Day After Day escrita por nywphadora, ProngsJackson, nywphadora


Capítulo 2
Day 1


Notas iniciais do capítulo

Bem-vindos ao primeiro dia do loop temporal de James Potter. Esperamos que gostem ;)



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— Levanta, Prongs!

James resmungou, virando-se para o outro lado da cama, escondendo o rosto com o travesseiro.

— Você quem pediu por isso.

Antes que pudesse raciocinar o que aquilo queria dizer, foi jogado direto para o chão, acompanhado pelos cobertores e travesseiro.

— Sirius! — ele gritou, atordoado.

— Você quem não quis levantar — o outro defendeu-se — Vamos, já estamos atrasados para o café. E ainda temos prova de DCAT.

Sirius foi até a porta do banheiro, gritar para Remus sair.

— DCAT? — James murmurou, sonolento — Mas tivemos DCAT ontem.

Nenhum deles escutou-o, concentrados demais em decidir de quem era a vez de usar o banheiro. Aproveitou-se da situação, passando na frente da fila, sorrindo debochado. Eles só notaram quando a porta fechou-se, mas não poderiam fazer mais nada.

— JAMES! ERA A MINHA VEZ! — ouviu Sirius reclamar.

— Então não me acorde mais daquele jeito — ele respondeu, sentindo-se vingativo.

Depois de ouvi-lo reclamar mais um pouco, finalmente entrou embaixo do chuveiro. Começou a pensar no que Sirius tinha dito, sobre o exame. Quer dizer, eles não tinham feito essa prova ontem? Será que houve algum problema e resolveram repeti-la?

Ocorreu-lhe também uma vaga lembrança de ter brigado com Lily durante a noite, algo sobre Snape e toda a confusão depois da prova, mas… ele não se lembrava de ter ido dormir, ou de como chegou ao seu dormitório. E quando tentou se esforçar um pouco mais, em busca de informações, sua cabeça começou a latejar, e nada mais lhe vinha.

— ANDA!

James rosnou, e girou o registro, desligando a água.

Era de se esperar que a manhã fosse ocupada de uma matéria, enquanto que à tarde seria Defesa. No entanto, a professora responsável por aplicar Transfiguração enfrentou um contratempo, deixando-os com algumas horas de estudo a mais — o que não era muito reconfortante.

— Você podia ter me deixado dormir mais um pouco — reclamou James aos amigos.

— Não teria graça — respondeu Sirius, sem incomodar-se com seu olhar mal humorado.

—Aliás, algum de vocês poderia me explicar o porquê de termos outro exame de DCAT? — perguntou James, enquanto seus amigos o olhavam com uma expressão interrogativa — Já não bastou a tortura que foi o de ontem?

— Do que você está falando? — Peter atreveu-se a questionar o que nenhum dos outros parecia ter muita vontade.

James não respondeu, vendo Lily passar junto de suas amigas bem atrás de onde estavam sentados. Analisou a sua expressão cuidadosamente, sem encontrar nada que provasse que o dia anterior tinha acontecido.

Teria apenas sonhado então? Já tivera outros sonhos que pareciam tão reais, mas acabavam não sendo.

— James?

Ele virou-se para Remus, que parecia realmente preocupado com a sua saúde mental.

— Peguei vocês — ele disse, não muito convincente.

Tentando evitar aquele clima constrangedor, concentrou-se em seu prato de comida.

— Estou estranhando que você não tenha começado a desabar todo o conteúdo em cima da gente.

Sirius mudou o seu olhar de confuso para irritado por ele ter tocado no assunto. Não importou-se com isso, serviu para desviar o olhar de suas atitudes. Olhou novamente para o lado, perguntando-se como que aquela ruiva invadia inclusive os seus sonhos mais realistas.

Até aquele momento, o seu dia não condizia exatamente com o seu sonho. E, mesmo que o fizesse, o que queria dizer? Era impossível que ele pudesse prever o seu dia às noites, não era vidente nem tinha um vidente em sua família.

Escutou a voz de Remus ao fundo, repassando em voz alta cada tópico que cairia na prova. Peter prestava atenção com um interesse desesperado, para ver se conseguiria memorizar algo daquilo na hora. Sirius brincava com alguma pena quebrada, ignorando completamente o que ele dizia, ou fingindo ignorar. James só queria voltar a dormir, talvez ter algum sonho realista em que Lily olhasse para ele de uma forma diferente, sem desprezo ou desgosto.

