Nunca Fui Beijada escrita por xtina


Capítulo 4
A Sexóloga


Notas iniciais do capítulo

Capítulo fresquinho!
Esse eu adorei escrever, porque simplesmente amo a Rosalie. ♥
Leitores fantasmas, por favor, apareçam! Me desmotiva vê-los lendo a fic sem comentar.. :(
Espero que gostem. Beijinhos! ♥



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Duas semanas depois, sexta-feira, era a noite dos terceiraninstas. Os alunos iriam organizar um tipo de quermesse num parque temático de um pai dos alunos para arrecadar dinheiro para a formatura.

Eu iria com Emmett, que estava muito empenhado em ser popular e ser o capitão do time de beisebol. Tinha combinado de encontrar minhas novas "amigas" no parque. Confesso que fiquei bem chateada ao saber que só poderia ser amiga delas se já tivesse namorado algum cara popular. É triste ver o quanto essas meninas se escondem atrás dos homens.

O professor Edward, ou para mim: Edward, também iria e eu não pude evitar de me certificar que a tal Josie não estivesse lá.

Eu me diverti bastante com as meninas, não posso negar, mas queria estar com meu antigo grupo: os Denominadores. Eles pareciam se divertir por coisas reais, não porque um garoto estúpido assobiou quando você passou.

No fim da noite encontrei Emmett bêbado, então tive que ficar de olho nele para não acontecer um incidente e ele magoar Rosalie. Decidi ir pra roda gigante, que era um de meus brinquedos favoritos:

— Você vai sozinha? — o monitor da roda perguntou.

— Sou uma dama sem par! — respondi.

— O próximo pode se sentar aqui! — ele gritou, apontando para o assento ao meu lado.

Por um acaso, o próximo da fila era meu amado professor Edward Cullen.

— Oi, Isabella. — ele disse quando a roda gigante começou a funcionar.

— Oi, professor. — reparo que ele estava apreensivo. — Tem medo de altura?

— De altura não. — ele ri nervoso. — Tenho medo de cair de cabeça lá embaixo no meio de meus alunos.

— Relaxa, isso aqui é seguro!

— Se você diz... — ele continua com medo. — Me distraia: porque está aqui sozinha?

— Aparentemente não sou uma boa pessoa pra se socializar.

— Quando você tiver minha idade, os caras vão cair matando.

— Duvido! — reviro os olhos. A roda para no local mais alto.

— Estou falando sério. Você é uma garota bonita, inteligente, e pelo que vi bem honesta. Você se dá bem com as palavras, Isabella. Se alguém não te quer agora, vai se arrepender no futuro. Você é adorável.

— Diz isso porque é meu professor.

— E é exatamente por isso que não devia estar falando essas coisas pra você. — ele diz, na verdade acho que estava pensando alto.

— Ok, então.

— Me desculpe pela Josie naquele dia. Sei que ela foi inconveniente. — ele diz por fim.

— Imagina.

— É que... Bem, nós estamos juntos há cinco anos e agora ela quer se mudar pra Califórnia...

— E você não quer?

— Não. Minha vida inteira está aqui. Não posso largar tudo por ela.  Tudo tem sempre que ser como ela quer, sabe? — ele perguntou, eu assinto. — Nós terminamos quando eu disse que não iria.

— Nossa! E você está bem?

— Sim. — ele diz nervoso. — Na verdade estou interessado em outra pessoa. — ele olha nos meus olhos. — Só que é um amor meio impossível.

— Por quê? — não vou negar que torci para ele dizer que eu era esse amor.

— Porque ela é minha alu...

— A brincadeira acabou! — diz o monitor soltando minha trava. Nem reparei que a roda já havia completado sua volta. Argh!

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Na segunda-feira de manhã, todos os alunos da minha classe de inglês e eu estávamos esperando uma tal sexóloga, que aparentemente esclareceria todas as nossas dúvidas.

Edward explicava aos alunos sobre o quanto queria que fizessem perguntas realmente importantes ao invés de ficarem com piadinhas idiotas. Tinha me esquecido que adolescentes precisam de avisos para não serem idiotas o tempo todo.

A sexóloga estava atrasada, e eu já estava entediada. Até que vejo uma cabeleira bem conhecida por mim: Rosalie estava na porta de minha sala, tentando chamar atenção. Fiz uma pequena leitura labial e vi que ela queria dizer “seu professor é um gato!”. Como se eu precisasse dela pra notar.

Edward logo a viu na porta e a chamou para entrar:

— Você deve ser Madison Johnson, a sexóloga! — ele cumprimentou. Alguns garotos começaram a rir. O que o professor havia falado sobre nãos serem idiotas, mesmo?

E-e-eu? Sexóloga? — Rosalie gaguejou.

— Oi, sra. Madison. Tenho algumas dúvidas que precisam ser esclarecidas imediatamente. — digo a chamando para perto. — O que você está fazendo aqui, sua maluca? — sussurrei.

