hagrid colocou a mão no peito e deu um olhar sincero para Hydra, o que fez sorrir no mesmo instante.

— Mas é claro que sim e não vejo nenhum velho tolo aqui!

Os dois sorriram e ficaram ali conversando e rindo por algumas horas, Hagrid contava sobre os animais que encontrava em suas caminhadas na floresta, ficaram ali até que ela teve que voltar para o castelo, Hydra sentiu que fizera ali um novo amigo e isso valeu todo seu dia.

— Aonde a senhorita estava? – Perguntou Jorge, fingindo estar falando sério, enquanto se sentava ao lado de Hydra na poltrona.

— Na casa do Hagrid, tomando chá – Respondeu ela.

— Legal, o Hagrid é bem gente boa! – Disse Fred, que sentou a poltrona ao lado.

— E vocês dois? Como estão aproveitando o dia?

— Jogando, planejando algumas novas invenções e sendo incríveis, como sempre. - Jorge sempre fazia Hydra rir, o jeito como ele falava as coisas era algo que trazia alegria para qualquer um, assim como Fred.

— Vocês dois são realmente incríveis, sabiam? – Perguntou Hydra.

— Acabei de dizer que sim, – Disse Jorge brincando e rindo.

— É o que todas dizem... – Completou Fred também rindo.

Angelina e Hydra tinham uma boa amizade, assim como Alicia e Katie, mas Fred e Jorge pareciam a cada dia se aproximar mais de Hydra, ela se sentia feliz e confortável com os dois, mas não da maneira que sentia com Olívio, era algo mais fraternal, difícil de explicar, como se já conhecesse os dois de muito tempo.

— E cadê sua melhor metade? – Perguntou Jorge, enquanto comia um pedaço de bolo caramelado que tinha sobrado dos muitos que Narcisa mandara por coruja para ela naquela manhã.

— Testando a vassoura nova pela milésima vez, provavelmente. – Respondeu Hydra.

— Eu não sei como você aguenta essa fascinação dele por quadribol. – Disse Jorge – Eu gosto também, mas o Olívio leva a coisa para outro patamar.

— É verdade, eu não entendo muito também – Completou Fred.

— O Olívio é doce, é um homem focado, que sabe o que quer, eu só sei apreciar isso, eu acho. – Respondeu Hydra, se servindo também de um pedaço de bolo.

— Coloca focado nisso! – Disse Fred rindo.

O ano letivo começou e o boato sobre Hermione Granger ter sido vítima de um novo ataque se espalhava pela escola depois que todos notaram que ela não estava indo para as aulas, Hydra tentava não dar ouvidos para os boatos, mas estava ainda muito preocupada com Hermione.

Na primeira aula de Herbologia do semestre, a professora Sprout parecia mais disposta do que nunca.

— Bom dia, queridos, bom dia – Disse ela, abrindo a estufa para que os alunos do quarto ano da Grifinória e Lufa-Lufa pudessem entrar.

Hydra se posicionou na mesa entre Fred e Jorge.

— Espero que todos tenham aproveitado suas férias e estejam prontos para mais uma emocionante lição de Herbologia!

Alguns alunos fingiram entusiasmo, outros, nem tanto, Fred e Jorge apenas se seguraram para não rir da "piada".

— Hoje vamos aprender sobre alguns tipos de plantas que curam envenenamento –Continuou a professor, agora conquistando a atenção de alguns alunos –, por exemplo hoje, vamos usar a Abútua. – A Professora fez um aceno com a varinha e um vaso com uma planta saiu da prateleira e foi até o centro da mesa.

— Legal – Disse uma menina da Lufa-Lufa.

— Alguém sabe algo sobre a Abútua? – Perguntou a professora.

Hydra e uma menina da Lufa-Lufa levantaram a mão.

— Senhorita Malfoy – Disse a Professora

— A Abútua é uma trepadeira medicinal originária de florestas tropicas que produz frutos de coloração laranja-escura – Disse Hydra.

— Excelente, dez pontos para a Grifinória, é claro! – Disse a professora com entusiasmo.

— Você podia ser mais nerd? – Perguntou Fred, causando risadas em Jorge e Lino.

