Eu sou a Lenda escrita por Karina Ferreira


Capítulo 10
I-IX Tessaiga


Notas iniciais do capítulo

Atendendo a pedidos, glossário do antigo idioma lá em baixo.
Lembrando que o antigo idioma não me pertence mas sim a J. R. Ward autora da serie irmandade da adaga negra assim como os personagens:
Virgem Escriba
Ômega
Zadist
Nalla
Rhage
Mary



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/731477/chapter/10

Todos olhavam para Edward inacreditados da postura suicida do humano

— O que diabos é uma conthendha*? – perguntou Jasper beirando ao desespero tamanho o temor pela vida do outro que se quer sabia se podia chamar de amigo, no entanto, o humano de cabelos acobreados nada respondia, apenas encarava de forma fixa o semideus que sorria de maneira presunçosa, provavelmente prevendo a facilidade de sua vitória

— Uma conthendha* é quando dois machos lutam pelo direito de possuir uma fêmea – respondeu Jacob aos sussurros deixando Jasper ainda mais aflito

— Você ficou louco? – gritou em desespero – Você não pode lutar com ele! E desde quando você sabe falar no antigo idioma? – cobrou carrancudo e as palavras do loiro fizeram Edward virar-se rapidamente para ele aparentando culpa, tal como criança pega em uma mentira

— Eles falam o tempo inteiro no antigo idioma, me surpreende que você ainda não tenha aprendido – rebateu de imediato voltando a postura seria de outrora

— Você deveria escutar os seus amigos humano – começou Thorment sorrindo debochado, Edward por sua vez apenas desembaiou a espada já colocando-se em postura de combate – Você aceita esse duelo minha princesa? – perguntou diretamente para Isabella que encarava Edward de maneira preocupada, a vampira olhou o semideus e engoliu em seco, obrigando o cérebro a pensar rapidamente.

— Eu aceito!

— O que? – gritou Jasper – Você só pode estar brincando!

— Se você vencer eu me caso com você e os Nymphs se aliam aos vampiros, se ele vencer, estou livre para seguir com meus companheiros e os Nymphs juram sua lealdade aos vampiros

— Juram lealdade a mim – corrigiu Edward e Isabella voltou-se imediatamente a ele de olhos arregalados

— Só nos seus sonhos! – esbravejou a vampira - Eu nunca concordarei com isso!

— Você não está em condições de discordar de nada, além do mais, é a minha vida que estará em perigo aqui, nada mais justo que seja eu a receber um juramento de lealdade

— Você fala como se tivesse alguma chance de me derrotar – zombou Thorment

— Você pode se surpreender – devolveu em tom desafiador

— Pois bem! Eu aceito o acordo – falou já aproximando-se do humano – Mas não posso prometer nada por meus irmãos, se por um milagre você sair vencedor dessa disputa, eu e somente eu, jurarei lealdade a você e ao povo a quem estiver servindo, se meus irmãos quizerem me seguir será de escolha deles, e não por que estão pagando por meus erros

— Esta bom para mim desta forma – Isabella soltou um ruido de insatisfação com a garganta mas foi prontamente ignorada por ambos, logo alguem atirou uma espada pelos ares para o Nymph que a pegou no ar sem se quer olhar na direção em que o objeto viera, o tempo inteiro os olhos fixos no humano e antes que qualquer outra palavra fosse dira o semideus já atacava o humano rápido e feroz

Edward defendia-se de cada golpe desferido pela espada do outro não importava o quão forte fosse atacado, o sorriso do Nymph sumia gradativamente do rosto ate que se transformara em uma carranca

De onde estava Isabella observava tudo de olhos atentos e postura rígida. Queria socar a si mesma por sentir-se aflita pela segurança do humano. Sabia que Edward era bom e totalmente capaz de vencer aquela luta, ou jamais teria concordado com ela, mas ainda assim, temia que o humano se machucasse

Podia perceber Thorment cada vez mais insatisfeito e violento pelo bom desempenho do outro em defender-se de seus golpes, até que por um momento de vantagem Edward reverteu as posições e passou a ser quem destilava golpes naquela luta, fazendo com que o semideus assumisse a postura defenciva

