The Wolf escrita por Nika Mikaelson
Notas iniciais do capítulo
Oiii gente! Nesse Cap vai começar a ação da Fic... hahaha
Espero que gostem.
E a bella lerda e devagar, é o último CAP em que ela será assim hahaha
surpresas por aiiii
Minha cabeça tem uma sincronizada latejada. Latejava, dois segundos, voltava. Latejava, dois segundos, voltava. Meus olhos ainda fechados pareciam pesados e cansados, ardiam sem nem ao menos abri-los.
Que pesadelo horrível.
Pensei, forçando meus olhos fechados e logo abrindo. Assustei vendo Sue ao meu lado, sentada em uma cadeira.
— Sue! – Exclamei confusa. Apoiei meus cotovelos na cama, tentando me levantar.
— Está tudo bem. Tudo bem – Ela colocou as mãos nos meus ombros e me abaixou a cama novamente. – Não faça esforço querida, está tudo bem. Você desmaiou na praia...
— Jacob. – Sussurrei, lembrando-me do meu sonho.
— Sim. Ele está lá fora com o Billy. Desculpa por ter visto sua avó dessa forma, creio que não tenha ajudado você não ter tomado corretamente o seu café...
Ela falava e eu sentia como se tentasse me persuadir. Ela deveria saber sobre o que Jacob me contou, e pelo jeito, não deveria ter contado. Poderia fingir que nada aconteceu, e quem sabe assim, Jacob falaria mais.
Minhas mãos formigavam um pouco, e agora Sue aconselhava eu ir comer alguma coisa e que ficasse lá mais uma noite, a sensação que tive é que a ideia foi essa desde o começo. Não precisavam de mim aqui, vovó tinha a eles. Mas alguma coisa me dizia que quem precisava de mim aqui era, os Black.
Assenti com a cabeça, tudo o que ela falava, não deixando rastros de que eu certamente lembrava-me de tudo o que havia acontecido na praia.
O pior era parecer que aquilo tudo era um sonho. Nenhuma pessoa sensata acreditaria nas histórias que o Jacob havia contado. Aquilo era pura fantasia, mas, lá no fundo da minha memória, as discussões dos meus pais vieram á tona:
— Charlie, você sabe o que isso significa! – Renée falou chorosa para o papai.
Eu estava no chão, com os brinquedos ao meu redor. Mãos pequenas, pés pequenos e pernas curtas. Em minha mão, segurava uma caneta rosa, e no papel desenhava um cachorro. Subi os olhos até eles, mais nova, Renée segurava a jaqueta preta do Charlie, que ainda tinha os cabelos negros e cheios.
— O que eu posso fazer, querida? – Perguntou desesperado para minha mãe. Segurou em seus braços e eu pude notar que ele também procurava uma saída.
— Vamos embora. Ela não se lembrará de nada, tem apenas nove anos, eles não vão nos achar...
— É a nossa família, Renée. Você não está pensando direito.
— Ela é á nossa filha Charlie! – Gritou, colocando as duas mãos nos cabelos e chorando. – Nossa menina! E eu não vou entrega-la a essa guerra!
— Esse é o destino dela. – Finalizou a discussão, saindo do cômodo.
Sai do banho, ainda com os cabelos úmidos e fui até a cozinha. Ainda não tinha visto Jacob desde a hora que acordei, queria falar com ele e certamente me desculpar pelo desmaio. Tenho certeza que o coloquei em grande encrenca.
Vovó Swan estava na cozinha, passando os dedos finos na mesa, como se estivesse escrevendo alguma coisa, ou desenhando. Parei ao lado do batente e a observei.
— Bella? – Perguntou e eu surpresa, por ela saber que era eu, sorri.
— Olá vovó.
— Sente-se, querida. – Falou com a voz calma.
Puxei uma cadeira, e sentei ao seu lado. Seus olhos ainda estavam fixos pra frente, e os dedos ainda mexiam na mesa.
— O que está fazendo? – Estava tentando entender o que ela fazia.
— Essa doença está acabando comigo. Quando começo esquecer alguma coisa, eu escrevo. Para lembrar-me de cada detalhe e não me perder no caminho.
