One Piece - Shoujo!? escrita por milamargarina


Capítulo 4
Akuma no Mi e o treinamento de Vovô Garp


Notas iniciais do capítulo

Sim, isto é um filler que não tem no roteiro original de One Piece XD. Mas eu achei interessante colocar um pouco da infância da Luffy, já que estamos falando de um shoujo...

Ah contém alguns SPOILERS sobre a família do Monkey D.!

Espero que esteja divertido

Boa Leitura!



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Havia 3 meses desde que Shanx partira com seu bando da Vila Fuschia e Luffy ainda estava se acostumando com seu novo corpo. Um corpo de borracha era bem divertido e era ótimo para fazer careta!

 

-         NIIIIIIIIIIIHHHH! – Luffy estava puxando o queixo para encaixar os hashis em seu nariz.

-         O que você está fazendo?

 

Luffy virou-se e deu de cara com um garoto sardento.

 

-         Aaaaaaaaaaaaaaaaah!!!!!!!!!!!!!!! – os dois gritaram ao mesmo tempo.

 

O garoto era Ace, o irmão mais velho de Luffy. Ace era apenas 3 anos mais velho que Luffy, mas sua atitude era sempre de um menino mais velho e responsável. Talvez, por Luffy ser uma menina barulhenta e avoada, ele tenha desenvolvido essa personalidade a fim de cuidar da irmãzinha.

 

-         O que você tá fazendo com esses hashis no nariz??? – perguntou Ace, que se assustara com a careta de Luffy.

-         Brincando! – disse Luffy num tom mais alto que o irmão. Ela ainda estava com os hashis.

-         Aah... Mas como você dá trabalho! Tire isso do nariz, o vovô Garp voltou.

-         Eeee!!! Vovô!!!

 

Luffy saiu correndo em direção a porta de casa, sem se importar com os hashis e o aviso de seu irmão mais velho. Fazia algum tempo que vovô Garp não voltava a Vila para ver como iam os netos. Monkey D. Garp era um importante nome da marinha, mas Luffy não ligava para isso. Na verdade, talvez nem o próprio Garp ligasse.

 

-         Vovô! – disse Luffy abraçando a perna do avô.

-         Ora, se não é a minha pequena almirante? – sorriu Garp, acariciando os cabelos negros da neta.

-         Eu já disse que vou ser uma pirata, vô! – disse ela séria.

 

Garp olhou para a neta e a encarou. Ela tinha uma expressão decidida. Garp sorriu de canto e...

 

PAFF!!!

 

-         Não fale besteira!!! – Urrou.

-         Aaaah!! Vovô... o senhor é mau! – choramingou Luffy que esfregava a cabeça onde tinha levado um cascudo. Os hashis voaram longe com o tapa.

-         Como você conseguiu machucá-la? – perguntou Ace, que chegava calmamente a tempo de ver àquela cena tocante.

-         Oh! Ace! – exclamou Garp ao ver o neto mais velho.

 

Garp abraçou o neto com carinho. O menino havia crescido bastante desde a última vez que o vira. Também adquirira uma expressão mais responsável. Nele, Garp depositava suas esperanças de ter um herdeiro na marinha. Ele se agachou para ficar da altura dos netos.

 

-         Como vocês estão crescidos! – falou analisando ambos os netos. – Cuidou bem de sua irmãzinha, Ace?

-         Tentei... – respondeu Ace sério, com um ar de desabafo.

-         Tentou?

-         È... – continuou o garoto – Mas ela é muito cabeça-de-vento e dá muito trabalho!

-         QUEM É CABEÇA DE VENTO????

-         Você!

-         EU NÃO! – berrou Luffy, muito brava.

-         Chega! – interrompeu Garp – Puf... Então me contem as novidades... – disse se levantando.

-         O Shan – começou Luffy, mas fora interrompida por Ace.

-         A Luffy foi seqüestrada pelos bandidos da montanha. – disse Ace, seco.

-         Quê? – Se assustou o marinheiro.

-         Os bandidos a fizeram comer um Akuma no Mi e iam vendê-la, mas o bando do Shanx  a salvou... – disse Ace casualmente.

-         Esp- Espera um minuto... Como é essa história??? – Garp olhou furiosamente para Luffy que apenas retribuira com um sorriso feliz. – af... Vamos para o Party’s... Preciso de um trago para ouvir essa história.

 

Garp e os netos se dirigiram para o bar de Makino, onde a mesma ajudaria a contar toda a história do seqüestro de Luffy. Garp andava segurando seu sobre-tudo por cima do ombro e descansava a mão livre no bolso. Luffy e Ace andavam um de cada lado do avô. Luffy andava saltitando enquanto Ace andava calmamente com os braços atrás da cabeça.

 

***

 

Após ouvir o relato dos netos, ajudados pelos comentários de Makino, vovô Garp recostou-se na cadeira do bar pensativo. Bebeu alguns goles de sua cerveja e suspirou. Ficou algum tempo de olhos fechados e braços cruzados. Luffy e Ace ficaram quietos esperando uma reação do avô e quando se deram conta... os três caíram no sono.

 

-         Essa família é muito divertida. Hihi...

-         Rrrrrmmm – roncou Garp.

-         Aaaaaah! – assustaram-se Ace e Luffy.

 

Com o susto os três foram ao chão fazendo muito barulho no bar.

