Doía, meu rosto ardia pra caramba. Acordei com um lenço molhado em minha testa. Olho ao redor e percebo estar na casa de Carter, tremo de medo por esperar algo mais do Sr. Axel. Para minha surpresa a primeira pessoa que vejo é Alice. 

— Mamãe, ele acordou. - grita em direção a cozinha. 

— Já estou indo amor. - Srta. Anabelle Axel responde. - Que bom que acordou Adan. - ela fica envergonhada ao me ver. Acho que deve ter ficado assim pelo que aconteceu com seu ex marido. 

— Onde está Carter. - é apenas o que me preocupava naquele momento. 

— Sinto muito por tudo Adan. Não sabia que ele seria capaz disso tudo, levar o filho contra sua vontade para longe, ou até mesmo espancar você. Infelizmente Alice e eu tentamos tira-lo de lá, contudo aquele maldito subornou o diretor do lugar. 

— E como vamos tirar ele de lá agora? - pergunto. 

— Eu não sei. - ela fica abalada. 

Levanta-me do sofá repentinamente. Minhas bochechas ainda latejavam. Cerro os punhos e olho fixamente para a foto do prefeito Kane, mais conhecido como pai do meu namorado. A única certeza que tinha era de que aquilo não iria ficar assim. 

— A onde vai Adan? - pergunta Alice. 

— Vou resgatar seu irmão! 

— Como? - questiona Anabelle. 

— Ele é meu namorado, e não vou desistir até o ver novamente. 

Elas ficam sem reação enquanto dou as costas. Minhas sobrancelhas estavam levemente cerradas.

Caminho bem depressa e paro em frente a casa de Melissa. Já era mais de meio dia, o sol estava forte e radiante. Grito por seu nome e minha melhor amiga sai na porta. Nesse momento tenho um flashback. Estávamos Carter, Mel e eu. Sorriamos, brindávamos nossa verdadeira amizade com suco de maça verde. Nossa verdadeira amizade. Criamos até um nome para nós, o "trio" era inseparável, prometemos uns aos outros nunca esquecermos de daquela amizade mágica. Mas o tempo nos pregou uma peça, e cada vez mais estávamos nos distanciando. Não me permitiria ficar sozinho de novo, por isso precisava tirar Carter daquele inferno o quanto antes.

— Adan... - Mel de algum modo já sentiu o que queria dizer com minha ida até sua casa.

— Você vai comigo?

— Não só eu. - ela sorri.

De trás dela saem todos aqueles que eram importantes para mim. Chloe, Gewn, Benjamin, Dylan... Eles estavam lá por mim, e não pude controlar as lágrimas de felicidade escorrerem sobre meu rosto machucado com soco que havia levado. Aquelas pessoas eram as melhores do mundo.

— O que estamos esperando? Vamos logo! - diz Gewn, que estava com seu carro preparado para nos levar.

— ESPEREM! - uma voz de uma garota grita de longe. Olho rapidamente. Era minha irmã...

— Violette?

— Seu que não mereço, mas quero te ajudar. No final das contas é meu irmão não é.

— Faria isso por mim?

— Vamos logo antes que mude de ideia.  

Sorrio para ela, nem parecia aquela mesma garota que havia provocado um escândalo no meio da sala de aula. Se não tivessem falado, jamais desconfiaria que ela fosse minha irmã, nossas atitudes não são nem um pouco semelhantes, enquanto ela é toda descolada e misteriosa, sou apenas um depressivo que necessita de atenção para não surtar de novo.

Não preciso nem dizer que o carro foi apertado, todas aquelas pessoas em um Uno quadrado bem velho, e que além do mais vazava gasolina. Fomos seguindo a estrada ouvindo a versão de Justin Bieber de"Despacito"...

