Goddess's Orchestra: AMATERASU escrita por Kai


Capítulo 4
Harmony of Dissonance.




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Depois de tanta destruição e perdas, a Deusa decidiu comemorar mais uma vitória. Para as pessoas que haviam perdido seus entes queridos, essa seria uma festa para comemorar suas vidas e tudo que eles haviam feito pelo bem do Reino.

  Amaterasu mandou abrir as portas do castelo e preparou um salão para ser o lugar da festa. Todos deveriam ir mascarados e com as melhores roupas que tinham. O salão era grande, muito bem iluminado por lustres. 

  Ao anoitecer, todos adentraram o salão. Lá havia uma grande mesa, com todos os tipos de comidas. Uma banda de bardos animava a festa, enquanto todos dançavam e bebiam hidromel. Todos estavam felizes, até a Deusa estava dançando no meio da multidão. 

  Amaterasu subiu no palco, junto aos bardos, e pediu um minuto de silêncio, pois havia algo a falar.

  - Confesso que esse foi o pior dos ataques. Confesso também que temi, mas eu jamais recuaria sabendo que o meu reino, o meu povo, estava em perigo. Sim! Eu fiz algo que estava proibido e sim, por causa disso, muitos dos nossos morreram! - Uma salva de palmas tomou o lugar, calando a rainha por um momento e então continuou o discurso. - Tenho que agradecer a todos do meu exército, por terem lutado ao meu lado, sem recuar. Com isso, os nossos inimigos aprenderam que na próxima vez que vierem atacar Cielosa, vamos fazer o sangue do inimigo virar o choro de nossas espadas!

  Todos gritaram, festejaram e aplaudiram a rainha deusa, que cada vez mais conquistava seu povo. Por mais vilã que ela fosse, uma coisa era bem evidente: Ela era apaixonada por seu povo. 

  - Ah! E tenho que agradecer à mais uma pessoa. - Amaterasu gritou. - Durante esses dias que ficamos arrumando a bagunça que nossos inimigos fizeram na nossa casa, uma pessoa me ajudou muito e foi meu porto-seguro! Eliza, a minha amada e doce boba da corte!

  Eliza era a nova boba da corte de Amaterasu. Não estava nesse cargo há muito tempo, mas já tinha ganhado o amor da Deusa. Era uma doce mulher, sempre distribuía flores pelo reino. Estava sempre vestida com seu traje monocromo de bobo da corte e sempre com uma máscara, afinal, ela também tinha uma vida fora da corte. Apesar do traje parecer assustador para alguns, ela justificava dizendo que se vestia daquele jeito para amedrontar a tristeza. 

  Eliza entrou na festa de forma circense, pulando na mesa e fazendo malabarismo. Depois fingiu que tinha caído da mesa, só pra arrancar a gargalhada dos ali presentes e quando a música voltou, dançou com todos, brincou de pique com as crianças. Realmente fez tudo que um bobo deve fazer.

  O sorriso no rosto de Amaterasu era visível. Seus olhos brilhavam de tanta felicidade de ver todos ali brincando e sendo feliz, mas o sorriso logo foi interrompido, já que, do nada, todas as luzes se apagaram. A música foi interrompida e o murmurinho dos curiosos se espalhava.

  A rainha ordenou que os guardas fizessem buscas pelo castelo e que todos ali presentes se acalmassem, porque tudo estava sob controle, mas nem as palavras da rainha acalmou o público que cada vez mais ficava apreensiva. Até que a luz voltou e, do alto do lustre, pularam figuras mascaradas e vestidas com túnicas roxas. 

  Eles desceram matando, de todas as formas possíveis, todos que ali estavam. Então, no meio de todo o caos, Eliza pegou Amaterasu no colo e correu, carregando-a para um local seguro. A sala do trono. Chegando lá, colocou a rainha no chão e a abraçou com toda as forças que tinha.

  Amaterasu estava arrasada, não esperava por outro ataque assim tão rápido e não pôde nem defender aqueles que ali estavam. Seus olhos se encheram de lágrimas, que por fim escorreu. De repente, sentiu uma dor estranha, como uma pontada na barriga. Quando olhou para o local da dor, seu longo vestido branco estava vermelho e nos seus últimos segundos de vida, olhou para a máscara sorridente de Eliza, que segurando uma adaga dourada que estava pingando aquele que um dia fora o sangue de uma deusa autoproclamada.

  - Eliza... - Sussurrou a rainha, no seu último segundo de vida. 

  - ...Beth! - Completou a assassina contratada para matar a rainha.

                                                 [...]

  Depois do ataque inesperado, os assassinos completaram o ritual que Amaterasu fazia depois de uma guerra. Queimaram tudo e todos. Cielosa, que antes era um reino, agora era "O grande inferno da Deusa Amaterasu".  

                                                 [...]

  De longe, os assassinos observavam o reino queimar. Estavam ricos, mais ricos que muitos reinos, mas estavam sem onde morar, já que Cielosa também era seu lar.

  Eliza retirou a máscara, revelando seu pálido rosto masculino. Durante todos esses tempos, "Elizabeth" não era uma mulher, mas sim só mais um dos milhões de disfarce de Sorrow, um feiticeiro assassino que usa suas magias para matar.

  Os outros assassinos também retiraram suas máscaras, relevando seus faces de madeira. Não eram homem, nem mulher. Eram marionetes controladas pela magia poderosa de Sorrow.


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Notas finais do capítulo

Visual de Eliza que tentei (e falhei) descrever: https://goo.gl/Omf3pF
Fim. Obrigado por ter lido!



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