— Não sou, eu só conheço bem essa planta – Disse Hydra, deixando os irmãos olhando um para o outro.

— Você já envenenou alguém com ela? – Perguntou Fred, parecendo com medo da resposta.

— Claro que não, né? Você não ouviu o começo da aula? Ela cura envenenamento, não causa, e ela é muito usada em poções.

Eles foram interrompidos pela Professora que continuava explicando sobre a planta.

— Os frutos da Abútua levam cinco semanas para amadurecer e ela é uma planta muito procurada por preparadores de poções, pois de seus frutos são extraídos uma seiva espalhada em sua estrutura utilizada em poções para engrossá-las e aumentar seus efeitos. Também pode ser ingerida para cura envenenamentos de grau um.

— Será que eu conseguiria pegar um pouco sem a Professora perceber? – Perguntou Hydra para os gêmeos, se referindo a planta que estava na frente deles.

— Claro, deixa com a gente! – Disse Fred, olhando para Jorge e dando uma piscada com um olho só.

— Mas para que você quer? – Perguntou Jorge, falando baixinho para ninguém mais ouvir.

— Para engrossar uma poção, na verdade várias, é realmente uma planta muito boa. – Respondeu Hydra, olhando em direção a Professora para ter certeza de que ela não estava ouvindo os três.

— Hydra Malfoy, uma contraventora das leis escolares, continue assim e em breve estará na detenção com a gente. – Disse Jorge rindo.

— Mal posso esperar... – Disse Hydra também rindo.

No final da aula, de alguma forma que nem mesmo Hydra entendeu ou viu como, Jorge apareceu seguido de Fred com a planta no bolso de suas vestes.

— Vocês são demais! – Disse Hydra.

Depois do jantar e de passar algumas horas na biblioteca, Hydra andava em um dos corredores a caminho da torre da Grifinória, quando foi interrompida por um rosto familiar.

— Ah, olá, você é a Hydra, certo? Hydra Malfoy? – Falava o lindo rapaz da Corvinal que ela já observara antes, parado na sua frente a olhando com seus olhos azuis e com um sorriso que revelava dentes quase tão brancos quando os de Lockhart.

— Oi, isso, você é o Peter, certo? Peter Macmillan, você é o irmão da Jeniffer – Hydra não conseguia deixar de se sentir hipnotizada pelo sorriso branco do bruxo.

— Isso, vocês são do mesmo ano, ela me contou, eu queria me apresentar, eu sempre te vejo pelos corredores mas nunca nos falamos. – Hydra continuava hipnotizada pelo sorriso que parecia nunca desaparecer – Eu sou do mesmo ano do Olívio, vocês são namorados, certo?

— Sim, somos sim, eu também já te vi aqui pelo corredor. – Disse Hydra, saindo do "transe".

— Eu não quero te incomodar, só pensei em dizer oi mesmo, de qualquer maneira, se precisar de algo, é só me chamar – O sorriso permanecia firme ali.

— Claro, com certeza eu irei, obrigada.

O rapaz seguiu pelo corredor descendo as escadas e Hydra subiu para a torre

— "Que esquisito" Ela pensava – "ele nunca tinha falado comigo antes... mas bem, deve estar só querendo ser educado".


Quando percebeu, já estava na frente da sala comunal da Grifinória.

— Senha? – Perguntou a mulher gorda.

— Caracol – Respondeu Hydra e o retrato se abriu e revelou o buraco que levava até a sala comunal, que ainda estava cheia de gente estudando e conversando, incluindo Fred, Jorge, Angelina, Alicia e Lino, sentados no centro da sala e Olívio com alguns amigos do sexto ano sentado perto da lareira. Ao ver a menina, Olívio foi em sua direção.

— Estava te procurando, aonde você estava? – Perguntou ele, a recebendo com um sorriso e um beijo rápido.

— Na biblioteca, cada hora os exames chegam mais perto, preciso me preparar... – Respondeu ela, se sentindo estranhamente culpada, como se tivesse feito algo de errado para Olívio.

— Eu estava pensando em uma nova estratégia para o próximo jogo de quadribol, acho que você vai gostar, vem, vamos falar com o time.

