TWD - Quinta Temporada escrita por Gabs


Capítulo 16
Onze


Notas iniciais do capítulo

"Você se casou com um bicho-do-mato?"



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Era a segunda vez que eu prendia o meu cabelo em um coque, enquanto deixava meus olhos percorrerem pela floresta ao meu redor e pela casa destruída logo a minha frente. Os gemidos dos caminhantes estavam me incomodando, mas mesmo assim, me mantive quieta, enquanto passava o elástico do meu pulso para o cabelo recém enrolado.

— Não consigo ver, – Daryl comentou, depois de dar uma bela olhada ao redor – mas está perto. É só um.  

— Não vamos demorar aqui. – Rick comentou, enquanto colocava as mãos na cintura – Então, o que acham?

— Podemos ir quando estiver vazio. – Carol comentou, olhando para ele enquanto falava

— Como? – Rick lhe perguntou, balançando a cabeça negativamente – Fica trancado a noite toda.

— Podemos pedir para o Sam deixar a janela aberta, ou eu mesma posso abrir. – Carol disse, dando de ombros – Só tem um fecho.

— Um fecho? – Rick perguntou, franzindo as sobrancelhas

— Sim. – Carol respondeu, afirmando com a cabeça – Eu chequei.

— E se um deles fechar? – Daryl perguntou para ela

— Então nós esperaremos alguns dias, – Carol respondeu – até o Sam ou eu deixarmos aberto novamente.

O gemido do caminhante soou mais alto desta vez e por isso, Daryl deu alguns passos para o lado em que o morto estava e olhou.

— Está se aproximando. – O caçador nos avisou

— Teremos que fazer mais cedo ou mais tarde. – Rick comentou, balançando a cabeça – No momento, não estão nos vigiando. Não estão preocupados com reuniões como essa. – Ele deu de ombros – Talvez precisemos de armas, talvez não.

— Se for pacífico, melhor. – Comentei com eles, alternando o olhar entre seus rostos – Eu não quero trocar tiros ou colocar minha família como refém, eles são.... Bem instruídos em armas, acredite.

— Sim, mas.... – Carol disse, encolhendo os ombros – Vamos precisar de armas de qualquer forma.

— Eles são os mais sortudos que já conheci. – Rick falou, rindo fraco – E continuam com sorte.

— Como assim? – Daryl perguntou, olhando para o rosto dele

— Estamos aqui agora. – Rick respondeu, dando de ombros novamente

Balancei a cabeça negativamente, segurando o riso. Desde quando damos sorte em alguma coisa? Claro que conseguir achar um lugar como esse já foi um milagre, mas manter.... Bem, não quero outra Prisão em minhas mãos.

— Eles têm umas duas malas cheias de 9mm automáticas, Rugers, Kel Tecs... – Carol comentou com a gente – Apenas jogadas lá. – Ela fez uma careta de desaprovação – Eles não usam. Nunca saberão se sumirem.

— Agora alguém conseguiu uma, não é? – Daryl perguntou, indicando o esconderijo no liquidificador que Rick deixou uma arma, que agora, estava vazio

— Escutem, os outros, nós queremos que eles tentem. – Rick nos disse

— Você também. – Falei, apontando nada discretamente para Daryl – Não estou vendo você tentar de verdade, Dixon.

Daryl resmungou baixo, enquanto trocava o peso de uma das suas pernas para a outra.

— Vamos manter isso entre nós. – Rick falou, nos indicando – Só entre nós.

O som alto e exagerado do gemido do caminhante chegou aos nossos ouvidos e assim que eu desviei o olhar do rosto do meu amigo e olhei na direção do caminhante, o vi a alguns metros de distância, cada vez mais perto.

— Olha só quem chegou. – Comentei com eles, apontando para o errante

— Pode deixar. – Daryl resmungou, virando-se e ajeitando a besta em suas mãos

— Espere. – Carol pediu e assim que Daryl parou, ela se aproximou um pouco mais, levantou a pistola com silenciador e deu o primeiro tiro, o qual acertou bem no peito do caminhante, seguido por outros e outros, até finalmente, ela atirar em sua cabeça e se virar para nós – Eu disse que vocês iam me trazer aqui para treinar. – Ela explicou, balançando a cabeça – Não posso voltar com o pente cheio.

