Destinados ▸ Jasper Hale escrita por Woodsday


Capítulo 19
Capítulo XIX.


Notas iniciais do capítulo

MANO DO CÉU. KKKKKKKK VOCÊS SÃO MUITO DAORAS. EU TÔ A-M-A-N-D-O LER ESSES COMENTÁRIOS. Prometo que vou responder todos. Gente, eu pensei seriamente e pÁ VAI TER SEGUNDA TEMPORADA. PQ OLOCO, SEUS DESEJOS SÃO UMAS ORDENS (Aham). ENFIM, ENFIM GATAS.
Minhas aulas começam na segunda-feira e pastem, eu tenho 13 matérias na minha grade e eu curso direito. OU SEJA. Vai ser dificil postar com frequência. Mas eu prometo que vou trabalhar o máximo que eu puder no enredo e adiantar pra vocês o máximo que eu puder.
ENFIM, AMO VOCÊS. VOCÊS SÃO INCRÍVEIS!!!



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Eu estava olhando pela janela lá fora, uma pequena fresta que me fazia ter um vislumbre do céu estrelado da Califórnia. O hotel onde estávamos tinha uma piscina gigantesca e um lindo espaço de restaurante ao ar livre. Me contorci de vontade de esticar as pernas para fora daquele quarto, mas o olhar atento de Alice na TV sempre me desanimava e eu me lembrava do porque estávamos ali. Estava tendo alguma festa chique lá agora, porque eu conseguia ouvir o som da música ambiente e dali, podia ver as pequenas cabeças de lado para o outro.

O relógio da TV dizia que havia acabado de passar das dez da noite. Alice e Jasper ainda estavam sentados no sofá, Alice rabiscando de novo enquanto Jasper olhava por cima do ombro dela vez ou outra. Bella também estava lá, olhando curiosamente por cima do ombro de Jazz, tentando absorver mais das informações. Eles não olharam pra cima quando eu entrei, de tão concentrados que estavam no trabalho de Alice. Eu engatinhei até o lado de Jasper, colocando as pernas sobre o sofá.

— Ela viu mais alguma coisa? — eu perguntei baixinho pra ele.

— Sim. Alguma coisa trouxe ele de volta á sala de videocassete, agora está claro.

Eu observei enquanto Alice desenhava uma sala quadrada com vigas escuras que atravessavam o teto de forma trabalhada. As paredes eram cobertas de papel de parede beje, mas a oposta a porta tinha desenhos abstratos e elegantes. Um dos lados da entrada era de pedra — uma lareira de pedra cor de bronze que ficava entre a entrada de duas salas. Haviam uma grande janela na parede que dava para o Sul, e uma abertura na parede do lado oeste que dava uma visão para a sala de estar. O foco da sala por essa perspectiva, com a grande TV e os vários quadros caríssimos, que ficavam equilibrados em uma parede oposta, estavam no lado do corredor que ficava mais próximo do lado sul. Um sofá grande e branco ficava no lado contrário ao da TV, uma mesa de café redonda ficava na frente dele. Tudo da melhor linha, na verdade, tudo importado da Índia, em um acesso de excentricidade da mamãe.

— O telefone fica aqui — eu apontei para o papel, o pânico começando a me tocar.  

Os três pares de olhos me encararam.

— É a minha casa. — Eu disse a eles.

Alice já estava fora do sofá, com o telefone na mão, discando. Eu olhei para a precisa descrição da sala familiar da minha mãe. Jasper puxou-me para seus braços, soando como um calmante para mim.

— Tudo bem. — Ele sussurrou para mim. — Vamos dar um jeito, certo?

A mão de Bells segurou a minha, apertando os meus dedos e transmitindo também muita calma. É nessas horas que você percebe o quanto lida mal com a pressão e com o perigo.

Os lábios de Alice estavam tremendo com a rapidez de suas palavras, o ruído baixo era impossível de decifrar. Eu não conseguia me concentrar em nada também.

— Bella — Alice disse, eu olhei pra ela enquanto ela tomava a mão da minha irmã. — Bella, Edward está vindo te buscar. Ele e Emmett e Carlisle vão te levar para algum lugar, pra te esconder por algum tempo.

