Estrela Distante escrita por angel_glare


Capítulo 17
BRIGA DE ROBÔS




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O louvre não ficava muito longe de onde estávamos e valia a pena conhecer. Já que estávamos ali tinhamos de aproveitar tudo ao máximo. Cada pequeno gesto de Jacob me deixava mais certa de que eu tinha perdido a minha muiteza. Não tinha mais coragem de ir embora e deixá-lo em Forks. Sabia que não daria certo ir morar de novo com minha mãe. Nada era como foi quando cheguei. Uma mera intrusa na casa dos Cullens. Eu podia estar em qualquer lugar, desde que Jacob estivesse comigo.

 

 

 

Afastei esses pensamentos ao máximo, tentando não pensar nisso pelo menos durante a viagem, que estava divertida, muito melhor agora com Leah e Seth. As vezes eu sentia meu lado lésbica palpitando. Era bem nessa hora que Jacob me beijava e tudo ficava bem outra vez. Um clique no meu passado  mostrava que tudo já tinha sido ruim demais e que eu precisava de novas aventuras.

 

 

Ao chegarmos no Louvre, cheguei a uma única conclusão:

 

 

Não íamos entrar nessa porra hoje!

 

Eu nunca tinha visto um museu mais cheio e nem uma fila maior que aquela. Teriamos que acampar pelo menos três dias se quisessemos entrar ali.

 

 

Leah: Vocês estão doidos... Não encaro essa fila. – cruzou os braços.

 

Nessie: Relaxa Leah. Emmett te carrega. – dei uma piscadela.

 

Leah: Muito engraçado. – fez biquinho, mas acabou sorrindo, no fim das contas.

 

Seth: Vão ser só algumas horas de espera. Tudo lá dentro compensa.

 

Nessie: Algumas horas? Isso aqui tá mais pra alguns dias.

 

Emmett: Não é tão ruim... Eu não vou ficar aqui nem morto, mas... não é tão ruim.

 

Leah: Por que não vai ficar?  - descruzou os braços.

 

Emmett: Porque se você sair, não vou deixar que fique andando por ai desprotegida. Você precisa sair com alguém que te dê segurança. Prazer, eu já fui Segurança! – estendeu a mão, mas Leah bateu nela.

 

 

Legal, mas uma hora disso e eu surto. Que cantadas de merda.

 

 

...

 

 

 

Duas horas já tinham se passado e estavamos só a alguns metros à frente. Eu estava montada nas costas de Jacob, e Leah, montada nas costas de Emmett. Dá pra acreditar? Embora o cheiro de ambos seja agradável pra mim, devia ser a morta pra eles, certo? Porém os dois estavam se dando muito bem. Bem demais pra um vampiro e uma loba. Ele falava algumas besteiras e ela batia em sua cabeça, mas tudo muito natural por ser o Emmett.

 

 

Emmett: Você tem garfo? – perguntou a Leah.

 

Leah: Não. Por que?

 

Emmett: É que eu tô dando sopa...

 

Leah: Não seria colher? – franziu a testa.

 

Emmett: É que eu sou difícil...

 

Jacob: Sabe, podiamos ir para a fila da torre eiffel. – virou-se e me deu um selinho.

 

Emmett: Agente só pode por favor sair daqui? Aquele cara ta me irritando. – segui seu olhar e me deparei com um “robô”.

 

 

Não era bem um robô, era um cara, com roupa estranha, todo pintado de prata vidrante, dançando todo duro, feito um robô. Até o barulhinho que ele fazia era irritante. Algumas pessoas que passavam, punham moedas ou algumas notas de dinheito em uma caixinha que estava à sua frente.

 

 

Embry: Quem? O homem robô? – pôs as mãos no bolso. – Ele tem que alimentar a família robô.

 

Emmett: Eu não gostei do jeito dele. – fez careta.