— E agora, está se lembrando do que?
— Uma lembrança nossa. – Seus olhos encheram d’água, e era nítido que ela estava emocionada.
— Vovó Swan.
— Sim? – Perguntou quando eu hesitei.
— Eu sei sobre tudo. – Falei séria, mas ela sorriu.
— Claro que sabe. Meu menino lhe contou. O motivo para ele ter contado não é esse, não é apenas saber. E sim, se você acreditou. – Seus dedos pararam de se mover, e as duas mãos se entrelaçaram.
— É um pouco difícil. Mas, é como se eu soubesse que é verdade. Lá no fundo, eu sei. Só não quero acreditar que as coisas que eu assistia em filmes, são reais.
— Muitas coisas são reais. Presumo que Jacob contou sobre as lendas, ele não e um bom contador de histórias. – Sorriu como se fosse uma piada interna. – Mas é uma boa pessoa. Você entendeu rápido, por seu pai ser o Charlie, pensei que demoraria mais um tempo.
— Por ser filha do Charlie? – O que ser filha dele dificultaria nessa loucura.
— Seu pai nunca gostou...
— Ele é um...
— Um lobo. – Adicionou normalmente. – Ele foi expulso da matilha e condenado na cidade. Mas essa parte da história, eu deixo para que ele conte. Você não saiu da cidade, você foi levada dela. Seu pai é um bom homem, não nos abandonaria em uma hora como essa.
—Por que eu não estou assustada com tudo isso?
— Não nos assustamos com a nossa natureza. Isso facilita para nós.
— Nós? – Presumi que vovó Swan também fosse um lobo.
— Ah, eu sou. Mas não ando com a matilha há muito tempo.
— Tem mais de nós? – Aquilo me surpreendeu.
— Ora querida, você está na nossa reserva.
Depois com a conversa com a vovó, achei melhor ir tomar um pouco de ar. Ao lado de fora da casa, estava frio e úmido, mesmo sendo um frio cortante, ao anoitecer piorava. Aquele lugar nunca estava calor, as gramas estavam brilhantes, e o cheiro de mato molhado já era normal por ali.
Encolhi os ombros quando uma corrente de ar frio passou por mim. Olhava a imensidão da floresta, com árvores enormes que balançavam. Ali deveria existir muito mais do que eu imaginava. Muito mais do que qualquer humano comum imaginava.
Peguei meu celular, e no visor vi algumas mensagens de Renée. Estava magoada com eles, e muito brava. Eles sabiam o real motivo para o qual eu vim, e não se deram o trabalho de contar, não me prepararam para isso. Apenas me colocaram em um avião e disseram adeus.
Coloquei o celular de volta ao bolso, e vi um homem parado á alguns metros de mim. Estava sem camisa, e com uma bermuda escura. Dei alguns passos na sua direção, e parei, assim que percebi que não era o Jacob nem o Seth.
Ele estava com a respiração ofegante, e os olhos miravam para mim em tom de ameaça. Dei alguns passos pra trás.
Um uivado faz com que nós dois olhássemos para a floresta rapidamente. Assustada, voltei a olha-lo, porém ele não estava mais ali.
Sem pensar muito bem, comecei a correr na direção da floresta. Entrei entre as árvores cumpridas, que ao olha-las por baixo, eram maiores ainda. Quebrava alguns galhos, e pulava alguns troncos derrubados. Ouvia barulhos de passos próximos, mas não conseguia enxergar ninguém por perto. Comecei a me arrepender de ter feito isso. Já cansada, minhas pernas imploravam para parar, então diminui a velocidade.
Mais uma vez ouvi o uivado, e minhas pernas voltaram o correr.
Vi um corpo no chão, e parei. Parecia machucado, sua pele brilhava em suor e tinha alguns respingos de sangue nas suas costas. Engulo seco, e ao dar mais um passo, eu quebro um galho.
Fechei as mãos assustada, olhava ao redor enquanto ia até essa pessoa.
Era um menino, e gemia de dor. Ele se contorcia no chão, era desesperador.
Foi mais desesperador, quando reconheci o Seth.
