Precisamos um do outro escrita por Moon


Capítulo 22
Treinamento


Notas iniciais do capítulo

Riley decide reparar seu coração partido aprendendo tudo o que Scott pode ensinar antes de partir e se aproximando do novo morador de sua casa, Liam.



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POV Stiles

Riley foi ao banheiro, lavou o rosto, prendeu o cabelo e voltou pro quarto.

— Vamos? - Ela me chamou e foi para a sala.

Hesitei em me levantar, mas a segui.

— O que é que eu tenho que aprender? - Ela perguntou firme.

— Você conhece algum lugar mais isolado? - Scott perguntou. – Não podemos correr nenhum risco.

Ela ficou em silêncio.

— Eu conheço um lugar. - Comentei. - É uma pequena chácara na saída da cidade, tem treino de tiro lá.

— A gente pode ir lá? - Liam perguntou.

— Eu vou fazer umas ligações. - Peguei o celular e me direcionei a porta, antes de sair chamei meu amigo. - Vem comigo!

Fechei a porta e me afastei do apartamento.

— Você tem certeza que isso é uma boa ideia? - Perguntei.

— Eu tenho certeza que não é bom deixar ela no escuro sobre isso... - Ele quase sussurrou. - Ela é a única que vai estar por perto, ela já sabe também. E ela é da família.

Suspirei em concordância.

— Eu não tenho certeza se é o melhor momento pra fazer isso.

Concordei ainda em silêncio.

— O que estão falando? - Tive uma curiosidade.

Ele se concentrou para focar sua audição ao que ocorria dentro do apartamento.

— Eu sinto muito. - Liam soou solidário e sincero. - Eu sei como é difícil.

— Eu não quero falar sobre isso. - Riley foi dura como nunca havia sido.

— Tudo bem. - Ele não insistiu, mas era óbvio que estava surpreso pelo seu tom de voz.

— Desculpa. - Ela suavizou a voz e suspirou. - Eu não queria descontar em você.

— Eu sei. - Dava pra notar o sorriso em seu tom. - Você pode descontar em mim sempre que precisar.

Ela riu também.

— Ela não quer falar sobre isso. - Meu amigo afirmou mas ele não parecia negativo. - Eles vão se ajudar. E eles vão ficar bem.

— Eu espero que isso não seja um problema. - Afirmei sabendo que essa nova amizade da Riley já tinha causado confusão o bastante.

Disquei uma mensagem para meu professor e enviei. Pedi autorização para fazer uso do espaço de treino e perguntei se havia algum treino marcado no dia para saber se haveriam outras pessoas.

Ficamos do lado de fora esperando a resposta do meu professor. Não perguntei o que Scott estava ouvindo, mas sabia que ele estava prestando atenção na conversa do Liam com a Riley. Ele estava preocupado com o beta, que estava cada vez mais solitário.

Logo meu professor me respondeu. Disse para que eu o encontrasse em alguns minutos para pegar a autorização para fazer uso do espaço. Scott lia a mensagem atrás de mim.

— Acho melhor ir até ele sozinho. – Afirmei.

— Eu fico com eles. Pode ir. – Meu amigo disse e me lançou as chaves do carro.

Desci as escadas apressado. Quanto mais rápido eu fosse, mais rápido voltaria. Fui direto para a universidade. Estacionei meu velho jeep, vi Josh caminhando sozinho perto do estacionamento, mas não parei para falar com ele. Segui até o menor dos sete prédios da universidade. O professor estava me esperando na recepção. Caminhou até mim e me entregou o documento.

— Eu achei que seria mais difícil conseguir isso. – Disse sem pensar e me arrependi assim que ouvi aquelas palavras saírem da minha boca.

— Eu gosto de extravasar treinando quando tenho problemas, Stilinski. É um modo não saudável, mas compreensível de lidar com o luto.

Ele achava que era por causa do Mason. Que eu queria um espaço vazio e silencioso pra atirar em alguns alvos e lidar com a minha raiva. Realmente me pareceu agradável, mas meu objetivo era cuidar da minha irmã, ajudar o Liam. Evitar mais mortes.