A sineta para a prova tocou mais cedo do que James gostaria. Remus estava completamente relaxado, e olhava sério para ele e Sirius, como que dizendo que seus fracassos seriam inteiramente culpa deles, por não terem escutado-o durante aquele tempo.

Depois de toda a correria dos alunos do quinto ano, quase todos nervosos com a avaliação, os professores conseguiram organizá-los, para finalmente entregarem os pergaminhos.

Assim que James pôs as mãos na sua prova, ficou em choque por alguns segundos. Era exatamente a mesma prova de seu sonho. Mas como isso seria possível?

Leu todas as perguntas mais de uma vez, e teve a certeza. Era a mesma.

Procurou alguma explicação plausível para aquilo. Tinha escutado Remus falar tanto daquela maldita prova que seu sonho formou as perguntas? Ou decorou algumas perguntas que ele podia ter formado para estudar? Mas não poderia ser tudo cem por cento igual.

Seriam as respostas as mesmas também?

Olhou ao redor. Sirius, apesar de sua aparência despreocupada, sabia a importância que aquela prova teria se quisesse tornar-se um auror, então mostrava uma concentração não muito comum dele. Remus estava concentrado como sempre, mas parecia aliviado a cada questão que sabia responder. Os olhos de Peter moviam-se desesperados, para os professores aos redores, para a sua própria prova, para a nuca do colega à frente, procurando uma forma de pegar as respostas.

Voltou o olhar para a própria mesa, preocupado que acreditassem que ele estava colando. Ponderou sobre o que devia fazer, antes de dar de ombros, molhou a ponta da pena com tinta e começou a dissertar as mesmas respostas que lembrava ter discutido com os amigos à saída do Salão Principal.

Remus nunca errava.

— Afastem-se das provas.

Estava desenhando um pomo de ouro com as iniciais “L.E” quando Flitwick ordenou. Afastou-se, lamentando por ter feito um desenho tão lindo que não poderia recuperar mais. A sineta tocou ao mesmo tempo em que todos os pergaminhos voaram para a frente. Escutou um lamento de alguns colegas, inclusive Peter que rasgou a ponta da prova, no desespero de escrever mais uma frase que fosse.

— O que você achou? — perguntou Remus, assim que reuniram-se do lado de fora, Peter ainda resmungando sobre falta de tempo.

— Fácil — respondeu James, fingindo desinteresse.

Esteve ciente dos olhares surpresos de seus amigos e escondeu um sorriso, soltando o pomo de ouro escondido em seu bolso. Entreteu-se com a pequena bola por um tempo, até que Snape passou à frente deles, despertando o interesse de Sirius.

— Você não viu quem passou aqui? — perguntou Sirius, curioso.

— Quem? — James despertou de seus devaneios.

— Normalmente você é o rastreador de sebosos — ele disse.

Peter riu, e Remus estava ocupado demais em seu livro para entrar na conversa.

— Isso vai te animar, Padfoot. Olha quem está aqui.

James balançou a cabeça, lembrando-se da sua própria fala no sonho. Não seguir exatamente os passos do sonho traria algum problema para o seu futuro? Ou ele estava tendo um sonho do dia anterior? Sentia-se tão confuso.

— Só estava distraído — ele disse, tentando soar convincente.

Sirius olhou-o estranho, antes de levantar-se.

— Onde você vai? — perguntou James, sem entender.

— Atrás de um pouco de diversão — disse Sirius, balançando a sua varinha com um sorriso divertido.

Ele foi atrás de Snape, mas James, curiosamente, não estava com muita vontade de levantar-se. Os seus olhos acompanharam o amigo, assim como Peter. Remus continuava com os olhos fixos no livro, mas eles não se moviam.

— Tudo bem, Snivellus?

Snape virou-se rapidamente, erguendo a varinha.

— Expelliarmus!

Pensando bem, era a primeira vez que Sirius ia divertir-se sem ele. Em vez de sentir-se interessado em unir-se, James decidiu observá-los de longe. Sempre ia para a ação e acabava não podendo observar melhor os detalhes. Quem sabe poderia notar o ponto fraco de Snape daquele jeito, era assim que aurores faziam: observavam e depois atacavam.

Assim que Snape caiu, Sirius não deu-lhe tempo para reagir:

— Impedimenta!

