The Wolf escrita por Nika Mikaelson


Capítulo 4
Guerra


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente! Nesse Cap vai começar a ação da Fic... hahaha
Espero que gostem.
E a bella lerda e devagar, é o último CAP em que ela será assim hahaha
surpresas por aiiii



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Minha cabeça tem uma sincronizada latejada. Latejava, dois segundos, voltava. Latejava, dois segundos, voltava. Meus olhos ainda fechados pareciam pesados e cansados, ardiam sem nem ao menos abri-los.

Que pesadelo horrível.

Pensei, forçando meus olhos fechados e logo abrindo. Assustei vendo Sue ao meu lado, sentada em uma cadeira.

— Sue! – Exclamei confusa. Apoiei meus cotovelos na cama, tentando me levantar.

— Está tudo bem. Tudo bem – Ela colocou as mãos nos meus ombros e me abaixou a cama novamente. – Não faça esforço querida, está tudo bem. Você desmaiou na praia...

— Jacob. – Sussurrei, lembrando-me do meu sonho.

Sim. Ele está lá fora com o Billy. Desculpa por ter visto sua avó dessa forma, creio que não tenha ajudado você não ter tomado corretamente o seu café...

Ela falava e eu sentia como se tentasse me persuadir. Ela deveria saber sobre o que Jacob me contou, e pelo jeito, não deveria ter contado. Poderia fingir que nada aconteceu, e quem sabe assim, Jacob falaria mais.

Minhas mãos formigavam um pouco, e agora Sue aconselhava eu ir comer alguma coisa e que ficasse lá mais uma noite, a sensação que tive é que a ideia foi essa desde o começo. Não precisavam de mim aqui, vovó tinha a eles. Mas alguma coisa me dizia que quem precisava de mim aqui era, os Black.

Assenti com a cabeça, tudo o que ela falava, não deixando rastros de que eu certamente lembrava-me de tudo o que havia acontecido na praia.

O pior era parecer que aquilo tudo era um sonho. Nenhuma pessoa sensata acreditaria nas histórias que o Jacob havia contado. Aquilo era pura fantasia, mas, lá no fundo da minha memória, as discussões dos meus pais vieram á tona:

— Charlie, você sabe o que isso significa! – Renée falou chorosa para o papai.

Eu estava no chão, com os brinquedos ao meu redor. Mãos pequenas, pés pequenos e pernas curtas. Em minha mão, segurava uma caneta rosa, e no papel desenhava um cachorro. Subi os olhos até eles, mais nova, Renée segurava a jaqueta preta do Charlie, que ainda tinha os cabelos negros e cheios.

— O que eu posso fazer, querida? – Perguntou desesperado para minha mãe. Segurou em seus braços e eu pude notar que ele também procurava uma saída.

— Vamos embora. Ela não se lembrará de nada, tem apenas nove anos, eles não vão nos achar...

— É a nossa família, Renée. Você não está pensando direito.

— Ela é á nossa filha Charlie! – Gritou, colocando as duas mãos nos cabelos e chorando. – Nossa menina! E eu não vou entrega-la a essa guerra!

— Esse é o destino dela. – Finalizou a discussão, saindo do cômodo.

Sai do banho, ainda com os cabelos úmidos e fui até a cozinha. Ainda não tinha visto Jacob desde a hora que acordei, queria falar com ele e certamente me desculpar pelo desmaio. Tenho certeza que o coloquei em grande encrenca.

Vovó Swan estava na cozinha, passando os dedos finos na mesa, como se estivesse escrevendo alguma coisa, ou desenhando. Parei ao lado do batente e a observei.

— Bella? – Perguntou e eu surpresa, por ela saber que era eu, sorri.

— Olá vovó.

— Sente-se, querida. – Falou com a voz calma.

Puxei uma cadeira, e sentei ao seu lado. Seus olhos ainda estavam fixos pra frente, e os dedos ainda mexiam na mesa.

— O que está fazendo? – Estava tentando entender o que ela fazia.

— Essa doença está acabando comigo. Quando começo esquecer alguma coisa, eu escrevo. Para lembrar-me de cada detalhe e não me perder no caminho.

