Wherever you go escrita por Lily


Capítulo 1
Mês 0




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—Você tem que sair, isso já passou de todos os limites. - Laurel protestou enquanto puxava o cobertor de cima de Felicity, a loira resmungou algo e rolou para o outro lado. - Feli por favor.
—Eu não vou sair daqui! - resmungou contra o travesseiro.
—Não seja melodramática. - Sara pediu revirando os olhos.
Felicity bufou ignorando-a.
—Feli, você sabe que a gente só quer o seu bem, então por favor deixa a gente de ajudar. - Caitlin sentou na sua cama e acariciou sua coxa, dentre elas quatro, Cait era a única pessoa que ela conhecia que não surtava tão facilmente por coisas tolas, talvez fosse pelos longos anos na faculdade de medicina ou os longos anos em que namorava Barry Allen, que no ranking de pessoas dramáticas do seu pequeno grupo social ficava no terceiro lugar, porque em primeiro estava ela e em segundo Cisco, os três podiam atuar no teatro sem nem precisar de aulas. - Olha, sei que esta sendo duro, mas já faz dois meses.
—Você não entende. - recrutou chutando o cobertor para fora da cama.
—Claro que a gente não entende, você nunca se deu o trabalho de explicar. - Sara disse e recebeu um beliscão de Laurel. - Será que podemos ir já que a senhorita Drama não quer.
—Não seja insensível, Sara.
—Não estou sendo insensível, apenas realista. Cooper a traiu, isso é um fato que não podemos corrigir, mas se ela insiste em ficar se lamentando por isso, que fique, nós temos coisas melhores para fazer, tipo ir à aquela fabulosa boate que acabou de inaugurar.
Felicity levantou a cabeça olhando para a Lance mais nova. Ela estava certa, não podia viver se lamentando por Cooper, ele não merecia mais as suas lágrimas.
—Ok, vocês venceram. - disse atraindo o olhar surpreso de suas amigas. - Eu vou com vocês.
Caitlin sorriu para ela. Felicity pulou da cama e correu para o banheiro.
—Você definitivamente deveria ser palestrante motivacional. - Laurel disse para a irmã.
—Fazer o que, né? Sou ótima para esse tipo de coisa.

...

A boate ficava na área mais privilegiada da cidade, Felicity não tinha a menor idéia de como ou onde Sara havia conseguido as entradas, preferia até não saber, a Lance podia ser um pouco suja quando queria. It ain't me da Selena Gomez tocava pelos altos falantes, as luzes piscavam incansaveis, seus olhos doíam um pouco devido a falta de seus óculos, apertou a mão de Caitlin enquanto seguiam pela multidão até o ponto de encontro com seus amigos.
—Devia ter ficado em casa. - resmungou alto o suficiente para fazer a amiga rir.
—Se você quiser podemos voltar para casa. - Caitlin como sempre pensando nos outros antes de si, aquilo era uma ótima qualidade, porém um defeito muito comprometedor. Felicity se lembrava de quando a amiga namorava Jay Garrick, ele a fazia de gato e sapato, eles só terminaram porque Barry resolveu se intrometer no namoro, mesmo que Caitlin tivesse deixado bastante claro que não queria que ele fizesse isso, mas eles tinham apenas dezenove anos e as coisas estavam evoluindo rápido demais. Quando Barry interrompeu o namoro Caitlin ficou puta de raiva e decidiu aceitar o estágio em um laboratório em New York, obviamente ela não havia entendido o motivo de Barry ter se intrometido na sua relação, mas para todos ao redor estava tão visível quanto a água ser clara. Barry amava Caitlin e Caitlin amava Barry, porém ambos eram introvertidos demais e complicados demais para revelar isso. Fora necessário três anos, um noivado e um quase casamento para eles finalmente admitirem o que sentiam um pelo outro. Então quase seis anos depois, lá estavam eles prontos para o casamento que ocorreria em três meses.
—Barry está aqui, não está?
—Sim. Mas ele não se importa se eu passar a noite com você.
—Por favor Cait, claro que ele se importa por você passar a noite comigo, ele é seu noivo.- sorriu para ela. - Olha, eu não quero ficar aqui por muito tempo, mas quando eu for embora você não precisa ir comigo. Eu ficarei bem.
—Tem certeza? - ela indagou com seu olhar analítico.
—Toda, mas agora vamos curtir à noite.
Elas se aproximaram do grupo de pessoas gritavam alto e gesticulavam exageradamente. A primeira pessoa que ela avistou foi Tommy, Thomas Merlyn, direto adjunto da Merlyn Global, ele estava com o braço envolta da cintura de Laurel, namorada de Tommy, uma de suas melhores amigas e uma excelente advogada, perto deles estavam Sara e Cisco, duas das três pessoas que Felicity perguntava como ainda conseguim manter uma amizade mesmo sendo tão diferentes, logo atrás revirando os bolsos atrás de algum objeto que provavelmente já tivera perdido, estava Barry, este era definitivamente seu melhor amigo, ambos havia se conhecido no primeiro dia na faculdade e nunca mais se desgrudaram.
—Olha todos estão aqui. - Caitlin falou soltando seu braço e caminhando até o noivo.
Caitlin estava errada, não estavam todos ali, estava faltando uma pessoa.
—Procurando por mim? - a voz arrogante e presunçosa de Oliver soou ao pé do seu ouvido.
—Não, apenas checando para ver se você não tinha morrido de sífilis. - sorriu antes de jogar os braços por cima dos ombros dele em um abraço sem jeito.
—Então Smoak por onde tem andado? Senti a sua falta.
—Hibernando. Não tinha muito o que fazer. - deu de ombros, Oliver sorriu compreensivo.
—Soube do seu o emprego, sinto muito.
Jogou a cabeça para o lado, ele havia sido a primeira pessoa a mencionar seu emprego ou invés de seu término. Ok que as duas coisas haviam sido terríveis, mas ela havia priorizado seu sofrimento para a sua falta de noivo, a sua falta de emprego.
—É foi terrível. Mas pelo menos eu sai antes deles me usarem como laranja em algum contrato.
—A QC está abrindo uma vaga no setor de TI, não é grande coisa, mas já que é sua área achei que seria bom.
Ela sorriu e ssim inclinou para beijar a bochecha dele.
—Você é o melhor amigo que eu podia querer.
—A entrevista é na semana que vem. Às  nove.
—Estarei lá. - um fagulha de felicidade aqueceu seu peito, era hora de recomeçar. Emprego novo, vida nova. - Quer dançar?
Oliver assentiu e ela o puxou para a pista de dança ao som Shape of you.
Se alguém perguntasse Felicity não saberia responder o quanto havia bebido naquela noite, também não saberia responder onde havia acordado ou com quem havia acordado, sua mente e suas memórias haviam virado mingau de aveia. O máximo que ela se lembrava daquela noite era da tatuagem de pássaro ou seria cachorro, ela definitivamente não lembrava de nada, mas não importava, não é?


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