Stelena - Epic Love escrita por Leidiani Almeida


Capítulo 18
Capitulo 18 - Salve Ele




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/PASSADO

— Já chega! — Stefan empurra Elena contra uma árvore.

— Me solta! — Elena dizia

— Para! — Stefan dizia enquanto ainda segurava.

— Chega disso! — Damon apareceu e levantou Matt do chão. — Está agindo como uma mimadinha sabia? Acha que não podemos te punir talvez não, mas certamente posso puni-lo.

— Elena... — sussurrou Matt com dificuldade.

— É sério? Acham que...

— Calada! — Damon interrompeu Elena. -— Cansei de ser bonzinho. É hora de voltar a sentir algo ou então eu darei motivo para que fique triste, mato ele bem aqui na sua frente — Damon segurava Matt pelo pescoço.

— Damon... — Stefan dizia seu nome com receio pela situação.

— Não me venha com "Damon", se ela não ama ninguém, beleza. Que prove! Se eu estiver errado que diferença que faz? Um garçom a menos.

— Elena? — Matt novamente tentava dizer seu nome.

— Está blefando! — Elena olhou fixamente nos olhos de Damon duvidando de cada palavra e apenas lançou seu olhar maquiavélico.

Damon então quebrou o pescoço de Matt, deixando seu corpo de imediato cair no chão e Elena ficou completamente chocada e teve sua primeira reação de espanto.

— E agora? Sente alguma coisa? Está brava porque matei seu amigo? Ou triste pelo cara que todos gostam ser só um saco de ossos? Lembra de quando ele era pequeno? Coração puro, sorriso bobo, uma vida inteira pela frente, ainda bem que ele estava usando isso? — Damon falava para Elena percebendo que a mesma estava espantada com seus olhos cheios de lágrimas, quando levantou a mão de Matt cujo anel que o protegia estava em seu dedo.

— A meu deus Matt. — Elena se ajoelhou sobre o corpo do amigo segurando sua mão.

— Está sentindo um alivio no peito? É alegria! Porque seu amigo não morreu. São sentimentos Elena. É ser humana! — Damon a encarava enquanto a mesma apenas chorava de alegria observando.

 

/PRESENTE

Elena estava sentada perto da janela pensativa, não acreditava que todos agora queriam fazer algo para ajudar Damon. Ela estava completamente despedaçada por saber, que ele teria feito algo contra uma pessoa que seria muito importante.

Enquanto deixava algumas lágrimas caírem de seu rosto, ouviu batidas na porta e fez com que rapidamente disfarçasse sua tristeza e colocasse um sorriso no rosto quando viria quem seria.

— Posso entrar? — Jeremy estava parado na porta encarando sua irmã.

— Claro que pode! — Elena virou para ele o deixando se aproximar.

— Está bem?

— Estou tentando ficar....

— Ei — Jeremy puxou uma cadeira que teria ali e sentou-se de frente para Elena conhecia sua irmã muito bem para saber que estaria magoada. — Quer conversar?

— Eu nem sei como falar nada agora Jer, é como se nada fizesse sentido.

— Eu sei como está se sentindo, Matt era meu melhor amigo, isso está sendo difícil de assimilar eu imagino que para você não está sendo diferente.

— Eu estava me lembrando da primeira vez que quase o perdi e foi por culpa minha, foi por culpa dessa droga de humanidade que os "vampiros" tem. — Elena pensaria no momento com raiva.

— Olha uma coisa eu tenho certeza — Jeremy segurou firme a mão de sua irmã. — Se Matt soubesse que estaria sofrendo ele ficaria muito chateado, sei que é difícil pedir isso, mas deve ficar bem por ele.

— Eu sei que tem razão já perdemos tantas pessoas, eu não sei como ainda não consigo me acostumar com isso. — ela apenas abaixou a cabeça e encostou-se ao ombro do irmão. — Eu estou mal por saber que não o verei mais.