 

 

Desci das costas de Jacob e Leah desceu das costas de Emmett, que parecia estar prestes a avançar no robôzinho se ele não parasse com seus movimentos estranhos. Só que não dava pra entender a implicância de Emmett com um cara comum... Vestido de Robô.

 

 

Jacob: Só por que ele está fazendo isso? – e começou a se mexer como um robô – “Oi, Emmett!” – imitou a a voz de robô.

 

Emmett: É sério, não faz isso... – abaixou a cabeça. Era como se tivesse um trauma de robôs...

 

 

Jacob: Emmett, não me odeie – continuou com a voz estranha. – Eu conheço mais de 500 passos de dança e estou programado para – saiu da fila, com estes movimentos estranhos e logo estava ganhando plateia, enquanto Emmett cerrava os olhos. –, pirar. – uma mulher que passava por ali, tirou 20 dólares da bolsa e deu a ele.

 

 

Isso foi a gota d’água para o senhor robô. O homem que já devia ter mais de 30 anos, arregalou os olhos. Jacob agradeceu ainda interpretando um robô e a mulher se foi. O verdadeiro robô foi a passos ensaiados até ele e começou a falar muitas coisas em Francês que ninguém entendeu, mas pelos gestos que fazia, dava a entender que queria dizer que ele era o único robô dali e que era para Jacob cair fora.

 

 

Jacob: Ah, você ta irritado porque as pessoas gostam mais de mim, mas tudo bem. – disse com a voz normal, deu um leve tapinha nas costas do robô e começou com seus movimentos de robô de novo, só pra sacanear.

 

 

Logo os dois dançavam como robôs, um querendo ser melhor que o outro. Eu estava quase mijando de rir. Um velhinho que passava, parou segurando seu terno, e ficou em frente dos dois por alguns segundos, decidindo a qual deles dar um dinheirinho, até que deu 25 dólares na mão de Jacob. Ele estava melhor mesmo. Jacob deu seu lindo sorriso e agradeceu ao homem, que já ia embora. O Senhor robô disse mais algumas coisas em Francês e desta vez, eu tinha certeza de que era um puta palavrão.

 

 

Ao meu lado, Seth não parava de tirar fotos e ele registrou quando o robô perdeu a linha e meteu um empurrão em Jacob. Emmett, tinha as mãos enfiadas na blusa e pela sua cara, estava gostando do que via agora. É claro que o empurrão não afetou Jacob em nada. Mas agora era uma luta de robôs. O senhor robô, muito demorado, chamou meu namorado pro ringue. Jacob deu dois tapinhas de robô no peito e ficou em posição de ataque.

 

A esta altura, TODOS que esperavam na fila do museu, pararam pra assistir a cena. Tiravam fotos, riam. 

 

 

Nessie: BRIGA, BRIGA, BRIGA! – comecei a agitar e logo já tinha um coro comigo.

 

 

Eram socos, chutes, tudo sincrozinado, mas Jake era um robô bem melhor. Pegou a braço do outro, o ergueu e tentou chutá-lo, mas não estava usando nem metade de sua força, então tentou chutá-lo, mas o robô pos a mão na frente e não se machucou. O falso robô deixou o senhor robô virá-lo de costas e tentar torcer seu braço, porém no ato levantou uma mão que estava fechada em punhos e socou a cara do robô.

 

 

Estava ficando quente. Aquilo foi um insulto pro senhor robô, é claro e logo os dois já se preparavam de novo.

 

 

Seth: Não olha nos olhos dele, Jake. – gritou.

 

O senhor robô apontou para alguma coisa atrás de Jacob  e ele se virou para olhar. Ao perceber que não tinha nada, virou o rosto de novo e o robô lhe deu um grande tabete na cara. Meu sangue subiu. Ninguém tem o direito de bater no Jacob, além de mim. Ia dar uns tabefes no robô infeliz, mas Leah me segurou.

 

 

Leah: Leva na esportiva. – deu de ombros – Foi o Jake quem começou.

