Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 99
Capítulo 99 - Notícia para Primeira Página!


Notas iniciais do capítulo

Oi meu povo lindo, estou de volta!!

Sei que demorei um pouquinho, mas por causa de duas coisas. A primeira era que tive reunião no trabalho na quarta-feira, além do meu horário normal, o que me deixou praticamente o dia todo fora de casa, sem a possibilidade de sentar e escrever. A segunda é que eu dormi muito mal essa semana toda e isso acabou me afetando um pouco, no sentido de deixar a mente cansada e não conseguir me concentrar para poder escrever... Enfim, tudo isso ficou para trás e trago mais um capítulo!! Contagem regressiva para o centésimo capítulo O.O

Quero agradecer a todos pelos comentários, favoritos, lista de leitura, e ao pessoal que acompanha dentro e fora da moita. Não se acanhem, podem comentar e façam a autora mais feliz ainda ;)

Boa leitura!!



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— Senhor Glass. – disse Jimmy Olsen, ele responsável pelos telefonemas e recados do jornal, além de fotógrafo nas horas vagas – O telefone não para de tocar... – ele comunicou assim que viu Sidney entrando no jornal.

— O que está acontecendo meu bom Jimmy? – perguntou assim que recebeu um monte de papel de recado do rapaz – O que é isso?

— São todas as bancas e jornaleiros da cidade pedindo mais tiragens da edição de hoje, pois tudo que foi para lá já fora vendido e tem gente que quer comprar o exemplar de hoje. – respondeu o rapaz olhando intensamente para o jornalista.

Os olhos de Sidney se arregalaram – Sério? – perguntou incrédulo. Jimmy apenas assentiu com a cabeça – Tudo bem, conte quantos exemplares precisa cada um desses recados e some mais metade. Depois peça para o Félix imprimir o número total e distribuir assim que ficar pronto.

— Tudo bem. – disse Jimmy contando já o número de exemplares de cada pedido, assim que teve um número total saiu correndo e foi até a parte da gráfica para falar com Felix.

— Acelerem as máquinas. – gritou Felix – Vamos que hoje iremos trabalhar como nunca trabalhamos. – brincou já começando a segunda remessa de impressão.

—SQ-

A vida secreta da princesinha do papai­ era o título da reportagem que estava estampada na primeira página em letras garrafais logo em baixo havia uma foto de Lilith algemada pela detetive Rizzoli caminhando na direção da viatura.

— Mas que merda é essa? – exclamou Leopold furioso assim que se sentou a mesa para tomar o café da manhã. Não havia dormido direito aquela noite, pois o incompetente do advogado do Barnes não conseguiu tirar sua filha da cadeia – Eu vou acabar com aquele jornalistazinho medíocre. – bufou pegando o jornal e começou a ler a reportagem – Quem iria imaginar que Lilith Page, teria um passado tão obscuro? Filha do atual prefeito da cidade, Leopold Page, Lilith escondia um crime em seu passado que ninguém poderia imaginar.

—SQ-

Detetives do departamento de homicídios de Boston investigavam um crime ocorrido há alguns anos atrás, que acabou sendo arquivado por falta de provas. Mas esse mesmo caso veio a tona quando uma nova evidência surgiu clareando o caso novamente.— leu Tonny para Maddison e Abby – Gente que babado.

— Nem me fale, mas não fique falando e continue lendo a reportagem. – pediu Abby terminando de montar o pedido de café da manhã de um cliente.

Além de uma nova evidência, uma testemunha foi ouvida novamente que acabou confessando o assassinato de Fiona Murray pela filha do prefeito, Lilith. Ele (que não terá seu nome divulgado, mas que já está preso) acabou confessando que Lilith havia cortado o cabo do freio da pick-up que a vítima possuía.— continuou.

—SQ-

Lilith e a vítima Fiona Murray eram namoradas, na época que a filha do prefeito morava em Boston. Não aceitando o término de seu relacionamento com a vítima, Lilith orquestrou um crime. Ela cortou o cabo do freio do veículo da vítima depois de uma das várias discussões que tiveram ao longo da separação. Fiona Murray acabou perdendo a vida em um acidente com a pick-up, mas como não tinham muitas evidência o crime acabou sendo engavetado.— leu Zelena para sua família a mesa. Sua mãe não estava presente, ela havia prefiro ficar um pouco mais de tempo recolhida em seu quarto – Eu estou passada com tudo que está acontecendo ainda. – murmurou a ruiva abismada, assim que parou de ler a reportagem.

