Mordet Et Vivit escrita por MaryDiAngelo


Capítulo 17
Esclarecimentos


Notas iniciais do capítulo

Olar amorinhas ♥
Sim, eu sei, eu demorei um pouco... Culpada!
Mas aconteceu uma coisa, eu desanimei, mas hoje sentei e saiu o capítulo, então eu voltei!

Vamos entender um pouco. LET'S GO!

Good Reading ^-^



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— Não, não, não, mocinha! — Nico interceptou o movimento de Silena que, provavelmente, a levaria a uma fuga das perguntas do vampiro sobre o que havia acontecido. Ainda mais quando estava explícito no rosto dela que sabia do que se tratava.

— Nico! — a voz dela se tornou quase um muxoxo. — Eu preciso… — tentou pensar em qualquer desculpa, torcendo o nariz quando não resultou em nada.

— Vamos! — ele a segurou nos ombros, se posicionando atrás dela e começando a conduzi-la até o sofá da sala de estar. — É claro que você não vai escapar de mim. Não hoje.

— Não é como se eu fosse tentar. — Respondeu, subindo as sobrancelhas quando sentiu seu corpo ser empurrado para baixo, forçando-a a se sentar. — Aliás, o que está acontecendo? Por que isso?

— E você ainda tem a cara de pau de se fingir de sonsa! — o tom dele transbordou a incredulidade que sentia. — Mas, vamos aos fatos querida lobinha: não acha, nem um pouco estranho, o sangue, aparentemente das veias da nossa pequena criança, ter simplesmente me curado?

— Às vezes a gente tem sorte, não? — Silena recostou no sofá, aparentando estar mais tranquila do que realmente estava.

— Parece que vamos demorar aqui mais do que eu imaginava — Nico começou a andar de um lado para o outro, estando em frente ao sofá e sendo seguido pelos olhos dela. — Então, senhorita Beauregard, não tem mais nada a alegar? Pelo menos confirmar seu álibi?

— Que mané álibi! — Franziu o cenho, estranhando o comportamento dele. — O que você andou assistindo? Está me tratando como se estivesse em um julgamento de verdade.

— E está! — ele levantou o dedo indicador, apontando para ela, a fazendo rolar os olhos. — Não faça gestos bruscos, mocinha!

— Ah, Nico! Você está me fazendo perder um tempo precioso que eu poderia estar brincando com Thalia. Se quer alguma coisa, vá direto ao ponto. — Silena cruzou os braços embaixo dos seios, cansando da brincadeira sem sentido do vampiro.

Ele colocou as mãos na cintura, deixando o peso de seu corpo em apenas um dos pés e virando o outro de forma que ficasse de lado, imitando uma pose de mãe que estava prestes a dar uma bela bronca no filho.

— Você está me escondendo coisas. Está na hora de jogar as cartas na mesa.

— Eu não vou te dizer nada! — irrompeu. — Eu quero ligar para o meu advogado! — entrou na brincadeira, vendo-o semicerrar os olhos. — O que? Eu tenho o direito de uma ligação! E quero-a agora.

— Não tem direito a nada não! — Nico balançou a cabeça negativamente. — Seu crime foi muito perverso, inadequado e antiético! Então não tem ligação para a senhorita. Agora, vamos, contando tudo que sabe.

Silena suspirou. Sua mente pensando em vários caminhos e interligando-os para concretizar uma mentira boa o suficiente para que ele a deixasse em paz sobre o assunto “Thalia”, que era algo que ela não poderia dizer assim, sem mais, nem menos.

— Olha, eu não sei o que aconteceu, está bem? Você viu, eu fiquei surpresa, achava que você ia dessa pra pior. — Resolveu dizer uma meia verdade. Ela realmente achava que ele iria bater as botas. E quando isso não aconteceu, foi uma surpresa e tanto. — Mas, se o sangue de Thalia ter algo a ver com isso, algum dia vamos descobrir.

Nico semicerrou os olhos, suficientemente desconfiado para inclinar o corpo, fitando-a do modo mais intenso que conseguiu. A loba franziu o cenho, recuando o rosto e descendo os olhos por ele como quem diz “que merda você está fazendo?”.

— Não acredito em você. — Pontuou. — Mas, agora falando sério, eu ainda não entendi o que aconteceu entre você e Luke. Pode me explicar o que acarretou a pancadaria de vocês dois que, de repente, virou uma disputa de Alpha?

Silena relaxou, aliviada por ter trocado de assunto.