 

 

Muita gente gritou :”Isso não foi justo!”, e o robô riu a beça. Jacob se ergueu cheio de classe, e os dois depois de gritarem, partiram um pra cima do outro (em câmera lenta, como todo bom robô) e depois de muito tempo até chegarem um perto do outro, Jacob ergueu a mão de novo, para dar um soco, mas ao invés disso, chutou bem no meio das bolas do robô, que soltou um palavrão e caiu no chão, gemendo. Todos bateram palmas.

 

 

Com um sorriso no rosto, Jacob veio até mim e me deu um de seus poderosos beijos. Sua língua pediu passagem e eu a liberei. Nossas línguas brincavam juntas até um filho da puta, leia-se Embry, enxer o saco.

 

 

Embry: Já deu, né. Vamos sair daqui. – só deixamos Seth tirar mais uma foto do robô, que estava no chão, e saimos da fila.

 

 

 

Depois de tudo isso, nós conhecemos a torre Eiffel. Não foi tão incrível como achei que seria, mas o que importa é a companhia.  O ruim é que ficariamos apenas essa dia com Leah e Seth. Eles iam continuar em Paris e nós tinhamos de ir pra Berlim, atrás da garota do Embry, então aproveitamos o dia o máximo que pudemos. A noite, fomos para um restaurante, já que depois de um dia inteiro sem comer, estávamos famintos. Menos o gay do Emmett, que até agora não tinha pegado a Leah –‘

 

 

Jacob: É uma pena que agente só possa ficar um dia juntos. – comentou depois que comemos e estavamos na mesa.

 

Nessie: Aí... Por que vocês não vão pra Berlim com agente? – dei a idéia. Seria mais divertido e Leah e Emmett poderiam se conhecer melhor.

 

Seth: Hum, não. – decidiu pelos dois.

 

Jacob: Ah, qual é... Logo, logo, eu e a Nessie vamos nos casar e – olhei assustada – Quis dizer que seus pais vão te fazer ir pra uma univerdade distante e talvez seja nossa última chance de viajarmos todos juntos. – se corrigiu. – Estamos na Europa. Esta deve ser uma viagem de uma vida.

 

Nessie: Escutem, essa mesa é e Europa, ok? – me levantei e tirei algumas tranqueiras da mesa – Nós estamos aqui, em Paris– coloquei uma garrafa de vinho em uma parte dela e o molho de pimenta na outra ponta – E temos que chegar onde a tal da Patrícia está, que até aqui. – E Seth, se for conosco, vai ter um monte de coisas legais pra ver no caminho até Berlim. – Leah se levantou e pegou a linha do meu raciocínio. Ela concordava comigo.

 

Leah: Agente pode ir até a Dinamarca. – sugeriu.

 

Nessie: Eu amo a Dinamarca. – menti. Nem conhecia esse lugar, mas valia tudo para convencê-lo. Coloquei um vidrinho de sal no meio de onde era pra ser o espaço entre Paris e Berlim.

 

Emmett: Temos que ir a Amsterdã.

 

Leah: É. – coloquei um tomate que alguém não comeu no meio também.

 

Seth: E na igreja que tem em... – colocou um pãozinho.

 

Nessie: Se der tempo... – ri, peguei o pãozinho e o comi. Leah riu de cabeça baixa.  

 

Embry: Qual é. Eu quero muito que você esteja lá quando eu conhecer a Patrícia.

 

 

Enfim, Seth concordou. Todos nós nos levantamos.

 

Nessie: Um brinde. – todos ergueram suas taças, até Emmett – A Europa. – e assim, brindamos.

 

 

...

 

 

Fomos para a estação, onde Jacob, Embry e Emmett foram comprar as passagens de trem. Seth ficou em um canto meio isolado. Que diabos ele podia estar pensando? Tanto faz. Todos estávamos ansiosos agora para chegarmos a Berlim e conhecer a garota do Embry, mas aparentemente isso ia levar dias, graças as nossas santas paradas em lugares magníficos como Amsterdã.