— Sorte que ele apareceu. – Daryl comentou, dando uma olhada na direção dela

— É melhor voltarmos. – Rick disse, depois de rir baixo e erguer as sobrancelhas, concordando com o caçador – Deixe aberto que iremos na ocasião certa. Nós não precisamos de sorte.

Carol afirmou com a cabeça e seguiu Daryl, enquanto íamos atrás dela, todos de volta para Alexandria e seus muros perfeitos.

— Claro. – Concordei, segurando o riso – Até porque não temos nenhuma...

— O que diabos é isso? – Daryl perguntou, me interrompendo enquanto parava de andar perto do caminhante e apontava para algo no copo perto dos seus pés – É um “W”?

Me aproximei do caminhante morto e logo vi o que ele tinha mostrado, estava bem na cara do caminhante. Um grande W bem no meio da testa.

— Sim. – Carol confirmou, olhando para a letra na testa do caminhante

Franzi as sobrancelhas e dei uma olhada na direção de Rick.

Já tínhamos visto caminhantes assim na comunidade do Noah, quando fomos checar e acabamos perdendo Tyreese. Agora se era uma coincidência ou não, eu não saberia dizer. Apenas sei que não é o primeiro caminhante com um W no meio da testa que eu vejo.

Quando alcançamos o portão principal de Alexandria, senti a mão do meu marido tocar a minha cintura e por isso, olhei para ele. Daryl parou de andar assim que eu o olhei e por isso, parei também, esperando que ele dissesse alguma coisa, enquanto nossos dois amigos se afastavam, cruzando o portão de entrada.

— O que? – Perguntei para ele, franzindo as sobrancelhas

— Não vou entrar agora. – Daryl me respondeu, balançando a cabeça negativamente – Vou dar uma rodeada pela floresta.

— Ok, só não... – Fiz uma pequena careta – Não demore.

Daryl concordou com a cabeça, se aproximou um pouco e me deu um beijo rápido na testa. Fiquei um pouco parada, vendo-o se afastar entre as árvores e assim que ele sumiu de vista, continuei meu caminho até a comunidade de Alexandria. Logo que atravessei o portão, fui diretamente para a casa onde tinha deixado Theodore pela manhã, antes de sair em reunião com Rick e os outros.

Uma casa amarela cheia de brinquedos no gramado.

A mulher de meia idade, cabelos castanhos e olhos escuros abriu a porta da casa de Andrew, ela me deu um daqueles sorrisos calorosos que era sempre acostumada a dar aos seus filhos.

— Você não me contou que ele era tão calmo. – Foi a primeira coisa que minha mãe disse ao me ver – Com certeza deve ter puxado isso do Daryl, você sempre foi tão...agitada.

Balancei a cabeça negativamente, mordendo minha língua de propósito, pensando no que ela falaria se soubesse que Daryl não era o poço de calmaria que ela pensava que era.

Depois de parar um pouco na sala e conversar com meus irmãos e meu pai, fui conduzida até o andar de cima, no quarto principal da casa. A primeira visão que tive foi a das minhas cunhadas com vestidos de festas em seus corpos e vários vestidos em cima da cama, assim como no chão também. Desviei meu olhar das duas e encarei o chiqueirinho no canto do quarto, onde Theodore estava deitado muito bem-comportado.

— Aí está, uma das anfitriãs. – Faith falou, ao me ver – Pergunta super-rápida: Pretinho básico ou vinho?

Antes que eu pudesse responder, Lisa jogou um vestido branco em minha direção e assim que o peguei antes que caísse no chão, fiz uma careta.

— Não, não faça essa cara. – Lisa disse rindo, balançando a cabeça negativamente – Esse daí vai ficar lindo em você, aproveita e coloca uma rasteirinha.... Eu tenho uma aqui em algum lugar....

— O que está acontecendo? – Perguntei a elas, enquanto observava minha mãe pegar os vestidos do chão e colocar em cima da cama, junto com tantos outros e Lisa revirar o seu guarda-roupas, procurando pela tal rasteirinha que ela havia me dito – Da onde surgiu tantos vestidos?

