Spotted: Behind the Gossip escrita por naymeestwick


Capítulo 6
Capítulo 5- Our first time




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Tradução do título: Nossa primeira vez

 

"Don't it feel good babe? 'Cause it's so brand new babe. And then here we are in this big old empty room staring at each other, who's gonna make the first move?  

"Isso não te parece bom, amor? É porque isso é novo. E agora que nós estamos neste quarto grande, velho e vazio nos encarando. Quem vai dar o primeiro passo?"

Our first time, Bruno Mars

 

— Fica à vontade! — Disse apontando o caminho para que ele pudesse entrar em casa. E em meu coração.

— Obrigado. — Ele caminhou para dentro abraçando o próprio corpo para se aquecer.

— Vou buscar uma toalha e roupas secas, não saia daqui.

— Leigh, por que está tão frio aqui dentro? — Foram tantas emoções em um curto prazo de tempo que eu esqueci do problema com o aquecedor da sala.

— Desculpe. Ai, meu Deus! — Dei um tapinha de leve na cabeça — Esqueci-me completamente. Desde cedo estou tendo problemas com isso. Ai, você deve estar congelando. — Caminhei em sua direção e toquei sua mão para checar. — Vamos! — Puxei-o pelo braço corredor a dentro.

— Pra onde vamos? — Ele questionou assustado.

— Para o meu esconderijo secreto — ironizei, mas ele não pareceu tranquilizado.

— Calma, vamos ficar aqui no quarto.

— Não sei se acho isso certo. — Ele retrucou.

— Para de ser tão arcaico, Ed. Passei o dia inteiro aqui porque tem um aparelho que funciona. Não precisamos ficar lá na Sibéria. — Ele jogou a cabeça para trás e riu com vontade. Eu tive a sorte contemplar aquele sorriso que me fez tanta falta durante o final de semana.

— Eu vou buscar a toalha. Fica à vontade!

— Leighton, você está linda com esse pijama. Me dá vontade de correr para abrir os presentes do Papai Noel.

— Ah... — dei uma boa olhada para o meu próprio corpo e fechei os olhos com força, desejando que aquilo fosse um sonho. Envergonhei-me por recebê-lo naqueles trajes e por apresentá-lo a um quarto completamente bagunçado. — Que droga, esqueci desse pijama. Vou me trocar.

— Não precisa! Você está uma gracinha. — Ele riu e eu ergui uma sobrancelha em resposta.

— Você acha que isso vai ficar barato pra você? — Falei enquanto fuçava o guarda-roupas. — Achei! — Exclamei com animação quando encontrei o que procurava. — Vai ficar perfeito!

— O que é isso? — Ele apontou para o suéter que estava em minhas mãos.

— É o que você vai vestir. — Sorri com ar de vingança.

— Você não acha que...? — Ele perdeu a fala quando eu estiquei a peça. — Eu não vou vestir esse suéter verde escuro com desenho rena no meio... Prefiro ficar nu. — Ele cruzou os braços e fitou-me.

Opa!

— Quê? Nem pensar! — Gargalhamos. Confesso que imaginei a cena — Vai logo, Ed. Para de bobeira! — Ele aproximou-se para pegar o casaco. Quando ele estendeu a mão para pegar, eu desviei a roupa de sua direção, fazendo-o de bobo, para brincar com ele. Era o meu jeito de quebrar o gelo. Fiz esse joguinho por um tempo e ele parecia estar se divertindo. Passava de uma mão para a outra até que ele segurou meu pulso com força e abraçou-me.

— Agora você não tem saída. — Ele pareceu estar entrando do jogo, mas não foi isso que o meu coração entendeu. Minhas pernas fraquejaram por um momento e um silencio estarrecedor logo invadiu o lugar. Eu estava em seus braços sentindo-me estranhamente confortável e segura, mas ao mesmo tempo envergonhada de estar tão vulnerável ao seu toque.

Pigarreei para quebrar o clima e me afastei. Ele percebeu meu constrangimento e seguiu para o banheiro carregando a toalha e o suéter.

— É... é por aqui? — Ele apontou para a porta que ficava ao lado da penteadeira, ainda meio desconsertado.

— Sim, isso mesmo. — Deitei na cama sem acreditar naquilo e imaginando se ele sentia aquelas coisas no estômago quando me via. Será que ele estava acreditando mesmo que aquela história de amizade daria certo?

— Querida, o peru está no forno? — Ele gritou enquanto saia do banheiro vestindo o suéter que eu havia comprado para dar de presente para o meu pai no Natal. Ele adorava essas coisas bizarras.

— Você deve estar sonhando, querido. Não faço o tipo que passa o dia cozinhando o peru. — Gargalhamos — Deixa que eu cuido disso — Falei enquanto pegava suas roupas molhadas de suas mãos. Em seguida, coloquei-as na secadora. Voltei para o quarto e o encontrei olhando minhas fotos do verão de 2006 em um mural que eu havia feito.

Sorri ao observar seu olhar de diversão enquanto olhava cada foto.