— Realmente é de se deixar todo mundo estarrecido. – comentou Anna ao tomar um gole de seu café – Quem poderia imaginar uma coisa dessa? Está certo que a gente sempre achou que Lilith tinha um parafuso a menos pela maneira que se comportava, mas daí a ela ter cometido um assassinato é um pouco a mais.

— Na realidade ela quase cometeu dois assassinatos... – disse Elsa – Emma conseguiu sair viva das três tentativas contra sua vida.

— O que leva uma pessoa a agir desse jeito? – questionou Kristoff tentando entender tudo aquilo.

—SQ-

Amor? Nem um pouco, isso era obsessão! Obsessão por querer a outra pessoa ao seu lado, mesmo essa pessoa não a amando mais. Esse é um dos motivos de maior índice de assassinato no país, o crime passional, perdendo apenas para as mortes com arma de fogo e acidentes de trânsito.— leu Daniel chocado com tudo – Por meus vasos com plantas, que mulher mais doida aquela filha do prefeito.

— Sim. – concordaram o pessoal que estava com ele a mesa tomando café – Pior que você nunca desconfiaria dela, afinal, sempre teve tudo que quis, na teoria não teria motivos para ser desse jeito. – completou o paisagista.

— Muito pelo contrário, muitas vezes por ter tudo a fez achar que todos tinham que fazer as vontades dela. – acrescentou Kristin tomando seu café – Ela não dava valor para outras coisas que não fossem do interesse dela, apenas do interesse dela importava. – terminou e todos ficaram pensativos por alguns segundos, até Daniel voltar a ler a notícia.

—SQ-

Essa mesma obsessão acabou causando muitos problemas para Emma Swan-Mills, pois quando a mesma ainda era solteira, ela e Lilith acabaram se envolvendo amorosamente, mas que acabou quando Emma conheceu sua atual esposa Regina Swan-Mills, filha do falecido Henry Felix Mills. Emma acabou sofrendo três tentativas de assassinato. A primeira foi com um acidente com a pick-up enquanto voltava para a fazenda onde reside. O caso nem foi investigado, porque peritos apontaram que havia sido falha mecânica do veículo, o mesmo motivo que o caso de Fiona Murray havia sido engavetado. Mas recentemente devido a uma tentativa de assassinato a tiro contra Emma, acabou abrindo investigação contra Lilith Page. — leu Cora surpresa para os adultos a mesa. George já havia levado as crianças para a escola e estava de volta, havia trazido esse exemplar consigo – Que loucura tudo isso. – comentou dando uma pausa na reportagem.

— Eu que o diga. – murmurou Emma sombriamente Quase perdi a minha vida por causa de uma louca! Ah se arrependimento matasse... Emma! Ah mente é apenas modo de falar, claro que eu não quero morrer! Então sentiu uma mão sobre a sua, olhou e viu que era a mão de sua esposa, olhou para Regina que tinha um sorriso amoroso nos lábios. Aquela sombra que havia em seus olhos sumiu com a luz daquele sorriso, ela mesma acabou abrindo um sorriso também Ainda mais agora que nossa família vai aumentar! Depois desse bebê quero mais filho ainda morena, você aceitar ter mais filhos comigo? — Mas agora isso é passado.

— Sim, passado. – confirmou Regina fazendo carinho na mão debaixo da sua Imensamente feliz por ter a minha loira ao meu lado, construindo nossa família juntas! Será que minha loira ainda vai querer mais filhos depois desse bebê? Ah Regina, eu aposto que sim! Eu espero que sim, mente! — Agora vamos construir um futuro com a nossa família. – disse. A loira abriu mais ainda o sorriso apenas assentindo com a cabeça Sim, nossa imensa família!

—SQ-

Nessa investigação foi apurado que Lilith fora responsável pelos disparos feitos contra Emma. Pois a arma usada estava no nome de seu pai Leopold Page, prefeito da cidade, além dos exames de pólvora atestarem que havia resíduos em suas mãos devidos aos disparos. Os exames foram feito pelo técnico Matthew Lail, responsável por esses tipos de exame na cidade. O policial Damon Croft, da delegacia de Storybrooke, que estava fazendo as investigações acabou recebendo um vídeo de uma testemunha que não se identificou. O vídeo mostrava Lilith entrando debaixo da pick-up que pertencia a Emma Swan-Mills, em suas mãos tinha um alicate de cortar vergalhão. Mais tarde nesse mesmo dia Emma Swan-Mills acabou sofrendo um acidente com a pick-up. Isso acabou ligando os pontos com a investigação do caso da senhorita Murray em Boston.— continuou Tonny – Gente que bomba.