— Eu tenho certeza que ele estará com você onde for.

— Eu quero Damon morto! — Elena falava com ênfase

— Não acha que está exagerando? Você não o ama?

— Amar? — Elena levantou sua cabeça completamente inconformada com o que ele diria. — Como posso amar alguém que machuca as pessoas que amo?

— Ele está em uma fase ruim deveria lutar para ajudá-lo!

— Está também a favor dele? — ela apenas ergueu a sobrancelha.

— Claro que não eu vim por você, pelo Matt, não por ele.

— Então apenas me apoie como meu irmão é a única coisa que preciso agora!

— Tudo bem. — Jeremy abraçou ela com carinho quando foram interrompidos por Bonnie que surgiu na porta.

— Ei gente?

— O que houve Bonn? — Elena ainda abraçada com seu irmão a encarou.

— Stefan foi atrás de Damon!

— O que disse? — Elena se levantou completamente preocupada. — Como assim? Por quê? Ele foi sozinho?

— Não conseguimos fazer nada, ele apenas disse que tinha que resolver isso entre eles.

— Ai meu deus..... — Elena encarou seu irmão e novamente encarou Bonnie não sabia o que pensar só sabia que nada poderia acontecer com Stefan ou jamais iria conseguir se perdoar.

Stefan enviou uma mensagem de texto para seu irmão, marcando um encontro em um parque de diversões na cidade. Ele queria conversar e tentar resgatá-lo de qualquer forma, mesmo que seja a ultima coisa que ele tentaria fazer. Queria muito provar que talvez Elena estivesse errada, que não poderia ter que matar Damon já que por tantas vezes viu o irmão fazer coisas pelas quais se arrependeria mais tarde. Mas desta vez tinha muito medo de ser totalmente diferente e não queria ver sua amada triste, não conseguiria viver sabendo que Elena estaria sofrendo.

— Olá irmão! — a voz sombria de Damon surgiu por trás de Stefan.

— Damon! — Stefan se virou quando percebeu que todos que estavam no parque teriam desaparecido e somente os dois estavam ali.

— Pensei que seria uma reunião em particular.

— Para onde mandou todos?

— Somente para suas casas, fique tranquilo irmão ninguém está morto.

— Damon precisamos conversar preciso que me escute.

— Está aqui porque ela te mandou?

— Não! Ela desistiu de você. Meus parabéns você conseguiu.

— Estou radiante nesse momento o que precisa tanto conversar comigo que vai contra sua alma gêmea?

— Eu quero ter meu irmão de volta. Damon eu posso ajudar você só me deixe fazer isso.

— Porque acha que sempre poderá me trazer de volta Stefan? E seu eu não quiser voltar a ser seu irmão bonzinho? Eu me cansei!

— Você não precisa disso, terá todos nós para te ajudar. Eu sei que só está agindo dessa forma porque eu e Elena estamos juntos outra vez.

— Elena sempre escolheu você, sempre foi você. Eu que apenas me ceguei me iludindo que ela poderia sentir algo por mim, que poderíamos viver algo juntos e um dia nos casarmos. Eu fui o idiota!

— Ela ainda se preocupa com você só está magoada pelo que fez ao Matt

— Já foi muito tarde aquele porre...

— Não diga isso! Matt nos ajudava e você não tinha razão para matá-lo, o que pensa que está fazendo quer ver todos nós contra você?

— Eu não me importo Stefan qual parte disso ainda não conseguiu entender? Não quero que me ajude a voltar, não quero ser o irmão bom esse é o seu papel.

— Damon! — Stefan estava quase perdendo sua paciência. — Eu quero tentar, estou aqui disposto a te ajudar podemos cair na estrada se quiser dar uma volta distrair um pouco deixar Mystic Falls de lado passarmos momentos como irmãos.

— Me poupe Stefan, eu não quero viver isso você que se iludi pensando que podemos um dia ser assim.