Come on over in my direction
So thankful for that
it's such a blessin', yeah
Turn every situation into Heaven, yeah

Oh, you are...
My sunrise on the darkest day
Got me feelin' some kind of way
Make me wanna savor every moment slowly, slowly

You fit me, tailor-made love, how you put it on
Got the only key, know how to turn it on
The way you nibble on my ear
the only words I wanna hear
Baby take it slow so we can last long

Tú, tú eres el imán y yo soy el metal
Me voy acercando y voy armando el plan
Solo con pensarlo se acelera el pulso

Ya, ya me está gustando más de lo normal
Todos mis sentidos van pidiendo más
Esto hay que tomarlo sin ningún apuro

Despacito
Quiero respirar tu cuello despacito
Deja que te diga cosas al oido
Para que te acuerdes si no estás conmigo

Despacito
Quiero desnudarte a besos despacito
Firmo en las paredes de tu laberinto
Y hacer de tu cuerpo todo un manuscrito

Sube sube
Sube, sube, sube

Quiero ver bailar tu pelo
Quiero ser tu ritmo
Que le enseñes a mi boca
Tus lugares favoritos (favorito, favorito baby)

Déjame sobrepasar tus zonas de peligro
Hasta provocar tus gritos
Y que olvides tu apellido

Si te pido un beso ven dámelo
Yo sé que estás pensandolo
Llevo tiempo intentandolo
Mami esto es dando y dandolo

Sabes que tu corazón conmigo te hace bom bom
Sabes que esa beba está buscando de mi bom bom

Ven prueba de mi boca para ver como te sabe
Quiero quiero ver cuanto amor a ti te cabe
Yo no tengo prisa yo me quiero dar el viaje
Empecemos lento, después salvaje

Pasito a pasito, suave suavecito
Nos vamos pegando, poquito a poquito
Cuando tú me besas con esa destreza
Veo que eres malicia con delicadeza

Pasito a pasito, suave suavecito
Nos vamos pegando, poquito a poquito
Y es que esa belleza es un rompecabezas
Pero pa montarlo aquí tengo la pieza

Despacito
Quiero respirar tu cuello despacito
Deja que te diga cosas al oido
Para que te acuerdes si no estás conmigo

Despacito
Quiero desnudarte a besos despacito
Firmo en las paredes de tu laberinto
Y hacer de tu cuerpo todo un manuscrito

Sube, sube, sube
Sube, sube

Quiero ver bailar tu pelo
Quiero ser tu ritmo
Que le enseñes a mi boca
Tus lugares favoritos (favorito, favorito baby)

Déjame sobrepasar tus zonas de peligro
Hasta provocar tus gritos
Y que olvides tu apellido

Despacito
This is how we do it down in Puerto Rico
I just wanna hear you screaming, " ¡Ay, Bendito! "
I can move forever cuando esté contigo
¡Bailalo!

Pasito a pasito, suave suavecito
Nos vamos pegando, poquito a poquito
Que le enseñes a mi boca
Tus lugares favoritos (favorito, favorito baby)

Pasito a pasito, suave suavecito
Nos vamos pegando, poquito a poquito
Hasta provocar tus gritos
Y que olvides tu apellido

Despacito

 O caminho era longo e cansativo, ainda por cima chovia forte, e Gewn dirigia devagar. Foi quando avistamos a policia em frente que ela lembrou que esqueceu a carteira de habilitação em sua casa. Um carro lotado de jovens menores de dezoito anos, sem cinto de segurança, e com a motorista que acabara de tirar carteira de motorista, sem sua habilitação. Qual será que era a chance daquilo dar errado? MUITA!

Contudo tivemos sorte, quando o policial ia nos parar surgiu um outro carro em nosso lado esquerdo, com uma situação inúmeras vezes mais precária. Sorte de verdade foi que o pessoal de trás se enfiou em baixo do banco, caso contrário seria diferente. 

Algum tempo depois de quase sermos parados pela policia chegamos em frente ao colégio interno. Tinham dois seguranças na entrada, um portão de ferro e duas câmeras posicionadas para o centro. Parecia até que ia rolar uma sessão de julgamento de casos lá dentro. Pude sentir na hora que Carter estava lá. Agora vinha a parte mais difícil... Como iríamos entrar, resgata-lo e sair de lá de dentro? 