— Obrigado. Por isso. – Agradeci assim que percebi o que ele estava tentando fazer por mim.

Ele não disse nada.

De algum modo ele me lembrava meu pai. Era duro, mas gentil. Levava muito a sério sua responsabilidade e podia parecer rude as vezes, um pouco assustador, talvez, mas era um bom homem e se preocupava com cada um de seus alunos.

— Boa noite! – Me despedi, ele apenas acenou com a cabeça e eu segui pelo mesmo caminho que havia feito anteriormente. Conferi se Josh ainda estava por perto, depois que entrei no carro, mas não o encontrei.

Segui até o Topanga’s. Estacionei e fui até Cory que estava lendo um livro, sentado na poltrona confortavelmente enquanto Topanga cuidava do caixa e Katy atendia alguns clientes. Olhei ao redor e não encontrei Shawn.

— Oi. – Chamei sua atenção do livro. – Meus amigos querem sair para fazer alguma coisa, se despedir antes de deixarem o Liam definitivamente.

Ele sorriu compreendendo onde eu queria chegar, mas eu continuei a falar mesmo assim.

— Eu queria saber se a Riley tem autorização para ir conosco. – Falei em tom de pergunta.

Ele concordou com a cabeça.

— Por mim tudo bem. – Ele disse.

— Por mim também. – Topanga disse atrás do balcão e o marido nem se surpreendeu por ela estar escutando.

— Cuide bem de sua irmã. – Ela disse enquanto eu saia. Sorri e segui meu caminho para o carro.

Mandei uma mensagem para Scott avisando que estava chegando. Quando cheguei ao prédio, todos os quatro estavam me esperando. Malia e Scott tinham as mãos dadas, Riley estava mais quieta que o normal e Liam estava agitado.

Eles entraram no carro. Riley do meu lado, no banco do carona e os outros três atrás.

— O que eu devo saber? – Riley perguntou.

— O mais importante você já sabe. – Eu disse. Era verdade.

— Certo. – Ela assentiu. – Vocês três são lobisomens.

— Eles são. Eu sou um coiote. – Malia corrigiu.

— Não faz o menor sentido. – Ela disse balançando a cabeça.

— Você tem lidado com tudo isso incrivelmente bem, Riles. – A apoiei. – Ninguém aqui espera que você compreenda tudo de uma hora pra outra.

Ela levantou os cantos do lábio em um sorriso falso e voltou a encarar a estrada.

— O que mais existe? Vampiros, zumbis? – Ela perguntou.

— A gente não sabe de tudo. – Scott explicou. – A Lydia é uma banshee.

— Tipo mitologia celta, a fada que anuncia a morte? – Ela perguntou.

— É, mas não é bem como dizem as lendas celtas. – Eu disse.

— Ela é normal, só que ela prevê umas mortes, ou é atraída para algum corpo abandonado, e ela tem um grito poderoso. – Scott tentou soar o mais simples possível, nenhum de nós entendia completamente os poderes da minha namorada, nem ela mesma.

— Nós conhecemos um nogitsune, uma kitsune.

— O vazio e a raposa. – Riley afirmou.

— Você conhece tudo? – Malia se surpreendeu.

— O Farkle teve uma fase de obsessão por mitologia, e eu li alguns dos livros dele. Ele queria encontrar uma resposta, cientificamente plausível para a criação daquelas lendas. – Ela soou irônica. – Me parece bem plausível agora. O que mais tem?

— Mulher-jaguar, kanima, wendigo, beserkers, druids, darach, híbridos. – Liam foi listando casualmente.

— A gente vai focar na parte dos homens lobos. – Scott o interrompeu. – Que é a única que a Riley tem que conhecer.

Suspirei aliviado. Não queria interromper, mas não queria apresentar a minha irmã tudo de ruim que existe no mundo.

— Eu já saquei que tem uma hierarquia. – Ela disse virando pra trás. – Como é que funciona?

— Toda alcateia tem um líder. O alfa. – Scott começou a explicar. Ele não gostava do termo hierarquia, mas não discutiu.

— Que é você? – Ela perguntou mais para confirmar.

