POV. Nessie

 

Cara, eu estava mais que ansiosa pra este encontro. Sem contar que, a Leah ia, né. . . Isso mudava completamente o rumo da história. Quando ela atendeu minha ligação, ficou super animada e tratou de chamar Seth, Embry e Quil pra ir junto, assim como planejei. Nada pode dar errado esta noite. UHUUUUULEEEES!

 

Peguei a primeira camiseta que achei no closet que Alice montou – e que era uma merda -, e a vesti. Eu queria uma calça legal pra ir, mas essa maluca só tinha colocado saias e calças dessas que ficam coladas no rabo. Ai é osso, eu não gosto. . .  Invadi o quarto do maconheiro – leia-se Jasper -, e seqüestrei sua calça xadrez vermelha, branca e preta que eu adorava. Pra ficar sem cair em mim, tive que colocar um cinto monstro, que também era dele. No final, ficou um visual da hora e despojado, bem Nessie mesmo.

 

Eu nunca gostei de bolsas e nem carteiras, então soquei o dinheiro dentro do bolso da calça e calcei meu Nike todo branco. ninguém era louco o suficiente para pisar no meu pé, até porque eu já avisei pra todo mundo que isso pra mim era motivo de morte, man.

 

Desci as escadas eufórica, muito animada mesmo. Jacob, ainda não estava pronto. AFF’E! Pior que muié pra se arrumar. Odeio toupeira!

 

Jasper: MINHA calça! – deu uma risadinha, meio incorformado.

 

Nessie: É só hoje. Eu juro que não lavo ela depois, ta?

 

Alice: Montei um closet perfeito pra você e você pegou a calça do Jasper?

 

Nessie: Sério piriguete, odiei as roupas que você pos lá. Só tem calcinha fio dental, tive que roubar uma cueca do Jacob. A cueca é bem grande, vocês tem que ver, acho que ele é bem dotado...

 

Alice revirou os olhos.

 

Carlie: Eu também quero ir! – bateu o pé.

 

Alice: Eu também, né... – reclamou.

 

Nessie: É, mas não vão. – olhei para minhas unhas pretas, indiferente.

 

Emmett: Isso é maldade. Chegou no cinema a pequena sereia 2 e eu queria ir assistir. – cruzou os braços.

 

Nessie: Problema teu, vai amanha.

 

Emmett: AAAAAHHHH, você viu a pequena sereia que passou ontem a noite no Disney channel? – me perguntou euforico

 

Nessie: Não, porque?

 

Emmett: Nossa, aquela Ariel é tão gostosa! – piscou diversas vezes repetidamente.

 

Nessie: Ela é uma sereia. – tentei fazer com que ele entendesse que, isso não é normal.

 

Emmett: Hei, você é lésbica aqui, deve achar qualquer garota gostosa... – revirei os olhos.

 

Fui até o pé da escada e segurei no corrimão.

 

Nessie: VAMO JACOB, SEU GAY. VAMOS PERDER A SESSÃO... – gritei.

 

Carlie: Ai, não grita, meu ouvido não é penico.

 

Nessie: Põe fone de ouvido... ou se mata. – respondi. – JACOB, EU TO INDO JÁ HEM. – berrei desta vez.

 

Até que enfim, ele desceu as escadas. Vestia uma camiseta azul marinho da fatal surf e uma jeans preta. Estava muito gato, porém muito playboy pro meu gosto. Pude ouvir Carlie suspirar.

 

Nessie: Que mauricinho de uma figa. – fiz sinal com os dedo pra ele dar uma voltinha. Meus olhos brilharam com seu sorriso depois que ele se mostrou por inteiro. – Mas ta perfeito. Vem. – o puxei pela mão até a saída.

 

Edward: Volta que horas? – ele tinha que cortar o meu barato.

 

Nessie: Não esperem por mim não, ta? – dei uma piscadela e corri com Jacob.

 

Nós nem saímos de casa, e ele me chocou contra uma arvore e começou a distribuir seus beijos ousados. Tenho que admitir, esse cara sabe beijar. Ele sem duvidas, tem o melhor beijo que já provei em toda minha existência. Retribui sem reclamar.

 

Fomos brincando durante todo o trajeto até o shopping, onde ficava o cinema. Caminhamos juntos até a porta do cinemax, onde os outros já nos esperavam. Leah, estava sorridente e... muito gata.

 

Embry: O que vocês estavam fazendo pra demorar tanto hem? – fez sinal feio com as mãos. Jake riu.

 

Seth: Que filme vamos assistir?

 

Nessie: Ah, tanto faz. Vou fazer xixi, já venho... – menti.

 

Embry: Que deselegante, menina. – me deu um tapa no ombro, eu mostrei meu belo dedo do meio.

 

Empurrei com força a porta dos sanitários, e pude ouvir Embry dizendo: ‘é, ela quer mesmo ir no banheiro!’. TOSCO!