Gewn já havia bolado um plano no caminho. 

— Bom pessoal, a questão é o seguinte. Hoje é dia de visita aqui, para nossa sorte. Benjamin tem cara de mais velho, e além disso fiz questão de fazer uma identidade falsa para ele. Portanto Ben vai e diz ser o irmão de Carter, levando Adan junto, diz que ele é um primo ou algo do tipo. Depois disso entra Melissa. Mel você vai dizer que está disposta a fazer um show ao vivo nesse dia de visita, para dar um animo no pessoal, mas deve pedir diretamente ao diretor. 

— Mas como vou passar pelos seguranças? - interrompe Mel. 

— Ai vem a parte legal. Chloe e eu vamos distraí-los dizendo que fomos expulsas de casa e que queremos entrar nesse colégio. Isso ira gerar um confusão, pois é só para garotos... Bem deixa isso com a gente e vocês verão. 

— Tudo bem. Continue. 

— Certo. Lá dentro Ben e Adan vão atrás de Carter. Assim que achar eles te darão um sinal para começar o show e deixar todos distraídos, enquanto isso eles saem sem que ninguém veja. Chegando no portão os seguranças ainda estarão conversando conosco, é ai que Dylan e Violette entram no plano. Vocês vão esperar mais afastados daqui, quando eles derem as caras juntos a Carter, vocês começam a se aproximar e começam uma discussão de casal. Então os seguranças vão tentar afasta-los, e é ai que eles saem e entrar no carro que vou deixar estacionado em um ponto estratégico. Já com eles no carro, um por vez, todos podem ir entrando. Melissa ficará por último, e assim que acabar o show, ela também vem e vamos embora... Alguma pergunta? 

— E qual a chance disso tudo dar errado? - pergunta Dylan. 

— Todas. Agora devemos esperar uns quinze minutos, para dar o horário de visitas, então vocês dois se infiltram no meio dos pais. Aqui está sua identidade falsa amor. 

Fico realmente admirado pelo fato de Benjamin ter convertido uma lésbica. Também com um corpo daqueles, ninguém resiste mesmo. 

— Certo. - respondo junto a Ben. 

Passando-se o tempo, lá estávamos nós, em meio a tantos pais. O s seguranças nos olha desconfiados. 

— Quem são? - um deles pergunta. 

— Me chamo Bruce, e esse aqui é meu primo Jimmy. - olho para Ben confuso, não estava entendo nada, foi quando me lembro da identidade falsa. Logo concluo que nela não constava seu nome verdadeiro. - Vim aqui ver meu irmão mais novo, Carter Axel. 

— Deixe-me ver sua identidade. - pede. 

— Claro senhor. - a educação Benjamin manteve, mesmo se passando por outra pessoa. Fico até abismado dele estar fazendo algo "fora de lei". 

— Certo. Podem entrar. - o grande portão se abre para nós e para os pais dos garotos do lugar. Parecia até uma prisão. O pai de Carter era capaz daquilo tudo só por não aceitar o filho, nem mesmo merecia ser chamado de pai. 

Logo passamos do portão e entramos naquela construção velha e caindo aos pedaços. Ficamos malucos quando vimos a quantidade de jovens que estudavam lá, se é que pode se chamar aquilo de estudo. Achar Carter não seria nada fácil. Assim que entramos, Chloe e Gewn já se posicionavam para distrair os seguranças, e então Mel entrar com seus equipamentos para conversar diretamente com o diretor. Começamos a procurar, eram três andares, portanto corríamos contra o tempo. Felizmente logo no segundo andar lá estava ele. Encontrava-se isolado em um banco de ferro branco, todo sujo e com o corpo todo roxo de espancamento. Minha vontade era de correr e abraça-lo, mas tinha que me controlar ou o plano ia por água a baixo.

— Psiu. Carter. - sussurro. - ele não escuta e continua com a cabeça baixa.

— Vai logo. - indaga Benjamin.