Os alunos pareceram finalmente notar o confronto, aproximando-se. Peter olhava curioso para James, como que perguntando-se o porquê de não reunir-se a Sirius, como sempre fazia.

— Foi bem no exame, Snivellus? — perguntou Sirius — Não, eu acho que não. Seu nariz tocou tanto o pergaminho que deve tê-lo enchido de óleo. Sinto pena de quem terá que corrigir, não entenderá uma palavra que seja.

James quase ficou surdo com as gargalhadas de Peter, que estava sentado ao seu lado. E viu vários outros colegas gargalharem junto com ele. Os seus olhos desviaram-se para o outro lado do lago, inconscientemente, Lily não parecia ter notado ainda o que estava acontecendo.

Por que ela importava-se tanto com Snape?

— Esperar o quê? O que você vai fazer? — Sirius seguiu provocando.

Snape tentou pegar a varinha, soltando algumas maldições misturadas de palavras que não faziam o mínimo efeito mágico, mas que nenhum professor gostaria de escutar.

— Acho que deveria lavar a sua boca — disse Sirius — Esfregaça!

A visão de Snape cheio de bolhas de sabão na boca foi o suficiente para James, que não conseguia mais segurar a risada da situação.

— Deixe-o em paz!

O grito estridente de Lily foi o suficiente para ele encolher-se. Finalmente ela tinha notado a situação.

— O que ele fez para vocês? — ela perguntou.

— É mais o fato de ter nascido mesmo.

As palavras escaparam da boca de James antes que ele pudesse pensar muito sobre isso. A atenção de Lily dirigiu-se rapidamente para ele, e James arrependeu-se por ter aberto a boca.

— Você está achando muito engraçado isso, não é mesmo? — ela perguntou, irritada — Aliás, por que ainda está sentado? Por que não levanta-se para divertir-se um pouco também?

— Eu deveria fazer isso — respondeu James, irritando-se também.

— Não seria nada diferente do que você já faz. Por que não o deixam em paz?

— Eu deixaria se você saísse comigo.

Estava ciente que era um argumento fraco, e que nunca que Lily iria virar-se e falar “Claro! Por que não?”, isso não era do feitio dela. Toda aquela indiferença vinda dela apenas o enlouquecia. Talvez era o motivo pelo qual incomodava-se tanto por sua amizade com Snape. Ele era ruim, e parecia que só ela não conseguia ver isso. Por que ela gostava de Snape e não dele?

Em meio a uma resposta furiosa de Lily — que já era previsível —, o efeito do feitiço acabou-se, e Snape jogou-se em direção à sua varinha.

— Protego!

James virou-se para Sirius rapidamente, assustado.

Snape tinha tentado atacá-lo no momento de distração, mas Sirius ajudou-o, levitando rapidamente o homem.

— Ponha-o no chão! — Lily gritou.

Aquilo só enfureceu-o ainda mais. Como que ele podia defender aquele garoto quando ele tinha tentado atacá-lo desprevenido? Na sua frente? Podia tê-la acertado por acidente!

— Ponha, Sirius — disse James, frio.

— O quê? — perguntou Sirius, surpreso.

Não tinha feito aquilo por pedido de Lily, já que estava irritado demais. Se ela queria juntar-se com pessoas como ele, que ficasse à vontade. Ele lavava as suas mãos.

Snape caiu ao chão, rapidamente.

— Agradeça por ela estar aqui para te defender, Snivellus — disse Sirius, sem poder evitar uma provocação final.

— Não preciso da ajuda de sangues ruins.

James congelou ao escutar aquela palavra ser dita. Lily também pareceu ficar paralisada, piscando os olhos uma vez, antes de exclamar:

— Oh! Não vou mais me incomodar no futuro, então.

Apesar de sua reação ríspida, ela tinha se decepcionado por escutar aquilo. Ao mesmo tempo em que sentia vontade de abraçá-la, reconfortá-la, uma outra parte de si apenas dizia “Não era isso o que você queria? Agora ela sabe quem ele é”.

— E, se eu fosse você, lavaria essas cuecas, Snivellus — ela virou-se, alguns passos depois, antes de partir direto para o castelo.

“Não era agora que ela me xingava?” perguntou-se James.

Mesmo Remus parecia apertar a lombada do livro com força, um olhar raivoso para as páginas do livro, como se ele tivesse culpa de tudo o que estava acontecendo.

Um brilho dourado perpassou a mente de James.

O vira tempo.

Ele era culpado do que estava acontecendo.