A vampira podia escutar os rosnados emitidos pelo Nymph, que defendeu-se de um golpe e logo em seguida atacou o adversário com um golpe certeiro na cabeça que foi prontamente parado pela rápida espada de Edward

O humano aproveitou da distração do outro pela raiva de não ter conseguido aplicar o golpe que queria e chutou-lhe a genitália, apenas para garantir que se perdesse aquela luta o outro não conseguiria penetrar fêmea alguma, principalmente a princesa dos vampiros

O nymph cambaleou para trás e deixou a espada cair ao chão tamanha a dor que sentia, Edward socou o outro que caiu ao chão com o impacto e o humano sorriu ao constatar que semideuses também sangravam, quando viu o liquido vermelho descer pelo nariz do Nymph

— Você joga sujo! – acusou enquanto o outro se aproximava devagar pronto para por um fim aquela luta e declarar-se campeão – Eu também sei trapacear – assim que proferiu as palavras uma bola de energia prateada cresceu na mão do macho e ele a lançou no humano que voou pelos ares caindo de cara ao chão

Edward tremeu sentindo todos os músculos se repuxarem em dor, com dificuldade levantou-se do chão identificando que agora era o seu próprio nariz que sangrava, tentou alcançar a espada caida próximo a ele mas uma nova rajada de energia o impedira, desta vez, fora jogado contra uma árvore para logo depois cair novamente ao chão

Isabella retirou o bracelete do pulso e o jogou ao chão pronta para exibir a marca de emparelhamento e por um fim naquele massacre, mas antes que pudesse dar o primeiro passo o Nymph responsável por ela a segurou no lugar

Edward se ajoelhou com dificuldade olhando Thorment criar uma nova bola de energia entre as mãos, dessa vez ainda maior. Travando o maxilar para controlar o grito de dor que ameaçava escapar por entre seus labios, esticou a mão na direção onde a própria espada estava caída ao chão

— Tessaiga – como que em resposta ao chamado do dono a espada se levantou e voou direto para a mão estendida do humano, no momento em que Edward segurou a espada ela se transformou, duplicando o tamanho e dando uma leve encurvada na ponta, a espessura da lamina tinha cerca de trinta centímetros e brilhava tanto quanto a pele dos deuses. Thorment olhava embasbacado o humano levantar-se do chão segurando a espada perdida de seu povo

— Essa espada pertence aos Nymph! – gritou enraivecido

— Engraçado que não vejo nenhum de vocês a segurando – respondeu em deboche

— Eu vou matar você!

— Você fala demais! – Thorment lançou a bola de energia que prepara contra Edward mas este a cortou ao meio, em seguida segurando com ambas as mãos a espada girou-a no ar e cortou o vento de alto a baixo na direção do nymph, uma forte luz saiu da espada correndo veloz na direção do semideus que voou para longe com o impacto caindo de costas ao chão totalmente desorientado

Edward correu na direção do outro antes que este conseguisse levantar-se, prendendo a ponta encurvada da enorme espada na garganta dele

— Me mate logo de uma vez! – ordenou o nymph

— Eu não seria louco! Você me deve um juramento de lealdade – Thorment não o respondeu, apenas retorceu os lábios contrariado, segurou a lamina do humano pressionando até que lhe cortasse a pele e então soltou olhando o liquido vermelho escorrer por entre seus dedos. Edward imitou o ato e então estendeu a mão ainda sangrando para o outro que a segurou também com a mão ferida – Eu juro, pelo sangue que corre em minhas veias, que enquanto eu respirar minha lealdade, apoio e força pertencem aquele com quem agora misturo meu sangue

O humano sorriu soltando a mão do outro virando-se para o grupo de recrutas que o olhavam embasbacados, em seguida virou-se para a vampira que o olhava em um misto de alivio e revolta. Revolta essa que cresceu dentro dele no exato momento em que a fêmea correra para os braços de Emmett que a segurou forte contra o peito. Edward retorceu a face diante a sena e virou-se para o Nymph que era ajudado por seus irmãos a levantar

— Devo parabeniza-lo humano, acaba de ganhar um semideus como doggen* – murmurou Thormet

— Não quero um doggen* , tão pouco preciso de um. – respondeu embaiando a espada que voltara a forma original – Você deve ficar aqui com seus irmãos, eu te chamo se um dia precisar de você – dito isso virou as costas e saiu andando

Quando chegou ao grupo todos o encararam mudos e o humano nada disse, foi em direção aos cavalos já montando no seu, todos imitaram o ato do humano e cavalgaram para longe das terras Nymph em silêncio

...