— Como diria o rapaz da construtora, aquele todo emplumado... – comentou Maddison tentando se lembrar do nome.

— Daniel. – respondeu Abby – Adoro ele, sempre alegre e com uma piada ou comentário para fazer.

— Sim, Daniel. – confirmou a mulher mais velha – Que babado babadeiro. – riu, fazendo todos rirem.

— Olha que orgulho do meu crush sendo citado como o responsável pelas investigações. – disse Abbby toda orgulhosa – Mas continua Tonny.

—SQ-

Em uma parceria entre a Delegacia de Storybrooke e o Departamento de Homicídios de Boston, a detetive Jane Rizzoli e o detetive Vince Korsak uniram esforços com a força policial local para prenderem Lilith Page. A filha do prefeito ainda tentou uma última vez contra a vida de Emma Swan-Mills. Enquanto a mesma saía do hospital acompanhada de sua esposa Regina, depois de passar alguns dias internada devido a uma cirurgia de urgência por causa dos tiros que havia levado, Lilith apareceu causando tumulto e quando o detetive Korsak deu voz de prisão para ela que toda a confusão se instaurou de vez na frente do hospital.— leu Damon orgulhoso de ter ajudado a prender a morena.

— Ah esse é meu amigo Damon. – falou Matt – Mas você que eu também fui citado? Ah estamos podendo. – disse com um imenso sorriso, então seus olhos se fecharam em vergonha – Ai vexame que com eu passei com a detetive Rizzoli.

Uma sonora gargalha saiu da boca de Damon – Sim, meu amigo, você pagou não foi um mico e sim um King Kong. – brincou – Mas eu te entendo, ela é uma mulher admirável mesmo.

Então os olhos de Matt se abriram com brilho sonhador – Será que agora eu terei chances com a minha bela garota?

Damon olhou para o amigo – Qual delas? – brincou.

— Não seja bobo, claro que a única que povoa meus pensamentos e habita o meu coração... – respondeu Matt – A professora Cindy. – explicou com um sorriso bobo nos lábios – Mas continue, antes que o xerife volte e corte nosso barato. – pediu para o amigo.

— E eu escute as ladainhas dele. – murmurou Damon voltando sua atenção ao jornal.

—SQ-

Lilith conseguiu se soltar do detetive e do policial puxando uma pistola que estava escondida em sua bolsa. Apontou a mesma para a Emma Swan-Mills, ameaçando a vida da mesma, dizendo que se Emma não fosse dela, não seria de mais ninguém. Ainda atirou nos policiais. Mas antes que Lilith pudesse fazer qualquer mal a Emma, a detetive Jane Rizzoli, saiu de trás dos arbustos topiários que compõem o jardim da praça, pulando imediatamente sobre a filha do prefeito. No ato a detetive desarmou Lilith e a prendeu. Em seguida a conduziu para a viatura do departamento de Boston.— continuou Daniel.

— Quanto mais eu escuto mais incrédula eu fico. – comentou Aurora ainda abismada com a notícia. Rose apenas escutava sem se pronunciar quanto ao assunto.

— Isso daria uma bela história de filme policial. – comentou Kilian que estava junto para tomar café com o namorado. Depois do acontecido no casamento das meninas, eles tiveram um conversa séria sobre relacionamentos, e agora eles haviam assumido que estavam namorando oficialmente. Desde então eles passaram a tomar café da manhã juntos, e quando dava almoçavam ou jantavam juntos. A maior parte das noites eles dormiam juntos, ou na casa de Killian ou no quarto que Daniel estava hospedado.

— Está mais para filme de terror Kiki. – falou Daniel depois de tomar um gole de seu café.

— Vocês não sabem o quanto isso daria um filme. – murmurou Rose – Seria mais uma trilogia isso sim.

—SQ-

O prefeito apareceu segundos depois que a filha foi posta dentro da viatura exigindo que a detetive soltasse Lilith, alegando que ele era o prefeito e que a detetive tinha que fazer o que ele mandava. A detetive Jane Rizzoli não se abalou, bateu de frente com o prefeito dizendo que ela iria levar a filha dele presa do mesmo jeito.— Cora parou de ler – Sidney não poupou nenhum detalhe na reportagem.

