No Time For Love escrita por Unhas Roxas


Capítulo 29
Discussão complicada


Notas iniciais do capítulo

Gente tá tarde, mas ainda é domingo, então tô dentro do prazo!
Bjux, aproveitem!



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     Como disse, eu estava hipnotizada, imóvel, entregue a seus braços fortes. Ele me envolvia e me olhava nos olhos como se nunca tivéssemos feito isso antes. Era tão maravilhosa a sensação de saber que ele estava vivo e aparentemente curado e ficar em seus braços.

     -Você não pode fazer isso comigo. –Eu disse devagar e inexpressiva.

     -Agora estou bem. Podemos ficar juntos para sempre e nada vai nos impedir. –Ele sorriu gentilmente.

     -Acho bom. –Eu recuperei minhas forças e joguei rapidamente meus braços em volta de seu pescoço para iniciarmos um beijo sexy e apaixonado.

     P.O.V. Nico

     Beijar Anna novamente era muito bom, ainda mais quando era um beijo de verdade. Eu me sentia muito forte, e para provar minha força a mim mesmo, sem interromper nosso beijo levantei Anna com apenas uma mão (N/Anna: esta dizendo que eu sou pesada? N/Nico: nem por um segundo, querida!) e ela passou suas pernas fortes ao redor da minha cintura e foi muito difícil me controlar, mas quem disse que eu queria me controlar?

     Anna agarrava minha nuca com uma mão, enquanto a outra brincava de tirar minha camisa. Me encarreguei de jogar longe a blusa dela o mais rápido possível. Seu corpo perfeito me deixava muito excitado, e minhas mãos logo já estavam passeando por seus seios em direção ao fecho do sutiã.

     Eu já havia a carregado para o quarto mais próximo e agora ela estava deitada em uma pequena cama e eu por cima dela. Suas mãos passaram rapidamente para o zíper da minha calça e o abriram, eu fiz o mesmo com ela. Nos aproximamos novamente para um beijo enlouquecedor.

     -Nico di Ângelo! –Uma voz trovejou por todo o palácio, e infelizmente eu reconheci o dono, Zeus.

     Eu e Anna nos separamos no mesmo segundo, mas não adiantou muito, a maioria dos deuses, Percy, Annabeth, Thalia e Robert já estava nos assistindo a algum tempo,  eu pensava. A loira procurou por lençóis, mas estávamos deitados em cima deles.

     -Se você não chegar aqui em menos de três segundos, nem precisa sair daí. –Meu pai disse, ele tinha uma fúria tão grande no olhar que sabia que quando estivéssemos a sós aquele momento não iria passar despercebido.

     O pai de Anna, Apolo, tinha o mesmo olhar, mas acho que ele era dirigido a mim (outra vez) por pensar em desonrar sua preciosa florinha. Nossos amigos pareciam chocado e achavam graça ao mesmo tempo. Os outros deuses só estavam irritados conosco, mas isso eu não fazia idéia do por quê.

     Eu olhei para Anna e ela estava mais vermelha que qualquer coisa. Percebi que também estava assim, mas mais por raiva do que vergonha, não ligava para o que os outros pensassem de mim, mas quando mexiam com as pessoas que eu amava era outra historia.

     A imagem da sala dos tronos desapareceu

     -Precisamos mesmo chegar lá em três segundos. –Eu disse a ela afirmando.

     Corri até o corredor fechando minha calça, meu amor me seguiu. Abaixei e peguei nossas camisas, vesti a minha e ela a dela. No segundo em que ficamos prontos segurei sua mão e viajamos pelas sombras até o Olimpo.

     Paramos milimetricamente no centro da sala, exatamente aonde eu pretendia, o que mostrava mais um pouco das minhas novas habilidades.

     -Abra os olhos. –Sussurrei para Anna com todos nos olhando.

     -Já mandei parar de me levar nessas viagens pelas sombras. –Ela sussurrou em resposta.

     O silêncio era imprecionante e durou um estranho período de tempo.

     -Também ficamos feliz que esteja bem, Nico. –Percy disse fazendo-nos virar para ele, cortando o silêncio. Logo em seguida Annabeth e Thalia vieram me abraçar.

     -Já perdemos tempo de mais. –Vociferou Zeus. –Cronos está solto e chegando a Las Vegas.

     -E? –Eu interrompi. –A menos que Robert não seja o mais poderoso não há meios de pará-lo.

     Trovões rugiram por toda parte, Zeus certamente não gostou de ser interrompido, mas na verdade foi por isso que eu o fiz.