— Ainda bem que a calça não molhou tanto, senão eu precisaria te expulsar por atentado ao pudor. — Ele riu sem tirar os olhos de uma foto em particular. Ele tocou na foto para observá-la melhor e algumas fotos caíram, entre elas estava uma que deveria estar destruída se não estivesse grudada na foto que Ed tanto olhava.

— Quem é esse, Leigh? — Meus olhos se arregalaram e eu paralisei.

— Ninguém! — Corri e arranquei a foto da mão dele. — Ninguém que valha à pena mencionar. — Eu estava na foto com o cara que mais me fez sofrer na vida. Eu não me recordava dela, por isso acabei não jogando fora.

— Seu namorado? — Ele sorriu divertindo-se com a situação.

— Não use essas palavras ao se referir a esse cara! — Falei séria e com um ar de irritação na voz. Em seguida, rasguei a imagem e joguei na lixeira.

— Desculpe, eu não queria...

— Esquece! — cerrei os lábios — Não vale à pena gastar o seu tempo com esse traste. De qualquer forma, não vamos deixar ele estragar nosso dia. — Sorri e apertei seu ombro de leve. Ele sorriu de volta com um ar de alívio. — Vem, Ed. Senta aqui, deixa eu secar seu cabelo enquanto você me conta tudo sobre o almoço. — Puxei-o pela mão e o coloquei sentado na cama. Em seguida, peguei o secador que estava jogado no chão e comecei a secar seus cabelos que ainda estavam úmidos.

— Não foi nada extraordinário, Leigh. Mas, todo sentiram sua falta. Você é a graça do elenco...

— Eu? Por quê? — Falei enquanto colocava sua cabeça em uma posição favorável.

— Você sabe... nós... — ele hesitou — Nós todos gostamos muito de você e queremos você por perto o tempo todo. — Nós?

— Eu não duvido. — Ri da minha própria ironia, enquanto puxava seus fios com um pente.

— É disso que sentimos falta, do seu senso de humor e da sua alegria. — Se ele soubesse o quanto eu andava desanimada nas últimas 48 horas, mudaria o discurso.

— Prontinho! — Desliguei o secador — Agora você está lindo. — Agradeci por ter essa fama de fazer ironias, porque ele não percebeu meu elogio descarado.

— Obrigado, Leigh. — Ele sorriu e me beijou no rosto.

— Agora vamos ver o que tem o que tem nessa sacola! — Fui até à escrivaninha para abrir a sacola e não deixar ele perceber meu rosto corado. — Estou faminta! — Ele se jogou para trás e acomodou-se na cama, fitando-me com um olhar divertido. — Ed, como você sabia que eu gosto de lasanha?

— Tenho meus contatos. — Ele cruzou os braços e projetou um biquinho convencido.

— Blake Lively e Chace Crawford não contam. — Abri o isopor e senti o aroma. — Ainda está quente! E tem pudim de chocolate? O meu favorito!!! — Fiquei empolgada. — Isso com certeza é obra do Chace.

— Na verdade, não foi nenhum dos dois. Foi a Jessy. — Larguei o pote e respirei fundo para não gritar.

— Não acredito! Ela é muito baixa. — Não resisti.

— Por quê?

— Você ainda pergunta o porquê? — Esbocei um sorriso sarcástico. Ele tinha que ser muito idiota para não perceber o jogo dela. — Primeiro você aparece no Hard Rock com ela e ela faz questão de esbanjar que está saindo com você. E eu sinceramente fingi não me importar, mesmo que isso tenha acontecido poucas horas depois de termos nos beijado na gravação. Depois disso, ela me liga pedindo para eu ir no almoço, dizendo que queria conversar comigo e, como se não fosse suficiente, ela disse "Ed está mandando um beijo" — Ironizei fazendo uma imitação gozada dela — Agora, você vem me dizer que ela deu uma dica do que eu gosto só porque sabia que você viria me ver e ela queria parecer uma pessoa amigável. Porra, Ed! Só você não está enxergando isso... Ela é uma cobra! — Fechei os olhos e me arrependi de tudo que havia dito. Por um lado estava me sentindo aliviada por ter desabafado e colocado para fora todo aquele sentimento negativo. Por outro, eu queria desaparecer e negar tudo que eu havia dito, principalmente sobre o beijo. Será que iria colar se eu dissesse que foi meu cachorro?

Sem palavras e sem reação apoiei-me da escrivaninha e, de repente, fui surpreendida com Ed parado atrás de mim. Virei-me para tentar dizer algo, mas não tive tempo. Como em um piscar de olhos, seus lábios tocaram os meus. As sensações dentro de mim foram mistas naquela hora. Senti-me aliviada, agraciada... apaixonada e irritada. Só por um segundo. Não era a primeira vez que nos beijávamos, mas não se comparava ao que eu senti naquela hora. A emoção tomou meu corpo e eu não resisti, me entreguei, deixei o coração falar e ele deu conta do recado.