— Não é a toa que não tinha mais jornal quando peguei esse último exemplar. – comentou George tomando um gole de café.

— Mas continue, por favor. – pediu Eugenia ansiosa para saber o que mais havia acontecido. Assim como Kathryn que ainda não havia ido trabalhar, e Ruby tomando seu café da manhã com calma, mas ainda interessada na reportagem. Por mais que elas já soubessem como tudo havia sido, queria escutar o que haviam escrito.

— Tudo bem. – disse voltando sua atenção para o jornal.

—SQ-

Essa não é a primeira vez que o prefeito se envolve em confusão. Meses atrás ele protagonizou um escândalo a frente da casa de sua outra filha, Zelena Page. Sua esposa, Glida Page, saiu da casa do marido acompanhada de sua filha mais velha. Então dias mais tarde, Glinda entrou com um pedido de divórcio, os motivos ainda não sabemos ao certo. O prefeito apareceu a frente da casa de Zelena, como sempre exigindo para conversar com a esposa. A conversa foi animada por parte do prefeito, que proferiu palavras duras, algumas ameaças e xingamentos. Ao ver que não conseguiria nada com sua esposa, ele acabou indo embora da casa da filha.— continuou Tonny – Gente, eu não sabia que eles estavam em processo de separação.

— Eu havia escutado boatos, mas nada que havia sido comprovado como a reportagem está fazendo. – comentou Maddison – Nem adianta me perguntarem que também não sei o motivo da separação. – já adiantou a mulher – Mas depois de tudo isso, acho que dá para se ter uma ideia do porque ela foi embora. – comentou e os outros dois assentiram com a cabeça - Continue Tonny.

—SQ-

Nós do Storybrooke News estaremos acompanhando o caso de Lilith com o nosso correspondente em Boston para não deixarmos vocês, nossos leitores, sem saber o desfecho dessa história. Sempre que pudermos estaremos trazendo as atualizações. By Sidney Glass, dono e diretor geral do jornal.— leu Leopold – Argh seu miserável, eu vou acabar com você. – jogou o jornal longe, além de jogar tudo que estava em cima da mesa no chão – Ah seu jornalistazinho mequetrefe eu vou acabar com você. – saiu da sala de jantar pegando suas coisas e indo para a rua.

Ele chegou fumegando de raiva na prefeitura. No seu caminho muitos eleitores que são a favor de Sidney fizeram perguntas e comentários sobre a reportagem. Pegou sua caderneta de telefone e procurou do jornal que era a favor da candidatura dele para um novo mandato – Dylan. – falou assim que o telefone foi atendido – Quero você aqui na prefeitura imediatamente... Não quero saber de desculpas, venha para cá. Agora! – desligou o telefone.

Nem cinco minutos depois Dylan colocou a cabeça para dentro da sala do prefeito – O que você precisa de mim, senhor prefeito?

— Entre e feche a porta. – ordenou ainda com a parte de trás da cadeira virada para a porta, enquanto ele olhava a vista de sua janela – Sente-se. – ordenou ao perceber o homem perto de sua mesa – Você viu as notícias de hoje? – perguntou ao virar sua cadeira para encarar o homem.

— O prefeito sabe que eu não vejo o que a concorrência publica. – tentou sair da mira do prefeito. Mas era óbvio que havia visto o jornal concorrente.

— Acho que você deveria começar a olhar. – jogou o exemplar que a prefeitura recebia em cima da sua mesa. Os olhos de Dylan se arregalaram em falso fingimento diante do título da manchete – Enquanto o seu jornaleco... – jogou o outro jornal Onda de calor adia a chegada do outono— dizia a manchete principal – Não tem nem como comparar.

— O que o senhor do prefeito quer que eu faça? – perguntou engolindo seco, pois sabia que vinha bronca e das mais pesadas – Eu até fiquei sabendo de toda a confusão, mas não tinha material suficiente para fazer uma reportagem a seu favor.

— Não sei! Não quero saber o que você vai fazer, mas quero que você faça alguma coisa. – gritou possesso de raiva – Quero que você tire a atenção negativa da população de cima da minha filha e de mim. Eu preciso de votos para ganhar as eleições novamente, e com essa publicidade negativa eu não terei a mínima chance contra aquele jornalistazinho de quinta categoria. – bufou de raiva – Pegue todas as reportagens anteriores que é o meu favor e a republique e enalteça mais ainda os meus feitos. Qualquer coisa que tira a atenção da população do que aconteceu e foque nas coisas que eu fiz pela cidade. Entendeu?

