Odds - INTERNATO SALVATORE escrita por Jenniffer


Capítulo 10
Não.


Notas iniciais do capítulo

Anteriormente em Odds:

No último capítulo, Caroline saiu desnorteada de Nova Orleans - após saber quem foi Kiarah na vida de Klaus - levando Lizzie, Josie e Hope com ela de volta para escola (Internato Salvatore).

Nos capítulos anteriores, Klaus esquartejou uma bruxa depois de descobrir que ela era uma Neopagi e que elas estavam de volta representando um perigo para Hope. Além disso, nos contou que esse coven já investiu num ataque à primogênita de Klaus em tempo escolar há anos atrás. O auê foi grande, pois Caroline demonstrou desprezo e ódio por essa memória, concordando com qualquer plano sangrento que Klaus sugerisse para solucionar esse problema recorrente. O combinado foi que Caroline levasse as meninas de volta, para que eles pudessem se concentrar em resolver esse problema sem as afetar.

No entanto, no final do último capítulo, Caroline foi varrida para fora da estrada num acidente de carro ainda por explicar...

Estará esse acidente relacionado com as Neopagi que perseguem e querem sacrificar Hope a todo o custo? Veremos já a seguir no capítulo: NÃO.

Deixo vocês , com pai e filha, Klaus e Hope, senhoras e senhores. ~Até já ~





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**Klaus**

Acabo de desligar o telefone e já estou com raiva. Bonnie me ligou dizendo que não consegue contatar Caroline e que está com um mau pressentimento. Ela não é uma bruxa? Por que não fez um feitiço de localização? Agora estou eu, pendurado no celular ligando vezes sem conta para Caroline e começando a ficar preocupado, quando ela provavelmente só parou para dar uma volta no shopping com as meninas. Tudo bem que ela disse que só fariam uma parada e ela segue religiosamente seus planos, mas estamos falando de Caroline nos final das contas. Aperto o celular até o amassar ligeiramente. Desligo e ligo. Desligo e ligo. Desligo e ligo. Deixo mensagem. Desligo e ligo. Desligo e ligo. Já tentei os telefones das 4. Isso não é normal e me alarma. Lizzie está sempre contatável. Ela lê no telefone, e ela lê em viagens, ela leva a vida entre uma leitura e outra. Agora estou oficialmente preocupado.

Meu celular dá sinal de vida e já atendo perguntando rudemente:

— O que raios você estava fazendo que nenhuma de vocês atende a porcaria do telefone? – e expiro, deixando a frustração momentânea sair do meu corpo.

— Sou eu Klaus. – me decepciono.

Achei que era Caroline. Mas é Rebekah.

— Klaus, o carro delas foi interceptado no caminho. Não muito longe de Nova Orleans. Eu já estou a caminho. Marcel e Elijah também. O esquedrão de segurança delas não responde ao Marcel e meu coração não está cabendo no buraco de uma agulha nesse momento. Eu não sei quem teve a audácia de atacar as nossas meninas, mas te aguardo para o massacre dessas Neopagis malditas. Estou enviando a minha localização para seu carro nesse momento.

Ela desliga e eu nem disse uma única palavra. Desço as escadas arrastando Hayley, que agarrei no caminho só explicando o porquê já dentro do carro, que bate o ponteiro da velocidade máxima em menos de 12 segundos. Hayley mal pode se conter, vejo seus olhos piscarem em cores diferentes no reflexo do vidro, nuances de híbrida em completo controle da sua transformação, mas zero controle das suas emoções.

— Contenha-se Hayley - eu digo bem baixo, num tom que não deixa dúvidas ao que quero verdadeiramente dizer: “Contenha-se e você poderá destroçar algumas pessoas em breve, apenas tenha paciência.”

A viagem de carro é um borrão na minha mente. Interrompido apenas por ligações de meus irmãos, Marcel, Bonnie e Davina que ligou só para avisar que Kol seria o primeiro a chegar ao local onde o carro delas emitiu a última localização online. Quando chego ao local, já saio do carro ainda em andamento ao ver os corpos carbonizados dos seguranças que sempre as acompanham de longe. Caroline não gosta que as meninas se sintam vigiadas, então aceita a equipe com a condição deles se manterem a uma distancia razoável. Longe o suficiente para não serem notados, perto o suficiente para interferirem com qualquer problema. Claramente eles não estavam perto o suficiente e não tiveram chance alguma de interferir em coisa nenhuma. Eles estavam lutando contra algo maior do que o seu treinamento. Magia. Negra. Não sobrou nenhum deles vivos, e mal posso reconhecê-los por baixo do negrume que envolve seus corpos.