Foi um beijo intenso e cheio de paixão, a atração entre nós era evidente a cada novo toque. Ed colocou uma mão entre os meus cabelos, a outra em minha cintura e me puxou para junto dele com uma pegada firme, porém delicada e eu me aconcheguei. Não havia como estarmos mais próximos naquele momento. Eu o envolvi pelo pescoço e acariciei seus cabelos. Ficamos ali tempo o suficiente para que todos os meus desejos e sentimentos se confirmassem e saíssem do controle. Principalmente, porque ele era diferente dos caras que eu já havia conhecido na vida. Ed não era grosseiro, era carinhoso e atento aos detalhes. Estávamos no meu apartamento e ele simplesmente estava preocupado em acariciar meu rosto enquanto me beijava com paixão. Se ele era real, eu não sabia.

Senti um calor invadir meu corpo e o frio que fazia lá fora não me incomodava mais. Meu coração estava acelerado e minha mente não conseguia calcular o risco daquela submissão. Eu queria ser dele por uma noite. Ou por uma vida. Não importava naquele momento.

— Ed... — Falei ofegante enquanto segurava seu suéter com força, seus lábios não desgrudaram dos meus. — Vamos devagar com isso... — Fechei os olhos e aspirei seu perfume.

Ele moveu-se lentamente até que seus lábios alcançassem minha nuca e sussurrou: — Nós vamos devagar.

— Mas... — Ele soltou meus cabelos e afastou-os, beijando minha nuca com habilidade. Eu não tive como argumentar, aquilo ia acontecer e eu não ia impedir. — Me beije... — Minha voz saiu tal como um grito desesperado da alma que implorava por amor.

— Seu pedido é uma ordem. — Ele mordiscou minha orelha — Você é uma princesa, — Ele desabotoou o primeiro botão do meu pijama — merece ser tratada como tal. — Nos beijamos novamente, com mais paixão e desejo, como se o mundo lá fora não importasse. Só existíamos nós. Estávamos conectados em uma única dimensão. Era como se esperássemos por isso a vida inteira.

Com muito cuidado, ele levou-me até a cama e olhou em meus olhos enquanto me deitava sobre o colchão macio. Estávamos em silêncio e era possível escutar o barulho dos nossos corações acelerados e nossas respirações ofegantes. Nos encaramos por alguns segundos, como se estivéssemos fazendo algum tipo de conexão emocional.

— Estou com medo. — Disparei com sinceramente, porém apreensiva por estragar aquele momento mágico.

— Eu também estou. Mas, estamos em uma queda livre. Será mais fácil se dermos as mãos e nos jogarmos juntos. — Ele entrelaçou suas mãos às minhas e beijou a ponta dos meus dedos. — Leigh, o sentimento novo assusta, mas o que eu estou sentindo é tão bom. Você consegue sentir essa conexão que nós temos? — Ele disse enquanto beijava meu pescoço e descia até o meu ombro. Revirei os olhos tamanho foi o prazer que senti naquela hora. Eu conseguia sentir, era como fogo queimando a minha pele, mas, era tão agradável como uma manhã de verão e seus beijos eram a brisa que acariciava minha alma. Ele era tudo que eu queria. E eu queria mais.

— Eu sinto, é isso que me assusta... — Sussurrei, pois seus beijos me deixaram sem forças. Sem defesas.

— Shiu... — Ele pousou os dedos nos meus lábios. — Eu vou estar aqui. Não há motivos para esconder o que estamos sentindo agora.

Antes que eu pudesse dizer algo, ele envolveu-me, novamente, em um beijo caloroso, com fogo e paixão. Apenas ele conseguia ser sexy e delicado naquele momento. Por esse motivo, eu me senti segura. De alguma forma muito estranha, nós nos pertencíamos e eu não poderia negar.

Nos amamos com paixão. Aquele momento foi uma mistura de desejo e carinho. Nossos corpos se encaixavam perfeitamente como duas peças em um quebra-cabeças. Ed não parava de me olhar nos olhos e dizer o quanto eu era perfeita. Nunca me senti tão confortável com alguém como estava me sentindo com ele naquele fim de tarde. Naquele momento, eu me apaixonei pelo homem que me amou como se eu fosse a única mulher no planeta inteiro. Ele fez eu me sentir viva novamente e, pela primeira vez em anos, senti os nós que amarravam meu coração se desatarem.

"You're the light, you're the night. You're the cure, you're the pain. You're the only thing I wanna touch. Never knew that it could mean so much, so much. You're the fear, I don't care, cause I've never been so high. Follow me to the dark, let me take you past our satellites. You can see the world you brought to life." //

Você é a luz. Você é a noite. Você é a cura. Você é a dor. Você é a única coisa que eu quero tocar. Eu nunca imaginei que isso seria tão importante. Você é o medo, mas eu não ligo, porque eu nunca me senti tão extasiada. Siga-me para a escuridão e deixe-me te levar além do céu. Você poderá ver o mundo ganhar vida."

Love me like you do, Ellie Goulding


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Notas finais do capítulo

E agora, como vai ficar essa relação entre os dois? Fingir que nada aconteceu ou aceitar e dar uma chance ao coração. O que vocês acham? ♥