— Ninguém te contou? – Minha mãe me perguntou, juntando as sobrancelhas – Deanna vai fazer uma festa de boas-vindas para vocês na casa dela hoje à noite. Está todo mundo falando disso.

— Bem, na onde eu estava ninguém estava falando disso. – Resmunguei, dando uma olhada no vestido que estava em minhas mãos, era um vestido longo, branco e parecia ter uma fenda em uma das pernas

— É, e onde a senhora estava? – Faith me perguntou, enquanto colocava o vestido da cor vinho em frente ao corpo – Deixando a gente de babá enquanto dava uns pega no maridão do interior?

Segurei a risada quando a escutei prolongar o r no final da palavra e agradeci mentalmente por ela não ter começado a falar igual ao Daryl.

— Não, quando eu vou dar uns pega no meu marido eu costumo usar o Sam e a Kylie como babás. – Comentei, balançando a cabeça negativamente – Mas se quer mesmo saber, eu estava ajudando a treinar a Carol, ela ainda é ruinzinha com armas de fogo.

Mentira.

Que mentira descarada.

— Carol? – Minha mãe repetiu o nome da mulher, com um sorriso amigável nos lábios – Aquela mulher é um doce, ela me disse coisas maravilhas sobre você e seus amigos, ela contou como vocês cuidaram dela depois que o marido amoroso dela morreu, de como a ajudaram a encontrar a filhinha dela...

Quase franzi as sobrancelhas ao escutar sobre o tal “Marido Amoroso”, mas me mantive firme e forte com minha cara de paisagem enquanto escutava ela falar sobre as coisas que Carol, A Santa na Terra contou a ela. Desde o momento que vi Carol com sua roupinha bonitinha para ir trabalhar, soube que ela estava se passando por uma pessoa que ela não era.

Mas não a culpo.

Pela quarta vez naquele fim de tarde, me olhei no espelho. A mulher que me encarou de volta através do espelho estava usando o mesmo vestido que sua cunhada jogara na sua direção horas antes; um vestido longo e apertado, da cor branca, sem muito decote e com uma fenda que ia desde o meio de sua coxa direita até seu pé. Ela não usava a típica bota militar que usou por anos seguidos, agora ela apenas usava uma rasteirinha simples e não muito confortável, era dura demais para o gosto dela, mas ela usava, apenas para manter sua cunhada de boca fechada.

Eu estava quase irreconhecível.

É certeza que Daryl dirá que estou ridícula.

— Não, eu já tô usando esse vestido, não estou? – Perguntei bruscamente, de saco cheio das mulheres dizendo ou não o que eu tinha que vestir e agora não deixaria que passassem maquiagem em meu rosto – O vestido já é suficiente, muito obrigada.

Lisa abaixou a palheta de sombras, parecendo um tanto quanto derrotada, mas não disse nada além de resmungos e enquanto ia terminar de se arrumar, Faith nem ousou se aproximar com aquele rímel em mãos.

Enquanto caminhava em direção à porta de saída do quarto, recebi uma borrifada exagerada de perfume no meu pescoço e resmunguei para Lisa se aquietar e me deixar do jeito que já estava, mas apenas recebi outra borrifada de perfume bem na minha cara.

— Vai me culpar se eu quero que fique cheirosa para o seu marido? – Ela me perguntou, ao receber um olhar mal-humorado

— Lisa, por favor. – Resmunguei, franzindo o nariz por causa do cheiro forte de perfume que estava no quarto – Chega.

— Ok. – Ela disse, rindo, enquanto levantava as mãos junto com o frasco de perfume – Tudo bem, você quem manda.

Agradeci com um murmuro e assim que sai do quarto, desci as escadas e caminhei até a sala, onde Theodore estava junto com Jayden, meus irmãos e meu pai. Todos já estavam arrumados, o que mostrava ainda mais que as mulheres da minha família demoravam uma eternidade para se arrumar.

Até mesmo depois dos mortos se levantarem.