— Não me faça ter que te obrigar a vir comigo.

— E o que vai fazer? Lutar comigo? Stefan eu serei bem mais rápido do que você, meus reflexos são bem melhores por me alimentar se sangue humano.

— Não hoje! — uma voz surgiu de repente e um tiro foi dado sobre as costas de Damon o fazendo cair no chão de imediato por ter verbena.

— Você.... — Damon tentou arrancar a bala que já teria lhe atingindo quando perdeu seus sentidos.

— Elena? — Stefan olhou surpreso quando viu a mesma com uma pequena arma em mãos e seu irmão do lado. — O que faz aqui?

— Eu soube que vinha atrás do Damon eu não poderia deixar você sozinho com ele. Se algo te acontecesse eu jamais me perdoaria... — Elena correu para os braços de Stefan e o beijou intensamente e quando suas testas se coloram uma na outra ela lançou um olhar preocupado.

— Ei — Stefan segurou seu rosto com carinho. — Eu estou bem, nada vai acontecer com mais ninguém ok?

Alaric surgiu para ajudar Jeremy pegando o corpo de Damon caído no chão e levando para o carro. Pretendiam novamente prende-lo até que pudessem controlar e sua humanidade.

— Nunca mais faça isso ok? – Elena andava ao lado de Stefan em direção ao carro quando o encarou.

— Eu prometo que não vou!

Assim que retornaram para casa prenderam o corpo de Damon novamente no porão. Desta vez garantido que o mesmo não teria como sair de lá sozinho, já que estava sendo mantido por verbena o que o deixou cada vez mais fraco. Seria a única alternativa que encontraram para que ele pudesse ter sua humanidade de volta.

— Bom eu acho que ele está desmaiado ficará assim por um bom tempo. Teremos como pensar o que vamos fazer. — dizia Jeremy enquanto se juntava ao resto do pessoal na sala principal.

— Obrigado pelo que fez Jeremy! — Stefan agradeceu diretamente

— Eu pensei sobre tudo que disse eu não quero que Damon morra. Se há alguma alternativa para trazê-lo de volta que seja agora. — Elena falou em um tom serio

— Acho que a alternativa que Stefan nos deu mais cedo poderia servir como ajuda. — Caroline se pronunciou.

— Stef — Elena se aproximou dele – Acha que Lillian poderia nos ajudar?

— Ela jamais negaria ajudar acho que não custa tentarmos.

— Elena será que podemos conversar? – Bonnie perguntou

— Claro. Stefan cuide de tudo e por favor, fique bem ok? — Elena segurou o rosto dele preocupada demais e deu um selinho rápido antes de sair

— Vai ficar tudo bem eu prometo há você! — Stefan retribuiu seu carinho e dava o selinho rápido antes de começarem seu novo plano

As duas então se afastaram de todos indo até a varanda da casa para conversaram. Elena já imaginava o que sua amiga tinha em mente para falar, mas preferiu não ter que ficar adivinhando era a hora certa para que isso acontecessem entre elas.

— Bom aqui estou eu — disse Elena cruzando seus braços encarando Bonnie

— Eu sinto muito Elena, sinto muito por ter brigado com você daquela forma eu sinto muito por tudo eu de verdade queria que as coisas não tivessem sido dessa forma. — Bonnie falava cabisbaixa

— Eu não vou dizer que não senti raiva, mas também não vou dizer que você deixou de ser minha melhor amiga por causa disso. Bonnie Bennett você sacrificou tanto por mim, por nós. Que tipo de amiga eu seria se te virasse as costas só porque pensamos diferente?

— Não quero que me odeie Elena. Eu não tenho nada contra ao Stefan, eu somente defendi o Damon porque acreditava nele.

— Não se culpe por isso. — Elena segurou firme a mão de sua amiga. — Eu darei a chance para ele de provar que está lá em algum lugar, só não posso permitir que ele machuque mais alguém que eu amo, entendi?

