"E vou lutar pelo meu canto
Talvez hoje à noite eu vá chamar você
Depois que o meu sangue se transformar em álcool
Não, eu só quero segurar você"

" Dê-me um pouco de tempo, vamos queimar isso
Vamos brincar de esconde-esconde, para virar esse jogo
Tudo o que quero é o gosto que seus lábios permitem"

" Dê-me amor como nunca antes
Porque, ultimamente, eu tenho desejado mais
E faz algum tempo, mas eu ainda sinto o mesmo"
—Ed Sheeran, Give Me Love

POV KATNISS

Chegamos na Capital, fomos instalados em um dos quartos da mansão presidencial.

Paylor nos recebeu muito bem, todos foram acomodados e temos a tarde para descançar, pois terá um jantar onde tudo será esclarecido.

Peeta tem ficado do meu lado o tempo todo, estou começando a ficar nervosa ao lembrar de cada coisa que aconteceu.

Hope resmunga no berço sei que preciso alimentá-la, levanto, a pego entre meus braços.
Meu passarinho mexe, sua mão segura minha blusa fortemente, ouço batidas na porta e como Peeta está no banho, tenho que ir atender.

Abro e encontro minha irmã sorrindo, a abraço com meu braço livre e entramos.

—Estou com saudade, sei que é mãe e minha sobrinha precisa de você, mas...

—Me perdoe. - digo a puxando para um abraço meio sem jeito, sorri passando seus dedos por meus cabelos revoltos.

—Não precisa disso, Kat. Sei muito bem que está passando por um momento difícil, vocês estão se recuperando e...

—Eu errei, Prim.Deixei minha irmã de lado...- beijo seus cabelos.

—Kat, já tenho 15 anos!- diz e sorrio passando minha mão pelas suas bochechas.

—Pra mim, você será sempre minha patinha!- digo, ela sorri deixando um beijo em minha bochecha.

—Ela não é linda?

—Puxou ao pai!- digo fazendo graça, ela sorri quando Hope solta meu peito.

—O que tem eu?- Peeta sai do banheiro  vestido com uma calça e blusa branca, seus cabelos estão secos.

—Estávamos falando da beleza de Hope.

—Ah, isso puxou da mãe!- diz vindo até nos, da um beijo na testa de Prim e um em meus lábios.

Mas quando coloca os olhos na filha, percebo que perdemos toda a sua atenção.

Hope é seu ponto fraco, so colocar seus olhos nela e Peeta está perdido.
A pega em meus braços fazendo graça, sorrio quando sinto a felicidade se impregnando em mim

—Ja pensou quando tiver seus filhos?- pergunto, Prim me olha sorrindo.

—Será mágico.

—Você será uma ótima mãe, Prim!- a abraço colocando sua cabeça em meu colo, Peeta ainda está completamente preso a filha.

Sinto que peguei no sono, quando as mãos do loiro passam por meus cabelos, desperto estranhando tudo ao redor.

—Você dormiu, querida!- diz entrando debaixo das cobertas comigo, me aninho em seu peito sentindo um frio ficar presente.

—Que horas são?

—7 da noite.

—Hope dormiu?

—Faz um tempo.

—Colocou duas cobertas? Meia e seu pijama de frio?

—Ela está bem, Kat. Agora descanse que o jantar será servido em breve.

Sei o que Peeta quer dizer, preciso descançar antes de irmos pro "jantar", vamos ser esclarecidos sobre tudo.

Coloco meu rosto na curva de seu pescoço, sentindo seu cheiro delicioso, ouço sua risada quando passo meu nariz.

—Isso faz cócegas!- diz grudando mais a mim e puxando uma coberta.

—Amo o seu cheiro. - confesso, sinto seus lábios passarem por minhas bochechas até chegarem em minha boca.

O beijo sentindo a sensação gostosa me invadir, seus lábios quentes e macios.
Um encaixe perfeito entre nossas bocas.

Deito em seu pescoço novamente quando acabamos o beijo, ele passa um braço pela minha cintura enquanto o outro serve como travesseiro pra minha cabeça. Passo um braço meu por seu peito e aperto seu corpo, sentindo seu calor me esquentar.

—Amor...Acorde. - ouço sua voz ao longe e aos poucos volto, abro os olhos.

—Peeta?

—Vamos jantar?- pergunta e confirmo, Hope está acordada.

