O poder da saudade escrita por ChattBug


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aqui está o terceiro capítulo. Espero que gostem e boa leitura!



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Marinette não conseguiu dizer nada. Olhou para Alya e Nino, que conseguiram se despedir de Adrien, e correu para casa. A morena começou a correr atrás da amiga, mas foi impedida por Nino, que colocou a mão sobre o ombro de Alya.

— É melhor deixá-la ir. Ela precisa de tempo. — a menina assentiu.

Assim que chegou em casa, Marinette subiu as escadas, foi para o quarto e se jogou na cama, deixando as lágrimas rolarem pelo rosto. A kwami não disse nada, a azulada precisava de um tempo sozinha para absorver tudo o que tinha acontecido naquele dia. Assim que a menina se acalmou, Tikki deu-lhe um copo de água.

— Mari, eu sei que você não está com cabeça para isso, mas precisamos conversar.

— Se é sobre o Chat, eu…

— Chat?

— Ele foi embora também. E o pior é que eu nem me despedi dele.

— Marinette, isso é muito sério! Você precisa falar com o mestre Fu. — depois de derrotar Volpina, quando a azulada devolveu o livro para o grande guardião, os dois se tornaram amigos.

— O quê? Isso não é tão sério assim para contar ao mestre.

— É claro que é! Marinette, você sabe muito bem que os akumas de Hawk Moth vem ficando cada vez mais fortes e que, mesmo com muito esforço, você não consegue derrotá-los sozinha.

— Ah, Tikki! Sinceramente, você acha que o Chat estava falando sério? No mínimo, ele disse aquilo só para ganhar atenção.

— Mari, eu sei que o Chat faz piadas e gracinhas na hora errada, mas ele nunca iria brincar com uma coisa dessas.

— É, você tem razão. Depois eu falo com o mestre.

— Depois? Marinette, você sabe que um akuma pode surgir a qualquer momento não sabe? E se for tarde demais?

— Está bem, Tikki. Amanhã bem cedo, antes da escola, eu falo com ele tá? — a kwami assentiu. — Boa noite!

— Boa noite!

Adrien estava no avião, ao lado de Nathalie, e observava a cidade do alto. Ele já tinha feito isso como Chat Noir, quando saía para esfriar a cabeça depois de uma briga com o pai, mas dessa vez era diferente. As luzes da cidade sempre o deixavam calmo, porém, agora, lhe traziam um certo desespero. Quando ele via as luzes do topo da torre Eiffel, ou até mesmo de um prédio qualquer, trajado de Chat Noir, ele sentia que ali era seu lugar e que nunca abandonaria sua cidade, sua Paris. Mas agora, em um avião, sentado ao lado da secretária de seu pai, já adormecida, ele sentia que nunca mais voltaria. Com esse sentimento, o loiro fechou os olhos lentamente e adormeceu, sabendo que acordaria em outro país.

Marinette acordou cedo, tomou seu café da manhã calmamente, ouvindo elogios de seus pais por, finalmente, não ter que sair correndo de casa, e andou até a casa de Mestre Fu. Assim que tocou a campainha, o homem apareceu e a convidou para entrar.

— Olá, Marinette, está tudo bem?

— Bom, mais ou menos. — disse a kwami.

— Tikki! — pediu para que ficasse em silêncio.

— O que houve? — a azulada suspirou.

— É sobre o Chat Noir.

Adrien desceu do avião com Nathalie e foi para a casa da tia. O loiro não a conhecia muito bem, na verdade só a viu uma vez, na ceia de Natal de sua família há muitos anos, quando sua mãe ainda estava com ele. O menino sentia falta dessa época, quando ele e seu pai não brigavam toda vez que conversavam e quando sua mãe lhe contava histórias antes de dormir. Infelizmente, depois do desaparecimento da esposa, Gabriel se fechou e usou seu trabalho como distração, para poder esquecer tudo o que aconteceu.

A casa de Margot não era muito distante do aeroporto. Adrien e Nathalie desceram do carro e cumprimentaram a mulher, que, embora tivesse morando há muitos anos em Pequim, ainda tinha o sotaque de Paris. Os dois entraram e Margot ofereceu um café.