— Ah… — hesitou, comprimindo os lábios e o fitando. — Digamos que ele viu a marca da sua mordida no meu pulso e achou que, não sei, eu estava te alimentando, talvez? Que eu estava te ajudando? Não sei, ele não chegou em mim falando “Então, essa mordida me incomodou e me deixou em dúvida: o que está acontecendo?”. Só chegou no soco e eu só fui.

O di Angelo passou um tempo em silêncio. Seu rosto ilegível.

— Então… Foi meio que… Minha culpa?

Ela não havia visto por esse lado, mas, negou.

— Nem tudo que acontece de ruim é sua culpa, sabia?

— Eu não diria isso com tanta convicção. — Nico repeliu, subindo as sobrancelhas e desmanchando sua pose de superior, resolvendo se sentar ao lado dela, se afundando no conforto que o sofá oferecia.

— Luke sempre foi descontrolado e cedia muito fácil a sua raiva… — Silena comentou, descontraída. — Mas não acho tão interessante nós falarmos dele. Vai que pronunciar o nome invoca a criatura, não é?!

— É…

Eles mergulharam em um silêncio confortável. Ambos enevoados o suficiente por seus próprios pensamentos para conversarem sobre tal.

Até que um grito agudo demais preencheu o ambiente.

Sem dúvidas era Thalia que havia gritado. E, isso deu-se por confirmado quando Silena e Nico passaram pelo arco da porta juntos, um pouco desesperados demais para um simples acidente na cozinha.

A pequena estava caída no chão. Por seu corpo inteiro havia sangue, assim como no chão ao seu redor e respingos pela ilha da cozinha e nas paredes.

— Thalia…O que…? — Silena arregalou os olhos, entrando na cozinha com cautela, pois o cenário não parecia nenhuma batalha que pudesse tê-la machucado. Parecia mais que ela estava tentando cozinhar alguma coisa que deu terrivelmente errado.

— Não! — A Grace a parou, levantando seu corpo e franzindo o nariz em nojo quando ouviu o sangue se desgrudar do chão e ir com ela. — Deixa que eu faço sozinha! Eu sou uma adulta já!

— Claro, super sensato — a loba retrucou, negando em reprovação e indo em direção a garota, que fez um bico, mas aceitou a mão para ter ajuda na hora de se levantar, quase escorregando na poça de sangue. — Como você fez isso, menina?

— Eu… — Thalia começou a falar, mas se interrompeu ao ver que seu alvo estava bem ali, encostado no arco da porta com um semblante divertido. Ela baixou o tom de voz, sussurrando: — não posso falar!

Silena olhou por cima do ombro, subindo as sobrancelhas quando seu olhar se encontrou com o de Nico, que havia pego a indireta. Por isso, balançou a cabeça em negação e voltou para a sala, deixando as duas terem “privacidade” para conversar, se é que tinha privacidade em uma casa cheia de lobos com audição aguçada (sem contar o próprio vampiro, né?!).

— Agora pode? — a Beauregard indagou, pegando um papel toalha em cima da ilha da cozinha e passando pelo rosto de Thalia, limpando-o.

Ela assentiu.

— Eu estava tentando fazer um bolo de sangue para o Senhor Presinhas, sabe… Para comemorar a sua... Vida. Se é que ele tá vivo, não é?!

Silena riu. É, ela tinha mesmo razão: de qualquer jeito ele não estava vivo.

— E por que não me pediu ajuda, pequena?

— Porque eu queria fazer sozinha! — Thalia fez um bico, levando as mãos para o cabelo e começando a espremê-los para se livrar do excesso de sangue. — Sempre as suas coisas dão certo, porque as minhas dão errado?

A loba comprimiu os lábios, deixando de lado o estado limpo de suas roupas e pegando-a no colo.

— Você não deve e não pode se espelhar em mim, ok? — disse. — Você vai fazer as coisas do seu jeito quando for maior e elas vão dar certo, acredite em mim, pequena. Não é porque um bolo não deu certo que você vai parar de fazê-los. — Rumou em direção a escada, passando direto por Nico, que estava jogado no sofá. — O que acha de um banho?

Thalia assentiu, abraçando o pescoço de Silena, pouco se importando se estava a sujando de sangue.

— Ah — a Beauregard pareceu se lembrar de algo. — Se eu me lembro bem, um certo vampirinho me disse que iria te ajudar no treino de arco e flecha. Topa?

Um pavio de animação se acendeu na pequena, que se afastou por completo de Silena, abrindo um sorriso de orelha a orelha enquanto era deixada no chão do banheiro.

— É claro!


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Notas finais do capítulo

YAY! Chegamos ao final de mais um capítulo! :3
O que vocês acharam? O que querem que aconteça? O que acham que vai acontecer?

Até o próximo o/
Beijos de Escuridão ♥
~Mary.



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