Sorrio vendo-a tentar segurar meus dedos, Peeta fica brincando desse jeito. Ele sorri pegando minha cintura e colocando seu rosto no meu ombro, sorrio sentindo sua barba por fazer raspar em minha pele.

—Estou com fome.- digo e escuto sua risada baixa, ignoro e pego nossa bebe nos braços.

Descemos as escadas e encontramos todos reunidos na mesa circular, Peeta os cumprimenta e acompanho. Ele puxa a cadeira pra mim e agradeço sua gentileza, fico com minha filha em um braço e com o outro, como meu jantar.

Quando todos terminam, Paylor se pronuncia, sinto aquele frio na barriga voltar, coloco minha filha sobre meu peito.
Sua mão agarra a manga de meu vestido e sua cabeça permanece apoiada em meu peito, Peeta pega um pano pequeno dela e coloca sobre minha blusa. Ela vai me babar toda sem o pano.

—Bom... Aparentemente esta tudo sobre controle. - ela diz e sinto Peeta segurar minha mão, entrelaço meus dedos nos dele.

—Aparentemente?

—Sim. Não sabemos exatamente qual a quantidade de pessoas que fazem parte desse grupo, podem ser poucas ou milhares.

—Qual o objetivo?- pergunto, apertando fortemente a mão de Peeta.

—Querem vingar a morte de Coin, ou seja...

—Me matar.- digo de imediato.

—Não só você, Peeta e Hope também.

—Eles não vão parar até nos achar.

—Estamos tentando um acordo, se não der certo.

—Vocês vão matá-los?- Finnick pergunta e olho pra Paylor, ela suspira.

Sei que é a única opção.

—Já estão no 12, mas provavelmente sabem que tiramos vocês... Estamos cercando todo esse grupo, vamos prende-los. Vocês vão ficar bem...- diz por fim e ouço Hope choramingar de sono.

—Peeta, vou colocar Hope no berço!- ele concorda, levanto tensa por todas as lembranças que me rodeiam.

—Vai ficar bem?

—Vou. - saio pelos corredores com minha bebê, passo minha mão pelas suas bochechas tentando acalmá-la.

—Está tudo bem, passarinho. A mamãe vai fazer você dormir. - olho em seus olhos e percebo que eles estão quase se fechando, sorrio plantando um beijo em sua testa.

Paro de repente quando percebo onde estou, paraliso vendo várias borboletas de um azul vibrante voar ao meu redor.

Seguro Hope sentindo minha respiração ficar acelerada quando ouço uma voz ao fundo.

—Katniss...- a voz de Snow me pertuba, Hope começa a chorar e meu medo se faz presente.

—Não! Não agora!- digo sentindo minha cabeça doer, o choro de Hope aumenta.

—Bestante...- a voz de Snow ja fica mais alta, Hope puxa meu cabelo como se soubesse que estou com problemas.

—Você vai, Katniss. Vai matar sua filha...- a voz fica me perseguindo, começo a chorar sentindo meus braços apertarem Hope.

Seu choro está alto e doloroso, vejo espinhos brotando do chão em todo o lugar.
A risada de Snow se mistura ao choro de minha filha, abaixo minha cabeça fechando os meus olhos.

—Mate-a...Mate-a agora, sua bestante!— a voz de Snow entra em meus ouvidos, tento resistir, isso so meu causa mais dor de cabeça.

—Katniss!- a voz de Peeta me faz tremer, não posso ter uma crise agora.

Hope está em meus braços.

Ainda estou de olhos fechados quando ela éarrancada de mim, abro os olhos assustada e vejo Peeta se afastando.

—Devolva minha filha!- grito indo em sua direção, ele se afasta rapidamente.

—Fique longe, Katniss...- diz e corro em sua direção, corre se afastando.

Paro quando vejo o chão se abrindo na minha frente, olho pra cima e noto estrelas de fogo, caindo na minha direção.

—Não....Pare.- digo me jogando no chão e encolhendo todo meu corpo, ouço o choro de Hope cada vez mais alto e sofrido.

Braços firmes seguram meu corpo, debato tentando soltar..

—Você está salva...Eu estou aqui.- a voz de Peeta, so consigo ouvir rosnados em vez de palavras.

—SOCORROOO, BESTANTEEE!- grito distribuindo tapas por todo seu braço, minhas unhas o arranham quando tento fugir.

—Estou aqui...Sempre...- sinto uma picada em meu braço.