Estórias De Horror - 2ª Temporada escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic
Júlia não esperou mais nenhum segundo, sua angústia era grande demais para ficar em casa e saber ao mesmo tempo que Lucas havia desaparecido. Saiu de casa, chamou-o, não obteve uma resposta sequer. Isso chamou a atenção do delegado que chegara há poucos minutos.
— Sabrina, fique em casa. Não saia de jeito nenhum, entendido?
— Claro, mãe. Ficarei quietinha aqui.
Sua visão bateu de frente para o milharal da propriedade. A plantação fazia parte de gerações da sua família, desde quando seu avô se mudou para Caledônia — antes a cidade fazia parte de outro município. Apesar de aparentemente fácil de se perder na plantação, seus filhos brincavam... Bom, a verdade era que seus empregados eram os que cuidavam desses detalhes. A dona nunca havia dirigido um trator sequer, apesar de tê-lo no celeiro.
Jucá viu toda a movimentação, saiu do carro e foi conversar com Júlia.
— Posso ajudar?
— Claro. Lucas, meu filho caçula, não deveria ter saído. No entanto meu cachorro desapareceu e ele foi atrás.
— Sim, entendo. Provavelmente o garoto foi atrás do cão e provavelmente se perdeu. Ajudo a procurar.
O denso milharal foi explorado pelos dois, cujo o objetivo primal era recuperar a criança, porém, para a surpresa de ambos, encontraram partes da plantação faltando. O homem observou e viu que haviam marcas de ferro ou algo metálico.
O delegado olhou para o celeiro, desistiu de procurar na plantação. Entrou no ambiente escuro, deu alguns passos e deu de cara com Maurício fazendo Lucas de refém.
— Solte a arma!
— Não posso. Ele já está aqui e está me testando.
— Eu falei para você soltar a arma! Não me obrigue a dar um tiro em você mesmo na frente do garoto.
Maurício se afastou do delegado, sempre com a arma apontada na cabeça da criança. O homem começou a entrar em pânico ao olhar para cima. Uma criatura horrenda desceu do teto do celeiro, como uma aranha descia de uma teia, e segurou Jucá pela cabeça. O delegado foi levado tão rápido que sumiu na penumbra do ambiente.
— Você não me pega! Você não me pega! — ele deu um tiro para o alto e saiu carregando Lucas.
O chão do celeiro foi inundado por sangue.
Júlia levou um susto ao perceber o barulho do tiro. Ela entrou em desespero ao ver o criminoso carregar com truculência o seu filho para perto da casa.
— Deixa o meu filho em paz, Maurício. O que você quer?
— Entra na casa, vadia. Por sua culpa, ele está atrás de mim. Preciso oferecê-los ao demônio das sombras antes que ele me mate.
— Você está louco.
Maurício soltou Lucas, o menino correu para dentro da casa, Júlia foi pega pelo braço e arrastada para dentro. O homem trancou a entrada e ficou olhando a parte de fora. Era noite, por isso o ambiente era assustador.
— Subam todos! Vamos começar a oferenda ao demônio da sombra.
Os três foram obrigados a entrar no quarto de Júlia. Maurício fechou a porta e iniciou o ritual para oferenda.
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