— Okay – começou Jacob colocando fim ao silêncio constrangedor que se instalara entre o grupo – Se ninguém vai falar, eu falo! Que merda foi aquela Edward? E essa espada? Como fez a espada se transformar daquela forma? – o humano continuou cavalgando virado para frente como se o lycan nada tivesse dito

— Tessaiga – começou Jasper olhando para Edward em seguida para Jacob - A historia diz que nos primeiros anos, após ser privado do convívio com os humanos, Thot não obedeceu a ordem do pai de todos e continuou visitando suas criaturas as escondidas, até que acabou apaixonando-se por uma humana com quem teve um filho. O deus dos humanos violou duas regras, a primeira de não se aproximar de uma criatura criada por ele, a segunda de abandonar o filho. Nymphs não podem conviver com os deuses, mas Thot assumiu o filho e o criava as escondidas junto com a mulher que o gerou. Quando descobriram, os deuses ficaram furiosos e mataram a humana. Para proteger o filho, Thot enviou-o aos demais Nymphs e mandou que um ferreiro mistico forjasse uma espada poderosa o bastante a ponto de decepar cem homens com um só golpe. O menino logo crescera e aprendera a utilizar os poderes da espada despertando a inveja dos demais Nymphs que cobiçavam tanto o objeto a ponto de em uma armadilha matarem o pobre semideus para ficarem com sua espada tão poderosa, porém, não conseguiam ativar os poderes da espada, o ferreiro que a forjou, por tratar-se de uma proteção ao pequeno semideus, a fez com sabedoria e entendimento próprio para que reconhecesse seu mestre, e a resfriou no sangue da mãe morta, para que somente alguém com sangue humano pudesse empunha-la - voltou-se novamente a Edward – Não existem registros de que a espada tenha reconhecido qualquer outro como seu mestre – o humano ruivo olhou o loiro pelo canto dos olhos e soltou um sorriso presunçoso mas nada disse

— Existem sim, relatos de que muitos homens lutaram por ela, até que Thot cansado de todo o derramamento de sangue causado pelo objeto que mandara criar a reclamou de volta a si. A lenda diz que ele a escondeu nos confins da terra para que nunca ninguém a encontrasse

— Talvez os confins da terra não sejam assim tão inacessíveis não é mesmo? – zombou Edward

— A historia também diz que ele colocou um dragão como guardião da espada – todos olharam o ruivo em expectativa

— É o que diz a historia – deu de ombros e Jasper entendeu que aquele assunto estava encerrado por hora, mas ele não se daria por satisfeito, Edward iria ter que lhe contar como conseguira a Tessaiga e o que fizera para doma-la

...

Isabella submergiu do fundo das águas do rio em que se banhava no momento em que o ar se fez necessário, a noite estava quente e a água agradavelmente fria, a lua cheia refletia sobre o lago de águas claridas tornando aquela uma boa imagem para se ver

Sentiu que estava sendo observada e voltou-se para trás preocupada por estar desarmada, mas relaxou ao notar que tratava-se unicamente de Edward sentado a uma pedra a olhando intensamente

— Não tem nada melhor para fazer além de espionar fêmeas se banhando? – perguntou de maneira relaxada enquanto nadava na direção do humano

— Estou garantindo que não precisa ser salva, aliás, eu já estou ficando cansado de ter que salvar você o tempo inteiro

— Me salvar? Me atrapalhar você quer dizer não é mesmo? Me impediu de casar com um lhenihan* que me proporcionaria prazeres inimagináveis todos os dias e de quebra ganhou para você a lealdade de um nymph

— E esta preocupada com isso? – perguntou abrindo o rotineiro sorriso torto que tanto a irritava