E lá estava ela. Chelsea, minha musa loira, com seus lindos olhos azuis, carinha de anjinho, mas com muita safadeza na mente. ADORO! Vestia uma blusinha azul e uma saia mínima. Perfeita pra mim...

 

Ela nem me deu tempo para cumprimentá-la. Ignoramos todas as outras garotas que estavam ali, e demos um gostoso beijo de saudade. Que saudades, senti de tudo isso.

 

Como estávamos incomodando os outros, a arrastei para a primeira cabine que encontrei. Para nossa quase decepção, estava imunda, mas não nos importamos em tapar o nariz. Eu brincava com a alça de sua blusinha, enquanto ela tinha uma de suas mãos em meu seio esquerdo. Um gemido escapou por sua boca pequena, que eu tinha medo de engolir.

 

Mulher: Vou chamar os seguranças, nunca vi tanta falta de vergonha assim... TEM CRIANÇAS, AQUI, SABIAM?- gritou para nós, que rimos.

 

Nessie: Hei, é melhor sairmos daqui, antes que eu seja descoberta.

 

Chelsea: Não! – segurou em minha cintura. – Eu vi você entrando com um cara aqui. Moreno, alto...

 

Nessie: E gostoso, ui!

 

Chelsea: Ah, é? E ele tem a metade da pegada que eu tenho com você? – ela segurou com firmeza em minhas pernas, as erguendo e colocando em volta de sua cintura. Que bom que ela era forte!

 

Nessie: Tem até mais. – falei com sinceridade, e beijei sua clavícula. – Agora é sério, temos que ir.

 

Nos beijamos outra vez, e saímos com a maior cara de pau dali. Ah, quem ia querer encarar? Talvez não fosse certo, mas me parecia certo.

 

Ela continuou lá dentro, e eu sai. Os outros me esperavam lá.

 

Depois de comprarmos os ingressos, compramos as pipocas e seguimos para a sala de cinema. Íamos assistir um filme que eu esqueci o nome. Tudo bem, isso não importava. Como fomos os últimos a entrar na sala, poucos eram os lugares vagos, então tivemos que ficar meio separados. A ordem foi: Seth, Leah, Jacob, eu, dois caras desconhecidos, Embry e Quil.

 

A merda começou logo quando Embry deixou cair metade da sua pipoca na cabeça do carinha que estava ao lado dele.

 

Desconhecido: AAAHH, PORRA. VOCE DERRUBOU TUDO EM MIM! – gritou.

 

Embry: Foi mal, eu só tava tentando me sentar...

 

Desconhecido: Diabo do meu ódio. SENTA LOGO.

 

Nessie: Hei Embry, ta conseguindo enxergar daí?

 

Embry: Ah, tem um cabeção na minha frente, mas ta dando... – acho que nós dois queríamos atrapalhar quem estava querendo realmente ver o filme.

 

Nessie: Você quer pipoca?

 

Embry: Manda aê.

 

Passei pra ele as minhas pipocas, com os braços estendidos na frente dos dois caras que estavam no meio da gente.

 

Quil: Você trouxe biscoitos?

 

Embry: Eu trouxe biscoito. Toma.

 

Nessie: Também quero. – ele passou pra mim.

 

Desconhecido: Cala a boca, porra.

 

Nessie: Eu não to falando, eu to comendo meu biscoito...

 

Desconhecido: Então fica quieta.

 

Nessie: Mais eu não to falando... Agora eu to falando, antes eu só tava comendo meu biscoito. – continuei discutindo com o carinha que estava em uma fileira atrás de nós.

 

Desconhecido: Eu to tentando ver o filme...

 

Nessie: E eu to tentando comer meu biscoito. – mas ele continuou reclamando. – Você quer biscoito? Então toma. – joguei na cara dele.

 

O zunzunzun acabou e nós ficamos quietos por uns dois minutos. Era um filme de ação, que exigia concentração.

 

Embry: Oh o assassino ai, Nessie. Esse que é o assassino, tenho certeza. – apontou para a tela.

 

Nessie: AAAAAAAHHHHHHH – gritei no ouvido do gordinho que estava ao meu lado.

 

Gordinho: AAAAAAAAHHHH – gritou no meu ouvido, bravo. – Fica gritando no ouvido dos outros, vá pro inferno, porra.

 

Alguém lá atrás gritou: cala a boca, gordinho.

 

Eu calei a boca, porque fiquei com medo de ele me dar um tiro. Vi Embry pegando alguma coisa. Era um salgadinho Ruffles, amo!

 

Embry: Quer ruffles, Nessie? – ele ficou na frente dos caras que estavam no nosso meio, e ainda deixou muito farelo cair neles.

 

Desconhecido: Nossa, mas vocês dois são chatos pra caralho, hem. – dei de ombros.

 

Ouvi um barulhinho de refrigerante de latinha sendo aberto e quando olhei para o lado, o cara que estava ao lado de Embry, estava com o rosto todo molhado.