— E agora, está se lembrando do que?

— Uma lembrança nossa. – Seus olhos encheram d’água, e era nítido que ela estava emocionada.

— Vovó Swan.

— Sim? – Perguntou quando eu hesitei.

— Eu sei sobre tudo. – Falei séria, mas ela sorriu.

— Claro que sabe. Meu menino lhe contou. O motivo para ele ter contado não é esse, não é apenas saber. E sim, se você acreditou. – Seus dedos pararam de se mover, e as duas mãos se entrelaçaram.

— É um pouco difícil. Mas, é como se eu soubesse que é verdade. Lá no fundo, eu sei. Só não quero acreditar que as coisas que eu assistia em filmes, são reais.

— Muitas coisas são reais. Presumo que Jacob contou sobre as lendas, ele não e um bom contador de histórias. – Sorriu como se fosse uma piada interna. – Mas é uma boa pessoa. Você entendeu rápido, por seu pai ser o Charlie, pensei que demoraria mais um tempo.

— Por ser filha do Charlie? – O que ser filha dele dificultaria nessa loucura.

— Seu pai nunca gostou...

— Ele é um...

— Um lobo. – Adicionou normalmente. – Ele foi expulso da matilha e condenado na cidade. Mas essa parte da história, eu deixo para que ele conte. Você não saiu da cidade, você foi levada dela. Seu pai é um bom homem, não nos abandonaria em uma hora como essa.

—Por que eu não estou assustada com tudo isso?

— Não nos assustamos com a nossa natureza. Isso facilita para nós.

— Nós? – Presumi que vovó Swan também fosse um lobo.

— Ah, eu sou. Mas não ando com a matilha há muito tempo.

— Tem mais de nós? – Aquilo me surpreendeu.

— Ora querida, você está na nossa reserva.

Depois com a conversa com a vovó, achei melhor ir tomar um pouco de ar. Ao lado de fora da casa, estava frio e úmido, mesmo sendo um frio cortante, ao anoitecer piorava. Aquele lugar nunca estava calor, as gramas estavam brilhantes, e o cheiro de mato molhado já era normal por ali.

Encolhi os ombros quando uma corrente de ar frio passou por mim. Olhava a imensidão da floresta, com árvores enormes que balançavam. Ali deveria existir muito mais do que eu imaginava. Muito mais do que qualquer humano comum imaginava.

Peguei meu celular, e no visor vi algumas mensagens de Renée. Estava magoada com eles, e muito brava. Eles sabiam o real motivo para o qual eu vim, e não se deram o trabalho de contar, não me prepararam para isso. Apenas me colocaram em um avião e disseram adeus.

Coloquei o celular de volta ao bolso, e vi um homem parado á alguns metros de mim. Estava sem camisa, e com uma bermuda escura. Dei alguns passos na sua direção, e parei, assim que percebi que não era o Jacob nem o Seth.

Ele estava com a respiração ofegante, e os olhos miravam para mim em tom de ameaça. Dei alguns passos pra trás.

Um uivado faz com que nós dois olhássemos para a floresta rapidamente. Assustada, voltei a olha-lo, porém ele não estava mais ali.

Sem pensar muito bem, comecei a correr na direção da floresta. Entrei entre as árvores cumpridas, que ao olha-las por baixo, eram maiores ainda. Quebrava alguns galhos, e pulava alguns troncos derrubados. Ouvia barulhos de passos próximos, mas não conseguia enxergar ninguém por perto. Comecei a me arrepender de ter feito isso. Já cansada, minhas pernas imploravam para parar, então diminui a velocidade.

Mais uma vez ouvi o uivado, e minhas pernas voltaram o correr.

Vi um corpo no chão, e parei. Parecia machucado, sua pele brilhava em suor e tinha alguns respingos de sangue nas suas costas. Engulo seco, e ao dar mais um passo, eu quebro um galho.

Fechei as mãos assustada, olhava ao redor enquanto ia até essa pessoa.

Era um menino, e gemia de dor.  Ele se contorcia no chão, era desesperador.

Foi mais desesperador, quando reconheci o Seth.