— Claro que sim por um momento eu achei que tinha perdido Enzo e foi terrível ter que sentir raiva ou medo do Damon.

— Você não precisa virar as costas para ele por minha causa. Ele precisa de você, da melhor amiga dele de volta certo?

— E ele precisa da Elena que acreditava nele, também vai precisar de você!

— Depois do que aconteceu com Matt é difícil ficar do lado dele

— Eu entendo, está tudo bem faremos tudo que for preciso

— Amigas ainda? — Elena soltou um meio sorriso ainda segurando as mãos dela.

— Claro! Amigas sempre! — Bonnie a puxou para um abraço apertado encerrando aquela conversa.

Stefan se isolou em seu quarto por alguns minutos para puxar seu celular e fazer uma ligação para Lillian. Ele queria manter as chances de salvar seu irmão, mesmo que fossem bem nulas, mas tinha que cumprir sua promessa a Elena de que tudo ficaria bem e ele teria que fazer isso.

— Alô

— Alô, mãe? — Stefan falava com sua voz um pouco tremula

— Meu doce menino, como você está? Pensei que tinha se esquecido de mim

— Eu não estou nada bem, preciso da sua ajuda!

— Problemas com seu irmão?

— Sim. Damon desligou a humanidade e acabou ferindo alguém muito importante para Elena e meus amigos. Preciso muito que o ajude a voltar mãe, você é minha única esperança.

— Como eu poderia te negar um pedido seu querido? Eu estarei a caminho.

— Obrigado, até logo

— Não agradeça, até logo meu anjo.

Stefan encerrou aquela chamada e sentiu por alguns segundos um alivio em seu coração, de uma forma ou outro ele sabia que sua mãe jamais negaria qualquer pedido que fosse mesmo se ambos ficassem muito tempo se falar. O grande problema dela sempre teria sido com Damon, cujo relacionamento conturbado fazia com que seu irmão tivesse sempre uma atitude rebelde no futuro.

— Está tudo bem? — Elena surgiu no quarto

— Está. Lillian está caminho, ela é nossa única chance de redenção dele.

— Você está fazendo muito mais do que pode meu amor, fique calmo eu confio muito em você — ela se aproximou e puxou Stefan para um abraço.

— Eu não quero ter que te ver sofrendo é como receber uma estaca em meu peito, toda vez que tenho que vê-la chorando. — Stefan sussurrava enquanto ainda estavam abraçados

— Depois que isso acabar eu juro há você que somente terei motivos para ficarmos felizes, certo? Lembra do nosso futuro? — ela colou novamente suas testas deixando seus olhares fixos um no outro

— Eu tenho medo de não poder te dar o futuro que merece

— Ei Stefan — ela puxou seu rosto segurando seu queixo. — Você é meu futuro, e eu te amo mais que tudo!

— Eu te amo demais Elena!

Lillian finalmente havia chegado em Mystic Falls, indo diretamente para casa de seus filhos. Quando chegou obviamente que foi recebida com olhares tortos por alguns, mas muito bem recebida por Stefan que tinha nela a esperança de que conseguiria trazer seu irmão de volta.

Eles a levaram até o local pelo qual Damon estava preso, era notável o quanto a fisionomia dele estava péssima já a verbena o deixava fraco a cada dia.

— O que faz aqui? — Damon se inclinou escorado na parede para enxerga la .

— Eu vim aqui por você querido. — Lillian se inclinou ficando agachada. — O que houve com você meu filho?

— Como tem a coragem de vir aqui depois de tudo?

— Ela queria ver você Damon! — Stefan mostrou-se estar ali tempo todo.

— Tanto faz. — ele deu de ombros. — Não há nada para falarmos e se queria me ver aqui estou, agora pode voltar para sua vidinha perfeita.

— Damon, querido — ela tocou em seu braço que estava frio. — eu estou aqui porque estou preocupada com você, quero que fique bem, quero que volte a ser como antes.

