Mordet Et Vivit escrita por MaryDiAngelo


Capítulo 2
Promessa de lobinha


Notas iniciais do capítulo

Olar amorinhas ♥
Mais um capitulo não tão fresquinho de MEV, mas é fresquinho, entende? KKKK ok parei ;-;

Agradecimentos especiais as amorinhas que não me abandonaram e me apoiaram a continuar: Kaya, Mysticfollower, Miranda Homer, Tia Ally Valdez (Gêmea ♥) e Euluara Chase! ♥
Obrigada por não me abandonarem ♥

Good Reading ^-^



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Ela rolava de um lado para o outro entre seus amigos em forma lupina, tendo certeza de que aquilo poderia fazer mal para seu nariz, já que ora ou outra decidiam fazer montinho em cima dela, se jogando em cima da pequenina e a cobrindo de pelos.

— Thalia! – Escutou ao longe seu nome ser chamado por uma voz doce e tratou de se levantar desengonçadamente, repreendendo Nyssa que a focinhou com força na perna, quase derrubando-a, em busca de mais carinho.

— Tia Silena? – Questionou para o nada, vendo a Beta passar direto por onde ela estava, porém, ir voltando de costas e se virar com um sorriso na direção da criança, finalmente achando-a.

— Eu estava a sua procura, o Luke já deve estar ficando sem paciência com minha demora a encontrar a senhorita!

Thalia abaixou a cabeça com pesar, juntando suas mãozinhas na frente do corpo e deixando um pé para trás do seu corpo, colocando-a na ponta e começando a se balançar para um lado e para o outro de modo nervoso, como sempre costumava fazer quando fazia algo errado e sabia que haveria consequências pesadas e que poderiam arder um pouco.

— Não fique assim, pequena. Nós vamos sair para caçar, então o loiro rabugento me pediu para colocar você na cama. – Prosseguiu a morena, caminhando até a garota e sendo atacada por vários lobinhos ao ultrapassar a porta, sorrindo branco e começando a acariciar todos os focinhos, se revezando o mais breve possível para que pudesse agradar a todos.

— Mas eu não quero dormir agora. – Tratou de rebater e fazer um bico digno, fazendo a loba querer agarrar ela e apertar o máximo possível, já que aquela cena era tentadoramente fofa.

— Vocês também vão dormir, o que acham de um acampamento no quarto da Thalia? – Questionou vendo a resposta positiva quando começaram a latir alegres e balançar seus rabinhos, fazendo-a sorrir, assim como a criança, que se animou ao extremo com a ideia de ter seus amiguinhos consigo na noite. – Então corram, o que estão esperando para subirem?

Sem proferir mais nada, quase fora atropelada pelas bolinhas de pelo que sumiram dali em poucos segundos, passando por debaixo de sua perna, pelos lados, por todo lugar, fazendo Silena dar risada e ter que esticar o braço para ficar estabilizada, caminhando até a pequena Grace e a pegando no colo, começando a subir para seu quarto trocando elogios com ela.

— Eu já disse que quando crescer quero ter o seu cabelo? – Questionou enquanto esperava sentada na pia do banheiro, vendo a Beta voltar com sua camisolinha de esqueleto, a vestindo.

— O meu? – A Beauregard questionou quase incrédula, tirando as amarras que mantinham os cabelos negros dela presos. – Nada disso! Seu cabelo é maravilhoso, já percebeu isso?

— Já sim. – A pequena sorriu de modo travesso, conseguindo arrancar uma risada gostosa da menina.

— Você é muito convencida, gatinha. – Murmurou colocando o dedo indicador na ponta do nariz dela, sorrindo e a pegando no colo, voltando para o quarto desviando dos amiguinhos dela que estavam jogados no chão. – Seu pai já vai vir te desejar boa noite, ok? Comporte-se, se estiver fome tem biscoitos no armário e fiz um bolo mais cedo, está na geladeira.

Assim que Silena deixou-a na cama, coberta e segura do frio, saiu do quarto e desceu as escadas pisando forte, sendo atingida por uma onda de raiva repentina referente ao Alpha daquela matilha, tendo ódio de como ele tratava Thalia, tão indefesa e amorosa, sendo tão maltratada e iludida.

Seu braço foi agarrado de supetão, fazendo a menina se virar e bater contra um corpo musculoso, cerrando os punhos ao ver o loiro ali, parado a sua frente com um sorrisinho de lado que sempre carregava consigo, dando a Beta mais vontade de socar aquele rosto até que não restasse dentes em sua boca.