— Sim, senhor prefeito. – respondeu Dylan olhado para o prefeito.

— O que está esperando para sair da minha sala e sentar a sua bunda na cadeira e começar a trabalhar a meu favor? – perguntou o prefeito alterado. Dylan se levantou imediatamente.

— Estou indo. – disse fechando a porta atrás de si assim que saiu da sala. O homem soltou um suspiro longo ao se encostar na madeira.

— Pelo visto hoje ele vai disparar grosseiras para todos os lados. – comentou Amelie também suspirando profundamente. Dylan apenas assentiu com a cabeça, no segundo seguinte o interfone tocou na mesa da mulher – Senhor prefeito. – respondeu depois de respirar profundamente três vezes – Já estou levando... Pode deixar que dou o recado. – desligou e olhou para o jornalista – O prefeito quer saber por que você ainda está parado na porta dele e não em seu jornal fazendo o que ele pediu. – falou educadamente.

— Já estou indo para o jornal. – disse Dylan caminhando apressadamente para fora da prefeitura – Passar bem Amelie.

—SQ-

— Procuro pela detetive Jane Rizzoli. – veio uma voz masculina na porta da sala. Tanto Jane quanto Vince ergueram os olhares para a figura parada. Era outro advogado, bem vestido e segurando uma pasta.

— Sou eu. – disse sem se levantar de sua cadeira – O que deseja?

— Que você solte Lilith Page. – exigiu o homem entrando todo pomposo na sala e já tirando uma folha de sua pasta – Aqui está o habeas corpus para que ela possa responder em liberdade. – praticamente espalmou a folha sobre a mesa da detetive.

Os olhos de Jane se arregalaram pela ousadia do advogado Ótimo! Mais um advogado folgado! Ela desceu os olhos para o papel, depois voltou para a cara do homem – Você seria quem? Pois ontem já tivemos o advogado dela aqui tentando soltá-la.

— Sim, era o Peterson. – respondeu o homem de terno – Mas eu assumirei o caso dela de agora em diante. – fez uma pausa – Sou Robin Hood Gold.

— Ah mais um para exigir. – comentou Jane olhando para o papel a sua mesa, então olhou para Korsak, que apenas soltou um suspiro – Vem comigo, senhor advogado. – se levantou e caminhou na direção de seu chefe. Robin mais que rapidamente pegou o papel da mesa e foi apressadamente na direção da detetive fora – Chefe? – bateu a porta.

— Entre Rizzoli. – veio a resposta de dentro da sala.

Ela abriu a porta – Desculpa chefe, mas esse homem...

Robin entrou na sala – Robin Hood Gold, novo advogado de Lilith Page. – interrompeu a morena, que apenas o fuzilou com o olhar pela petulância – Tenho em minhas mãos um habeas corpus para que minha cliente possa responder em liberdade. – mais uma vez espalmou o papel na mesa do tenente.

Sean apenas olhou sem demonstrar emoção nenhuma para o papel, então olhou para Robin e por fim para sua detetive – Você exige?

— Sim, afinal todos têm direito em responder algo em que está sendo acusado em liberdade. – Robin proferiu as palavras com arrogância.

— Entendi. – murmurou Sean pegando o papel e o lendo – Devo dizer que sua ação para tirar sua cliente da prisão foi bem pensada... – fez uma pausa, colocando o papel de volta na mesa e o empurrando na direção do homem – Mas uma pena que sem serventia nenhuma. – disse calmamente.

— Como assim? – perguntou exaltado.

— Primeiro abaixe seu tom que você não está na cadeia de quinta categoria de que está acostumado e sim em um departamento, e sim no departamento de Homicídios, um dos mais respeitados da cidade. – Sean falou mais severo, mas mantendo o tom de voz baixo. Robin engoliu em seco – Segundo, o que o advogado anterior esqueceu de lhe mencionar que a última ameaça que sua cliente fez contra a vida de... – procurou pelo relatório até achá-lo - Emma Swan-Mills tem muitas testemunhas, além dela ter sido pega em flagrante, e de acordo com as nossas leis, isso não dá direito a nenhum habeas corpus, uma vez que ela apresenta perigo para a sociedade. – se levantou colocando suas mãos abertas sobre a madeira da mesa e se inclinando levemente a frente, olhando bravo para Robin – Acho que a sua vinda aqui com essa ação foi perda de tempo. – terminou. Jane apenas tinha um sorriso de lado vitorioso Toma seu almofadinha!