— Como foi a viagem de vocês? — perguntou a tia de Adrien que, assim como o irmão, tinha os cabelos loiros.

— Foi muito bem. — respondeu Nathalie, que já tinha terminado seu café. — Bom, eu vou visitar uns parentes meus que moram aqui perto, obrigada pelo café e a hospitalidade. — disse, levantando-se do sofá.

— De nada.

Assim que Nathalie saiu, Margot ajudou Adrien a levar suas malas para o quarto.

— Bom, não é tão grande quanto seu quarto em Paris que, vamos combinar, é maior do que esta casa inteira. — disse a mulher, arrancando risadas do sobrinho. — Mas…

— É bem aconchegante. — completou a fala de Margot — Obrigado, tia.

— De nada. Bom, eu vou deixar você conhecer seu quarto. — disse a loira, saindo do local.

— Adrien, eu preciso de camembert! Estou morrendo de fome! — falou Plagg, fazendo drama.

O loiro deu um pedaço de queijo ao kwami e, logo em seguida, começou a arrumar suas roupas no armário. Assim que terminou, pegou o celular e mandou uma mensagem aos amigos, dizendo que já estava na casa da tia. Logo depois, foi para a sala, conversar com Margot.

— Adrien, você já ligou para o seu pai avisando que está bem?

— Não e… me desculpe, mas eu… não quero ligar.

— Tudo bem, eu falo com ele. — a mulher pegou o telefone fixo e ligou para Gabriel, mas este não atendeu.

— Ele deve estar trabalhando, é só isso o que ele faz. — sem perceber, Adrien desabafou sobre a ausência do pai.

— Ah, meu amor… — Margot abraçou o sobrinho, ele parecia tão triste. — Olha, eu sei que é difícil, mas você tem que entender o meu irmão. Esse foi o jeito que ele encontrou de esquecer. — Adrien não disse nada, apenas abraçava a tia. Aquele abraço o fez lembrar de sua mãe, ele sentia tanta falta dela — Não fique com raiva dele. Ele te mandou pra cá porque se preocupa com você.

— Me desculpe, tia. Mas isso eu não consigo entender. — disse o loiro, desfazendo o abraço. Quando a mulher iria respondê-lo, o telefone tocou. Era Gabriel Agreste. Margot atendeu e, em poucas palavras, disse que estava tudo bem com Adrien. O homem pediu para falar com o filho, mas, quando a mulher viu que o menino não queria conversar com o pai, disse que Adrien estava dormindo, pois estava cansado da viagem. Gabriel agradeceu e se despediu.

— Você sabe que uma hora vai ter que falar com ele não sabe?

— Eu sei, mas… — suspirou — não estou com cabeça para discutir com o meu pai.

— Quando a relação de vocês chegou a esse ponto? De discutir toda vez que conversam?

— Depois que a minha mãe desapareceu, o pai que eu conhecia sumiu também. Ele se tornou uma pessoa completamente diferente.

— Eu sinto muito. — disse Margot, abraçando o sobrinho novamente.

— Tudo bem. — separaram-se do abraço — Eu vou dormir um pouco, estou muito cansado.

— Está bem.

— Ah, tia. — a chamou.

— Sim?

— Obrigado por falar com o meu pai e por mentir. — disse o loiro.

— De nada. — a mulher sorriu e Adrien foi para o quarto.

Mestre Fu encarou Marinette, confuso.

— O que houve com Chat Noir? — perguntou o homem.

— Ele… me disse que ia embora e que… não sabe quando ou se vai voltar.

— Quando ele disse isso?

— Ontem.

— Você fez bem em me avisar. Poderia ser tarde demais.

— Eu não te disse? — falou Tikki.

— Então, mestre, o que eu faço?

— Não se preocupe, Marinette, eu vou resolver isso. É melhor você ir para escola, não vai querer chegar atrasada de novo não é? — a menina sorriu.

— Tudo bem. Obrigada, mestre. — disse, o abraçando.

— De nada. — a azulada saiu e foi para o colégio.

Mestre Fu andou em direção à caixa.

— Você tem certeza disso, mestre? — perguntou o kwami.

— É preciso, Wayzz. — respondeu o homem.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? O próximo capítulo será postado domingo. Obrigada por ler!



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