 

-         Não me assuste assim, vovô! – disse Luffy.

-         Droga! Cochilei! – exclamou Garp.

-         Não fale assim tão casualmente! – protestou Ace.

-         Mas você também cochilou, não é... Ace? – disse Makino trazendo um doce para as crianças, deixando Ace corado.

-         Então... O que você pensou, vô? – perguntou Ace, mudando de assunto.

-         Humm...

-         Não durma!!! – falaram as crianças juntas.

-         Bem, amanhã de manhã nós vamos sair cedo!

-         Ahn?

-         Vou treiná-los enquanto estiver nessa ilha! Assim vocês poderão se defender melhor... - afirmou o marinheiro, sério.

 

***

 

Era manhã, o sol estava nascendo e Luffy dormia tranquilamente. Apesar de ser uma garota ela roncava e babava, além de estar esparramada na cama. Vovô Garp já estava do lado de fora da casa com uma mochila pequena nas costas e chamou pelos netos.

 

-         Ace! Luffy! Levantem é hora da aventura!!!

 

Ace já havia levantado, e como um bom menino já estava pronto para o treinamento. Ele estava na porta de casa, quando o avô o chamara. Já Luffy que estava com suas coisas meio arrumadas e meio espalhadas, se levantou apenas ao som da palavra “aventura”. E como se ela pudesse suprimir o tempo, ela conseguiu chegar junto com Ace até o avô.

 

Os olhos de Luffy brilhavam de emoção. Garp conhecia bem seus netos e podia ver que Luffy estava muito animada.

 

Os três partiram da Vila Fuschia e se direcionaram a floresta no sopé da montanha. Lá encontraram um bom lugar para almoçarem. O estômago de Luffy roncava alto ao sentir o cheiro de comida.

 

-         Nya! Vovô... eu tô com foooomee! – reclamou.

-         A comida já ficará pronta. Enquanto isso me mostre o seu novo poder. – pediu o avô enquanto mexia o cozido.

-         Nyu?

-         Ele quis dizer isso! – explicou Ace puxando o braço direito de Luffy  e esticando até que ficou duas vezes maior que o normal. Depois soltou, fazendo Luffy voar uns dois metros.

-         Hum... Interessante...

-         Ai! Doeu! – reclamou Luffy.

 

Vovô Garp serviu os dois e todos comeram e conversaram alegremente sobre os outros acontecimentos desde a última vinda do marinheiro.

 

À tarde, Garp ensinou golpes com os punhos e com os pés aos netos. Observando sempre aos movimentos de Luffy, que agora se tornavam mais amplos em relação à sua estatura normal. O marinheiro era muito exigente, ainda mais por se tratar de seus netos.

 

Assim seguiu-se por uma semana. Eles treinaram os golpes 100 vezes por dia e faziam flexões e abdominais nesse mesmo ritmo. No fim dessa primeira semana, ambos estavam exaustos e com dores musculares. Ace sentia mais que Luffy, pois a menina agora tinha músculos de borracha. Mas mesmo assim, a menina perdia para ele quando ambos tinham de treinar um contra o outro.

 

-         Acho que agora vocês estão prontos! – anunciou Garp durante o jantar daquele sétimo dia.

-         Sério? – perguntou Luffy com os olhos brilhantes.

-         Já? – disse Ace desconfiado.

-         Sim! – afirmou Garp com firmeza. – Vamos para a floresta!

 

Mal entraram e encontraram uma clareira. Garp falou que aquele era um lugar muito bom para o que eles iam fazer. Ele largou a mochila e fez um breve alongamento, esticando as pernas, as costas e os braços de maneira igual.

 

Os netos olharam o avô e depois trocaram olhares interrogativos. Então resolveram imitar o avô se alongando.

 

Garp terminou o alongamento e virou-se para as crianças que o imitavam, esticando uma perna e depois a outra. Com uma mão ele pegou a neta pela mão e a jogou para cima e para dentro da floresta. Luffy voou por cima das árvores chorando pelo nome do avô.

 

-         Velhote! – gritou Ace – O que você fez!? – tentando agarrar a perna do avô

-         Escute Ace – falou Garp calmamente, mas muito sério – sua missão e encontrar a Luffy e voltar com ela para esta clareira, você tem dois dias. No terceiro, um navio da marinha vai chegar e eu precisarei ir embora, portanto, vocês terão de voltar para casa sem comida ou água, se passarem do prazo. Luffy tem que sobreviver até que você chegue. Entendido?

-         Eu... – Ace ainda estava com raiva, mas diante do olhar severo do avô e da urgência da situação, resolveu contê-la. – Entendi.

-         Muito bem, agora vá. Leve Esta comida e água para vocês. – Disse Garp, entregando a pequena mochila ao neto.

 

Ace pegou a mochila e correu para dentro da floresta na direção em que Luffy voou. Ele resgatá-la rápido ou sua irmãzinha poderia ser devorada por algum bicho daquela floresta. Mas o que ainda estava atormentando Ace era por que seu avô fora tão extremista.

 

***

 

-         Aaaah...

 

RONC!

 

Harahetta¹...


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Notas finais do capítulo

¹ “Tô com fome” em japonês. É uma maneira infantil de falar...

Gostaram? Mandem reviews!! !!! Novos profiles na página de personagens: Ben Beckman, Yasopp, Ace e vovô Garp!!!



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