— Dá para sentir sua raiva de longe, pequenina. – Sibilou perto do ouvido dela, fazendo-a sorrir falsamente.

— Se sentiu porque veio atrás? Deveria ter ficado longe, sabe como Betas são descontrolados. – Retrucou não contento o nojo em sua voz, dando uma risadinha cínica e usando seu ombro para afasta-lo e soltar seu braço, estando livre para continuar a andar até a porta da frente. – Thalia está a sua espera, acho melhor andar logo.

— Você não manda em mim, ninguém me dá ordens. – Cruzou os braços com um ar superior.

— Não são ordens, são só um lembrete do que você deve fazer, mas já que está encarando como ordens, porque não aprende as segui-las? – Respondeu e não perdeu o tempo, correndo em direção a varanda e dando impulso, se transformando no ar em um lindo lobo cinza, começando a correr em disparada para a floresta, já que não queria esperar uma atitude dele.

Luke se virou com raiva para a escada, tendo que respirar fundo infinitas vezes para que conseguisse se acalmar a ponto de ir se despedir da filha pelo resto da noite; levou as mãos para às têmporas e suspirou alto, começando a subir degrau por degrau enquanto respirava fundo e inspirava.

Thalia, por sua vez, estava pendurada para fora de sua cama, tendo a parte de cima de seu corpo para fora, acariciando Lila, que tinha a barriga para cima e balançava a pata para frente e para trás dependendo do lugar que coçava, fazendo-a rir baixinho.

Assim que a porta fora aberta, a menina teve um sobressalto e por pouco não foi de cabeça no chão, fazendo o Alpha colidir a palma da mão contra a testa em sinal de reprovação, fazendo-a se sentar na cama e fazer um bico por mais uma vez ter decepcionado seu papai.

— Você poderia se machucar assim, sabia? Já pensou se você cai e bate a cabeça? – Acusou o loiro, notando só naquele exato momento os novos tapetes que o quarto tinha, semicerrando os olhos e estranhando o fato de todas as crianças estarem presentes ali, porém resolveu não questionar o fato, indo em direção a cama da pequenina e desviando de patinhas e rabos alheios.

— Mas, papai, se eu caísse iria ser em cima de Lila! – A morena tentou argumentar, tendo seu tom de voz embargado.

— Pior ainda, machucaria ambas.

— Sinto muito papai, me perdoa, eu juro que não faço mais isso, promessa de lobinha. – Thalia sorriu fofamente e ergueu seu mindinho esperando que o pai fosse sorrir e a apoiar nisso, cruzando seus dedinhos, coisa que sempre fazia com quem julgava ser seus amiguinhos.

— Não vou fazer isso, você não é lobinha e nunca vai ser boa o suficiente para se transformar em uma, então não prometa assim, você não é, e nunca vai ser uma de nós. – Luke disse friamente, deixando que seu semblante se fechasse, vendo os olhinhos da pequena marejarem e ela descer a mãozinha, se afastando dele e indo para o meio da cama, puxando o cobertor e cobrindo-se até a cabeça, sabendo que era uma desgraça para a raça.

— Não fique assim, eu te amo, por isso que eu falo essas coisas pequena, você tem que crescer sabendo a verdade, não se faça de sensível Thalia. – Prosseguiu então, vendo que havia pegado um pouco pesado com ela.

Pode ouvir ela fungar e se virar contra o tecido grosso do cobertor, descobrindo sua cabeça e apenas mostrando seus olhinhos, mantendo o resto coberto.

— Eu também te amo, papai.

Luke voltou a colocar um sorriso fraternal no rosto, se debruçando sobre a cama e depositando um beijo na testa da filha, voltando a sua postura reta e suspirando alto.

— Já sabe como funciona, né? Vamos demorar, portanto trate de dormir, pois amanhã é um longo dia! E eu não quero saber de cochilos de tarde, em? Seja forte, resista a tentação que é o sono.

A pequena Grace assentiu sem tirar a cabeça do travesseiro, se acomodando mais aos cobertores novamente e dando as costas para o pai, enfim fechando os olhos.

{...}

Um uivo alto soou no bosque, fazendo os grandes olhos azuis se arregalarem e seu corpo se erguer de supetão, suspirando alto ao ver que aquela noite seria mais uma de puro tédio, já que alguém a acordava e o sono dela sumia instantaneamente.

Olhou pela janela, vendo a floresta lá fora se estender até o horizonte, onde a lua estava radiante e brilhante, conseguindo clarear metade de seu quarto.

