Mordet Et Vivit escrita por MaryDiAngelo


Capítulo 39
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Bem vindos ao final, de verdade, de Mordet Et Vivit.
Falo com vocês lá embaixo :D

Boa Leitura!



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10 anos depois.

— Eu tô atrasado! — Nico resmungou, correndo em círculos em busca das chaves de seu carro. 

— Onde já se viu um vampiro atrasado, di Angelo? — Thalia o retrucou. — E a chave tá comigo, seu babaca.

— Quando você era menor era mais atenciosa, sabia? 

— Vai logo buscar ela, Nico! Você sabe que a Alyssa não gosta de ficar esperando. 

— Ela tem cinco anos, não tem direito de fazer exigências! — O di Angelo pegou as chaves da mão de sua esposa, aproveitando para deixar um beijo em sua bochecha. 

— Mas faz mesmo assim. — Deu de ombros, batendo na bunda dele quando se virou para sair da casa e ir atrás de sua filha, que o aguardava na escola. 

Dirigiu o mais rápido que o mundo humano lhe permitia, balançando a cabeça em reprovação porque o próprio não gostava muito de deixar a pitoca sozinha no meio daqueles delinquentes que, de codinomes, usam crianças. 

E não se surpreendeu quando parou o carro na frente e viu Alyssa de braços cruzados em frente ao portão, com a coordenadora do seu lado, esperando-o. A garota de cabelos pretos e olhos azuis se despediu da mulher assim que Nico saiu de dentro do carro, se desculpando pela demora e a colocando dentro da cadeirinha, pondo seu cinto e voltando ao seu lugar na frente. 

— Tá atrasado. — Murmurou. 

— Culpa da sua mãe. 

— Ela não se atrasa. 

Nico comprimiu os lábios, a olhando pelo retrovisor. 

— Quanto ela te pagou? 

Alyssa Grace-di Angelo apenas deu um sorriso, se afundando mais na cadeirinha e balançando as perninhas rechonchudas contra o banco. E espirrou. 

O susto que Nico tomou ao ver a árvore logo ao seu lado explodir em chamas para, logo depois, cair no meio da estrada e o fazer frear bruscamente, não tem nem como ser descrito. 

— Ah, ótimo, Lyssa. 

— Ei! Senhor Presinhas, eu não tenho controle dos meus poderes, tá? 

O vampiro resmungou consigo mesmo por Thalia ter ensinado aquele apelido péssimo para a pequena, mas balançou a cabeça e olhou pelo retrovisor para procurar por outra saída, já que aquela ali estava interrompida pela árvore, começando a juntar pessoas ao redor preocupadas. 

Clicou no visor do rádio de seu carro, ditando o comando para ligar para a esposa e esperando pacientemente ela atender conforme dava ré, notando que as vias estavam bem vazias naquele começo de feriado. Também, a cidade já era pequena, quando entrava um tempinho de férias todo mundo sumia, era incrível. 

Diga, meu pitanguinho. 

— A gente vai se atrasar um pouco. 

— Eca! — Alyssa resmungou ao fundo. 

Que novidade, hein? O que houve dessa vez?

— Sua filha botou fogo em uma árvore que obstruiu o caminho. 

Eu não fiz ela com o dedo, Nico! — Retrucou. — É sua também. E ela está gripada de novo? Céus, que imunidade péssima que ela tem. 

— Pois é, uma híbrido de vampiro, lobisomen e de brinde bruxa, e sempre ficando gripada. — Nico balançou a cabeça em reprovação, agradecendo por achar um caminho e começando a acelerar para chegar logo em casa. 

— Eu não tenho culpa! — Alyssa resmungou. — Sou fraca contra o frio, tá bem?

Lute contra ele, meu anjinho. 

— Eu tentei uma vez, mas vocês brigaram comigo porque eu incendiei a floresta!

Não é desse jeito que a mamãe está falando, mas… Enfim, onde vocês estão? 

— Na porta de casa. Sai aí, gatinha. 

— Que horror. — Alyssa forçou uma ânsia de vômito, o que fez seu pai rir e olhar para a porta da residência onde estavam parados em frente, vendo Thalia sair dali com uma bolsa que pertencia a Alyssa. — Onde estamos indo?

— Na tia Si. — Thalia foi quem respondeu, se acomodando no banco do passageiro e virando-se para deixar um beijo na bochecha da filha. — Tente não arrancar os pelos do Levi, ele chora quando você faz isso. 

Alyssa levou as mãos para o peito, abrindo a boca em choque. 

— Como assim? Arrancar os pelos? Eu?

— Que sonsa. — Nico murmurou, negando em reprovação. 

— Sim, minha pequena. — Thalia a observou seriamente. — Você gostaria se eu puxasse seus pelos? 

— Não. 

— Então não puxe os do Levi. E lembre-se de dar os parabéns pra ele. Sabia que ele está fazendo cinco aninhos?