— Edward está vindo? — ela disse com alívio.

— Sim, ele está pegando o primeiro vôo para Los Angeles. Nós vamos encontrá-lo no aeroporto e você irá com ele. — Ela olhou para mim. — Cassie, você vai com Rosalie.

— Mas, minha mãe... Ele está na minha casa, Alice! Não podemos, meu pai está lá, minha mãe, a Ellie! Ela sempre está lá! — a despeito de Jasper, a histeria estava borbulhando nas minhas palavras.

— Jasper e eu ficaremos até que ela esteja a salvo.

— Não podem! — Meu pânico agora se voltou para eles. Os dois sozinhos com aquele psicopata. — Jazz, ele é forte demais.

— Cassie, nós vamos conseguir! — Ele segurou meu rosto entre as mãos. — Você e Bella só precisam ficar a salvo e vai dar tudo certo. Vamos nos concentrar nele e as coisas darão certo. 

Respirei fundo, tentando me acalmar. Eu sabia que ele tinha razão. Olhei para ele profundamente e assenti em silêncio. 

— Vão arrumar suas coisas. Eu aviso. — Ela disse para nós e Bella e eu nos levantamos obedientes. Bella fechou a porta do quarto, na verdade ela bateu, estava furiosa com algo não verbalizado e eu não estava exatamente no humor perfeito para conversas, quis ligar para minha mãe, mas jamais poderia falar com ela sem dizer onde eu estou, ela sem dúvida rastrearia a ligação nem que tivesse que contratar o FBI como serviço temporário.

Por três horas e meia seguintes eu olhei para a parede, para as cortinas, para Bells. Minha mente estava dando voltas, tentando encontrar uma forma de sair desse pesadelo. Não havia escapatória, não havia como adiar. Eu só podia torcer para que desse certo no final e que ninguém se machucasse. Eu não podia lidar com isso. Parte de mim queria sair correndo, deixar tudo para trás e bancar a louca. Mas eu estava lutando fervorosamente com essa parte, estava determinada a ajudar o máximo que eu pudesse, mesmo que isso significasse só não atrapalhar a todos. 

Quando o telefone tocou, eu voltei para a sala, esperando ansiosamente. Alice estava atendendo ele tão rapidamente como sempre, mas o que chamou minha atenção foi que, pela primeira vez, Jasper não estava no quarto. Eu olhei para o relógio, eram duas e meia da manhã. Onde ele foi sem se despedir? Comecei a ficar imediatamente nervosa.

— Eles estão entrando no avião — Alice disse para Bella. — Eles vão aterrizar as nove e quarenta e cinco.

Eu empurrei o pânico para dentro de mim. Por favor, não seja uma histérica. — Onde está Jasper?

— Ele foi fazer o check-out. — Respondeu Alice suavemente.

— Vocês não vão ficar aqui?

— Não, nós vamos nos relocar para algum lugar mais próximo da casa da sua mãe.

Meu estômago revirou desconfortavelmente com as palavras dela. Mas o telefone tocou de novo, me distraindo. 

— Alô? — Alice perguntou. — Não, ela está bem aqui. — Ela olhou confusa para Bella. —  Sua mãe, Bella.

— Alô?

Me sentei sobre o sofá, observando Bella nervosamente conversar com a mãe. Ela se mexia demais, apesar da voz soar calma como se tudo estivesse na perfeita ordem.

— Mãe, fique calma — Ela disse indo para longe. Quis segui-la mas achei que isso soaria indelicado demais, então me recostei sobre o sofá. 

— Posso ligar para minha mãe, Alice?

Ela me olhou em dúvida por um minuto. — Ligue para o celular, por favor. E não diga nada.

Eu assenti e peguei o outro aparelho que ela tinha, disquei os números já decorados por mim. Minha mãe atendeu no primeiro toque, a voz estava ofegante e eu sabia que ela estava chorando.

— Cassandra! Graças a Deus! Onde você está?

— Mãe. — Eu disse cheia de saudade. — Me desculpa, eu estou bem, é sério, eu estou bem mesmo.