— Você não se importa!

— Eu me importo sim. — ela afirmou. — Você é tudo para mim, você é meu menininho que sempre foi o cuidador da casa, agora eu preciso que nos deixe cuidar de você.

— Cuidar de mim? — Damon bufou. — A mulher que preferiu uns esquisitos ao invés da própria família. — ele a olhou diretamente. — Desculpa mamãe, mas a mim você não engana.

Lillian olhou para trás recebendo um olhar intenso de Stefan, que persistia para que aquela conversa continuasse.

— Sei que te dei muitos motivos para me odiar, sei que não fui uma boa mãe e que os abandonei.... — ela acariciou se rosto. — só que se puder me dar uma chance, eu estou bem aqui na sua frente lhe pedindo que volte meu filho para que possamos corrigir o tempo perdido.

— Mãe — ele pausou para buscar as palavras. — Eu sei que fez isso com Stefan e se saiu super bem eu admito, mas comigo não vai funcionar. Então se essa ideia idiota seja lá de quem tenha sido, só vai te fazer perder tempo porque eu não faria isso nem por você, nem por ninguém aqui.

Damon empurrou as mãos de Lilian de cima de si mesmo, encostando novamente contra a parede com um semblante terrivelmente cansado. Bonnie e Elena estavam na porta e assistiam aquela cena de fracasso.

— Você tem que tentar. — Bonnie sussurrou para amiga.

— Por que? — Elena a encarou meio confusa.

— Ora, é você Elena. — a bruxa dizia como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. — Você é muito disso tudo, foi por você que ele chegou a este estado. Talvez se falar com ele.....

— Não posso!

Lillian levantou naquele momento e caminhou na direção da porta. Ela teria feito o melhor possível e Stefan, soube reconhecer seu esforço. A guiou para fora daquele pequeno cativeiro, olhando um para o outro totalmente fracassados.

— Desculpe querido, eu falhei!

— Tudo bem. — Stefan aceitou.

— Fez o que esteve ao seu alcance. — Elena ao lado se direcionou para ela.

— Querida Elena — Lillian segurou suas mãos de repente. — Não tive momento certo para lhe pedir desculpas por qualquer coisa que eu tenha lhe feito.

— Não tenho do que desculpa lá.

— Tão gentil. — ela sorriu e olhou para Stefan com brilho no olhar. — Eu sempre soube que isso daria certo. — ela se revirou em saber que estavam juntos.

— Eu vou falar com ele. — Bonnie quis cortar aquela cena, mas foi segurada por sua amiga.

— Não! — Elena afirmou. — Eu vou!

Stefan ficou tentando buscar o que teria acontecido antes, para que as duas chegassem a está conclusão, mas assistiu sua amada indo em direção ao seu irmão que estaria em pedaços rumo a destruição por causa dela.

— Damon? — Elena se aproximou ficando da mesma forma que sua sogra.

— O que você quer agora? — ele resmungou. — Veio jogar na minha cara que estou exatamente como deveria? Ou dizer que me odeia porque matei seu amiguinho?

— Não. Eu vim dizer que eu quero você de volta. — ela pausou quando entendeu o duplo sentido da frase e corrigiu. — Eu quero aquele Damon pelo qual eu sei que está aí.

— Não existe mais!

— Por favor, volte por nós!

— Eu não quero Elena. — ela apoiou seu braço sobre joelho. — Eu não quero ter que voltar por você, nem pelo Stefan, por nenhum de vocês nunca mais.

— E porque não?

— Porque estão bem sim mim. — ele olhou para seu irmão. — Olha só para vocês, estão incríveis sem o Damon que faz toda sujeira para vocês limparem depois. — ele se inclinou para sussurrar. — Sei que desejou minha morte!

Elena secou a garganta ao momento que ele sussurrou. Ela voltou um passo para trás, buscando dentro de si tudo que podia para ajudar naquele momento.