 

Embry: HAHÁ, Nessie, fui abrir a coca, espirrou tudo na cara do cara. HAHAHAHAHAHAHAH – riu na cara larga.

 

Nessie: Ah, deixa eu ver se também consigo. – peguei minha coca, chacoalhei com força e mirei no rosto do carinha ao meu lado. Foi certeiro, quando abri, vazou tudo na cara dele. – HAHAHAHAHAHAHA  A mesma coisa, Embry.

 

Desconhecidos: PORRA, FILHOS DA PUTA! NÃO DÁ PRA CALAR A BOCA?

 

Gordinho: Que saco, cara. Eles não ficam quietos. – e muitas outras pessoas também começaram a reclamar.

 

 

Uma meia hora depois, o filme teve uma cena que fez o gordinho ao meu lado cair na gargalhada.

 

Nessie: AHAHAHAHAHAHAHAHA – ri alto no ouvido dele.

 

Gordinho: Ah, já chega. Cadê o lanterninha?

 

Logo o mesmo chegou.

 

Desconhecido: Esses dois ai – o cara da fileira de trás apontou eu e Embry-, não calam a boca.

 

Lanterninha: É o seguinte: Se vocês ficarem fazendo bagunça aqui, eu vou ter que colocá-los pra fora.

 

Nessie: Ah, cala a boca, cara. Foi você que pagou a minha entrada?

 

Lanterninha: Não fui eu, não.

 

Nessie: Então vai pra puta que pariu. – falei séria.

 

Agora, todos xingavam e pipocas voavam por todos os lados. Era uma gritaria que eu nunca tinha ouvido antes, mas depois que eu e Embry chutamos o traseiro do lanterninha, ele acabou indo embora.

 

Desconhecido: Pelo menos cala a boca, porra.

 

Desconhecido: To tentando ver a porcaria do filme, caralho.

 

Embry: Eu já vi esse filme... O cara mata a mocinha no final...

 

Só bastou ele dizer isso, e eu um cara se levantou, foi até o meio da tela, bateu nos peitos se sentindo o Tarzan e olhou com cara feia pra gente.

 

Tarzan: CALA A BOCA, PORRA! – berrou.

 

Todos bateram palmas. É.

 

Quando o filme acabou, decidimos ir fazer uma boquinha, sacomé, né? Vi bem Leah flertando com um homem. Até que enfim ela estava tendo uma atitude na vida.

 

Nessie: To sacando, hem... – foi um comentário bem inocente.

 

Leah: O que?

 

Nessie: Eu vou ir falar com ele. – comecei ir até o homem, mas a Leah me segurou.

 

Leah: Que droga você usa?

 

Nessie: Hãn?

 

Leah: Eu nem sei mais beijar. – sussurrou. É, eu não me contive. Cai na gargalhada.

 

Nessie: Tu, o que?

 

Leah: O lance é bem sério... Me dá um bom motivo pra não te virar um murro? – colocou as mãos na cintura.

 

Nessie: Esta disposta a aprender? – aproveitei o momento em que os meninos estavam fazendo nossos pedidos no McDonalds, para aproveitar. Sacomé, né?

 

Leah: Você vai me ensinar?

 

Nessie: É simples, vem cá. – a puxei pela mão, até um outro banheiro.

 

Estava vazio, para nossa sorte, então pude escolher uma cabine descente para dar a Leah, uma aula de beijo. Bem besta. Como alguém pode desaprender de beijar? –‘ assim que entramos, fechei a porta, e mirei Leah, que estava encostada na parede.

 

Nessie: Tudo bem. Até aonde você sabe?

 

Leah: Não sou tão inocente quanto pensa, Nessie. – ela riu. – Eu só não pratico há alguns anos...

 

Nessie: Nossa, deve estar com a língua até mofada! – disse pensativa. Deduzi que não. – Olha, vamos começar com calma.

 

Segurei em sua cintura fina, e mesmo sem saber qual seria a reação dela, a encostei na parede com mais força e colei meus lábios nos seus. Como eu prometi, comecei com calma. Apenas chupei seus lábios, de forma delicada e ela fez o mesmo com os meus, até eu me afastar.

 

Nessie: E então? – ela mordeu o lábio.

 

Leah: Foi muito bom... – admitiu.

 

Nessie: Agora vai ser pra valer, ok? – ela assentiu.

 

Agora, fui ferozmente até ela. Ela deu brecha para minha língua entrar e eu explorei cada parte de sua boca, e ela fez exatamente o mesmo que eu. Ambas parecíamos ter gostado disso. Quando a soltei, Leah, me puxou para si de volta e me deu outro beijo. Ui, delicia.

 

Saímos juntas de lá, e o cara que ela paquerou, parecia estar esperando por ela.

 

Nessie: Arrasa gatona! – a empurrei pra cima dele.

 

Se ela beijasse o cara com a mesma intensidade que me beijou, ele ia gostar. Pode crer!