Seus olhos varreram o quarto, vendo que agora tinha menos lobinhos do que antes, estranhando o fato e seguindo com o olhar até a porta, vendo-a entreaberta e sentindo uma ideia começar a entrar em seu subconsciente.

Alguns minutos depois ponderando as consequências que poderiam gerar se a vissem, resolveu dar de ombros e escorregar para a fora da cama, calçando suas pantufas de panda e pegando Fred no colo, tentando fazer o mínimo barulho para que não chamasse atenção de mais ninguém, prosseguindo seu caminho para fora do quarto, obtendo sucesso, com direito a uma pequena dancinha rápida quando já estava no meio da escada.

O vampiro, por sua vez, estava acorrentado e cansado de tanto se debater em busca de uma posição confortável para ficar, desisto e se deixando pender levemente para frente, gemendo de dor ao sentir a estaca soltar mais algumas farpas dentro de si.

Seus olhos foram para um canto, franzindo o cenho para logo em seguida virar uma careta, tendo dúvida do que realmente estava acontecendo ali, mas tendo certeza que aquelas baratas acasalando deveriam ser uma terrível distração.

“Vocês estão mesmo fazendo isso em público? Tem buracos para isso, tem suas tocas imundas para isso!” Ele se viu a pensar suplicante, negando em reprovação repetidamente, praguejando em italiano e rolando os olhos ao notar que, mesmo depois de um tempo, elas não haviam parado. “PAREM COM ISSO, EU NÃO SOU PLÁTEIA PARA ATURAR ESSE SHOWZINHO DE VOCÊS NÃO, APAGUEM ESSE FOGO NO RABO!”.

Se já estava quase desistindo de viver com apenas aquela estaca em si e com um show com direito a stripper acontecendo mais ao lado, seu corpo se jogou para trás e bateu a cabeça com força na parede assim que ouviu um barulho a mais nos corredores: passos rápidos, delicados e precisos.

Assim que a portinha começou a se arrastar para longe do arco, Nico quis apenas não estar ali quando a menina adentrasse o recinto feliz e saltitante.

— Oi...de novo! – Thalia sorriu branco, limpando as mãos na camisola que usava e se abaixando para pegar Fred, já que tinha deixado ele para trás, se não iriam entalar se passassem juntos.

O moreno rolou os olhos e levou os olhos para o canto novamente, tendo certeza que as baratas seriam bem melhores do que ela, mas se surpreendeu ao ver que não estavam mais ali, não sabendo se ficava aliviado ou frustrado. Pelo menos elas tinham consciência que não se deve fazer isso na frente de crianças.

— Bom...como a última vez que eu estive...- Ela começou, porém arregalou os olhos e puxou o ar rapidamente para dentro de seus pulmões, como se tivesse levado um susto, produzindo um barulho estranho que chamou a atenção do vampiro. – O que...o que fizeram com você?

A única reação possível do di Angelo foi tombar a cabeça para o lado com dúvida, porém lembrando-se que havia uma coisa enfiada nele, assentindo consigo mesmo ao ligar os pontos e ver que realmente fazia sentido a menina ter essa reação.

Seus batimentos cardíacos se aceleraram, fazendo ele salivar e erguer os olhos negros, mirando seu pescoço pequenino e quase conseguindo ver sua veia saltar com o sangue correndo rapidamente ali, coisa que estivera clamando por muito tempo, já que se esqueciam que ele iria apodrecer alguma hora sem nenhuma gota em seu organismo.

Thalia foi se aproximando cautelosamente do amigo, tendo suas mãos esticadas para o caso dele resolver atacar ela novamente, quase se abaixando perante ao olhar faminto dele, que fora desviado rapidamente por um motivo desconhecido por ela, que aproveitou a distração do vampiro e puxou a estaca de madeira de dentro de si, arrancando um gemido de dor da parte dele e caindo para trás antes que ele conseguisse pegar-lhe com as...presas?

— Presinhas? – A garota começou a gargalhar de modo contagiante e fofo ao mesmo tempo, fazendo ele arquear uma única sobrancelha e a medir com o olhar. – Presinhas...hum...Senhor Presinhas! Isso, Senhor Presinhas é seu nome a partir de hoje!

 “Eu definitivamente desisto desse século, para mim já chega, pode vir o próximo!” Nico se viu a pensar enquanto negava quase que de modo desesperado, sentindo seu machucado começar a se curar, finalmente; a menina, por mais que tenha feito uma boa ação, escolheu um péssimo apelido e tinha intenções de voltar ali por seu tom, o que o fazia sofrer mais do que deveria.