— Levicorpus.

Sirius levitou Snape outra vez. Apesar de viver brigando com Lily, ele importava-se com ela, mesmo que nunca fosse admitir. E, mesmo que não se importasse, chamar alguém daquela palavra era desprezível.

— Muito bem! Quem quer me ver tirar as calças do Snivellus? — ele perguntou, vingativo.

James afastou-se de onde o grupo estava, indo para o caminho contrário.

— Você não vai ver? — perguntou Peter, assim que ele passou ao seu lado, sem entender.

— Tenho uma coisa a fazer — ele disse, distraído.

Tomou o rumo do castelo, enquanto sua cabeça vagava pelos acontecimentos do dia, e pelas vagas lembranças de ontem.

Lily Evans tinha um vira tempo?

Considerou as suas opções: poderia passar horas torturadas dentro da biblioteca, ir atrás de Lily ou simplesmente esquecer aquilo.

Talvez estava naquela situação porque tinha visto o vira tempo quebrar-se, alguma maldição como a superstição dos trouxas de sete anos de azar na quebra de um espelho. Era só ele não ver novamente!

Não precisaria falar com Lily — ela estaria furiosa demais para isso, e ele não confiava em seu próprio humor —, não precisaria desperdiçar tempo na biblioteca... Era só esquecer tudo aquilo!

Depois de decidir que o melhor a fazer era não conversar com a ruiva, para evitar ver o vira tempo se quebrando, decidiu passear pelo colégio. Deu a volta no castelo, e após alguns minutos de caminhada, viu que se encontrava perto da cabana de Hagrid.

Decidiu bater na porta da casa do meio gigante, para talvez conversar um pouco. O guarda-caça foi sempre uma figura presente durante seus anos em Hogwarts, e já fazia um tempo em que não tomava um chá com ele, enquanto discutiam sobre variados assuntos.

Ouviu o latido de Canino, e logo a voz de Hagrid foi ouvida.

— Para trás, Canino! — disse o meio gigante, logo abrindo a porta. Assim que viu quem era, um enorme sorriso brotou em seu rosto. — James Potter! Quanto tempo que não te vejo por aqui, garoto! Entre, entre!

O moreno entrou na cabana, logo se acomodando em um dos bancos ao lado da mesa.

— Já faz tanto tempo que você não me visita, garoto! Aposto que deve ter crescido mais alguns centímetros nesse tempo. — disse ele dando risadas.

— Me desculpe por isso, Hagrid. Mas eu estava super ocupado com os NOM’s. Preciso ter notas altas se eu quiser me tornar um Auror. — respondeu James, logo tomando um gole do chá que lhe foi oferecido.

— Ah, sim! Um grande auror você vai ser! Disso eu tenho certeza! — o meio gigante bradou, enquanto segurava uma caneca enorme, que fazia jus ao seu tamanho, cheia de chá. — Mas então, alguma novidade além dessas? Talvez algo relacionado com uma certa ruiva?

James sentiu seu rosto esquentar levemente, mas logo lembrou-se do que acontecera naquela tarde, e seu rosto mudou de expressão totalmente.

— Opa! Parece que aconteceu algo que eu não estou sabendo! — disse Hagrid levantando suas sobrancelhas. — Mais uma briga com ela? Porque com essa cara… só pode ter sido isso.

James pensou um pouco, mas antes que percebesse, já estava contando de toda a briga que acontecera. Quando chegou na parte que Snape chamava Lily de sangue ruim, Hagrid soltou uma exclamação indignado.

— Pelas barbas de Merlin! Como ele teve coragem? Isso não é coisa que se faça! — ele disse, gesticulando furiosamente com suas mãos. — Sempre soube que esse garoto não era flor que se cheirasse!

James concordou com o meio gigante, e logo terminou de contar sobre o acontecido.

— Como você está se sentindo sobre isso? — perguntou Hagrid, surpreendendo-o pela mudança de assunto repentinamente.

— Eu só... Não entendo como ela não vê o quão ruim ele é — ele disse — Como sempre o defende.

— Quando temos amigos, podemos ser bem cegos em relação a eles.

James não convenceu-se muito quanto a isso. Snape era daquele jeito desde sempre, não tinha mudado do nada.

— Eu já a avisei tantas vezes e ela não me escuta — ele murmurou.

