Spotted: Behind the Gossip escrita por naymeestwick


Capítulo 4
Capítulo 3 - Bad News, Meester




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Tradução do título: Más notícias, Meester.

"I could really use a taste of my own medicine to remind myself that you're no good for me. But if I got that happiness and lost myself in you. Would you even come looking for me?" / "Eu poderia sentir o gosto do meu próprio veneno para me lembrar que você não é bom pra mim. Mas, se eu tenho essa felicidade e me perdi em você, você viria me procurar?" 

(Bad News, Avalon Young)


— Meu Deus, olha quem está aqui, Leigh! — Ela sussurrou quando finalmente conseguiu fechar a boca. Enterrei a mão em meu rosto para tentar disfarçar a vermelhidão.
— Uhum... — Fiz pouco caso, mas minha cara de trouxa me denunciou e ela percebeu.
— Será que ele sabe que estamos aqui? — Ela sinalizou com a mão afoitamente.
— Blake, para, não chama! — Tentei detê-la segurando sua mão que ainda estava levantada. Meu coração não parava de bater com velocidade. Olhava para os lados em busca de uma saída de emergência ou algum local escuro para eu me refugiar.
— Não sei qual é o seu problema. — Ela falou sorrindo. Olhei para trás e pude ver o momento em que ele deixou o grupo de amigos e começou a caminhar em nossa direção com um sorriso largo. — Agora mesmo estava dizendo que o Ed não representa nada para você e blábláblá. Ele é meu amigo.
Ele chegou e nos cumprimentou. Blake levantou-se e o abraçou animadamente. Ele retribuiu o abraço e olhou diretamente para mim com um sorriso (lindo) simpático, eu o retribuí com um sorriso amarelo. Como uma criança que acabou de fazer alguma coisa errada.
— Oi, Leighton. — Se ele esperava que eu me levantasse para abraçá-lo, estava sem a menor noção. Depois daquele beijo na limusine, eu não queria nem me aproximar dele. Aquele encontro casual estava ultrapassando meus limites.
— Ed... — Foi tudo que eu consegui dizer antes de ver a cara de reprovação de Blake atrás dele.
Antes que eu pudesse fazer alguma coisa, ele pegou minha mão e beijou com carinho.
— É a segunda coincidência do dia. — Ele não soltou minha mão.
— Você chama de coincidência, eu acredito que seja perseguição. — Soltei uma gargalhada e ele sorriu sem emitir som.
— E então... — Blake nos interrompeu com um contentamento evidente na voz — senta um pouco, Ed. — Ela ignorou meus sinais de reprovação.
— Seria um prazer, mas estou com uns amigos. — Ufa.
— Ai, que pena, né, Blake? — Falei em tom sarcástico, mas só eu entendi. — Você sendo um amor como sempre, Ed. Os amigos em primeiro lugar. Pode ficar com eles, a gente passa a semana toda juntos, não é?! — Sorri para não parecer arrogante.
— É verdade. — Sua voz saiu um pouco fraca, como se ele estivesse decepcionado. — Mas, você é minha amiga, lembra? — Ele sorriu com um ar provocador e puxou uma cadeira — E você tem minha prioridade, Leigh. — Respira, garota. Não deixa a peteca cair. Senti minha respiração ficar pesada e meus músculos paralisarem diante da presença dele. Eu não gostava de me sentir daquele forma, tão vulnerável. — E, quer saber? — Ele se aproximou de mim e nós ficamos perto o suficiente para eu sentir o cheiro da bala de menta que ele costumava comer. — Eu nunca vou me cansar de estar perto. — Ele se aproximou ainda mais e beijou meu rosto. Ele se levantou, deixando-me completamente sem reação e com os olhos trêmulos.
— Hum, hum. — Blake pigarreou e eu despertei. — Eu vou buscar um drink, mas vocês podem ficar aqui e conversar...
— Olá, meninas. — Blake foi interrompida pelo cumprimento inesperado de outra pessoa. Quando eu vi, não quis acreditar. Era Jessica Szohr apoiada no ombro de Ed, como se fossem muito íntimos. Ela contracenava conosco no papel de Vanessa, melhor amiga de Dan e pesadelo de Serena. Ela havia começado a gravar conosco um pouco depois do início das gravações oficiais, mas nós duas já éramos velhas conhecidas. Olhei-a da cabeça aos pés disfarçadamente. Ela estava com jeans escuros bem apertados, uma blusa de lantejoulas na cor preta e por cima vestia um colete jeans. Seus cabelos estavam cacheados e soltos, sua maquiagem realçava seus visíveis olhos azuis que contrastavam com sua pela morena.