 

 

Nessie: Eles já compraram as passagens. – avisei – Você vem? – dei um passo em direção aos garotos, do outro lado.

 

Leah: Só vou comprar uma coca.

 

Nessie: Vou indo, está bem?

 

 

Cheguei bem a tempo de ouvir o Seth controlador dizendo:

 

Seth: É melhor eu guardar as passagens. – e as arrancou da mão de Jacob. Na blusa do lobo menor, tinha aquelas paradas que você coloca pra saltar de para quedas e uma bolsinha com zíper, onde ele enfiou as passagens e o dinheito.

 

Emmett: O que é isso? – perguntou rindo de Seth.

 

Seth: Um cinto pra guardar grana. – mostrou melhor, como se aquilo fosse absolutamente genial. – Em um livro que li, o autor diz que usando isso, ninguém pode roubar nada seu.

 

Jacob: Menos a sua dignidade! – cruzou os braços e Emmett abaixou a cabeça, balançando-a.

 

Seth: O quê?

 

Jacob: Esquece. Vamos, Nessie? – passou um braço pelo meu ombro e me guiou para o trem. Atrás de nós vinham Embry e Seth. Emmett tinha parado e eu, como toda pessoa curiosa, parei pra ver o que o crápula ia fazer.

 

Ativei meus ouvidos. Vi seu sorriso bobo, seus olhos brilhando, sua cabeça virando aos poucos para o lado. Seus olhos iam diretamente para a bunda de uma moça, abaixada em uma posição um tanto quanto estranha, perto da máquina de refrigerante.

 

 

Emmett: Hum, bundinha européia. – o ouvi dizer e começou a andar com sua cara de galã até a moça, com os olhos famintos (literalmente), até a mulher se levantar e... Era a Leah.

 

 

A garota o olhou sem entender nada, e ele estacou onde estava. Tapei minha boca pra não rir e mostrei pra Jacob aquilo.

 

Emmett: Ah, Leah. – disse com a voz sufocada. – Eu pensei que você era uma... garota! – e saiu andando, vindo até onde nós estávamos.

 

Leah: Valeu. – na surpresa, até deixou sua lata cair. 

 

 

Virei para Jacob.

 

Nessie: Vai embarcando, ok? Eu já venho.

 

Corri até ela. Puxa vida, ela e Emmett iam acabar se comendo nesta viagem. Bem feito pra loura vagabunda. MENTIRA, uma nanica parte de mim sentia pena dela por isso. A mulher estava perdendo alguém mais que especial e a troco de quê? E Leah merecia alguém que tivesse cérebro.

 

Um homem com carinha de bebê pegou a latinha que saiu rolando no chão.

 

 

Chsristopher: Acho que isso é seu. – entregou a ela e nos olhou dos pés a cabeça. – É um prazer conhecê-las. Meu nome é Christopher.

 

 

Foi a vez dos olhos de Leah brilharem. Ela ia se apresentar, mas os gritos dos meninos que nos esperavam fuderam com tudo :” Leeeeah, Nessie, vamos logo!’.

 

Leah: Desculpe, nós temos que ir. Nossos amigos estão nos esperando pra pegarmos um trem pra Berlim. – quanta informação.

 

E mais uma vez a chamaram: “ LEEEEEEEEAHHHHH”

 

Leah: EU JÁ VOOOOU. – gritou com eles e voltou a deixar o rosto angelical na frente do tal Christopher. – Foi um prazer, viu.

 

Christopher: O prazer foi todo meu, Leah. – beijou sua mão. Quis beijar a minha também, mas dei uma tapa de macho na mão dele.