— Seria de se estranhar se ela te escutasse — Hagrid riu. — Vocês não chegam a ser amigos, e você ainda implicou com aquele garoto desde que se conheceram, pelo que me contou.

— E eu não deveria?

O mais velho coçou a barba, antes de voltar a falar.

— Acho que não — ele disse — Se quiser que ela te escute, você poderia tentar aproximar-se dela, mas não do jeito que está fazendo. Mudar de estratégia.

— Você pode ter razão — admitiu o garoto. — Mas como eu posso fazer isso? Sempre que eu tento chegar perto dela recebo milhares de xingamentos. É meio difícil desse jeito.

— Você já está quase no sexto ano, James. Daqui a pouco você estará lá fora, lutando contra coisas bem mais difíceis do que simples exames — disse o guarda caça lhe olhando nos olhos. — Está na hora de amadurecer um pouco. E tenho certeza de que se fizer isso, as pessoas vão começar a olhá-lo com outros olhos. Especialmente uma certa ruiva de olhos verdes.

James encarou Hagrid como se tivesse levado uma pancada na cabeça.

Ele tinha razão. Já estava na hora de amadurecer um pouco.

Sabia que estava ocorrendo uma guerra no lado de fora dos portões do castelo, e sabia também que logo seria um dos participantes dela. Já tinha ouvido seus pais discutindo sobre como o mal estava começando a tomar conta do Ministério e de toda a população bruxa. Via todos os dias relatos de mortos e desaparecidos no Profeta Diário.

Despertou de seus devaneios com a voz do meio gigante exclamando:

— Santo Merlin, já está escuro! Melhor você ir logo para o castelo antes que os professores descubram que você não está lá! — ele disse recolhendo as xícaras de chá, enquanto apressava o garoto para a porta.

— Tudo bem, já estou indo — disse James rindo levemente. — Foi bom conversar com você, Hagrid. Prometo que volto aqui antes do fim das aulas.

— Promessa é dívida, hein? Boa noite, James! — Exclamou o meio gigante, acenando para o moreno que voltava rapidamente para o castelo.

James acenou de volta, e logo se pôs a caminhar em direção ao castelo. Entrou e foi em direção ao Salão Principal, logo notando que ainda estavam em horário de janta. Localizou seus amigos e foi em direção à eles.

— Onde você esteve? — perguntou Sirius, assim que o de óculos se sentou na mesa. — Nós te procuramos por todo o castelo e não te achamos. Você sumiu depois de toda a confusão de tarde!

— Fui à cabana de Hagrid conversar um pouco, estava com muita coisa na cabeça — respondeu James, logo direcionando seu olhar inconscientemente para a ruiva à sua direita.

Lily mexia levemente em sua comida com seu garfo, sem realmente comer algo. Seu olhar estava vago, e sentia que a ruiva tinha chorado antes, o que lhe deu um aperto no peito. “Não vá falar com ela! Senão vai acontecer a mesma coisa de ontem!” repetia a sua consciência.

— James. James! JAMES! — despertou de seus devaneios com Remus quase gritando seu nome. Olhou para os Marotos e viu que todos o olhavam preocupados. — Você está bem?

— Sim, estou — suspirou o moreno, logo largando seus talheres junto ao seu prato quase intocado. — Estou sem fome, acho que vou dormir. Amanhã temos mais exames pela frente. Boa noite, pessoal.

— Boa noite — repetiram os três relutantes, enquanto observavam seu amigo caminhar em direção à torre da Grifinória.

Ao subir as escadas para o dormitório, viu o retrato abrir-se, dando passagem a uma solitária Lily Evans. Observou-a sentar-se à poltrona em frente à lareira, que já estava quase apagada, silenciosa.

Depois de longos minutos, abriu a porta do dormitório, decidido a não ficar para ver aquele dia repetir-se outra vez.

Deitou-se na sua cama, podendo finalmente descansar depois do longo dia que tinha sido hoje. Suspirou pesadamente, somente desejando que amanhã fosse um novo dia, que fosse diferente, e que a “maldição” do vira tempo não se repetisse. Em poucos minutos, James caiu no profundo mundo dos sonhos.


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Notas finais do capítulo

Avisos:
• Como puderam notar, os acontecimentos foram diferentes dos acontecimentos do livro (Ordem da Fênix - "A Pior Memória de Snape"). A própria fanfic não será muito canon, já que James não muda pela Lily no 5º ano, e sim no 7º. Não vamos nos ater a esses detalhes :)