Olívio a segurou pela mão e a levou até onde estavam Fred, Jorge e o resto dos colegas do time. Olívio explicava com entusiasmo sobre uma nova jogada que Angelina e Alicia deveriam tentar fazer e Hydra fingia ouvir tudo com entusiasmo, apesar de se sentir cansada e sem a mínima paciência para aquilo.

— Então se vocês focarem em marcar os jogadores e deixarem que o Fred e o Jorge façam esse esquema aqui, pode dar tudo certo! – Disse ele com seu sorriso e olhar maníaco de quando falava sobre quadribol.

— Okay, Olívio, vamos tentar no próximo treino. – Respondeu Angelina, que estava sentada na frente dela e de Olívio ouvindo atentamente, de todos os jogadores, Angelina era a que mais prestava atenção nas coisas que ele falava.

— Ótimo, ótimo, estou falando pessoal, esse ano... acho que é esse ano que o título é nosso, nada pode deter a Grifinória se dermos o nosso melhor! – Olívio parecia tão estranhamente animado que Fred e Jorge o imitavam de forma sarcástica, fazendo todos rirem, menos Olívio, que estava animado demais para reparar na brincadeira.

— Ele é animado assim com você também? – Perguntou Jorge, ainda rindo.

— Eu tenho que me conformar que eu vou ser sempre o segundo amor dele, eu acho... – Respondeu Hydra, também rindo, enquanto Olívio voltava a falar com Angelina sobre o time.

Durante os meados de janeiro, Hydra agora já conseguia controlar bem o frio que sentia, se reacostumando, as aulas ficavam mais intensas, o professor Snape agora parecia apreciar um pouco mais os dons dela, mas sem ainda conceder um único ponto para a Grifinória.

Pucey continuava oscilando entre simpático e frio com Hydra, ele mudava principalmente quando a via com Olívio, mas agora era ela quem não dava muita bola para o menino.

Peter continuava sendo amigável sempre que a encontrava, teve um dia o qual ela esbarrou com ele e Rita se agarrando no corredor, ele parecia nervoso e muito envergonhado, ele e a menina se separaram rapidamente, Hydra nunca viu alguém ficar tão vermelho em sua vida, ele pedia desculpas quase que sem parar na hora.

"Está tudo bem, gente, desculpa eu ter interrompido" - disse Hydra sem graça no dia.

Outra coisa que Hydra estava começando a se acostumar era com o poltergeist pirraça, ele perturbava a maioria dos alunos, mas estranhamente a deixava quase sempre em paz.

— Hydra, preciso que você preste atenção! – Dizia Olívio, enquanto os dois estavam com o time no campo, treinando para o próximo jogo – Você pode voar até o gol para demonstrar a minha jogada enquanto eu narro?

— Claro... – Disse Hydra, montando na vassoura e levantando voo até um dos lados do campo.

— Muito bem, - Dizia Olívio, também levantando voo, mas ficando na lateral do campo – Fred e Jorge, marquem a Angelina. Angelina, prepare para fazer a jogada dupla.

Depois de mais de duas horas de treino exaustivo, as meninas voltaram para a o quarto delas, caindo na cama, sem nem conseguir falar direito.

— Eu não aguento mais, é sério, eu não sou do time, por que diabos eu preciso participar de todo treino? Eu sei, eu sei, por o Olívio se sente bem e blá blá blá – Disse Hydra, interrompendo Angelina que tinha aberto a boca para responder.

— Mas é verdade! – Disse Angelina, deitada em sua cama, com os braços abertos e a barriga para baixo.

— Treino puxado hoje, meninas? – Perguntou Jeniffer, que entrava no quarto seguida de Rita.

— Aham! – Gemeram as três meninas, exaustas demais para responder direito.

— Ei, Hydra, queria pedir desculpas por aquele dia com o Peter. – Disse Rita, sentando na cama ao lado da menina.

— Que dia? – Perguntou Hydra, virando para olhar para ela.

— Que você me viu no corredor com o ele. – Respondeu ela.

— Mas desculpas por quê? Não foi sua culpa! E tirando pelo ponto de vista escolar, vocês não estavam fazendo nada sério. – Disse Hydra, se sentindo envergonhada de pensar no que tinha acontecido.