 

 

Nós saimos andando. Praticamente tive que pegar na mão da Leah e a arrastar para o trem. O cara devia ter cérebro, mas não era tão bonito e ela tinha potencial. Entramos no trem e nos sentamos em um vagão que os meninos reservaram pra gente. Era bem afastado. Os bancos eram grandes, largos e confortáveis. Sentei ao lado de Jacob, Embry e Leah se sentou ao lado dele, ao lado da janela. No banco á nossa frente, se sentaram Seth, e Emmett. Passamos horas ali. Eu até tirei um cochilo com a cabeça deitada no colo de Jacob. O que estragou foi quando Emmett começou a cantar a musiquinha do Embry.

 

 

Emmett: “Ele não sabe que Ariadne e eu, transamos na minha van aos domingos. Ela diz que está... – parou de cantar e olhou para Embry. – O que foi? Você tem que admitir que é uma música que gruda. – e voltou a cantar, mas agora eu o acompanhava. – ela diz que está na igreja, mas ela não vai. E o Embry não sabe, o Embry não sabe, o Embry não sabe – e todos cantamos juntos, até mesmo o Embry, meio constrangido.

 

 

Fomos interrompidos por um homem estranho, com um terno todo branco, um bigode grande e esquisito, e um óculos rosa.

 

Italiano: Buon Giorno. – cumprimentou, depois de abrir o vagão, e o fechá-lo.

 

 

O cara fez questão de empurrar Emmett e Seth e se sentar no meio dos dois. Sua mão direita, foi para a perna de Seth, que estava ao lado da janela e sua mão esquerda foi pra perna de Emmett. Não apertando, mas jogada em cima.

 

 

Emmett: Eita, ta apertado.

 

Jacob: Tem outros lugares vagos em outros compartimentos. – tentou ser educado.

 

Italiano: Hãn? Ah. Si, si. – pelo jeito ele não tinha entendido.

 

 

Pegou um jornal e cruzou as pernas, como uma mulher, deixando todos nós ainda mais desconfortáveis. Eu tratei de me sentar direito e ao contrário dos outros, não tentei ser simpática. Fechei bem a cara, e fiquei parecendo uma criança birrenta. Pela frente, vinha um túnel. Eu gostava de quando passava túneis. Minha mão boba ia pra lugares em Jacob, onde Seth, Emmett, Leah e Embry não podiam ver. AHAHAHA Sua mão também ficava bem boba.

 

 

Tudo ficou escuro apenas por uns cinco segundos. Quando clareou de novo, o carinha estava com a mão APERTANDO a perna do Seth, e o bichinho tinha os olhos tão esbugalhados, que pareciam prestes a saltar das órbitas. Emmett abaixou a cabeça e virou a cebeça, para não vermos que ele ria. Cutuquei Jacob, que ergueu a sobrancelha quando viu. Seth erguia a perna, a baçançava, tentando fazer o cara se mancar, mas nada dava jeito, então ele se pronunciou.

 

 

Seth: Você ta apertando a minha perna. – disse calmo, se contendo. O homem passou uma olhada para onde sua mão estava e sorriu.

 

Italiano: Mi scusi. – tirou a mão – Mi scusi. – repetiu. Suas mãos se voltaram para o jornal.

 

 

O Italiano olhou para Emmett e Seth e sorriu amigavelmente e meu “tio” retribuiu com um sorriso angelical. Pensei que tudo ficaria bem depois desse gesto mútuo de respeito. Nem dois segundos depois e Seth e Emmett PULARAM em cima de nós, tentando se sentarem no banco onde estávamos. Só que só cabia um deles, então Emmett deu uns bons tapas no lobo e nós todos o empurramos para onde o italiano maluco estava.

 

 

Por alguns segundos, ele ficou de pé, se decidindo se sentava ou se era melhor ficar em pé. O italiano deu três tapinha no banco, para que Seth se sentasse ao seu lado, isso sem perder o sorriso no rosto. O coitado se sentou espremido no canto da janela, tentando ficar o mais distante possível do cara, mas o animal se inclinou pra ele e ficou trocando olhares bem estranhos. Outro túneo já vinha. Emmett e eu acenávamos rindo maliciosamente pra Seth, que estava praticamente entrando em pânico.