— Jessy, oi... — Levantei-me e a cumprimentei com dois beijos na bochecha e ela sorriu com simpatia falsa. Blair, obrigada por me fazer agir com falsidade nos momentos que eu tento ser simpática e não consigo. Nós estudamos juntas no colégio, fomos boas amigas. Mas, um dia ela começou a me tratar mal e nós brigamos. O motivo eu ainda não sei, mas nós ficamos por um bom tempo sem nos falar até eu cruzar com ela na nossa reunião de preparação para o sexto episódio. Desde então, estamos agindo como se nada tivesse acontecido. Mas, na verdade, eu só estava aturando a presença dela.
— Oi, Leigh. Que bom encontrar vocês duas aqui. — Ela sorriu e nos encarou sem soltar Ed.
— Nós três, não é? — Blake corrigiu e olhou para Ed.
— Ah, claro. Mas, nós estamos juntos. — Ela abriu um sorriso largo e abraçou-o, mas ele não a abraçou de volta.
Fiquei com o queixo caído e Ed percebeu, não pude me controlar.
— Nós viemos juntos. — Ele a corrigiu e moveu-se para o lado para soltar-se dela, puxando para baixo sua camisa da banda Rolling Stones.
— Qual a diferença? — ela deu de ombros. — Vamos, Ed? Estão esperando por nós.
— Claro! — Ele ficou corado e com buscou-me com os olhos, como se quisesse se comunicar.
— Foi bom encontrar vocês. — Falei para não parecer abalada — Curtam a noite e nos vemos na segunda! — voltei a me sentar e peguei minha bebida. — Por pouco, não exprimi um clichê "xô, xô, vocês dois".
— Nós vamos aproveitar mesmo. — Ela o empurrou de leve, mas ele não se moveu.
Blake estava perplexa ao meu lado e eu estava plena como uma rocha inabalável.
— Tchau, meninas. Vamos, Ed?! — Ele concordou com a cabeça e suspirou impaciente.
— Boa noite — ele finalmente disse alguma coisa.
— Boa noite — Blake e eu respondemos juntas, a diferença foi que o tom de voz dela estava em choque e a minha tinha um ar de desdém forçado.
Eles saíram e eu percebi quando Ed olhou para trás. Para a minha preocupação, eles não ficaram no Hard Rock. Despediram-se do grupo de amigos e saíram. Droga!
— Leighton! O que aconteceu aqui? — Ela estava com as mãos no rosto, ainda estava chocada.
— Ah, você não conheceu ela na escola. Não deixava passar um cara. — Blake riu. — Fica de olho no Penn, eles gravam muito juntos. — Revirei os olhos e bufei.
— Vocês foram amigas, né?
— Na Beverly Hills High, mas brigamos e ficamos sem nos falar. Agora, ficamos agindo como duas falsas.
Blake gargalhou.
— Achei que você lidou muito bem com a situação, ainda que eu tenha visto seu coração bater forte daqui.
— Como você...  — Assustei-me e imediatamente coloquei uma mão no peito temendo ter sido verdade.
— Ai, Leigh, para de tentar disfarçar. Você gosta dele e está super incomodada com o fato de ele ter aparecido aqui com a Jessica à tira colo.
— Você está exagerando. Só foi uma coisa inesperada... — Sorri como se não estivesse me importando com aquela cena.
— Tudo bem, você venceu! — Ela mordeu o lábio inferior com um olhar divertido. — Mas, não deixa seu orgulho te fazer perder as coisas boas que a vida te oferece.
Baixei os olhos enquanto digeria aquelas palavras.
E quer saber? — Ela continuou e voltou a levantar-se — Tem música boa tocando e essa é a noite das garotas, chega de falar deles. Vamos aproveitar!
Sem ao menos me dar tempo para pensar, Blake me arrastou no meio da multidão até chegarmos à pista de dança. Nesse momento, a música que tocava foi substituída por "Wannabe" – Spice Girls e era tudo que precisávamos para fechar aquela noite com chave de ouro. Dançamos como duas adolescentes, enquanto cantávamos ("If you wanna be my lover, you gotta get with my friends/ Make it last Forever/ Friendship never ends...") Pessoas de todas as idades nos acompanharam, inclusive todas as meninas que eram fãs da nossa série. A banda tocava e era impressionante como o ritmo era exatamente igual ao da música. Foi um momento de libertação e descontração, depois de tantas semanas de trabalho duro.
Bebemos, comemos, dançamos e até participamos de um karokê ao vivo, cantando uma versão feminina de "I want it that way" – Backstreet Boys. Foi indescritível reviver momentos da infância e adolescência no final dos anos 90. Não pude conter as lágrimas... De alegria, é claro. Ou de tristeza.
Realmente, era muito confortante saber que estávamos nos tornando amigas. Antes, já nos conhecíamos, atuávamos juntas e até conversávamos sobre a vida pessoal. Mas, sempre agíamos como colegas. Naquele momento, meu coração se encheu de alegria, mal tive tempo para pensar em Ed. Eu sentia que havia um grande desafio me aguardando em algum momento da minha vida e seria muito mais fácil enfrentar tendo um ombro amigo para me apoiar.