— Sim, eu sou o alfa.

— E como é que um lobisomem se torna alfa?

— Existem dois modos. Eu me tornei um alfa protegendo os meus amigos, me tornei um alfa por causa da minha força e caráter. – Scott disse meio constrangido.

— É o que chamamos de True Alfa. – Liam completou. – Esses são bem raros.

— E o outro modo?

— Quando um beta mata seu alfa, esse se torna alfa absorvendo todo o poder do alfa anterior. – Malia disse sem muita cerimonia. – E alfas podem se tornar mais fortes matando seus betas.

— Eu sou um beta. – Liam completou. – Sou um membro da alcateia, mas tenho uma conexão diferente com o Scott porque ele me criou e porque ele é um alfa.

— Que tipo de conexão? – Ela perguntou.

— Um sente quando alguma coisa está errada com o outro. – Scott disse. – Não fisicamente, no geral, é mais um instinto.

— E a gente não precisa se comunicar verbalmente durante uma luta. – O Liam disse. – E eu geralmente, obedeço às ordens dele.

— Geralmente?

— É mais uma questão de respeito do que de poder. – Liam disse encarando o alfa.

— E como é que alguém se torna lobisomem?

— Tem gente que nasce assim. E a maioria, como nós, é mordido ou ferido por um lobisomem.

— Então se um de vocês me morder eu vou me transformar? – Ela seguiu com os questionamentos, enquanto eu continuava focado na estrada.

— Ou morrer. – Liam disse sem humor.

— Nem todo mundo sobrevive a uma mordida. – Scott afirmou.

— E o que mata vocês? Bala de prata no coração?

— Balas comuns também. – Scott afirmou. – Algumas feridas mais profundas, facadas, choque, tudo o que mata um humano pode chegar a matar um lobisomem, mas é mais difícil. Porque temos grande capacidade de cura.

— Temos algumas fraquezas. – Malia informou. – Tem essa erva, chamada wolfsbane, que dependendo do quanto e como usada pode causar alucinações, fraqueza, desmaios e até morte.

— Também existe esse pó estranho que chama mountain ash, que formam barreiras impenetráveis pela maioria dos seres sobrenaturais, incluindo lobisomens. – Liam disse. – E o visco também pode nos envenenar como a wolfsbane.

— Durante um eclipse total da lua, ficamos completamente sem poderes. – Malia afirmou.

— Além da cura, que outros poderes vocês têm?

— Os sentidos são bem aflorados. – Liam disse. – Eu consigo ouvir seu coração bater daqui, escutar as engrenagens fazendo o carro andar e ainda escutar as pessoas falando no carro do lado.

Riley olhou pro carro ao lado enquanto ele continuou.

— A visão também é mais clara, o olfato é aguçado, o tato, o paladar... – Liam completou.

— Somos mais fortes, ágeis. – Scott continuou. - Nós podemos absorver ou aliviar a dor de outros seres. E ver ou transferir memórias, mas isso é mais arriscado.

— Vocês envelhecem?

— Sim. – Malia riu. – Mas meu pai acha que não.

A essa altura estávamos cercados por árvores. Diminui a velocidade, o carro que estava ao nosso lado seguiu pela rodovia. Mudei de faixa e entrei na discreta estrada de terra. Em alguns minutos estaríamos lá.

— E a coisa da lua cheia? Como que funciona?

— Os instintos ficam mais atiçados na lua cheia, especialmente nas primeiras noites. Mas eu aprendi a me controlar bem. – Liam disse.

— É só evitar confusões. – Scott completou.

— E como que escondem isso? – Riley perguntou. – Quer dizer... Como não perde o controle?

— A dor nos faz humanos. – Liam disse.

— Algo mais que eu deva aprender nas aulas teóricas? – Riley perguntou percebendo a casa em frente.

Parecia uma chácara, mas havia o símbolo do departamento de polícia de Nova York e do FBI. Ao redor haviam estandes e alvos, e um campo vazio e escuro.

— Agora é só aula prática. – Scott afirmou tenso.

Estacionei o carro e descemos.

— Ok. – Riley começou a sentir a tensão no ar. – O que te faz perder o controle?