 

O escuridão veio e se foi e quando a claridade atingiu nosso vagão, o italiano massageava as costas de Seth, com uma expressão de alguém que está prestes a ter um orgasmo.

 

 

Seth : O QUE É QUE VOCÊ TA FAZENDO? – perdeu a linha, o menino.

 

Italiano: Ah, Mi scusi. – parou – Mi scusi. – suas mãos voaram de volta para os ombros do lobo, que se contorcia como uma garça.

 

Seth: PÁRA, PÁRA. – empurrou ele.

 

Jacob: Epa. – olhou pela janela. – Túneo grande vindo aí.

 

O moleque grudou nos vidros, olhando aterrorizado como se sua sentença de morte fora decretada, enquanto o italiano ria, perverso. Ouve muitos : “sai, porra”, “se aperta mais...” e “tira a mão daí.”

 

 

Enfim, quando a claridade voltou – de novo -, estávamos TODOS espremidos no banco. Pode-se imaginar um vampiro enorme, quatro lobisomens grandes demais e uma meia humana, meia vampira em UM banco. Porra, eu estava me afogando ali. No outro banco, estava o italiano, só de paletó e CUECA, fumando um charuto fedido e cruzando as pernas.

 

Não foi difícil para Jacob jogar a cara pra fora do nosso compartimento e fechar a janelinha de vidro. Nimguém mais entra aqui. Tirando isso, o tempo no trem foi... legal.

 

Nós descemos do trem em Cran Sur Mer, que era onde trocaríamos de trem. O ruim é que ainda tinhamos horas até o outro passar.

 

 

Leah: O que tem pra ver nessa cidade? – perguntou depois de jogar sua mala no chão, do lado da minha.

 

Seth: Tem um bom monumento em uma praia aqui próxima. Segundo o autor do livro que estou lendo, é espetacular.

 

Emmett: Mas que diaboa há com você? Viemos ver a Europa e não uma estátua ridícula. – se deitou em um banco, estilo de praça – Eu vou tentar tirar um cochilo, me acordem quando o trem passar.

 

Vasculhei um pouco o tal livro de Seth e achei algo interessante.

 

 

Nessie: Tem uma praia de nudismo aqui perto.

 

Emmett: Ta bom, não dá pra ficar o dia todo deitado. Nós temos que ir lá e conhecer essa cultura tão original.  – disse se levantando. – Qual é? Vamos explorar!

 

Leah: Beleza. Eu preciso ir a um banheiro, por o meu biquini.

 

Nessie: É uma praia de nudismo... 

 

Leah: Eu não vou ficar pelada na frente do meu irmão. Você vem, Nessie?

 

Nessie: Claro, mas não tenho biquini, vou ficar peladona mesmo.

 

Jacob: O quê? Não, não. Nenhum cueca pode te ver nua.

 

Nós rimos do cíumes bobo dele.

 

Leah: Acho que trouxe um biquini extra. Posso te emprestar, Ness. – dito isso, fui arrastada para o banheiro.


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Notas finais do capítulo

É bom estar aqui de novo. Espero que tenham gostado deste capítulo. Ficou muita coisa pra ser escrita, mas estou deixando para o próximo.
Muitos estão animados com a Emmett quase pegando a Leah. Quem apoia? O grandão é meio lerdo, então vamos ter que ter paciência. A jornada só está começando e eu tenho muitos planos pra ela.

Próximo capítulo:

◘ Praia de Nudismo: O quê pode acontecer? HAHA
◘ A volta do Italiano do trem.
◘ Amsterdã: roubo, boate van der sexy, raxiche, briga

Reviews incentivam pra que eu poste mais rápido *---* recomendações tambem!

Créditos a eurotrip ;P

Beijos, beijos, beijos