— Meu Deus! – Abaixei rapidamente ao seu lado.

Seth estava totalmente soado, com os olhos fechados e tremendo. Estava completamente nu e assustado.

— Seth, está me ouvindo?

— Saia daqui, Bella. Saia agora. – Pediu entre os gemidos de dor.

— O que fizeram com você? – É obvio que eu não sairia dali.

— Fala baixo. – Sussurrou. – Ele voltou.

— Ele qu...

— Ora, ora, ora. – Outra voz apareceu e eu levantei rapidamente, virando-me para a voz. – Uma humana. – Riu desdenhando.

O homem era alto e pálido. Tinha os cabelos loiros e prateados, penteado para trás. Seu rosto era gélido, em uma expressão sarcástica e maldosa. Olhei nos seus olhos frios, e notei que eles eram vermelhos.  Sentia meu sangue pulsar pelo meu ouvido e meu coração bater forte.

— Nossa. – Falou surpreso. – Está tão assustada quanto eu. Espera. – Deu uma pausa, fingindo pensar. – Eu não estou assustado.

— Quem é você?

— Depende de quem for você. – Deu os ombros, e seus lábios esticaram em um sorriso cínico. – A velocidade do seu sangue correndo pelas suas veias, está me deixando louco. – Suspirou. Seus olhos não tinham vida, eram maldosos e desafiadores.

— Que nojo, beber sangue.”

Lembrei-me do que Jacob me contou e soube no mesmo instante o que ele era.

Um vampiro.

— Eu não tenho medo de você. – Menti.

— Ah, não? – Aproximou-se.

— Um pouco longe de casa, não é Carlisle. – Reconheci a voz que entrou na nossa conversa.

Olhei por cima do ombro do Carlisle e vi Jacob. Meu coração ficou feliz em vê-lo, era bom tê-lo por perto. O vampiro fixou os olhos a mim, e aproximou-se mais ainda. Visivelmente curioso.

— Estou surpreso. – Carlisle estava com os olhos hipnotizados a mim. – Muito surpreso. Confesso que isso não acontece todos os dias. Deixe-me adivinhar, você é a filha perdida. – Deu mais um passo, ficando muito perto. Ele conseguia ser mais frio, do que o clima de Forks.

—  Não é ela. – A voz do Jacob engrossou, e Carlisle riu alto.

— Nossa. – Passou o polegar no meu queixo, e eu senti medo. Senti frio, era como se ele sugasse toda a felicidade dentro de mim. – É inegável a forma como o seu coração bate forte ao vê-lo. Com certeza, é ela. – Deu uma pausa. – Mais um passo, e eu arranco o coração dela na sua frente, cachorro. – Ameaçou Jacob, sem virar para ele. Seus olhos eram ambiciosos. – Foi um prazer conhecê-la, bem-vinda a guerra.

E então sumiu. Como um vulto.

Jacob correu até o Seth e o carregou em seus braços rapidamente. Tirei minha jaqueta, e coloquei por cima do menino que ainda tremia e soava.

— Vem Bella. Vamos! – Andava rápido com o irmão nos braços.

— O que aconteceu? O que... Eles não estavam longe daqui?

— Estavam. Na verdade deveriam! Eles não podem ficar em Forks, muito menos na reserva.  Mas o nosso casamento...

— O-o nosso o quê?

— Bella. – Virou pra mim como Seth nos braços. – Ele levou isso como uma ameaça, preciso avisar a todos. É melhor você começar a parar de ser tão ingênua e enxergar o que está na sua frente. Você não veio aqui, porque sua avó precisava de ajuda. Você veio aqui, por que nós precisamos de ajuda. Aqui é o seu lugar, o seu lugar é ao meu lado.

Ele me olhou com intensidade. Senti-me protegida ao lado dele, e tinha certeza que tudo seria possível, se nós nos uníssemos. 

Ainda sentia o toque gelado do Carlisle no meu queixo, mas não sentia mais medo. Sentia coragem para enfrentar o que tinha por vir, por eles, por Jacob.

— Eu estou aqui. Me mostre Jake, essa guerra também é minha.


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Notas finais do capítulo

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