— Aqui! - falo um pouco mais alto. Enquanto o chamava, Ben averiguava para ver se ninguém nos via. Finalmente ele ouve. 

— Adan! - ele enche seus olhos de lágrimas ao me ver. 

— Cala a boca. Vem aqui logo. - dou a ele um casaco com capuz que Gewn havia nos dado para ajudar no plano, assim seria mais difícil de alguém o reconhecer. Carter o veste.

— Não acredito que veio. Eu não estava aguentando mais. Eles me bateram, eles me humilhavam por namorar você. 

— Chega, passou, passou... Vamos sair daqui. - fico mal por ele. 

Ligo para Mel. 

— Alô, alô. Garça um na escuta? 

— Quê? Olha só, vai passar trote na sua vó garoto. - ela desliga o telefone. 

— O que houve? - pergunta Benjamin. 

— Ela desligou. Vou tentar de novo. 

Disco novamente. 

— Alô! 

— Chega garoto, vou te denunciar para a policia. 

— CALMA MELISSA SOU EU CARAMBA. 

— Adan? Era você? Que história era essa de garça? 

— Você nunca viu filmes policiais não? Deixa quieto... Como foi com o diretor? 

— Já estou preparando os equipamentos aqui no pátio. Praticamente todos do local estão reunidos aqui. Saiam por trás. 

— Certo. Até mais. - desligo e guardo o celular no bolso. 

— Carter agora é com você, nós leve até o portão. - fala Benjamin. 

Passamos por vários locais, tudo para não darmos de cara com seguranças ou funcionários. Quando de repente... 

— Ei vocês, o que estão fazendo? - era um segurança que nos pegou saindo do segundo andar. 

Benjamin vira-se e franzi as sobrancelhas. Logo vira um murro no segurança que cai no chão, sem conseguir reagir. 

— BEN! O que você fez? - fico de boca aberta. 

— O que foi? Também sei socar a cara de alguém. Vamos logo antes que mais apareçam. 

Seguimos correndo e logo conseguimos sair pela porta. Ao longe escuto a voz angelical de Melissa cantando, ou melhor, nesse caso distraindo. 

Assim que colocamos o pé do lado de fora, podemos ver Dylan e Violette na sua encenação de briga de casal. E os seguranças da entrada mordem a isca. De vagar vamos nos aproximando do portão, em seguida abaixamos a alavanca para abri-lo. Contudo esquecemos de um detalhe no plano, o portão fazia um barulho estrondoso ao abrir. Conclusão eles nos viram e vieram nos parar. 

Como um raio Gewn aparece e da um chute na cara de um deles, já com o outro, ela agarra em seu pescoço, jogando-o no chão. 

Finalmente conseguimos subir no carro. Agora só precisávamos esperar por Melissa. 

Minutos depois ela aparece correndo para fora. Após subir no carro partimos naquele Uno velha, agora ainda mais lotado. Meu namorado estava são e salvo. 

— Nossa Carter, você precisa de um banho em. - brinca Gewn. 

— Desculpe. - ele ri. 

Estava tudo dando certo, até demais, foi quando algo nos interrompe. O pneu do carro estoura e rodamos na pista. Logo aparece um monte de policiais, e junto a eles estava um homem... Kane Axel. 

— Não... Não deixem ele me levar de novo. - Carter se desespera. 

— Fica tranquilo, jamais vou deixar isso acontecer novamente. - digo com toda a certeza, quanto olho com frieza para seu pai.

Descemos do carro. Ando em direção ao prefeito, precisava falar umas verdades a ele, senão iria explodir. 

— Você... Você não vai encostar um dedo sequer nele de novo. Foda-se se é seu filho, olha só o estado dele. Deveria sentir vergonha de ser chamado de pai. 

— Escuta aqui viado, quem é você para dizer o que devo ou não fazer. ELE VAI VOLTAR PARA AQUELA PORCARIA AGORA MESMO! - grita. E em seguida... "Plaft", em tapa tão forte em meu rosto que caio no chão. 

— Adan! - Mel vem me ajudar. 