— Raiva. – Liam nem pensou. – Perigo, ameaça.

— E o que te acalma?

O silencio pairou. Ninguém sabia responder. Geralmente a namorada dele ou o melhor amigo interviam para acalmá-lo ou o alfa o controlava. Riley estaria com ele, sem a Hayden, sem Mason, sem Corey, sem Scott, sem ninguém da matilha com qualquer experiência.

— O que aparece primeiro?

— As garras. – Scott que disse. – E os olhos.

— Eu preciso ver. – Ela afirmou suspirando e virando para encarar o Liam. – Eu preciso me acostumar com essa sua outra forma.

Outra vez o silêncio se fez presente.

— Vamos pro campo, então. – Pedi.

Acendi as luzes e lembrei do treinador acendendo as luzes do campo de lacrosse para os jogos de noite. Não havia a mesma energia eletrizante no ar, nem os risos e conversas animadas nas arquibancadas, as únicas coisas em comum eram o campo, a luz, a equipe e a ansiedade.

Caminhamos juntos até o centro.

— Pense em algo que te dê raiva. – Scott orientou o beta, uma ruga de preocupação se formando entre suas sobrancelhas.

Liam se abaixou, uma mão no chão, agarrando a grama, a cabeça baixa e o silêncio. Seus dedos espremeram a grama apertando de modo que a arrancou do chão e derramou uns pingos do próprio sangue, um rugido baixo enquanto ele levantava a cabeça lentamente. Seus olhos amarelos brilhando ao mesmo tempo tristes e sanguinários. Suas garras estavam expostas e haviam cortado um pouco de sua mão, mas ele não parecia se importar com o ferimento que nem existia mais e o rugido agora era mais alto.

Riley estremeceu ao meu lado, mas manteve-se firme. Ela respirou fundo.

— O ideal, em algum caso de fúria que o leve a uma transformação completa desse jeito, é que ninguém fique perto dele. Nem mesmo você, Riley. – Scott disse, tocando as costas de Liam que tranquilizava a respiração e saia daquela forma constrangido. – Você provavelmente não vai ter força para contê-lo, então é melhor tirar toda e qualquer pessoa de perto. E caso isso não seja possível, leva-lo para longe.

— O Liam tem um autocontrole impecável, geralmente. – Malia comentou. – Ele só se transforma completamente em caso extremos.

— Mas em casos de raiva, quando eu perco parcialmente o controle. – Ele se pronunciou, agora sua face humana. – Minhas garras aparecem, e as vezes os meus olhos.

— Isso significa que você está perto de perder completamente o controle e se transformar de verdade. – Riley compreendeu o que ele estava tentando explicar e assentiu. – É aí que eu posso fazer alguma coisa?

— Acalmá-lo. – Scott disse. – Apesar das garras ou dos olhos, ele ainda permanece majoritariamente humano, ele ainda consegue ouvir, sentir. Ainda há certa consciência nessa etapa.

— E quando você está completamente transformado. É mais difícil o acesso a sua parte humana. – Ela concluiu. – E como que eu devo acalmá-lo?

— O toque funciona bem com o Liam. – Malia disse e o beta concordou. – Mas tem que haver pele.

— Como assim?

— Sua pele deve tocar na pele dele. – Eu expliquei. – Se você estiver de luva, ou se tocar sua calça não vai surtir o mesmo efeito que o contato real.

— Se você souber o que está causando a raiva, ou o descontrole, também pode conversar com ele. – Scott disse.

— Água fria também funciona. – Comentei.

Continuamos ali, falamos mais sobre modos de controlar a fúria de Liam, o que fazer e precauções para que ninguém descubra.

— Eu sei que você e seus amigos não guardam segredo, Riley, mas esse pode coloca-los em perigo. – Scott a alertou e ela apenas concordou.

O Alfa olhou o celular.

— Temos que partir. – Meu amigo me encarou. – O Xerife precisa de ajuda.

— O que aconteceu? – Riley perguntou antes que eu conseguisse formular a pergunta.

— Nada demais. – Ele disse, mas ele não foi completamente sincero. – Não se preocupem com isso.

