Psi-Cullen (Sunset - pôr-do-sol) escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 21
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

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Outubro de 2007

PDV de Caroline

Alguns dias se passaram e agora eu fui adotada definitivamente por Esme e Carlisle, por uma decisão do juiz certamente baseada no parecer da assistente social que veio nos visitar um dia e tudo que ela escreveu no relatório fundamentou a decisão do juiz de que eu deveria ficar com eles.

Claro que também contou a minha vontade, mas eu jamais rejeitaria a oportunidade de viver eternamente. Claro que não é apenas por isso, eles dois me tratam muito bem, mas essa chance não creio que aparecerá na minha vida novamente então eu preciso aproveitar. Se eu não quisesse viver para sempre eu iria voltar para minha casa ou fugiria, mas eu quero ser praticamente imortal. Nada se compara a viver sem ter medo constante de morrer. Para mim será um presente, uma benção, não uma maldição.

Agora eu sou oficialmente uma Cullen. Estou tão feliz que mal caibo em mim. Eu pedi para ter o nome da minha mãe também, pois eu não tinha o nome da minha mãe humana, e Esme claro que ficou muito contente com minha vontade e concordou. Meu nome agora é Caroline Platt Cullen.

Fiquei ainda mais emocionada quando recebi meu boletim com meu nome em destaque. Ou talvez eu que vi assim.

Esme deixou de trabalhar na escola há alguns dias depois que me deu alta e seu contrato temporário de 6 meses terminou. Agora ela me leva e me busca todos os dias com o carro de papai.

Meus colegas e os outros alunos ficam de boca aberta e queixos caídos ao me verem entrar ou sair do veículo. Eu até posso imaginar o que eles provavelmente estão pensando: “Uau! Quem é essa garota?” “Que carro mais luxuoso!”

 ...XXX...

 

Hoje já é dia 15 de outubro e dia do professor aqui no Brasil, por isso não tem aula.

Amanhã será um dia maravilhoso, para toda a eternidade será assim para mim porque é o aniversário da mamãe. Esse será o primeiro que eu estou com ela por isso é ainda mais especial.

Papai e eu compramos um presente para ela. Na verdade ele comprou e eu apenas ajudei a escolher, mas nem precisa porque tantos anos casado com ela, Carlisle sabe decor qual o gosto da esposa. Vamos lhe dar um colar de diamantes.

Ela mesma é a nossa mais preciosa joia. O tesouro que papai teve a ventura de encontrar e sabe como mantê-la. Dizem que por trás, ao lado de um grande homem há sempre uma grande mulher e no caso de meus pais isso é absolutamente verdade. Nada no mundo seria suficiente para lhe mostrar o quanto ela vale para nós, mas vamos lhe dar essa ‘lembrancinha’.

Ela mesma brilha mais do que qualquer diamante se quisesse, mas não é bom para os vampiros se expor publicamente. Vai chamar atenção e claro que os Volturi não vão deixar barato a exibição. É melhor guardar para si esse segredo e se mostrar apenas para outros da nossa espécie, não aos humanos. Eles tem de crer que somos apenas lendas e que não existimos.

Eu fui uma exceção. como mamãe diz "There are exceptions to every rule." , há exceções para cada regra, quer dizer que cada regra tem exceção.

Papai me disse que há alguns anos deu uma ilha de presente para a mamãe, chamada Ilha Esme. Nome sugestivo não? Então eu fiquei pensando comigo mesma, sem dizer nada para meus pais é claro:  'Para alguém que já tem até uma ilha, o que mais se pode dar?'

Como assim ele deu uma ilha? Quanto dinheiro eles têm? Ai meu Deus, eles são mais ricos do que eu imaginava! Caramba! Onde eu vim parar caraca!

Ainda bem que Carlisle já tinha ideia do que comprar de presente porque eu não tinha nada em mente. Nenhuma ideia. Não sabia qual era o gosto de Esme. Se bem que eu não duvido de que ela iria gostar de quase qualquer coisa que eu lhe desse. O que vale para ela é a intenção, não o valor do presente.

Aliás o maior presente que eu poderia lhe dar eu já lhe dei. Eu mesma. Sou a filha que ela sempre quis ter e ela é a mãe que eu sempre sonhei. Carlisle também é o pai que eu sempre quis ter, tão gentil e carinhoso. Ele é um excelente marido – por isso mamãe acertou na escolha, e ele também é um ótimo pai. Sem dúvida o melhor. E nisso eu tenho certa experiência para falar e sei o que eu estou dizendo.

Vampiros não dormem e então nós vamos comemorar logo depois da meia-noite. Eles sempre fizeram assim e eu não pediria para mudar só por minha causa. Claro que  ninguém da família precisava dormir até alguns anos atrás quando Renesmee nasceu. Ela precisa dormir um pouco porque sua metade humana assim pede, mas não é tanto quanto eu preciso. Eles também vão comemorar todo o dia como sempre, então eu não teria que me sacrificar, mas não é trabalho nenhum para mim. Faço com muito gosto por isso não é um esforço. Faço de coração porque eu amo a mamãe.

Vou dormir mais cedo então, para acordar as onze e meia da noite. Depois meus pais fazem questão de que eu volte a dormir porque de manhã eu já terei aula e não querem me ver com sono durante o dia. Na verdade, se eles soubessem que não tem como eu ficar com sono eu estou uma pilha de ansiedade, não se incomodariam tanto.