— Onde Cassandra Kepner?! — A voz dela mudou para um tom duro. — Me diz onde você está? O que você tem na sua cabeça? Como sai da casa de Charlie assim? Que idade você acha que tem? Pensa que é dona das suas vontades assim? Não é!

— Mãe. Eu sei. — Digo suavemente, para acalmá-la. — Me desculpe preocupa-los.

— Você quase matou à mim e ao seu pai do coração! — Ela praticamente gritou. — E Charlie então? Não viu como ele ficou!

Isso realmente doeu. Alice acenou, me pedindo para encerrar e eu suspirei. — Escute mamãe, deu tudo errado, mas eu estou bem. Resolvi tirar umas férias curtas, eu sei, vou ficar de castigo, mas eu aguento. Só escute, eu amo você muito. Me perdoe. Você foi a melhor mãe do mundo para mim.

— Cassie... — Ela chorou. — Onde você está filha?

— Amo você, mamãe. — Encerrei a ligação com o coração partido, me amaldiçoando pelas palavras de despedida. Mas se eu morresse, não era melhor que ela soubesse que foi uma mãe incrível para mim? Estiquei o telefone para Alice, forçando-me a engolir as lágrimas que queriam surgir. Bella voltou do quarto, com os olhos igualmente vermelhos, ela se sentou ao meu lado, segurando as minhas mãos entre as suas.

— Você foi uma ótima irmã. — Ela disse para mim em um tom mórbito.

— Vai dar tudo certo. — Alice colocou as mãos em nossos ombros. — Não se despeçam, porque vai dar tudo certo.

Nós duas assentimos em silêncio e eu passei meus braços ao redor de Bells.

— Minha mãe estava preocupada, ela queria voltar voltar pra casa. Mas está tudo bem, eu convenci ela a ficar longe. — Bells disse ainda da mesma forma estranha. Franzi as sobrancelhas, olhando-a confusa.

— O que aconteceu, Bella?

— Nada. — Ela mentiu e eu continuei olhando. Bella retirou a mão da minha bruscamente, afastando-se do sofá. Desconfiada, eu continuei seguindo-a com os olhos. — Para de me encarar, Cassie!

Ergui as mãos em rendição, sem deixar de ficar desconfiada.

— Nós vamos cuidar pra que ela fique bem, Bella, não se preocupe.

— Alice — ela disse normalmente dessa vez —Se eu escrever uma carta para a minha mãe, você entregaria pra ela? Deixar na casa, eu quero dizer.

— Claro, Bella — a voz dela era cuidadosa. 

Bella partiu para dentro do quarto e eu a olhei outra vez confusa. O que deu nessa menina agora? Às vezes Bella era irritante, todos estavam querendo surtar mas estavam mantendo a calma, será que ela não podia fazer o mesmo? Eu pressentia que ela estava para fazer alguma merda grande. 

Eu avisei à todos que iria tomar um banho e fiz isso lentamente. Escolhi uma peça de roupa suave, porque Jasper havia dito que iriamos para um lugar ensolarado, por precaução. Penteei o cabelo e optei por secá-lo com a toalha mesmo, fiz tudo isso com calma, esperando o momento de partir. Bella me imitou, mas em determinado momento a vi questionando Alice sobre suas visões. Desconfiada, eu me apoiei sobre o batente da porta, vendo-a mentir descaradamente para Alice.

Jasper franziu o cenho, confuso com o sentimento de desconfiança que exalava de mim, mas eu sabia, conhecia Bella muito bem. Tinha algo por trás de suas atitudes, algo a deixando especialmente nervosa, algo que sua mãe disse que ela não contou à nós. 

Mas a pergunta era o que poderia ser.

— Alice, é possível me dar um momento com a Bells? Um momento de privacidade?

Ela titubeou.

— Por favor, vocês podem ir levar a carta enquanto isso.

— É perigoso, Cassie. — Ela disse suavemente.

— É no lobby do hotel, Alice. E estamos cercadas de pessoas, não há perigo nenhum aqui.

Ela considerou minhas palavras e por fim assentiu. — Me liguem se precisar. Nós... Subimos rapidamente caso algo aconteça.