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A noite com a Blake havia sido maravilhosa, principalmente quando deixamos o assunto garotos de lado. Dançamos a noite inteira e acho que bebemos o bar inteiro também. À uma da manhã pegamos um taxi e fomos para o Webster Hall Nightclub, uma casa noturna recém aberta, mas muito bem frequentada. Eu só queria me libertar dos pensamentos que me levavam até Ed Weswick e garantir que aquela atração momentânea não se tornasse paixão. Mas, para isso, contei com a ajuda de alguns copos de vodka e outros de tequila. 
Já era dia quando retornei para casa no sábado e mal podia me manter de pé. Blake veio comigo, pois a minha casa era a mais próxima. Lembro de pagar o taxi e segurar Blake pelo braço para que ela pudesse sair do banco de trás, mesmo não conseguindo manter-me estável. Subimos até o meu apartamento e enquanto eu passava um café, Blake apagou no sofá. Eu a cobri e apaguei no chão, antes mesmo de o café ficar pronto.
Quatro horas depois, despertei com o barulho insuportável do toque do meu celular que não parava. Espreguicei-me e esfreguei os olhos ainda fechados. Estiquei o braço para alcançar o aparelho sem me mover e assustei-me quando atendi.
— Bom dia, Sta. Meester. — Uma voz feminina ecoou do outro lado da linha e ao fundo era possível ouvir uma música agitada e pessoas falando alto. Droga!  Era o pessoal da Seventeen Magazine.
— Bom dia — Falei com voz rouca.
— Meu nome é Harper, falo em nome da Seventeen Magazine. Estamos aguardando por você no estúdio desde as 10h da manhã e gostaríamos de saber se houve algum problema.
— Olá, Harper. Estou a caminho, desculpe o atraso. — Falei enquanto ainda estava estirada no chão.
— Certo. Aguardamos sua chegada. — Ela desligou e eu me desesperei ao perceber que já passava das 11h. Que irresponsabilidade a minha ter chegado tão tarde tendo de trabalhar no dia seguinte. Não era nada oficial, apenas uma entrevista e uma sessão de fotos para promover a minha personagem na série, mas eu precisava investir ainda mais na minha carreira naquele momento e, certamente, dar um bolo em uma das revistas mais influentes para adolescentes do país não seria a decisão mais acertada.
Com muita dificuldade me movi até o banheiro. Optei por tomar uma ducha para tentar expelir todo o álcool do meu sangue junto com a enxaqueca que me espancava por dentro. Enquanto a água morna corria pelo meu corpo, fechei os olhos para tentar relaxar. Imediatamente, me veio a imagem da gravação do dia anterior. Lembrei de Ed e imaginei o que poderia ter acontecido se eu tivesse cruzado com ele durante a madrugada. Os pensamentos foram tão longe que eu precisei me despertar, não era conveniente que tivesse pensamentos tão libertinos àquela hora e naquele estado. Ainda tomada pelo álcool.
Após um banho e meio litro de café preto, sentia-me um pouco mais energizada, apesar de estar um pouco enjoada e com fortes dores na cabeça. Deixei um recado para a hóspede que ainda dormia e apressei-me para chegar ao estúdio antes que todos desistissem de me esperar.
Cheguei ao local em exatos quinze minutos. Manhattan não estava congestionada naquela manhã de sábado e aquilo me beneficiou. Desculpei-me pelo atraso com os organizadores do ensaio e espantei-me ao perceber quanto todos foram muito cordiais e calorosos em minha recepção. Normalmente, eu teria sido veementemente repreendida pelo atraso de 2h. Mas, não foi o que aconteceu comigo. As pessoas envolvidas na produção tratavam-me como Sta. Meester e fizeram de tudo para que eu me sentisse bem.
Produziram-me em menos de trinta minutos e eu agradeci por terem lavado e escovado meu cabelo de graça. Aquela rotina agitada me privava de manter os cuidados pessoais básicos em dia. Ao finalizar a maquiagem, espantei-me ao observar a transformação. Passei de rainha da ressaca para uma pessoa capaz a encarar a sociedade novamente.
Durante as fotos, meu corpo estava implorando para voltar para a cama. Depois de uma noitada daquela, dormi no chão, não me alimentei direito e isso estava me matando. Mesmo assim, dei o meu melhor. Fiz o impossível para agradecer aos organizadores pela paciência em esperar. Além disso, eu estava vestida com roupas leves e claras, isso facilitou todo o trabalho.
Após finalizarmos todas as fotos, paramos para um almoço que ia bem, até que eu escutei algumas pessoas cochichando quando se aproximavam de mim. Estranhei aquela situação e chateei-me ao ouvir a razão de todo aquele alvoroço.