     -Imagino que você esteja pensando que você é o mais poderoso. E não posso deixar de  achar curioso já que soube que a menos de um dia atrás você estava para morrer.

     -Estou certo que não foi com sua ajuda que fiquei melhor.

     -Nico, cale-se! –A voz de meu pai ecoou mais forte.

     -Sim, pai.

     Respondi e dei alguns passos para trás, pondo-me ao lado de Thalia. Anna que me seguiu pareceu não ter entendido a minha súbita mudança de comportamento. A qualquer um eu teria respondido, mas não a Hades, meu pai.

     -Prossiga irmão. –Posseidon falou depois de alguns segundos.

     -Como o garoto disse, precisamos resolver a questão da profecia. “Do meio sangue com mais poder Reinará o pai.” E ai vem outra questão, como?

     -Uma competição. –Sugeriu Percy. –Essa era a idéia original não era? Eu, Nico e Thalia competindo? Agora é só acrescentar o Robert.

     -Não é tão simples assim, Percy Jackson. –Ressaltou Atena. –Pensem no resto da profecia, “caso o amor seja soberano E aos olhos desse semi-deus chegue Os planos antes feitos, serão destruídos E muito do que era, será perdido” É de conhecimento geral que o senhor e Nico di Ângelo estão gravemente apaixonados, e não podemos permitir que “muito do que era, será perdido” aconteça.

     -Então nos tirem da competição. –Falou Percy. –Acho que falo por dois quando digo que preferimos nossas namoradas a destruição do mundo. –Eu acenei com a cabeça em afirmação. Ouvimos um “ownnn” vindo de Afrodite.

     -Mas e se um deles for o mais poderoso, -falou Apolo, se referindo a mim e Percy. -Então não adiantaria a competição.

     -Bem observado, Apolo. Mas creio que seria difícil para qualquer semideus, mesmo um que tenha mergulhado no Rio Estige ou uma caçadora, vencer o filho de um Titã, que tem seus poderes quase equiparados aos nossos. –Falou Artemis.

     -Exatamente esse menino representa uma ameaça a todos nós! Se ele não existisse...

     -Há! Robert? Esse Robert? –Thalia deu uma gargalhada escandalosa. –Esse moleque se escondeu debaixo do banco da van enquanto éramos atacados.

     -Eu não me escondi na van naquele dia! –Protestou Robert. –Eu estava cuidando do Lou inconsciente!

     -Anna estava cuidado dele, você estava fugindo da briga.

     -Não estava!

     -Estava! –Thalia gritava para Robert, de frente para ele a menos de dois palmos de seu rosto.

     -Não estava! –Rob contestou e deu um pequeno passo adiante.

     -Chega! –Zeus furioso berrou. –Concordo com Posseidon, Thalia. Essa... anomalia –ele se referiu a Robert. -Representa um enorme perigo para todos os deuses e consequentemente o mundo inteiro. Precisamos acabar com qualquer ameaça.

     -Zeus, precisamos pensar antes de sairmos atacando crianças. –Falou Atena sabiamente. –Suponhamos que o filho do Titã não seja mais um impasse, ainda teríamos que fazer uma competição, onde todos os competidores teriam chances reais de vencer. Temos que pensar sobre todos os resultados possíveis.

     -Thalia sendo a mais forte não alteraria nada do que já é. Agora caso Jackson ou di Ângelo sejam mais poderosos as consequências poderiam ser catastróficas. –Artemis seguiu com o pensamento.

     -Ou seja, não chegamos a lugar nenhum. Nem agora nem nunca.

     Todos nos viramos para Afrodite, era a primeira manifestação “construtiva” da deusa, no entanto ela parecia querer dizer mais alguma coisa. Ninguém falou.

     -Eu acho –ela começou. –Que que deveríamos por todos para lutar.

     -Mas então estaria decidido quem é o mais poderoso. –Falou Artemis.

     -Não, não faz diferença, certo, o mais poderoso vai continuar sendo o mais poderoso, quer nós saibamos quem ele é quer não. –Afrodite sorriu com aquele seu sorriso de mais pura bela, que agora se misturava com sua satisfação por ter percebido que todos haviam achado sua ideia extremamente boa. –E se nós soubermos vamos poder saber como agir.

     -Todos que são a favor de seguirmos a ideia de Afrodite levantem a mão. –Falou Zeus.