— Meu Deus! – Abaixei rapidamente ao seu lado.
Seth estava totalmente soado, com os olhos fechados e tremendo. Estava completamente nu e assustado.
— Seth, está me ouvindo?
— Saia daqui, Bella. Saia agora. – Pediu entre os gemidos de dor.
— O que fizeram com você? – É obvio que eu não sairia dali.
— Fala baixo. – Sussurrou. – Ele voltou.
— Ele qu...
— Ora, ora, ora. – Outra voz apareceu e eu levantei rapidamente, virando-me para a voz. – Uma humana. – Riu desdenhando.
O homem era alto e pálido. Tinha os cabelos loiros e prateados, penteado para trás. Seu rosto era gélido, em uma expressão sarcástica e maldosa. Olhei nos seus olhos frios, e notei que eles eram vermelhos. Sentia meu sangue pulsar pelo meu ouvido e meu coração bater forte.
— Nossa. – Falou surpreso. – Está tão assustada quanto eu. Espera. – Deu uma pausa, fingindo pensar. – Eu não estou assustado.
— Quem é você?
— Depende de quem for você. – Deu os ombros, e seus lábios esticaram em um sorriso cínico. – A velocidade do seu sangue correndo pelas suas veias, está me deixando louco. – Suspirou. Seus olhos não tinham vida, eram maldosos e desafiadores.
“— Que nojo, beber sangue.”
Lembrei-me do que Jacob me contou e soube no mesmo instante o que ele era.
Um vampiro.
— Eu não tenho medo de você. – Menti.
— Ah, não? – Aproximou-se.
— Um pouco longe de casa, não é Carlisle. – Reconheci a voz que entrou na nossa conversa.
Olhei por cima do ombro do Carlisle e vi Jacob. Meu coração ficou feliz em vê-lo, era bom tê-lo por perto. O vampiro fixou os olhos a mim, e aproximou-se mais ainda. Visivelmente curioso.
— Estou surpreso. – Carlisle estava com os olhos hipnotizados a mim. – Muito surpreso. Confesso que isso não acontece todos os dias. Deixe-me adivinhar, você é a filha perdida. – Deu mais um passo, ficando muito perto. Ele conseguia ser mais frio, do que o clima de Forks.
— Não é ela. – A voz do Jacob engrossou, e Carlisle riu alto.
— Nossa. – Passou o polegar no meu queixo, e eu senti medo. Senti frio, era como se ele sugasse toda a felicidade dentro de mim. – É inegável a forma como o seu coração bate forte ao vê-lo. Com certeza, é ela. – Deu uma pausa. – Mais um passo, e eu arranco o coração dela na sua frente, cachorro. – Ameaçou Jacob, sem virar para ele. Seus olhos eram ambiciosos. – Foi um prazer conhecê-la, bem-vinda a guerra.
E então sumiu. Como um vulto.
Jacob correu até o Seth e o carregou em seus braços rapidamente. Tirei minha jaqueta, e coloquei por cima do menino que ainda tremia e soava.
— Vem Bella. Vamos! – Andava rápido com o irmão nos braços.
— O que aconteceu? O que... Eles não estavam longe daqui?
— Estavam. Na verdade deveriam! Eles não podem ficar em Forks, muito menos na reserva. Mas o nosso casamento...
— O-o nosso o quê?
— Bella. – Virou pra mim como Seth nos braços. – Ele levou isso como uma ameaça, preciso avisar a todos. É melhor você começar a parar de ser tão ingênua e enxergar o que está na sua frente. Você não veio aqui, porque sua avó precisava de ajuda. Você veio aqui, por que nós precisamos de ajuda. Aqui é o seu lugar, o seu lugar é ao meu lado.
Ele me olhou com intensidade. Senti-me protegida ao lado dele, e tinha certeza que tudo seria possível, se nós nos uníssemos.
Ainda sentia o toque gelado do Carlisle no meu queixo, mas não sentia mais medo. Sentia coragem para enfrentar o que tinha por vir, por eles, por Jacob.
— Eu estou aqui. Me mostre Jake, essa guerra também é minha.
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