Assenti em silêncio e quando ambos saíram, eu cruzei os braços, encarando a Bells.

— Fala Bella.

— Não sei o que quer dizer, Cassie.

— Sabe sim. — Puxei-a pelas mãos levando até o sofá. — O que sua mãe disse?

Ela deu de ombros. — Absolutamente nada fora do comum. 

Mentirosa. Respirei fundo, pronta para falar mas Bella me interrompeu, empurrando-me. — Vem, eu vou te dar uma coisa. — Ela me puxou para o quarto.

— O que, Bells? — Eu entrei no quarto, esperando-a e quando me virei de costas, Bella puxou a porta, ouvi o som característico da chave e me irritei. — Bella! — Eu praticamente rosnei ao ver que estava realmente trancada. — Bella, abra a maldita porta! O que há com você?

— Me desculpa, Cassie! — Ela encostou a cabeça sobre a porta. Eu podia ver sua sombra através do vidro desenhado e bufei. — Ele não quer você, só eu. Eu vou resolver isso, me desculpa!

— Não seja idiota! Você não pode com ele! Vai morrer! Bella! — Soquei a porta. — Abre Bella. Alice e Jasper estão lá embaixo.

— Eles não vão saber até ser tempo suficiente. Cuidei disso. — Ela respondeu. — Vou ficar bem, prometo.

— Bella! — Soquei a porta mais vezes. — Não faça isso. Bella! — Rosnei as palavras, mas aparentemente ela já tinha ido. — Idiota! Garota idiota! — Eu balancei os trincos, mas em uma esperança vã. Nem mesmo após jogar uma cadeira sobre a porta, ela se quebrou. Eu simplesmente estava lá sem poder fazer nada enquanto a idiota da minha irmã se encontrar com a morte. Me sentei sobre a cama, passando os dedos pelos cabelos. Cerca de meia hora ou quarenta minutos depois, a porta da frente se abriu e eu dei um pulo, indo até a porta do quarto e a batendo nela. — Jasper, Alice!

— Cadê a Bella? — Perguntou Alice alarmada.

— Eu não sei, acho que ela foi encontra-lo, Alice! Ela vai morrer!

Os olhos de Alice se arregalaram e ela pegou o celular, ligando para alguém e falando tão rapidamente que eu mal pude ouvir. Ela e Jasper trocaram um olhar significativo.

— Cassie, você fica bem aqui? Rosalie vai chegar em uns minutos...

— Sim. — Eu a interrompi. — Vá, por favor, salvem ela. Por favor, Jasper. — Eu toquei seu rosto em desespero. — Vão.

— Cuide-se, por favor. — Ele se aproximou, beijando-me de forma lenta e sem movimento. Um toque de lábios demorado somente. — Por favor. Não saia desse quarto, vai estar segura. Rose chegará em minutos. 

— Certo. Vou ficar bem. — Afirmei com segurança para eles. Os dois me lançaram um último olhar e partiram em direção à saída. Eu passei a chave na porta e me sentei sobre o sofá, atordoada.

O que Bella tinha na cabeça. Qual era o problema dela, afinal? Quem faz esse tipo de coisa idiota? De ir diretamente para um assassino que é cem vezes mais forte que você?

Coloquei a cabeça entre os joelhos, meus olhos ardiam com as lágrimas que eu não conseguia derramar. Uma desvantagem e vantagem. Parecer calma por fora mas estar em colapso por dentro. Uma dor aguda se fazia presente em meu ventre e eu pensei que essa era uma péssima hora para estar sofrendo de cólicas. Me levantei pegando na caixinha de remédios no armário do banheiro, um remédio para dor muscular e enchi um copo de água pequeno que estava na jarra. Duas batidas soaram na porta quando eu estava pronta para beber a água.

Eu corri para abri-la, pronta para ver Rosalie, mas antes que eu pudesse afastar o amargo do remédio da minha língua, o copo se espatifou no chão. 

À minha frente, em beleza e crueldade, estava James.

Ele inclinou a cabeça para o lado, sorrindo sadicamente. — Olá docinho. 


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