— Eu não deveria estar? Você odeia vampiros, o que o impediria de usa-lo contra o meu povo? – perguntou saindo da agua, expondo toda a sua nudez ao outro que a avaliou de cima a baixo e engoliu em seco – O que foi? Eu te deixo sem palavras? – sorriu debochada aproximando-se ainda mais do outro, tomada pela forte luxuria da lenda que os envolvia, tão forte que fazia seu sexo pulsar em desejo – Você quer me tocar? - Perguntou levando as mãos do macho de encontro aos próprios seios perdida em meio aos olhos de outono

Edward afagou a pele macia roçando o dedão nos mamilos rígidos da fêmea que ronronou com o carinho, Isabella tomada pelo forte desejo montou-o, uma perna de cada lado da cintura do macho e então o beijou e foi prontamente correspondida

Diferente da outra vez, quando o beijo foi casto e cheio de significados, dessa vez era feroz, tomado por luxúria e na mente da vampira, lá no fundo, algo a alertava de que não podia continuar com aquilo, de que era exatamente isso que a maldita queria desde que a lenda que os envolvia fora lançada, mas a consciência estava cada vez mais distante dela

E como que para lembra-la o quanto estava entregue as próprias reações Edward desceu a mão expalmada pelo ventre plano da vampira até o local úmido entre as pernas que implorava por atenção, com leves movimentos giratórios dos dedos a torturando a ponto de implorar por mais

O humano segurou firme nas nádegas da vampira e a movimentou em seu colo friccionando o sexo da fêmea contra seu membro totalmente rijo ainda protegido pela calça de tom escuro que usava e Isabella gemeu com o contato, fechou os olhos absorvendo aquela sensação enquanto se apertava ainda mais contra o corpo do outro

Edward infiltrou dois dedos de uma única vez dentro da fêmea a estimulando e Isabella soltou um gritinho de surpresa e satisfação, o homem fazia movimentos de vai e vem enquanto a vampira gemia cada vez mais alto em seu ouvido, os braços circulando o pescoço dele enquanto que as mãos puxavam-lhe forte os cabelos

Edward abriu as próprias calças enquanto ainda beijava Isabella liberando a poderosa ereção, a vampira olhou o membro exposto do outro e se possível seu desejo aumentou ainda mais, e ela logo tentou leva-lo para dentro de si, mas foi parada por Edward que a segurou firme

— Não! – falou decidido o humano, mostrando que muito mais do que ela ele ainda permanecia dono de sí

— Mas... – começou em um murmúrio insatisfeito

— Não dessa forma – falou voltando a beija-la, pegou a mão da vampira e levou ao membro duro a apertando em volta da extensão latejante se auto estimulando com a mão da outra ate que ela compreendesse o ritmo que ele queria e então a deixou por conta própria, escutava a respiração do macho cada vez mais pesada

Voltou a mão a entrada da vampira a penetrando com os dedos ao mesmo tempo em que abocanhou um dos seios expostos da fêmea, sugando faminto o mamilo, tão forte que a vampira sentia uma leve dor na região

— Mais rápido! – sussurrou no ouvido da fêmea enquanto mordia-lhe o lóbulo da orelha e puxava os cabelos para trás com tanta força que a cabeça da vampira ficava levemente envergada. Isabella fez o que lhe foi mandando aumentando o ritmo dos estímulos no pênis ereto do outro enquanto este aumentava o ritmo em sua entrada, pressionando o polegar contra o clitóris intensificando a sensação de prazer, a ponto da vampira contorce-se em cima dele buscando por alívio – Mais! – gritou no ouvido da vampira pressionando a cabeça contra a cova do pescoço dela, a mão apertando forte as costas da fêmea de encontro a ele – Mais! – Isabella explodiu em um orgasmo no exato momento em que o humano rugiu em seu pescoço chegando ao próprio clímax, sem que planejasse suas presas se alongaram e ela as infiltrou em uma dentada na jugular do humano que soltou um segundo rugido a rodeando com os braços a apertando com força enquanto estocava contra a mão e virilia da vampira

A fêmea sugou o liquido grosso e quente, tão quente que sentiu todo o seu corpo esquentar no exato momento em que engoliu o néctar mais saboroso que já provara em toda a sua vida, e então se lembrou de quem era aquele macho a quem sugava a veia, de quem ela era e do que significava o envolvimento entre eles e então saltou para longe do macho. Olhou a coxa esquerda que assim como a mão estava cheia de liquido embranquecido