— Klaus. – Kol chama minha atenção, sem olhar nos meus olhos. Focando meu olhar na direção do dele, vejo Elijah ao lado de Caroline totalmente empalada por um tronco de árvore noutro tronco de árvore ainda mais grosso, ele teme tocá-la apenas para ver que a vida foi roubada do seu corpo.

Por incrível que pareça só sinto frio. Mais nada. Os outros vão chegando e esperando uma reação violenta da minha parte e se comportando muito defensivamente quando eu reajo apenas com frieza e calma.

— Kol. Encontre a Bonnie. Ela, Freya e Davina precisam encontrar as meninas, para que eu possa ir resgata-las. - digo sem emoção como se não estivesse falando da minha própria filha desaparecida, sequestrada com as filhas da mulher que eu amo, ainda pendurada numa árvore como em um filme de terror tornado realidade.

— Nós as tratamos como crianças, mas elas não são apenas 3 meninas inocentes Klaus, elas sabem se defender. Elas estão bem. Está tudo bem. Nós só temos que ir buscá-las o quanto antes.

Meus músculos até doem com a rigidez de meus movimentos clinicamente orquestrados. Aponto para Caroline e respondo para horror de Elijah:

— Ela também sabia se defender. MAS ESTÁ MORTA! – grito a última frase como se minha ficha só tivesse caído agora. E o gelo se espalha mais forte por minhas veias, queimando mais que uma labareda, me atirando momentaneamente para um infinito tormento que já me é algo familiar, poderoso, avassalador que nunca pensei que fosse sentir outra vez. Leva um segundo eterno para que me concentre de novo na realidade que me cerca e meu coração está sem limites. Novas portas de ódio, manipulação e vingança crua se abrem em mim como se eu fosse um santo que se deixou seduzir pelo mal. Só que eu não sou um santo! Eu sou Klaus Mikaelson e meu nome do meio é destruição.

**Hope **

Acordo numa jaula e tento me libertar depois de verificar que Josie e Lizzie estão bem. Eu não devia ter medo, mas tenho. E é uma bosta. Não estou acostumada a sentir isso, parece um segundo corpo tentando ocupar o espaço do primeiro e me espremendo para fora. É irritante. Mas não deixo que me domine. Tento me concentrar nas vozes a minha volta, estão longe de nós, mas consigo ouvir, se respirar baixinho. A escuridão a nossa volta ajuda a focar meus outros sentidos no meu objetivo. Sinto uma mão no meu ombro e é Lizzie vinda do além que nem uma alma penada e com a mão gelada me dando um susto paralisante. Eu me cago de medo de fantasma. Estar no escuro enjaulada não ajuda a controlar isso, e com certeza uma mão gelada nas suas costas completamente do nada também não.

— Josie ainda está desmaiada, mas ela está bem. – informo chacoalhando a mão dela pra longe de mim, ainda tentando ouvir o que está acontecendo lá fora.

— Eu sei, eu sinto. – Ela joga na minha cara com tranquilidade a ligação de gêmeas, da qual sempre tive uma leve invejinha.

Uma luz no fim do corredor se acende chamando nossa atenção. Lizzie tenta abrir as grades grossas e escamosas com magia, sem sucesso.

— Eu já tentei isso. Não funcionou. Deve ser como no armazém de armamento da escola. Anti magia.

Lizzie não desiste, o que me ofende um pouquinho.

— Liz, eu disse que eu já tentei. – repito com cara de bosta.

— Você tentou com magia. – ela responde tranquilamente me ignorando e se concentrando nas grades.

As vozes ao longe ficam mais altas e emboladas, consigo ouvir mas não adianta nada, não reconheço aquela língua.

— Eu estou tentando extrair a magia que te impede de conseguir. É claramente um bloqueador mágico.

Detesto que ela sempre tenha razão. E assisto enquanto ela abre um plano de força no ar, e começa a drenar as grades como fazia comigo quando eu era mais nova e tinha um surto. As ondas interagem comigo de um jeito estranho, e do segundo em que acho que é só coincidência até ao momento que entendendo o que está acontecendo já caio de joelho e seguro a grade arfando.