— Você é egoísta. — ela afirmou. — Porque eu estive lá por você todas as vezes que fracassou e entreguei meu amor há você e fomos felizes, porque eu sabia que você era um homem melhor. — ela recolocou. — Eu sempre soube. Agora só estou te pedindo que faça isso por mim, que só deixe isso para trás e seja aquele Damon pelo qual eu tive a minha última dança.

— Você já a recompensou com Stefan.

— Damon! — ela chamou sua atenção. — Não pode fingir por tanto tempo e apagar tudo que vivemos. Você me ensinou tantas coisas, me ensinou a aguentar toda essa droga que é vampirismo.

— Não vou Elena. — ele voltou a se encostar na parede. — Não hoje, não por você! Faça favor para nós dois e volte para Stefan.

De alguma forma maluca ela sentiu aquelas palavras doerem em seu peito, foi o primeiro sentimento real que teve em relação para com ele. De alguma forma no fundo de si ela só queria ter o Damon por ali, saber que ele estaria por perto e sentir o ódio dele lhe doeu de verdade.

Aquele plano foi totalmente por água a baixo e mesmo que estivessem esperançosos com a ajuda de Lilian, se assistiram novamente reunidos na sala tentando buscar uma alternativa.

— O que faremos? — Caroline sentada no sofá assim como todos totalmente desanimada.

A batida na porta chamou atenção de todos e Bonnie afirmou que agora, ela havia chamado o reforço que seria suficiente para ajudar naquele momento.

Alice cruzou a sala principal e recebeu o olhar de todos que estavam ali. Bonnie a abraçou completamente contente por sua presença, até mesmo Caroline parecia alegre por rever a ruiva.

— Oi Pessoal.

— Então ela veio. — Elena acabou sendo um pouco rude.

— Eu chamei. — Bonnie lançou um olhar um pouco matador para amiga. — Ele está lá.

— Eu vou tentar. — a ruiva foi se afastando da sala e indo direção ao porão.

Enquanto o clima na sala era de pura tensão, descendo para porão Alice encontrou Damon caído no chão e quando foi abrindo a porta, ele tentou levantar com um pouco de dificuldade não enxergando quem exatamente estava ali.

— Quem é agora? — ele resmungou. — Já não se cansaram de visitas por hoje.

— Eu nem cheguei direito e já devo ser expulsa?

— Ruiva! — ele afirmou um pouco surpreso encostando na parede para poder enxerga lá. — O que faz aqui?

— Vim ver como você está. — ela foi logo sentando no chão não se intimidando com a situação.

— Não te contaram? Agora eu sou um procurado por assassinato e odiado pela patrulha salvadora.

— Eu soube. — ela observava o lugar. — Agora quero realmente saber como você está se pensa em sair dessa.

— Olha ruivinha sem querer ser grosseiro, mas eu acho que você estar aqui é perca de tempo. — ele bufou. — Vá para lá! Viva sua vida e aproveite bastante por mim ok?

— E por caso você está morrendo?

— Não.

— Isso me pareceu uma despedida. — ela empurrou ele com pé. — Uma despedida bem cruel na verdade.

— Você é uma garota bem diferente. — Damon começou sentir algo naquele momento. — Eu só não quero ter que estragar a vida de mais ninguém ruivinha.

— A minha já foi abalada muito antes de você existir senhor Salvatore. Então faça favor a nós dois, se recomponha, melhore essa casa e ajeite sua camiseta está amarrotada. — ela foi levantando limpando sua calça e caminhando até porta. — Depois eu volto para ver se estará mais apresentável.

— Tudo bem. — ele balançou a cabeça realmente rindo naquele momento.

— Quem sabe você até mereça ser alimentado um pouco. — ela já dizia fechando a porta.

— Faça isso e eu te colocaria na minha lista de prioridades. — Damon gritou

— Eu não sabia que tinha uma.