— O que pensa que está fazendo? – gritou em revolta

— Ate que você voltou rápido a razão – sorriu debochado enquanto fechava a calça – Eu apenas gostaria de lembrar que foi você quem me atacou. Eu apenas quis te mostrar que sou muito melhor do que qualquer Nymph ou vampiro que você já teve ou venha a ter – falou de maneira convencida se aproximando dela – agora seja boazinha e feche essa ferida, vai ser difícil de explicar pro seu hellren* como acabei com uma mordida no pescoço enquanto minha única missão era te avisar que Tania abrirá um portal de volta ao instituto

Isabella engoliu em seco, aproximou-se cautelosa do humano que tinha o pescoço sangrando e lambeu lentamente a ferida dando inicio ao processo de cicatrização, provar novamente o sangue de Edward não fora uma boa ideia, todas as celulas de seu corpo imploravam por mais daquele líquido, precisou de muito esforço e concentração para se afastar do humano que estava de olhos fechados absorvendo a gostosa sensação dos lábios da vampira contra sua pele. Tania estava definitivamente certa, nada se comparava a receber uma mordida de vampiro enquanto tinha um orgasmo

...

Emmett andava decidido pelos corredores do instituto, já protelera demais aquele momento, precisava agradecer ao humano por ter resgatado sua leelan* e conseguido o apoio dos Nymph, estaria eternamente em debito com aquele humano

Entrou no ginásio encontrando-o sozinho ali, socando de maneira violenta um saco de pancadas, os golpes ritmados e fortes faziam o saco balançar de um lado a outro e o vampiro se colocou junto ao outro segurando o saco para que batesse. O humano o olhou confuso mas não parou de bater, não era segredo pra ninguém que um não gostava do outro, mas Emmett precisava deixar claro que tinha uma divida eterna com o humano

— Eu não tenho palavras para dizer o quanto sou grato pelo que você fez nas terras dos Nymphs – começou de maneira humilde

— Não quero os seus agradecimentos, não foi por você que fiz aquilo e muito menos por aquela vampira! – respondeu de forma grosseira e Emmett travou o maxilar, estava ali para agradecer, não começaria uma briga

— E pelo que fez então? – tal como se não o tivesse escutado o humano nada respondeu, continuou concentrado em seu treino e Emmett o olhou de forma analítica, os cabelos revoltos umedecidos pelo suor que se acumulava na testa do humano, os braços musculosos expostos pela ausência de camisa, as mãos enroladas em faixas brancas que cobriam somente as palmas e então, em meio a um soco e outro, Emmett se viu hipnotizado pelo pulso do macho onde uma marca se encontrava, tentando decifra-la em meio aos movimentos rápidos, ate que sua mente pregando-lhe uma peça lhe mostrou um dragão cuspindo fogo e o vampiro perdeu a compostura, segurou firme o pulso do humano que o olhou confuso e então o virou para cima constatando que não era uma ilusão, realmente havia um dragão cuspindo fogo entalhado ali. Olhou o rosto do humano que o encarava de forma indecifrável como se buscasse o que dizer. O sangue do vampiro ferveu dentro do corpo

— Eu vou matar aquela vampira! – correu para fora dali

...

Isabella saiu de seu dormitório feliz por estar de volta a suas vestes habituais – calça escura e camisa sem mangas - sentia-se faminta e iria a cozinha barganhar algo pra comer. Viu ao fim do corredor Emmett subindo as escadas tão feroz quanto um touro, a fúria do macho pareceu aumentar ainda mais quando a viu e a fêmea parou no lugar encarando o amigo se aproximar agora a passos lentos, o rosto transbordando em fúria de uma forma como ela nunca tinha visto

— Emmett? Está tudo bem? – perguntou quando o macho parou a sua frente olhando-a como se estivesse pronto a fincar uma espada em seu peito

— Então... Você completou o ritual naquela noite não é mesmo? – os olhos da vampira se abriram em compreensão e ela deu um passo cauteloso atrás, enquanto o vampiro deu mais um a frente

— Emmett...