— É claro que é ela! — A loira alta comentou para a ruiva igualmente alta, colocando a mão em frente à boca para tentar disfarçar o descaramento.
— A da foto? — A ruiva respondeu com ar de reprovação.
— Certamente, você não está vendo? — Ela apontou para a tela do celular que estava em sua mão.
As duas saíram ao perceber que eu já as encarava furiosamente. Não conseguia disfarçar o meu descontentamento e elas notaram isso. Mas, afinal, que foto era aquela? Será que haviam me fotografado com a Blake na boate que finalizamos a noite anterior? Ou havia um vídeo nosso cantarolando os clássicos dos anos 90 no Hard Rock? Certamente, qualquer que fosse a opção, não me agradei nem um pouco daqueles comentários e olhares repressores.
Senti-me pequena daquela situação e completamente envergonhada pelo que quer que fosse o motivo de tanto veneno. Se ao menos eu fosse Blair Waldorf. Meus olhos se encheram de lágrimas por um momento, mas eu evitei, não queria parecer fraca diante daquela situação. Se as pessoas soubessem o mal que a fofoca pode causa ao ser humano, não ousariam cometer tal assassinato social.
Finalizei a minha refeição e fui convidada a me deslocar para o local onde ocorreria a entrevista. A entrevistadora se chamava Katy Morgan e ela me conquistou desde o momento em que fomos apresentadas. Possuíamos várias afinidades e compartilhávamos dos mesmos anseios em relação a viver em Nova York para correr atrás de nossos sonhos.
A entrevista começou com uma pergunta simples sobre a minha personagem. Ela pediu para que eu dissesse todas as minhas impressões sobre a Blair. Falei brevemente sobre o caráter dela, os seus pontos fortes e fracos e o quanto ela era amada e odiada pelas pessoas.
— E como você descreveria o relacionamento da Blair com o Nate? Você acha que ele escolherá a Serena? — Ela disparou de uma só vez, deixando-me muda por alguns instantes.
— É... você sabe. Se eu der minha opinião posso acabar contando algo. Mas, eu posso dizer que eu acho que o relacionamento deles tem estado desgastado há muito tempo. Nate apaixonou-se por Serena e isso destrói qualquer relacionamento. Você não acha? — Respondi sem gesticular, apenas mantendo as mãos entrelaçadas sobre as pernas cruzadas.
— Concordo. — Ela riu e voltou os olhos para as anotações que trazia consigo — Mas, então, se Blair e Nate não têm mais conserto, como fica a vida sentimental da Queen B?
— Vocês vão precisar acompanhar para saber. Digamos que seja alguém que está sempre ao lado dela e ela não observa.
— Uau, estou curiosa para saber.
— Todos os domingos às 8.
— Obrigada. Agora, nós gostaríamos de saber como são as relações dentro do set. Nós sabemos que vocês são jovens, estão solteiros, sozinhos. Como vocês fazem para conciliar tudo e não se envolverem com os colegas?
— Somos bem profissionais, Katy. Nós saímos de muito longe para chegar onde chegamos e não gostaríamos de pôr tudo a perder por aventuras românticas. Apesar disso, somos todos muito amigos, parceiros e solícitos uns com os outros. É como uma família. É assim que nos autodenominamos.
— Claro! Isso é o que importa. — Ela sorriu. — Há rumores de que você e Ed Westwick estão bem próximos ultimamente. Vocês estão saindo? — Ela foi direto ao ponto.
Meu rosto corou e eu senti um frio na espinha. De onde eles tiraram isso? Aquele encontro na cafeteria havia sido grampeado? Como as pessoas estavam cientes disso? Fiquei calada por um tempo e, como sempre, o meu silêncio deixou a desejar. Calculei a resposta por um tempo. Eu queria ter ficado irritada com o questionamento, mas a lembrança daquela manhã enchia meu coração de alegria. Ah, aqueles olhos... Onde clica para voltar no tempo? Ao mesmo tempo, eu lembrava daquele fim de noite, de ver Jessica e Ed e senti um aperto muito forte no coração. Queria apagar aquela cena da minha mente.
— Ed e eu somos bons amigos, os melhores! Somos como irmãos. — Disparei sem medo das consequências. Irmãos? Foi a saída que encontrei para me livrar daquele constrangimento. Se nós tivéssemos sido flagrados naquela manhã, uma desculpa qualquer não ia colar. A Seventeen estava acostumada a lidar com jovens atores e provavelmente já ouviram todas as desculpas para ocultar uma relação, o que não era o nosso caso.
Ela esperou que eu revelasse mais algum detalhe, mas eu não disse uma palavra sequer. Rapidamente, ela percebeu e finalizou a entrevista. Tentei não ser rude.
— Como irmãos? Interessante. Muito obrigada por sua participação, sta. Meester.
— Pode me chamar de Leigh.
— Ah, é claro... Leigh. — Ela me cumprimentou com dois beijos nas bochechas.