— Lizzie, você está me drenando junto. – digo em meia voz, me sentindo fraca.

— Eu sei. - ela responde sem parar o que está fazendo. - Eles foram inteligentes, e ligaram o feitiço a sua magia, eu vou ter que continuar. Prometo parar antes de te extinguir.

— Quanta consideração. Que maravilha. - respondo irônica sabendo que Lizzie vê um desafio como eu e que provavelmente vou morrer e virar vampira dentro dessa jaula se ela não parar a tempo e me drenar por inteiro.

É suposto que eu seja composta de três camadas mágicas, além da magia natural dos meus ancestrais bruxos, que Lizzie está drenando agora como se fosse um suco de pacote com canudo, ainda tenho a magia isolada da minha herança vampírica e lobanil que corre em meu sangue independente da minha magia. Então, morrer eu não vou. Não permanentemente pelo menos, embora consiga sentir a vida escorrer de mim como água do banho, jorrando para fora de mim, impulsionada por Lizzie. Ela sabe quando parar. Ela sabe quando parar. Ela sabe quando parar, repito para mim mesma enquanto ainda sinto meu corpo, imediatamente antes de apagar. Quando acordo, Josie sorri pra mim de leve e percebo que a magia está de volta ao nosso controle porque vejo Josie iluminar o lugar, que antes era escuro, conjurando um raio solar flutuante que eu acredito que apenas nós as três conseguimos ver. Um feitiço clássico que me faz lembrar nossas primeiras aulas no internato. Josie ainda sorri quando as vozes que deixei de ouvir voltam e se aproximam de nós. Lizzie está em posição de defesa e com os olhos cheios de veneno quando uma mulher que me lembra alguém muito morto, tipo um cadáver velho, gasto, como um cartoon de múmia, anuncia aos outros do grupo dela em alto e bom som:

— Elas saíram finalmente da jaula. Estão prontas para que comecemos o ritual. Demoraram, meninas. – ela nos repreende com sua voz aguda e desagradável, no tom de um professor recolhendo a tarefa da escola. Sua expressão de bondade não combina com sua pele nojenta. Sua presença me dá engulhos. Josie já assume a dianteira querendo brigar e gritando:

— VOCÊ MATOU A MINHA MÃE.

— Ela lembra - a mulher nojenta diz batendo pequenas palminhas como que comemorando e rindo.

Caroline, morta? O que está acontecendo? Me pergunto enquanto vejo Lizzie ser dominada por algo que nunca antes presenciei. E tirando Josie da sua frente como se ela fosse uma folha de papel, sinto o ar crepitando a nossa volta, e ouço o estalar dos campos energéticos que ela move a sua passagem. Ódio puro e duro guiam seus passos em direção ao grupo que nos encara tranquilamente. Seus olhos estão de um vermelho sangue, o Coven está ainda sem noção alguma do que os espera. Sem consciência da bomba relógio armada para explodir a todos nós caminhando lentamente em sua direção, calma como a morte.

 


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Notas finais do capítulo

O que esperar das Cenas dos próximos capítulos:

1) O desenrolar desse encontro. #Tiro #porrada #bomba

2) Um pouco das vulnerabilidades da Josie #TadinhaDaUnicorniozinhoFeliz

3) O segredo de Lizzie. (Lembram que ela tinha um segredo que queria contar para Kol lá nos primeiros capítulos? Não né? Então, ela tinha. E será revelado.) #EssaMinaélouca

4) Caroline. Calma gente, ela não morreu! Eu não como merda, né? Relaxem que ela volta. #ComoFantasmaTalvezMasVolta. Tou brincando. Ela volta normal para alegria de todos e Klaus vai tomar as rédeas da situação. No mundo da magia, tudo pode acontecer, mas lembrem-se que magia sempre cobra o seu preço.

5) Será que eles finalmente vão chegar até a escola? Está difícil, mas eu tenho fé que vou conseguir apresentar a escola em algum momento. Deus me ajude a parar de enrolar. A cada capitulo me vem uma ideia diferente.

Obs: Alguém ligou pro Alaric? Opss

Um beijo para quem fica e uma atéjázinho para quem quiser me encontrar nos comentários.



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