Caminhamos de volta para o carro em silencio, apaguei as luzes e saímos da propriedade sem deixar rastros.

Riley sentou no banco de trás, atrás de mim que estava dirigindo, Liam no meio e Malia na outra janela atrás do Scott. Minha irmã estava exausta, notei-a cochilando quando olhei pelo retrovisor. Sua cabeça pendeu pra frente e ela acordou assustada, mas ainda com sono. Ela encostou a cabeça na janela e logo estava cochilando novamente, sua cabeça pendeu para o lado contrário depois de bater contra a janela. Mesmo com o impacto ela não acordou, ninguém no carro pareceu notar. Sua cabeça repousou no ombro de Liam que não pareceu se importar, pendendo a própria cabeça pra traz e fechando os olhos. Scott encarou a cena silenciosamente.

— Ele nunca esteve longe de mim. – Ele sussurrou. – Desde a transformação.

— Vai ficar tudo bem, McCall! – O apoiei encarando a estrada.

O resto do caminho foi silencioso.

POV Riley

Em algum ponto no caminho de volta pra casa eu cai no sono, acordei com Liam e Stiles me chamando. Abri os olhos que estavam pesados. Minha porta aberta, meu irmão me esperando pacientemente. Scott já estava atrás do volante e Malia no banco da frente. Observei a rua percebendo que havíamos chegado, bocejei dando a mão para meu irmão, que me levantou e me acompanhou até a casa.

Acenei para Scott e Malia, sabia que deveria me despedir melhor, mas não tinha forças. O dia havia sido difícil, chegar de uma viagem exaustiva emocionalmente e fisicamente, ir para a escola, agir normalmente, brigar com meu namorado, encarar todas as coisas que eu não conhecia do mundo. Foi um dia muito longo.

Stiles me segurava pelos ombros enquanto subíamos as escadas, eu estava meio mole. Liam nos acompanhou em silencio, seus olhos baixos indicando que ele estava igualmente exausto. Stiles pegou o celular e desbloqueou para ver as notificações. Algumas mensagens, duas ligações. Meia-noite. Ele bloqueou o aparelho guardando-o novamente no bolso de seus jeans.

— Amanhã é sexta, mas ainda é dia de aula. – Topanga disse assim que entramos. – E você já perdeu bastante aulas, mocinha.

— Desculpa, Topanga. –Stiles se desculpou. - Perdemos a hora.

Ela apenas assentiu e abraçou o meu irmão.

— Liam, você vai dormir na sala, hoje. – Minha mãe disse, mostrando o sofá já preparado com travesseiro e lençóis. – Amanhã veremos um lugar melhor para você, querido.

Ele sorriu e agradeceu, ela o abraçou.

— Eu vou acompanha-la. – Stiles disse meio pedindo permissão. Minha mãe concordou e ajudou Liam a se acomodar, mostrando onde ficava o banheiro, lhe oferecendo uma toalha.

Meu irmão me acompanhou até meu quarto.

— Você vai ficar bem? – Ele estava preocupado.

Me deitei e ele puxou o cobertor sobre mim, me encarando, seus olhos cansados e preocupados.

— Eu vou. – Afirmei.

Ele beijou minha testa e saiu. Escutei ele conversar com minha mãe, as vozes distantes tornando difícil a compreensão, ouvi o nome de Liam, ouvi Lucas e ouvi a porta bater indicando que ele havia partido.

Meu celular estava na minha escrivaninha, me levantei para pegá-lo e voltei pra cama. Haviam inúmeras mensagens, Maya estava preocupada. Ela já estava sabendo da minha briga com Lucas, todos eles sabiam. Ligações perdidas do Lucas, do Farkle e da Maya inundavam as notificações. Deslizei o dedo sobre a tela apagando as notificações.

— Eu estou bem. Nos falamos amanhã.— Digitei e mandei para Maya e Farkle.

Bloqueei meu celular o coloquei embaixo do travesseiro e cai no sono, sem querer acordar para enfrentar o dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

Comente sobre o capítulo. Obrigada por ler. Espero que tenha gostado e volte logo!



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