— Eu vim trazer o Emmett, e quis te dar olá. Obviamente foi uma péssima ideia! — ela sussurrou de volta.

— Srta. Madison, talvez você queira compartilhar seu conhecimento conosco, não apenas com a Srta. Swan! — Edward pediu.

Rosalie foi até a frente da sala e nos encarou por um bom tempo, sua cara estava vermelha como um pimentão. Até que ela viu um aluno (provavelmente muito entediado), pegando um lanche de sua mochila e gritou:

— BANANAS!

Eu tive uma crise de riso e vários alunos a encaram confusa, eu já sabia o que aquela louca-de-pedra iria fazer.

— Bananas? — Edward perguntou.

— Sim, bananas! — ela sorriu vitoriosa. — Vamos aprender a colocar uma camisinha em uma banana!

Rapidamente alguns alunos se organizaram e foram buscar bananas na cantina. Eu fui buscar as camisinhas com Emmett. Sério! Ele precisa de tantas assim?

Logo, todos tentavam colocar as camisinhas em suas respectivas bananas e algumas pessoas tinham certa agilidade, o que foi motivo de muitas piadas.

Edward, ou melhor: professor Cullen, foi chamado na sala do diretor e voltou depois de um bom tempo; dizendo que precisava dar um recado:

— Bom, galera, vocês já são bem crescidos então vou falar a real. — disse ele. — O colégio Anderson também fará o baile do milênio.

O colégio Anderson era a duas quadras de nosso colégio. Na minha primeira semana de aula me contaram que os colégios competem para fazer um baile de formatura melhor que o outro. O nosso tema seria “o milênio” para marcar o fim de 1999 e início de 2000.

— O senhor só pode estar brincando! — Jessica se levantou ao meu lado.

— Estou falando a verdade. — Edward recebeu.

— O que isso significa? — perguntei a Tânia que estava do meu lado.

— Significa o fim de nossos planos, Bella! — ela choraminga.

— Agora nós vamos ter que pensar em outro tema! — Mike diz.

De repente, a sala vai à loucura: todos começam a falar, ou melhor: gritar ao mesmo tempo. Não sabia que essa competição era levada tão a sério assim.

Edward tentava fazer os alunos se calarem e resolverem tudo calmamente, mas nada adiantava. Eu havia quase me esquecido que Rosalie estava ali.

— CALEM ESSAS BOCAS OU EU VOU ENFIAR ESSAS BANANAS NUM LUGAR QUE VOCÊS NEM IMAGINAM! — ela gritou. Edward engasgou-se.

— Er... Muito obrigado, Srta. Madison. — ele disse. — Galera, qual foi? Vocês são uma turma muito criativa, vão conseguir arranjar um tema muito melhor!

— Que tal Anos 80? — Rosalie sugeriu.

— De novo? — Eric Yorkie reclamou. — Esse foi o tema do ano passado!

— A Bella vai decidir! — Mike Newton diz e se levanta. — E se não for inconveniente, eu queria convidá-la ao baile na frente de todos vocês!

Eu o encaro boquiaberta, eu realmente havia entrado para os populares! Vários assobios foram soltos enquanto Mike andava até a mim.

— Isabella Swan, você me daria à extraordinária honra de ir ao baile de formatura comigo? — ele pergunta.

— S-s-sim. — gaguejo.

Rosalie deu dois pulinhos alegres e Jessica e Tânia sibilavam “ele está caidinho por você”. Edward saiu da sala irritado, e eu fiquei com cara de idiota.

— Mas e aí, Bella? Que tema você sugere para o baile? — Alice pergunta. Provavelmente ela estava bem irritada com aquela situação toda.

Mike havia me colocado em uma enrascada, não consigo pensar rápido quando preciso. Muito menos na frente dos outros. Viro o rosto e vejo meu exemplar de Do Jeito que Você Gosta, em cima de minha mesa.

— O tema do baile será... — começo. — Feitos Um Para o Outro: Casais Famosos da História.

— Bella, eu amei! — Jessica comemora.

Todos bateram palmas e começaram um grito de “vamos acabar com o colégio Anderson”. O sinal bateu e todos saíram cantando. Mike Newton me deu um beijo estalado na bochecha e eu não pude evitar de sorrir. Estava feliz por fazer parte de um grupo. Mesmo que só depois de ter contado uma série de mentiras com meu irmão.

Alice antes de sair parou na minha frente:

— Eu gostei do tema. — ela conta.

— Obrigada. — agradeço.

— E parabéns por ter finalmente conseguido entrar naquele bando. — ela ri antes de sair. — Agora aquele circo tem mais uma palhaça!

Os cinco minutos em que fiquei feliz se passaram rapidamente. Não consegui ficar feliz ao ver que tinha magoado Alice.


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Notas finais do capítulo

Nos vemos nos comentários!



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