Capítulo 08 – Ana

Mas o que o Christian acha que está fazendo ? Quem ele pensa que é ? Além de meu chefe claro ! Eu não sei onde estava com a cabeça em aceitar que ele viesse nesse almoço. Acho que estou ficando louca. Agora tenho que aguentá-lo marcando território sem nem ao menos ser proprietário. E o José ? Pobre José, não está entendendo nada.

Vou ter que colocar o Grey no lugar dele. E é agora!

— José, meu querido amigo! Quanto tempo ! Estava morrendo de saudades suas…. Como está o seu pai ?

— Ele está ótimo Aninha… Mandou lembranças a você!

— Puxa, sinto muitas saudades dele e do papai também…. Preciso arrumar um tempo e visitá-lo. Ultimamente só nos falamos por telefone. Sinto tanta falta dele. Pelo menos saber que ele está bem já me conforta.

— Pensei que seus pais morassem na Georgia Ana ? Disse o Grey com um certo mau humor por estar por fora da conversa.

— Minha mãe e o marido dela moram na Georgia. Meu pai, que na verdade é o meu padrasto que me criou e que foi o único pai que conheci, mora em Portland. Ele e o pai do José são vizinhos e muito amigos.

— Ah … Entendi agora… Se você precisar de uns dias para visitá-lo em qualquer momento, basta me avisar e posso te levar no meu helicóptero até lá. Basta me dizer….

— O quê ? Você tem um helicóptero ? Sério ? Puxa isso é bacana, mas, não quero lhe causar nenhum transtorno e nem ocupar o seu piloto. Posso ir dirigindo até lá. Vou esperar o próximo feriado e se tudo correr bem, dou uma fugidinha até lá.

— Oh não…. Não quis sugerir um piloto, eu mesmo te levo, faço questão…. Eu tenho brevê… Ninguém pilota o Charlie Tango além de mim… Adoraria conhecer o seu pai….

— Você pilota Christian ? Meu Deus ! Tem alguma coisa que você não faça ? E por que quer conhecer meu pai ?

— Devo não fazer uma coisa ou outra….. E quero conhecer o pai da minha Ana. Não vejo problemas nisso … Agora me diga José, há quanto tempo você conhece a Ana ?

— Nos conhecemos desde sempre. Somos amigos de infância.

— Engraçado ela nunca ter falado de você para mim….. E o que você faz da vida ? Trabalha ?

— Christian ! Eu não tive motivos para falar de mim e o José para você, afinal de contas nos conhecemos a pouquíssimo tempo e você é o meu chefe, não teria sentido sair contando tudo da minha vida para você. Eu disse irritada. Qual é a dele para cima do José ?

— Concordo com a Aninha, Christian ! Não é comum nem de bom senso sair contando tudo sobre a vida pessoal para o patrão que acabou de conhecer. Bom…. Eu sou fotógrafo. Disse o José meio envergonhado.

— A minha relação com a Ana é muito mais do que patrão e empregado. Sentimos uma conexão diferente desde a entrevista, e sei que não há segredos entre nós, sendo assim, sinto que seja normal falarmos sobre nossas vidas pessoais de um para o outro. Por isso falamos de tudo e nos tornamos ótimos amigos.
Você fotografa o que ? Modelos ? Imóveis ? Natureza ?

—Christian! Você está exagerando…. Não existe nada entre nós…. Pare se agir assim e dizer essas coisas …

—Por que Anastácia ? Não seja tímida…. Ainda não existe algo… Mas em breve….. Estou agindo normalmente. Você está querendo poupar seu amigo de algo ? Diante do que vejo e pelo que dizem são só amigos. A menos que o nosso amigo José aqui tenha uma paixonite por você Ana….

— Christian! Pelo amor de Deus! Pare com isso! Você está sendo inconveniente.

— Deixe Aninha…. É melhor marcamos ma outra hora para colocarmos nosso papo em dia…. Porque o seu patrão está disposto a dificultar qualquer tipo de conversa que tentemos ter. Mesmo com todo esse empecilho, estou feliz em revê-la, vou ficar aguardando sua ligação para marcamos um outro dia de nos vermos.

— Adoraria José…. E me desculpe! Não sei o que deu no Christian…. Vamos marcar de sairmos à noite com a Kate, e nos divertimos em uma balada… O que acha ?

— Acho ótimo Aninha! Me liga e combinamos tudo, agora é melhor eu ir….

— Que balada ? Onde ? Vou verificar com o Elliot para irmos todos juntos….. Já se intrometeu o Christian. –Você não vai sozinha Anastasia….! Eu não vou permitir!

— Como é ? Você não vai permitir ? Qual é o seu maldito problema ? Você não manda em mim, nem controla onde vou muito menos com quem vou. Você está passando dos limites ! Já chega ! Levantei da mesa e sai em direção ao José. Assim que tentei passar pelo Christian ele me segurou forte pelo braço, e me puxou de encontro a ele.

— Onde você pensa que vai ? O nosso almoço ainda não terminou. Pode voltar e sentar!

— Pois para mim já terminou há muito tempo, aliás, não deveria nem ter começado. Eu não sei onde estava com a cabeça quando permiti que viesse a esse almoço que deveria ser um encontro de amigos verdadeiros.

— Não se atreva a me desafiar Anastasia ! Ainda sou seu chefe !

— Ah esse é o problema, senhor Grey ? Então não só lhe desafio, como também me demito ! Dito isso, saí do restaurante, irritadissima, bufando de ódio! Ainda tentei alcançar o José, mas ele já estava longe….

Quando estava procurando um taxi, senti uma mão forte me abraçar, e me arrastar até o carro.

—Me larga Christian! Eu não vou entrar nesse carro com você! Nem morta ! Você ouviu quando me demiti ?

—Ouvi e ignorei! Não vou aceitar o seu pedido de demissão Anastasia ! Que fique bem claro, você não vai a lugar algum a menos que eu permita ou que esteja presente. Entendeu ?

—Pelo amor de Deus! Qual é o seu problema ? Quem você pensa que é para mandar na minha vida?

— Você é o meu problema Anastasia! Me puxou forte pela cintura e me beijou, um beijo possessivo, desejoso e autoritário, quando tentei abrir minha boca para reclamar, ele a invadiu e explorou todos os espaços com a sua língua, em um beijo urgente, que me deixou de perna bamba. Ele me segurou ainda mais forte, encostando a sua pélvis em mim, pude sentir seu membro enrijecido forçar o meu púbis.

Enquanto ele terminava o beijo dando uma leve mordida no meu lábio inferior. A partir de agora além de ser seu patrão, sou também o homem que está a reivindicando para si. Portanto, devo e vou interferir na sua vida e nas suas decisões. E não aceito discussão com relação a isso. Agora vamos! Já ficamos tempo demais for a do hospital.