— Mesmo assim... bem, não é como se isso fosse acontecer novamente... – Disse Rita, com uma voz levemente irritada.

— Como assim? – Perguntou Hydra, levantando e sentando na cama.

— O Peter terminou comigo...

— Ele não terminou com você, vocês nunca chegaram a namorar, você também disse que não queria! – Disse Jeniffer, partindo em defesa ao irmão.

— Eu sei, mas eu quis dizer, ele terminou o que tínhamos, eu realmente não queria namorar, mas não vou mentir que era bom, seu irmão tem uns jeitos com as coisas que meu Deus... Inacreditável - Rita sorria maliciosamente, enquanto Jeniffer fazia careta enojada.

— Eca, é meu irmão!

— Ele está solteiro então? – Perguntou Alicia rindo.

— Aparentemente sim, mas está bem difícil também, não sei o que deu nele! – Respondeu Rita.

— Eu não acho o Peter tudo isso – Disse Angelina, virando para as meninas –, quer dizer, ele é bonito e tal, mas eu acho que tem outros meninos mais bonitos que ele.

— Ah, eu não acho – Respondeu Rita.

— Eu também não, talvez o Cedrico da Lufa-Lufa, mas acho que os dois estão no mesmo nível na verdade.  – Completou Alicia, ainda deitada em sua cama.

— Ele também é lindo, realmente, mas o Peter é mais velho, mais charmoso, sei lá! – Disse Rita, parecendo ter água na boca.

— Ah, mas o Cedrico realmente... – Disse Angelina rindo.

— Vamos chamar de um empate então, – Anunciou Jeniffer – apesar de ser super desconfortável falar do meu próprio irmão.

— Empate! – Disseram as meninas.

— E coloca o Olívio no meio, ele também é lindo, com todo respeito, Hydra – Disse Rita, sentada em sua cama.

— Eu concordo! – Disse Hydra rindo.

Durante toda a semana, Angelina anunciou que estava com raiva de Rita por seu comentário sobre Olívio.

— E qual é o problema, Angelina? – Perguntou Hydra, enquanto as duas andavam pelo corredor entre uma aula de poções e uma de feitiços.

— O problema é que ela não tinha que falar nada disso do SEU NAMORADO! – Respondeu Angelina, quase espumando pela boca.

— Mas é meu namorado e eu não ligo, então, qual é o problema? – Disse Hydra, tentando segurar a risada.

— Não gosto, só isso, ela tem que te respeitar...

— Okay, Angelina, às vezes eu acho que você protege mais o Olívio do que uma mãe! – Hydra agora não controlava a risada.

— Ele é um grande amigo e um bom garoto, eu gosto de vocês dois juntos, é só isso. – Respondeu Angelina, olhando séria para amiga.

— Okay, só não fique com raiva da Rita, ela realmente não fez por mal.

— Que seja...

— Desino Lacesso, alguém pode me dizer do que se trata? – Perguntou o Professor Flitiwick.

— Um feitiço que cancela um outro feitiço, antes dele chegar até o alvo. – Respondeu uma Laura.

— Muito bem, Srta. Schimmer, dez pontos para a Grifinória – Disse o Professor empolgado.

— Interessante... – Comentou Hydra com as amigas ao seu lado.

— É preciso que tenha imensa concentração, pense no seu objetivo com clareza, aponte a varinha para o seu alvo, no caso, a pessoa que está lançando um feitiço contra você e diga "Desino Lacesso". – O Professor passava o olho pela classe, que estava toda tentando imitar o que ele falava. – Quero que se dividam em pares e que um tente lançar o feitiço de desarmamento enquanto o outro tenta usar o Desino Lacesso para impedir.

Hydra acabou treinando o feitiço com Lino, enquanto Fred treinava com Jorge (deixando o Professor sempre confuso sobre quem era quem) e Angelina com Alicia, foram precisas três tentativas até entender e usar o feitiço corretamente e pela sala inteira, pessoas acabavam sendo desarmadas em tentativas frustradas de impedir os feitiços que saíssem de suas varinhas, essas voavam de um lado para o outro.

— Se concentrem, lembrem, se concentrem, não estão se concentrando o suficiente! – Gritava o Professor, passando pela confusão de alunos sendo desarmados.


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