“Calma filha, até parece que o aniversário é seu” – Carlisle comentou.

Eu revirei os olhos, não fiz questão de disfarçar ou esconder dele. Fui ao meu quarto deitar.

...XXX...

 

Quando a hora chega o meu despertador toca e eu ainda demoro cinco minutos para me levantar. Não que eu esteja com sono, eu estou agitada. Coloco meu vestido lilás especial para festas e desço as escadas para encontrar meus pais na sala.

— Como você está linda minha filha – diz mamãe quando eu termino de descer.

Ela esperou eu me arrumar e não sabia de verdade, não fazia ideia de como eu iria me vestir. Claro que eu iria me vestir como pede a ocasião.

— Você está muito elegante filha, com certeza Alice aprovaria seu visual também – com a citação de papai me lembro da minha irmã ‘antenada’ na moda.

— Obrigada, pai, obrigada mãe. Feliz aniversário.

— Obrigada meu amor. – Esme responde sorridente. – Você é um presente para mim e para meu marido. Você nos trouxe alegria renovada, é uma benção ter você conosco.

— Oh mamãe! – enrubesço e abaixo a cabeça.

— Eu nunca me senti tão querida pelos meus pais. Ao contrário, até pensava que eles não gostavam de mim – digo com os olhos marejados. – Acho até que não queriam que eu tivesse nascido.

— 'Oh baby girl, don’t cry'— Esme me estreita contra o peito e acarinha minhas costas.

— Não sei se eu sou digna de tudo que você e Carlisle fazem por mim... Eu sou apenas humana, não sou nada.

— Não diga isso filha, você vale muito para nós – diz Carlisle.

— Porque você diz que acha que não deveria ter nascido, filha? – pergunta Esme emocionada. Dá para sentir seu coração realmente tocado pelo que eu disse.

— Acho que não era a hora que meus pais queriam nem esperavam. Eu nasci antes do tempo. Sei que mesmo se eu tivesse nascido na hora certa meus pais não teriam como prever. Mas de qualquer forma eu cheguei antes do tempo previsto, inesperadamente.

— Você nasceu prematura, Carol? – o olhar de Carlisle brilha com a revelação e o ‘instinto’ médico desperta.

— Sim, isso mesmo.

— Carol, você não tem culpa por ter nascido antes do tempo. Nenhum bebê iria querer nascer antes de estar completamente formado. Algo deve ter acontecido para forçar a sua mãe... não é culpa sua.

Carlisle vai direto ao ponto. Eu sempre me senti culpada por ter nascido antes. Por ter atrapalhado o sono do meu pai. Eu posso até imaginar a cena... e por isso também eu tenho os dentes amarelados. Acho que tomei algum remédio por ter nascido antes da hora.

— Você é um milagre, filha! – Esme exclama ao entender e também para me animar, pois percebe que eu estou pensativa. Sou assim, mas ela nota que estou mais triste do que introspectiva apenas.

— Pena que meus pais nunca me viram assim... Nem foi tanto tempo assim Carlisle, eu nasci com oito meses acho, só um pouco antes do tempo.

— Mesmo assim criança, não era o momento. Quando você nasceu a medicina neonatal principalmente não era muito desenvolvida como hoje. Você sobreviveu!

— Eu tive que ficar 45 dias na incubadora.

— Viu só! Mais de quarenta dias! Você ficou bastante, filha.

— Obrigada papai! Assim parece algo bom.

— É bom filha. – diz Esme. – Você está viva! É um milagre! Nosso milagre! Esqueça o passado e agora é vida nova. Nós vamos ajudar você. Você é mais preciosa para nós, ainda mais do que sempre foi.

Carlisle busca no escritório, volta tão rápido que nem percebi quando ele saiu, um buquê de rosas brancas que entrega para a esposa e no meio das flores o colar.

— Obrigada, meu amor – diz Esme emocionada olhando para mim e para o marido.

— Carol me ajudou a escolher – diz Carlisle dando um passo para frente e colocando o colar na esposa enquanto Esme segura o próprio cabelo no alto da cabeça.

— Mas papai pagou – digo tentando desviar a atenção de cima de mim, nunca gostei de ser o centro das atenções. Aceito afeto sim, mas atenção muita me encabula.

Mamãe e papai se beijam e eu fico feliz como sempre.

Logo mamãe me aconselha a voltar a dormir e claro que ela vem ficar comigo. Mas eu sei que depois ela e Carlisle vão aproveitar que ele está em casa e vão fazer amor. Eu sei, não sou ignorante. Posso ser virgem, mas eu sei o que um casal apaixonado faz. Eles dois tem todo o direito, não estão prejudicando ninguém...

Bem, se alguém não gosta, problema desse alguém não deles. Melhor fazer amor do que guerra. Por isso também que eu os amo. Vou dormir logo para deixar Esme livre para Carlisle. Ainda bem que ele não é egoísta e deixa a esposa ficar comigo alguns instantes até eu adormecer.

Se bem que se eu demorar para dormir vou fingir que dormi para libertar minha mãe. E mesmo se ela perceber meu fingimento, porque eu sou péssima em fingir tanto quanto em mentir, eles dois podem ser mais rápidos do que eu posso imaginar. Embora eu imagine que eles não fazem tão depressa, ainda mais hoje que tem bastante tempo, pois Carlisle consegiu um dia de folga do hospital.

...XXX...


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Notas finais do capítulo

Trilha sonora: Who wants to live forever, Queen; Forever Young, Alphaville.



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