Ao chegar em casa, tudo que eu queria era me desligar do mundo e dormir até cansar. Depois de dois dias puxados, eu estava mentalmente cansada e fisicamente destruída. Depois de Gossip Girl, Ed, o beijo na limusine, uma noitada, um dia de trabalho com ressaca, eu não queria pensar em mais nada. Além disso, eu estava curiosíssima para saber sobre o que tanto falavam ou especulavam sobre mim naquela tarde.
Procurei o celular para checar algumas mensagens e ele estava descarregado, provavelmente desde a noite anterior. Quando consegui ligar o aparelho, senti meu coração aquecer quando vi que havia 27 ligações perdidas de Ed. Lutei bastante comigo mesma para não retornar e entendi que essa não era a melhor opção. Qualquer que fosse o motivo das ligações, eu não estava em condições de conversar. Blake também havia ligado umas cinco vezes. Até a Stephanie... Mas eu ignorei. Apenas respondi à mensagem de Blake: "Leigh, desculpa pela trabalheira hoje de manhã. Como foi tudo por lá? Amanhã você me conta. Você vai amanhã, né?". "Hey, B. Acabei de chegar. Estou morta! Ah, sobre amanhã, minha resposta ainda é não".
Joguei o celular na cama e caminhei para o banheiro. Precisava de uma ducha bem quente e demorada. Depois disso, mergulhei em um pijama velho e me joguei em minha mais nova aquisição: uma cama gigante que eu havia comprado para dormir sozinha e confortável. Em menos de dois minutos, já estava apagada. Ainda eram sete horas da noite, mas eu precisava descansar. Mesmo sem imaginar que eu teria de estar bem energizada para encarar as surpresas que o destino havia reservado para mim no dia seguinte.

 


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Notas finais do capítulo

❤️❤️❤️
Hello! Leighton, vai deixar Ed fugir? Vamos ver no próximo capítulo. Não se esqueça de nós, sexta feira chega o capítulo novo.
Deixem seus comentários e aproveitem a leitura. ❤️