— Senhor presinhas, você está com fome? Foi por isso que tentou me atacar? Meus amiguinhos, quando estão em sua forma lupina, acabam se empolgando demais e me mordem quando estão com fome...- Ela desabafou, caminhando até o canto e largando à madeira ali, se certificando que não havia sujado suas mãozinhas e voltou a ir mais perto dele, pegando Fred no colo e se virando para o amigo.

— Senhor Presinhas, eu queria te apresentar um dos meus únicos amigos...- Prosseguiu a falar, levantando o ursinho para ele. – Esse é o Fred, o único que não me excluí.

Nico não conseguiu esconder a cara de dúvida ao ver o panda nas suas mãos, arregalando os olhos minimamente e vendo-a prosseguir a falar.

— É que assim...meus amiguinhos lobos me excluem porque eu não posso virar lobinha, eu sou diferente, meu papai também não gosta muito do fato de eu não ter patinhas e rabinho..., mas no fundo eu sei que por mais que me maltratem, eles me amam!

O vampiro não deixou de sentir um leve incomodo com as palavras dela, tendo que desviar o olhar para não ver o rostinho angelical dela e suspirar baixinho, se controlando.

— Mas então, eu já volto!

Com essa frase, a Grace saiu pela portinhola e só voltou algum tempo depois, trazendo consigo um pratinho que tinha uma fatia de bolo de chocolate, fazendo o di Angelo fazer uma careta ao sentir o cheiro da cobertura e olhar feio para a comida.

— Aqui está, titia Silena fez para mim e eu posso dividir com você, amiguinho!

Thalia pegou um banquinho de madeira que havia atrás de um pouco de feno, indo até a frente do dele e colocando o banquinho ali na frente, subindo com cuidado e torcendo para que ele não resolvesse a empurrar dali, ainda tendo que ficar nas pontinhas do pé para conseguir deixar perto de seu rosto, que no caso de Nico, estava tentando desviar com todo custo do pratinho, que parecia o seguir em todo movimento, pensando em realmente atacar aqueles bracinhos tão perto de si.

Porém, antes que ele realizasse qualquer movimento a mais, foi surpreendido pelo prato que subiu com tudo, socando o conteúdo dele contra seu rosto de modo espetacular.

A pequena se afastou deixando o pratinho grudado junto com o bolo sob a cara dele, só notando o que fez depois, indo o mais rápido possível o ajudar, retirando o pratinho e vendo a cara de reprovação que ele tinha, começando a dar risada, o que quase causou uma queda do banquinho.

Ela pulou dali e viu ele passar a língua onde ela alcançava, provando um pouco do bolo, que para a surpresa do próprio, era muito bom mesmo.

“Mas agora as baratas vão ter um alvo, que no caso...É A MINHA CARA!” Nico rolou os olhos ao ver no que tanto doce acarretaria, começando a ter calafrios ao imaginar aquelas patinhas peludas em seu rosto, querendo que a menina limpasse aquilo de imediato.

Como se fosse ensaiado, duas baratas perdidas estavam vagando pelo ambiente, e para o azar do di Angelo, ambas notaram o doce e começaram a ir para cima dele, fazendo a pequenina berrar alto e começar a correr em direção a portinhola, passando o mais rápido possível ali junto de Fred, algo que, mais cedo, julgou impossível, começando a correr pelo corredor o mais rápido que pode, fazendo o vampiro arregalar os olhos ao perceber que ela era ligeira, e tentar chutar as baratas para longe de si, começando a se debater nas correntes para evitar aquela tragédia.

Ali em cima, Thalia colocou as mãos nos joelhos para tomar fôlego, prendendo a respiração assim que ouviu uivos mais perto do que deveriam, rolando os olhos e começando a correr de novo em direção a escada, indo direto para seu quarto e fechando a porta, notando que ele estava vazio e se jogando na cama sem nem ao menos tirar as pantufas, se preocupando em faze-lo depois que já estava coberta e respirava normalmente, ouvindo a porta la debaixo abrir com um estrondo forte, dando uma risadinha e tendo certeza que alguém tinha se empolgado demais durante a caçada.


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Notas finais do capítulo

YAY! Chegamos ao fim de mais um capítulo!
O que vocês acharam? Quem mais quer esganar o Luke com suas próprias mãozinhas por ele estar fazendo nossa Thalinha sofrer?

Até o próximo o/
Beijos de Escuridão ♥
~Mary.



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