Alyssa negou, tombando a cabeça para o lado e parecendo pensar por um tempo. Depois, chegou à conclusão que era mais velha e sorriu por isso, se sentindo superior. 

— O que você comprou pro mini Chris? — Nico perguntou, vendo a garota colocar o embrulho nos pés e puxar as pernas para cima do banco, encostando as bochechas no joelho relaxadamente. 

— Um brinquedo que Chris me disse que ele queria. Acho que vai gostar. 

— Espero que a gente saia vivo dessa festa, porque lembro bem da última que a gente teve que tirar a Alyssa de cima de uma árvore. 

— Em minha defesa, foi culpa do Levi! — A garota, embora estivesse começando a pender de sono, tratou de erguer o dedo indicador achando absurdo aquele ataque à sua pessoa.

— Vai dormir você. — Thalia pediu, vendo-a torcer o nariz, porém acatar se aconchegando melhor para tirar uma sonequinha.

— Descanse um pouco você também, Grace. Passou a noite acordada que eu sei. — Nico desviou o olhar rapidamente da estrada para ver a esposa rolar os olhos.

— Vampiros não dormem. 

— Você não é só um vampiro. Descanse antes que eu te de um murro pra desacordar de vez. 

Thalia resolveu se dar por vencida, encostando-se melhor e observando o perfil do vampiro, seus dedos tentados a deslizar pelo maxilar marcado naquela pele extremamente pálida que mostravam as veias. Parecia que tudo que aconteceu em sua vida havia sido no dia passado, as lembranças ainda eram tão vivas em sua mente que às vezes se pegava pensando se deveria ter feito algo diferente. 

— Costurou? — A Grace questionou, observando o, até então, namorado, segurar o braço contra o corpo.

— Sim, agora só esperar colar de uma vez por todas e tenho um braço novinho. Os dedos já estão até mexendo, olha só. — Para provar, o fez e Thalia assentiu, comprimindo os lábios. 

— Eu vou ir até Silena. Quero ter certeza que ela está bem. 

— Não tem ninguém extremamente ferido por aqui, então acho que posso ir com você. A coisa mais séria e preocupante é Annabeth, que está desacordada por conta do feitiço que manteve, mas segundo Atena, vai ficar bem. 

Thalia assentiu, segurando na mão do namorado e começando a ir em direção a floresta. Em um certo momento, não entendeu porque ela e Nico começaram a apostar uma corrida, caçoando um do outro sobre ser lerdo demais e se empurrando nas árvores, mas isso foi até chegarem na casa dos lobos e estranharem por estar tudo em silêncio. 

Embora sabiam que Silena estava ali dentro por seu cheiro forte, então foram entrando porque já eram de casa. 

— Silena? Sou eu, Thalia. Cadê você?

— Thalia? — Viu a loba sair dos restos que eram a cozinha, lamentando a perda daquela casa pela segunda vez. — Mas… Eu vi você morrer, garota. 

— Ressurgi que nem uma fênix, meu bem, cê acha mesmo?

— Era de se esperar. — Silena assentiu, vindo até a menina e passando as mãos em seu rosto, aninhando-o entre as palmas e abrindo um sorriso. — Então está transformada já?

— Epa, como é que é? Você sabia? — Nico se intrometeu, arqueando as sobrancelhas. 

Bom, naquele dia Thalia descobriu que quem havia feito o parto de sua mãe foi Silena, por isso tinha tanto apego com a pequena garotinha desde sempre. Além de revelar que Beryl Grace havia feito um feitiço para reter seus poderes em sua pessoa até que algo grande acontecesse, o que ocasionou sua morte. 

Explicou também que sua mãe era uma bruxa muito poderosa que teve um amor proibido com Zeus, um vampiro. Daí vindo sua origem híbrido. E a parte lobo vinha da cura da licantropia em seu sangue enfeitiçado, mesclando-se com os outros DNA’s e acabando por virar o que era hoje em dia. 

Por volta de duas horas depois, chegaram na antiga casa reconstruída, agora com madeiras e um novo estilo rústico. Era nostálgico demais.

Assim, Thalia tirou Alyssa da cadeirinha e antes que pudesse a colocar no chão, saltou de seus braços e correu em direção a festa no jardim, gritando o nome de Silena em pura felicidade.

O olhar da mulher veio até si e só pude sorrir cada vez mais.

— É, talvez eu não mudasse nada. — Sussurrou consigo mesma, sentindo o braço de Nico passar por sua cintura e um beijo em sua testa. 


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Notas finais do capítulo

Bom, chegamos ao fim, né? Achei que isso não aconteceria e, que, por mais que tentasse, não daria um desfecho para MEV, mas enfim consegui. Então, espero que vocês tenham gostado.

Obrigada a todos que me acompanharam nessa jornada bem longa, deve-se dizer de passagem. Mas eu sou bem grata a todos que continuaram comigo. Amo vocês! :3

E, pela última vez,
Beijos de Escuridão ♥
~Mary.



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