     A decisão foi unanime, nós quatro competiríamos em menos de vinte minutos na praça central do Olimpo.  Haveriam três etapas e três juízes dando as notas, ao final quem tivesse mais ponto seria o mais poderoso. Nenhum de nós quatro sabia quais eram as etapas, mas Anna e Annabeth ficaram sabendo, por isso tiveram que se despedir de nós e ir para a praça central esperar o inicio da competição.

     Acabamos por ficarmos os quatro sozinhos na sala dos tronos.

     -Isso vai ser complicado.

     -Com certeza.

     -Eu vou morrer.

     -Ah qual é meninos, animação! –Olhamos surpresos para Thalia. –Quando eu ganhar de vocês três, verão como todo esse estresse foi desnecessário. Não estou apaixonada (nem poderia) e meu pai já é o governante do Olimpo, Cronos vai perder as forças e será jogado de volta no Tártaro e fim da história. Viram como é simples?

     Sem termos tempo para respondê-la, Thalia saiu andando para fora da sala, nos deixando confusos e surpresos com a reação dela.

     -Ao contrário dela, eu estou muito preocupado com o resultado dessa competição. –Disse Percy.

     -Penso como Afrodite, acho que devemos esperar que ela esteja acabada para então resolvermos o que vamos fazer.

     -Você está confiante de mais, Nico, para alguém que estava quase morto. Então, como “voltou à vida” e acabou naquela cena com Anna no Submundo? –Percy perguntou.

     -Eu e Anna fomos para lá porque o único modo de acabar com o veneno do escorpião que encontramos foi mergulhar no Rio Estige. –Ele fez cara de espanto. –É primo, agora sim nosso poder está igual.

     -Estou impressionado. Se não fosse por Robert estaríamos todos empatados. Falando dele, onde esta o moleque? –Olhamos em vota e não vimos o ruivo.

     -Deve ter saído logo depois de Thalia.

     -Aqueles dois são engraçados. –Percy falou e eu concordei com a cabeça.

     Vi, com o canto do olho, Posseidon passar pela porta e apontei para Percy, nós dois esperamos o deus vir até nós. Sabia que ele iria me mandar ir passear, mas fazê-los falar comigo era muito divertido. Continuei sem expressão encostado-me à coluna gigantesca ao lado de Percy.

     -Filho de Hades, preciso falar com meu filho a sós.

     -O senhor pode falar tio, tem todo o Olimpo para conversar com ele. –Pus meu sorriso debochado no rosto, enquanto ele tentava não se irritar.

     -Aqui e agora, di Ângelo.

     -Então tá né. –Me virei e fui embora caminhando preguiçosamente pelas ruas e vielas.

     Ninfas e deuses menores me encaravam nem um pouco discretamente, mas eu não ligava, nunca liguei. Eu escutei seus comentários, “é o tal filho de Hades, cuidado”, “espero que ele não seja o mais poderoso”, “ele, Percy Jackson e Thalia poderiam acabar com o garoto-aberação” e etc.

     -Nico. –A voz grave de meu pai me chamou. Ele estava em pé nas sombras de uma casa, suas feições eram sombrias, ninguém com juízo perfeito iria até ele, mas ele era meu pai e eu nunca tive o juízo perfeito.

     -Sim pai.

     -Não quero falar sobre os últimos acontecimentos, não agora. O importante é a competição, e preciso que faça uma coisa por mim. –Ele olhou para mim, como se eu fosse responder sem saber o que era.  –Você vai dar o seu melhor em todas as competições, não importa quais elas sejam. Jure.

     -Eu juro pelo Rio Estige.

     -Fui proibido de lhe contar como seriam as etapas, assim como todos que sabem delas, incluindo sua namoradinha. Porém posso lhe ajudar. –Hades estalou os dedos e um espelho bem grande apareceu na minha frente.

     E o espelho não foi a única coisa que apareceu. Uma armadura negra como o mais profundo abismo estava colocada em mim, ela me servia perfeitamente e era leve como uma pluma e eu desconfiava que fosse ultra-resistente. Em minha cabeça um elmo em forma de caveira, igual ao elmo das trevas de meu pai, ele irradiava medo e grandeza, é claro que menos que o do meu pai, mas isso já era o bastante.

     -Obrigado pai, e me desculpe.

     -Você não esta perdoado, você me desobedeceu vezes de mais e vai pagar por isso. Mas não agora. –Ele me encarou e eu sustentei seu olhar. –Vá embora daqui, e não se atreva a quebrar seu juramento, se fizer será a última coisa que fará.


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Notas finais do capítulo

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