— Uau, você parece você. – Zachary comentou ao me ver, ele estava usando uma calça jeans em bom estado e uma camiseta social branca, que incrivelmente parecia muito bem passada – Claro, você em eventos sociais, porque de resto...

— Jeans e mais jeans. – Andrew completou o que ele dizia, estava sentado do outro lado do sofá e ao contrário de Zach, ele não usava social, apenas um jeans escuro e uma camiseta polo rosa

— Não vejo nada de errado com jeans. – Resmunguei e assim que fui pegar meu filho do colo do seu avô, percebi a mudança – Vocês trocaram a roupa dele?

— Ah, sim. – Zach me respondeu despreocupadamente – Colocamos uma roupa antiga que a Lisa guardou do Jayden, depois que eu dei banho nele. A Faith quer que eu treine, sabe, para quando tivermos filhos.

— Não se preocupe. – Andy falou logo em seguida, ao ver o meu olhar

— Não me preocupar? – Perguntei, meio perplexa, enquanto alternava meu olhar entre os dois e escutava meu pai rir baixo – Ele pegou meu filho pra treinar, mas e se algo desse errado?

— O Andrew me vigiou o tempo todo. – Zachary comentou, revirando seus olhos castanhos – E pode ter certeza que eu não afogaria bebê nenhum.

— Eu quero estar presente da próxima vez que isso acontecer. – Falei, balançando a cabeça, enquanto me aproximava do meu pai, ignorando meu irmão perguntando se teria uma próxima vez – Vou roubá-lo um pouco se não se importa, pai. Nós dois sumimos por muitas horas, tenho que voltar antes que se preocupem ou venham me buscar pelos cabelos.

Depois de fazer uma brincadeirinha ao seu neto, meu pai me entregou o bebê. Ajeitei meu filho em meus braços, tomando o constante cuidado com sua cabecinha e durante longos segundos, sorri para o bebezinho, enquanto ajeitava a roupinha emprestada. Era um simples e bonitinho macacãozinho azul claro.

— Nos vemos na casa de Deanna? – Andrew me perguntou, enquanto se espreguiçava e bocejava

— Claro, mas apenas se não tiver transito.

Assim que consegui sair finalmente da casa do meu irmão, com Theodore em meus braços, fiz questão de não demorar muito para voltar para a casa onde meu grupo e minha outra família estavam. Logo que abri a porta e me deparei com a maior parte do grupo na sala, pude ver que eu não era a única que estava sabendo da tal festa que a Deanna daria e que todos já estavam arrumados.

Mas faltava uma pessoa.

Ignorei os comentários de Sam sobre o meu vestido durante boa parte do caminho até a casa de Deanna, mas quando chegamos à porta da casa dela, fiz questão de colocar minha perna na frente dos pés dele e quando o vi tropeçar e se apoiar em Jason, segurei o riso.

— Se não pararem vou bater em vocês dois. – Kylie chiou, enquanto alternava o olhar entre nós dois – Sosseguem.

Sam e eu trocamos um olhar rápido e seguramos a risada. Ela ainda não estava acostumada com as nossas brincadeiras, ao contrário de Jason, que apenas revirou os olhos quando Sam apoiou nele momentos antes e deixou quieto, pois sabia que aquilo não duraria por muito tempo.

Logo que Kylie abriu a porta e deu passagem para Carol entrar com um pirex de comida, esperei as pessoas que estavam na minha frente entrarem e as segui de perto, enquanto olhava ao redor. A casa de Deanna estava cheia de gente, todas com taças de bebidas nas mãos, rindo e conversando uns com os outros.

— Bem-vindos! – A voz de Deanna soou e assim que olhei para ela, a vi sorrindo, se aproximando de nós com uma taça de vinho nas mãos

— Oi. – Carol a cumprimentou, com um sorriso enorme nos lábios

— É tão bom vê-los aqui. – Deanna disse sorrindo, parecia animada – Oi Carl. – Ela cumprimentou o menino e depois nos olhou – Obrigada por virem. Sabe, não tive a chance de entrevistar esses dois. – Ela comentou, enquanto cumprimentava Judith e Theodore com um sorriso carinhoso nos lábios – Tenho inveja deles.