— Então eu quero falar com a minha cliente. – pediu ele completamente desconsertado e um pouco desnorteado com a cacetada que havia levado.

Sean soltou uma longa respiração – O procurador já chegou? – perguntou olhando para Jane.

— Deva estar para chegar. – olhou o relógio que tinha na sala do chefe para ver as horas.

Sean assentiu com a cabeça – Tudo bem. Liberem a sala dois para ele, depois levem a senhorita Page até a sala. – ordenou.

— Tudo bem chefe. – concordou Jane – Vamos que irei te levar até a sala dois. – disse com o olhar travesso devido a tudo que aconteceu. Sem dizer nada Robin apenas seguiu a detetive.

—SQ-

— Vem princesinha do papai. – chamou um guarda designado para buscar Lilith. A mulher apenas obedeceu. O guarda a algemou, acompanhado de mais outro guarda caminharam na direção da sala dois.

— Robin! – exclamou Lilith ao ver o homem ali, enquanto ela fora posta na cadeira – Fale que você veio me tirar daqui. – pediu – Eu não fiz nada, estou aqui presa injustamente.

Robin sentou-se a cadeira a frente de Lilith – Que merda você aprontou dessa vez hein, Lilith? – falou exasperado – Eu não terei como tirar você daqui agora...

— Então pede para meu pai que ele consegue. – cortou a mulher.

— Creio que seu pai pouco poderá fazer também. – disse Robin soltando um longo suspiro – Lilith a sua situação não é nada fácil, sem falar de todas as provas contra você.

— Você não entende? Eu não fiz nada. – exclamou ela já começando a ficar exaltada – É tudo intriga da oposição do meu pai, eles querem me derrubar para afetar a imagem dele.

— Lilith, isso não tem nada a ver com o seu pai. – informou – Você foi pega em flagrante.

— Eu já disse que não fiz nada. – voltou a dizer a mesma coisa. Jane, assim como Korsak e Maura olhavam atrás da parede, de espelho falso, tudo que acontecia na dentro da sala. Vieram batidas, então entrou uma mulher de terninho.

— Não é a minha área, mas eu diria que pelo comportamento apresentado agora e a incessante fala de que ela não fez nada, mesmo sendo pega em flagrante, mostra que a senhorita Page apresenta algum distúrbio psicológico. – comentou Maura analisando tudo – Mas como eu não trabalho com hipóteses, é preciso realmente de um psicólogo para alegar tal coisa.

— Então pedirei um consulta com o psicólogo. – disse a mulher ao parar ao lado de Vince – Tamara Martin-Green, promotora do caso. – se apresentou, e recebeu acenos de cabeça, então suas atenções se voltaram para a sala ao escutar a alta voz de Robin.

— Como você não fez nada? – Robin se exaltou – Você foi pega com uma maldita arma apontada para aquela loira cavala, a tal Emma. – se exasperou – Uma maldita arma. Você tem noção do que estava fazendo?

Ao mencionar o nome da loira os olhos de Lilith mudaram visivelmente – Ai minha loira, eu preciso sair daqui. Ela está no hospital e está precisando de mim. – disse se esquecendo completamente do assunto – Seu guarda, eu preciso sair e saber como a minha loira está. Hoje ela tem alta do hospital e eu preciso buscá-la.

— Lilith acorda! – gritou Robin para trazê-la de volta a realidade dando um tapa na mesa – Emma teve a vida ameaçada por você, e por isso está aqui na cadeira agora. Você entende isso?

— Sim, eu falei que acabaria com a vida dela. – disse Lilith mudando completamente mais uma vez, seus olhos antes brilhando cheios de amor, agora estavam turvos de ódio – Eu disse que se ela não ficasse comigo, não ficaria com ninguém, foi por isso que queria acabar com a vida dela.

— Sshh. – ordenou Robin tentando fazer a sua cliente ficar quieta – Você não pode falar isso! Assim você complicará mais ainda as coisas para você.

— Não me importo. Eu só quero Emma para mim. – disse voltando a suspirar.

— Assim como você quis Fiona? – perguntou Robin ao se lembrar do outro crime.

