Tormenta escrita por Katherine


Capítulo 17
Capitulo 17




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O som do coração acelerado da humana batendo, era o único presente naquele corredor do castelo. Alexander ainda olhava para a namorada, sentada em sua cama com o olhar preso em qualquer lugar que não fosse a poltrona onde o vampiro estava. Depois da terrível noite que tiveram, ambos deveriam explicações um para o outro, e mais do que nunca, desculpas também.

Não corriam o risco de que alguém estivesse próximo para ouvir a conversa. Àquele horário todos os vampiros estavam exercendo as suas devidas funções, incluindo Jane, ou até mesmo Caroline, que poderiam ser sua única salvação.

— Amor, podemos conversar? – o vampiro perguntou, esperando por uma resposta.

Os olhos castanhos o fitaram com ferocidade.

— Não quero falar com você – disse – Não enquanto estiver com raiva.

Ele engoliu seco, mesmo que desnecessariamente.

— Não pode ficar chateada. Eu sei que não deveria ter usado o meu dom em você – ela desviou o olhar, aquele era o menor dos problemas – Mas, fiquei nervoso em te encontrar fora do meu alcance. Tão exposta e conversando com um guarda qualquer. Já parou pra pensar que ele pode não ser de confiança?

— Essa é a sua desculpa pra livrar a sua barra, Alexander? – provocou – Porquê eu tenho certeza de que o Aro não deixaria ninguém que não fosse de confiança entrar em seu castelo e ter contato tão próximo com as suas preciosidades.

— Odeio quando é irônica – suspirou cansado.

O aparelho telefônico de Carly vibrou sob a mesa de canto anunciando uma ligação dos Cullen.

— É a sua família – o moreno anunciou, entregando o telefone a namorada – Vou estar na biblioteca. Volto em vinte minutos.

Ela não respondeu.

— Alô?

— Por Deus, filha! Onde eu estava com a cabeça pra aceitar essa loucura, estou morrendo de saudades. Preciso que esteja de volta em uma semana! Sua irmã está enlouquecendo também. Alice não consegue visualizar o seu futuro e seu pai não para de me encher com as possíveis formas de Aro de prender ai.

A humana nem se deu conta quando as primeiras gotas de lagrimas escorreram pelo seu rosto.

— Estou com saudades de casa – admitiu.

— Querida, tudo bem? – perguntou.

A ruiva fungou o ar.

— Sim.

— Carly!

— Eu juro, mãe. Está tudo bem mesmo.

— Onde está o Alec? – quis saber – Como está te tratando?

— Não sei, não temos nos falado muito desde ontem.

— E por quê não? – indagou – Conte-me tudo!

— Ah, mãe. Não que eu queira dar um ataque de ciúmes nem nada. Ontem Aro deu uma festa com alguns conhecidos e os membros da guarda. Jane e eu nos afastamos do Alexander por um minuto e no seguinte Heide estava com as patas sobre ele. Quer dizer, não rolou nada. Mas foi o bastante para eu me chatear. Da forma como ela o olhava, soube que já tiveram alguma coisa, sabe? Não gostei do que senti.

Isabella soltou uma risada pelo nariz.

— Filha, não acha que está descontando isso em Alec?

Carly não podia acreditar no que ouvia.

— Longe de mim defender Alec à você. Jamais! – disse – Vocês dois tiveram um passado antes do outro, não é? Tem que entender isso. Se eu fosse ficar brava com toda mulher que já teve algo com seu pai, eu estava ferrada.

— Meu pai não ficava com qualquer uma! – defendeu-o.

— Não? Um nome pra você, anjo. Tanya Denali.

A mais nova quase engasgou com a própria saliva.

— Tá brincando, né?

— Não! E isso não diminui o que eu e o seu pai vivemos. Não deixe que Heide destrua a sua viagem com Alec.

— Eu realmente estou com saudades de casa.

— Amamos você.

— Eu também, mãe. Prometo ligar assim que puder.

— Tudo bem. Tchau, amor. Ah e se resolva com o seu vampiro.

Dito isso, a ruiva desligou a ligação.

Resolveu que era hora de encarar a realidade, e talvez sua mãe estivesse certa, era melhor falar com seu namorado sobre a situação do que continuar ignorando. Depois de tomar um banho demorado e pegar uma das maçãs que havia sob a mesa, saiu do quarto disposta a encontrar Alec que ainda não havia retornado. Na saída do corredor ela encontrou com Caroline e Jane, ao que parecia as duas estavam procurando-a.

— Que bom que achamos você – a menina mais animada disse.

— Estavam me procurando? – perguntou confusa.

— Estávamos – Jane disse – Soubemos que não está tão animada, então montamos toda uma programação para que o seu dia em Volterra seja maravilhoso.

— Vocês estão estranhas – comentou.

— Somos – Caroline disse.

— Me desculpa, preciso encontrar o Alec.

— Alec? Não. Ele saiu! – Jane falou nervosamente.

Carly franziu o cenho.

— Sem me avisar?

— Aro precisava dele, sabe como é – Caroline terminou de dizer – Mas é ótimo que estejamos aqui, não é?

As vampiras carregaram a ruiva para longe do castelo e todo o restante do dia seguiu normal. A Cullen até esqueceu do que havia acontecido. Jane e Caroline se revelaram ótimas pessoas para descontração. Sem contar que ambas falavam mal de Heide toda vez que os olhos da humana se prendiam em algum lugar, mostrando que ainda estava pensativa.

No final do dia,  voltaram para o castelo e Caroline disse que iria procurar Felix enquanto as outras duas seguiram para o quarto.

— Espera – Jane parou a menina quando sua mão tocou a maçaneta.

— O quê foi?

— Nada.

— Não vai entrar? – perguntou.

— Não. Divirta-se!

— O quê?

A bruxinha não disse mais nada. Deixou o corredor em menos de um segundo.

Por fim, ela abriu a porta do quarto, encontrando centenas de velas espalhadas por ali. Algumas rosas espalhadas pelo chão e outras pela cama. A mesa perfeitamente arrumada no canto do quarto, e Alec em pouca distancia, vestindo uma camisa social azul e uma calça jeans. Ela amava ve-lo daquela forma. E de todas as outras.

Não conseguiu prender o sorriso ao entrar no cômodo.

— Aro precisava de você? – ironizou.

— Não, era algo mais importante – aproximou-se estendendo a mão para ela – Não quero continuar assim.

— Nem eu – uniu as mãos – Me desculpa.

— Eu tenho que pedir desculpas, anjo.

— Não, Alec – ela disse – Odiei ver você com a Heide.

Ele riu.

— Isso não importa – segurou a cintura dela entre suas mãos – Porquê eu amo você.

Carly não perdeu mais tempo, ainda extasiada com as palavras. Colou seus lábios no dele, iniciando um beijo profundo. Alec tentou se afastar, contra a vontade da Cantante.

— Anjo, você tem que comer – disse entre o beijo.

— Não foge – pediu puxando ainda mais – Não hoje.

— Não posso – falou, colocando um pouco mais de força nas mãos que seguravam a cintura dela – Você sabe o que vai acontecer depois disso.

— Depois.

Ela entrelaçou as pernas na cintura dele, aprofundando ainda mais o beijo.


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