— Então você nunca vai encontrar o seu hellren* e viverá sozinha até seus últimos dias? – esbravejou fechando as mãos em punho

— Eu posso explicar...

— Você pode explicar? Explicar o que? – gritou pegando a vampira pelo pescoço e a atirando contra uma das muitas estatuas dispostas pelo corredor, as costas da vampira chocou-se tão forte contra o objeto de pedra que este quebrou-se em inúmeros pedaços caindo ao chão e a fêmea fechou os olhos absorvendo a dor aguda que lhe subiu pela espinha

— Vai me explicar como riu de mim durante todos esses anos? De como se deliciou com o meu sofrimento exatamente como faz de todos? – a pegou novamente pelo pescoço e jogou para longe tal como se a vampira não pesasse nada

Isabella caiu ao chão desnorteada, tentou se levantar mas as pernas fraquejaram, sentia-se apavorada, jamais vira Emmett tão fora de si quanto naquele momento

— Todos esses anos eu sentia o remorso por saber que por minha culpa você jamais encontraria seu hellren* enquanto ele estava vivo andando por ai, pior ainda, você o encontrou e se quer se deu ao trabalho de me contar! – a vampira impulsionava os pés para trás tentando fugir do amigo descontrolado mas ele a pegou novamente pelo pescoço e a jogou escada abixo

O corpo de Isabella rolou os degraus e antes que ela pudesse se dar conta de que a queda terminara Emmett já estava lá a levantando pelo pescoço, o vampiro bateu a cabeça da fêmea tão forte contra a parede que o local do impacto rachou

— Você se diverte as custas do sofrimento de outras pessoas, mas eu pensei que fosse diferente, pensei que significava algo para você! Mas vejo que não, eu sou uma fonte de diversões para você tanto quanto qualquer outro – esbravejava enfurecido enquanto apertava a garganta da vampira que se debatia tentando se soltar, os olhos esbugalhados devido ao sufocamento, a boca entreaberta tentando sugar o ar e Emmett gostava do que via, gostava de ver a vampira lutando pela vida em suas mãos, mas era inútil, a vida daquela vampira desprezível e manipuladora se encerraria ali, ele a iria matar

Foi tirado de seus pensamentos quando uma mão firme lhe segurou o pescoço, enquanto ainda mantinha o aperto sobre a garganta da vampira, olhou para o próximo em sua lista de assassinatos se deparando com o humano a quem Isabella era emparelhada

Emmett podia definitivamente compreender o que diziam sobre um macho vinculado diante ao temor de perder sua shellan*, o humano lhe olhava em tamanha fúria que os olhos verdes estavam completamente tomados pela cor negra e a raiva por ver Isabella fragilizada ardia tanto dentro dele que Emmett podia sentir a palma da mão do humano lhe queimando o pescoço

— Solta! – rosnou o humano

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Glossário do antigo idioma:
Hellren: Companheiro
Shellan: companheira
Doggen: Servo
Lhenihan: Fera mítica conhecida por suas proesas sexuais
Leelan: amada
Conthendha: disputa de dois machos pelo direito de ser o companheiro de uma fêmea

Oie meninas lindasssss eu quero agradecer muitíssimo todos os comentários do cap passado e dizer q vcs são maravilhosas!!! Fiquei muito feliz de verdade, vcs sabem o quanto eu gosto dessa fic e é muito importante para mim saber a opinião de vcs
Eu sei q demoro muito pra atualizar e tals, mas como sempre digo em o estranho no sótão, eu trabalho, estudo e de vez enquando tenho vida social kkkk me desculpem pela demora e por favor não me abandonem por isso RS
Quero avisar que assim que finalizar a primeira temporada teremos uma one short sobre o dia em que Edward encontrou a tessaiga, vai ser uma historia bem legal, mas que só da pra postar a partir da segunda fase, logo vcs Entenderão o pq.
Já deu pra notar q Edward não é um humano comum né? Vcs já tem alguma teoria sobre ele? Me deixem saber... Kkk
É isso meninas, feliz ano novo para vcs! Comentem preu passar o ano feliz e quem ainda não leu dêem uma olhadinha em o estranho no sótão, vou amar ter vcs por lá
Beijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Eu sou a Lenda" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.