— É. — ele pausou trazendo alguma lembrança novamente o fazendo ficar de cara fechada de novo. — Eu tenho sim.

Alice subiu bastante satisfeita com aquela primeira conversa. No pé da escada Bonnie a esperava como se fosse alguém, esperando lhe contar uma fofoca avassaladora. Parecia que todos ali criaram uma expectativa em sua vinda, que até mesmo a própria ruiva ficou surpresa com tantas perguntas que recebeu.

— Então? — Bonnie lançou aquele olhar curiosos.

— Ele me recebeu bem.

Todos respiraram aliviados como se tivessem, tirando um peso enorme de seus ombros. Ela não entendia bem o quanto aquilo parecia ser tão significativo assim porque para Alice, Damon continuava sendo o mesmo cara pelo qual ela conheceu.

— Não gritou com você ou te expulsou de lá? — Caroline estava com tom de voz surpreso.

— Ele tentou me mandar embora, mas eu eu achei que não foi de uma maneira tradicional.

— Ele foi gentil? — agora era Elena que questionava a situação.

— Eu diria que Damon tem senso de humor até mesmo nós piores momentos dele.

— Você confia nele. — Elena afirmou.

— Eu acho que só acredito que ele não seja realmente a rainha má da história.

— Ele matou o Matt!

— Eu sei. — a ruiva foi ao centro da sala pegando atenção de todos. — Eu sinto muito pela perda de todos vocês. Eu não quero justificar o que ele fez de errado, só quero lembrar que todos erramos e fazemos coisas pelas quais queremos concertar depois de já feitas. — ela olhou diretamente para Elena agora. — As coisas ruins não podem apagar as coisas boas que ele fez.

— Eu entendo que o defenda. — Elena falou alto tom. — Eu já estive no seu lugar.

— Desculpa Elena — Alice soltou riso sem querer debochar das suas palavras. — Não somos iguais. Eu realmente quero ajudar e se eu puder fazer isso que ótimo. Se o Damon tiver algo bom assim como ele me fez ver que tinha, eu acho que vale a pena eu tentar resgatar isso.

O silêncio na sala ficou mútuo, era como se todos concordassem com suas palavras, só não quisessem admitir realmente acreditar nelas. A perda de Matt foi terrível e imperdoável, mas isso não tirava a chance que queriam ter de trazer Damon de volta de reconectar sua humanidade.

Alice foi saindo pela porta da frente quando Elena foi atrás, ainda tinham coisas pelas quais ela queria dizer.

— Alice?

— Oi. — a ruiva recuou quando a viu chegando.

— Desculpe se eu fui grosseira. — Elena foi sincera. — Eu quis dizer que entendo como se sente. Eu também estive em alguns momentos do lado dele, enquanto todo mundo achava suas atitudes erradas. Eu também acreditei nele em momentos que ninguém quis. — ela tocou o braço da garota. — Só quero pedir que se isso for algo muito além de você, que possa ser melhor do que eu e ajude o Damon.

— Eu entendi.

— Ele é importante para mim. — Elena sentou o pesar em seu peito. — E ele é importante para Stefan também, e sei que se algo der errado isso o deixará infeliz.

— Eu compreendo Elena.

— Não quero ser sua inimiga, porque também devo a você minha vida por estar aqui novamente. — as duas agora seguraram as mãos firme. — E se puder resgatar ele, com toda certeza eu serei grata.

— Sem dúvidas Elena. — a ruiva sorriu.

Ainda na sala sem ter como diminuir seus instintos, Stefan pode ouvir a conversa entre as duas e sorriu discretamente sabendo que aquele era o momento pelo qual torceu para acontecer. Ele sabia que no fundo a verdadeira Elena nunca desistiria de seu irmão, porque era dessa forma que ela era e ter a confirmação daquilo o deixou orgulhoso e com esperanças. 

 


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