— Acho bom o resto de vocês não darem sequer um passo. Senão farei o mesmo com cada um. 

— Senhor vou ter que alerta-lo de que não pode fazer isso. - um dos policiais chama sua atenção. 

— Cale a boca vocês. Ele é meu filho e vou leva-lo mesmo contra sua vontade. 

— Seu monstro. - Melissa retruca. 

— Se vocês querem que eu seja um vilão, então tudo bem... Eu sou um vilão. - ri sarcasticamente. - Vamos Carter! É uma ordem. 

— Ele não vai a lugar nenhum! - grita uma voz de mulher vinda de longe. 

De repente, Anabelle e Alice surgem, juntas a mais policiais. 

— Meu filho não vai a lugar nenhum! 

— Anabelle, pare de showzinho na frente de todo mundo. 

— A separação não bastou não é? Ainda inferniza nossas vidas. Ele é meu filho também, e não deixarei que o leve de volta aquele inferno.

— E quem vai me impedir? Vocês? SERÁ QUE NÃO PERCEBE QUE NOSSO FILHO ESTÁ SE TORNANDO UM VIADO? NÃO ACEITO QUE FILHO MEU SE TORNE UMA PUTINHA QUE FIQUE DANDO O CÚ POR AI! 

— Olha o modo que fala com seu próprio filho. - ela arrita-se. 

— Pai... Por que não consegue me entender. Só sinto isso pelo Adan, já te disse. Ainda sinto atração por garotas...

— Se é culpa dele, então é com ele que vou resolver. 

Senhor Kane agarra meu pescoço apertando-o com força, tirando-me do chão. 

— CHEGA PAI. - Carter derrama lágrimas de dor por ver seu pai me estrangulando.

— Já chega senhor. - interrompe o comandante da policia. - O senhor está preso em nome da lei, por abuso de familiares. 

— Eu? Preso? HAHAHAHA. Sou o prefeito senhor comandante. - sorri sarcasticamente mais uma vez, me colocando no chão. Estava sufocado. 

— Acho que deveria falar que você era o prefeito. Por queixas contra o senhor, não é mais o prefeito da cidade. 

— O quê? - ele se assusta. 

— Entre na viatura. 

— Não... não... Isso é uma blasfêmia.

Ele luta para escapar, mas é levado pelos policiais preso pelas algemas. Kane Axel estava sendo preso. Era um dos dias mais felizes da minha vida.

Antes de ser levado Carter diz suas últimas palavras para ele.

— Para mim, você não é mais meu pai! - e dá as costas.

Ainda conseguimos ouvir seus gritos enquanto a viatura vai se afastando e desaparecendo na estrada.

— Mãe! - Carter abraça Anabelle e Alice.

— Sentia sua falta irmão. - diz sua irmã.

— Eu também baixinha. - mais abraços.

Ele então vira-se para mim, e lança aquele sorriso, aquele maldito sorriso, o mesmo que me conquistou aquele dia na festa em sua casa.

— Você é o melhor namorado do mundo sabia?

— Eu tento. - sorrio.

Não tenho tempo de dizer mais nada. Ele me beija como se estivesse a nos sem me ver. 

— Queria agradecer a todos vocês pessoal. - diz. 

— Não foi nada. - retruca Mel. 

— Da próxima avisa que vai sumir. - brinca Gewn. 

— Sei que não te conheço a tanto tempo, mas é um cara legal. - interrompe Benjamin. 

— Faríamos de novo se fosse preciso. - expõe Chloe. 

— Eu não faria de novo não. Muito trabalho para resgatar uma pessoa só. - brinca Dylan. 

— Vocês são os melhores. - ele anima-se.

— Agora vamos embora daqui, já está quase noite. - digo por fim.

Subo no carro de Anabelle e vou no banco de trás com Carter deitado em meu colo. Ele sorri mais uma vez, retribuo com outro. Tudo que fazia naquele momento era agradecer por ter conseguido salvar Carter, meu namorado e melhor amigo, e vê-lo mais uma vez com aquele incrível sorriso no rosto...