— Por quê? – Rick perguntou para ela, depois de me olhar de canto de olho

— Porque eles verão o que esse lugar irá se tornar. – Deanna respondeu, ainda com o sorriso nos lábios – Venham. – Ela nos chamou, dando um passo para trás – Entrem.

Ao ver umas pessoas com os cabelos ruivos mais à frente na sala de estar de Deanna, segurei o sorriso e me controlei para não sair apresentando minha família à minha outra família.

Segui Deanna pela sua casa e logo que passamos pela mesa cheia de garrafas de cerveja, franzi as sobrancelhas quando notei a embalagem, era um simples L em laranja com um fundo branco.

Eram de Zachary, sem dúvidas.

Deixei de seguir Deanna quando alcancei o meio da sua sala de estar e logo decidi ir na direção dos meus pais, minhas cunhadas, meus irmãos e meu sobrinho, já que grande parte deles estavam me olhando com expectativa.

— O pneu do meu carro furou, por isso me atrasei um pouco. – Falei, apenas para vê-los revirar os olhos e dizer que eu sou uma idiota – A festa parece estar bem... – Olhei ao redor, dando de ombros – acolhedora.

Chata. – Faith disse baixo, em uma tosse fingida e forçada

— Por favor, em. – Minha mãe resmungou, balançando a cabeça negativamente – Meninas, sejam gentis.

— Ah não, alguém me mata. – Lisa disse meio baixo, com um sorriso forçado nos lábios e nem parecia que ela estava falando algo, mas então ela riu e olhou para alguém por cima dos meus ombros – Oi, Spencer!

Me virei minimamente, apenas para encarar o homem alto de cabelos castanhos encaracolados e olhos escuros. Aparentava ter no máximo uns 25 anos de idade e me lembrava um pouco os olhos de Deanna.

— Oi. – O tal Spencer nos cumprimentou, estava segurando uma das garrafas de cerveja de Zachary – Então você é a famosa Gabriela. – Ele me disse, sorrindo e então olhou para o bebê em meus braços – E esse é...

— Theodore. – Completei, olhando brevemente para o bebê – Ele é o meu filho. – Desviei o olhar para encarar minha família, antes de olhar novamente para o homem – E é extremamente vergonhoso saber que eles falaram sobre mim. Seja o que for, aumentaram a verdade.

— Não parece que aumentaram tanto assim. – Spencer me disse, rindo e então olhou para Andy – Andrew, você disse que sua irmã tinha uma boa aparência, mas não que era tão bonita assim.

— E eu também sou casada. – Comentei, como quem não quer nada, com um sorrisinho nos lábios

— Sério? – Spencer perguntou, meio surpreso e então olhou ao redor, como se procurasse por um homem que combinaria comigo – E ele está aqui? Adoraria conhecer o homem sortudo que ele é.

— Aposto que não. – Falei, balançando a cabeça negativamente – Pergunte para o Nicholas, meu marido bateu um papo legal com ele ontem.

Estava obvio que Daryl e Nicholas não conversaram, porque ontem, o caipira estava disposto a matá-lo se isso fosse garantir que Glenn ou qualquer um de nós não saísse ferido e tenho certeza que pegaria Aiden também, se tivesse a oportunidade.

Spencer apenas balançou a cabeça, como se se lembrasse do ocorrido e me deu um sorriso, não do jeito envergonhado ou até mesmo frio que eu gostaria, mas sim caloroso.

Ah, tá me zoando.

— Por falar nele, – Minha mãe disse, logo depois que eu falei – não o vi entrar com vocês. Onde ele está?

— Do lado de fora dos muros. – Respondi, olhando-a e então franzi as sobrancelhas – Acho que seria muito esperar que ele viesse, mãe. Daryl não gosta muito desse tipo de coisa, ele é bem reservado, não gosta de ficar perto de muitas pessoas.

— Você se casou com um bicho-do-mato?

— Me casei com o melhor dentre os melhores bichos-do-mato.


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Notas finais do capítulo

O W na testa dos caminhantes já voltando a aparecer e nós sabemos o que isso significa.



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