Uma sonora gargalhada maníaca ecoou na sala. Aquilo fez as três mulheres e o homem na sala adjacente arrepiarem em receio, os olhos da promotora apenas se estreitaram prestando mais atenção ainda a toda a cena a frente – Sim, aquela vadia me trocou por uma mulher qualquer... Eu tentei tê-la de novo, mas Fiona não colaborou e eu acabei com a vida dela, assim como ela fez com a minha.

— Acabamos de ter uma confissão. – comentou Korsak pasmo com as mudanças de Lilith.

— Assim como a passagem só de ida para a cadeia e por um tempo bem longo. – disse Tamara pegando seu celular e discando um número – Sim, eu sou. Preciso de psicólogo criminal na Homicídios... Tudo bem, estarei aqui esperando. – desligou, soltou um longo suspiro - Já vi muitos casos assim, geralmente a pessoa acaba indo para um hospital psiquiátrico de segurança máxima, pois ela apresenta alta periculosidade para a sociedade, e principalmente para a vítima em questão.

— Eu imaginei. – murmurou Maura – Ela tem todos os indícios de problemas psicológicos graves. Chego a dizer que beiram a distúrbios psicológicos.

— Só me digam que vocês estão gravando tudo dentro dessa sala. – flou olhando para dentro da sala novamente.

— Não perdemos nenhum segundo do show. – respondeu Jane também olhando para dentro da sala – Apesar deles não estarem sabendo. – sorriu. Tamara deu um sorriso de lado.

— Já disse para você não ficar falando isso. – falou Robin bravo – Eles com certeza irão usar isso contra você no tribunal.

— Você não irá me tirar daqui? – perguntou Lilith normalmente, sem apresentar nenhum indício de alteração.

Robin soltou uma longa respiração – Infelizmente no momento não há nada que eu posso fazer para isso acontecer. – fez uma pequena pausa, então os olhos de Lilith se encheram de lágrimas – Seu caso será difícil, temos muitas coisas contra você, eles têm provas muito contundentes contra você.

— Mas Robin...

— Lilith me escute. – ele disse mais calmo – Você precisa se ajudar e me ajudar para que eu possa lhe tirar daqui. Está me entendendo? – perguntou e a morena assentiu com a cabeça - Muito provavelmente seu caso irá para os tribunais e eu preciso que você negue até o último minuto. – olhou para a mulher a sua frente – Você pode fazer isso?

— Sim, eu posso. – confirmou.

— Mesmo quando tocarem no nome de Emma e Fiona, pois a promotoria irá fazer isso. – acrescentou Robin.

Lilith olhou para Robin por alguns segundos – Si-sim eu posso fazer isso. – sua voz saiu receosa.

— É nisso que vamos lhe atacar senhorita Page e você nos mostrará a sua verdadeira face diante do juiz e dos jurados. – comentou Tamara com um sorriso vitorioso nos lábios olhando para os dois dentro da sala .

—SQ-

— Como assim? – gritou Leopold no telefone – Como você não conseguiu tirar a minha filha da prisão? – uma pequena pausa – Não quero saber Robin, você me garantiu que conseguiria tirar a minha princesa da prisão. – mais uma pequena presa – Não me interessa que ela foi presa em flagrante e não tem como tirá-la de lá. Faça seu serviço. Se for preciso suborne todo mundo, mas eu quero a minha filha fora da cadeia. – mais uma pausa – Não me venha com suas desculpas, quero a minha filha fora da prisão o mais rápido possível. – desligou o telefone bufando de raiva. Deslizou para fora da cadeira e foi para o seu mini bar se servindo de uma dose generosa de uísque e a virou em um olé só. Colocou outra dose a virando novamente em apenas um gole, então jogou o copo vazio contra a parede – Droga! – exclamou com raiva ainda – Preciso achar um jeito de tirar a minha filha da prisão. – respirou fundo – Vamos Leopold pense... O que você pode fazer para tirar sua filha da prisão? – murmurou caminhando até a janela atrás de sua mesa, observando todo o jardim que havia a frente da prefeitura.

Amelie escutou os gritos, depois um curto silêncio então o barulho de algo se quebrando seguido de um xingamento. Ela decidiu que ficaria em seu lugar até segunda ordem ao invés de ir verificar se o prefeito estava bem ou se precisava de alguma coisa – Não preciso levar xingo desnecessário, qualquer coisa ele me chama. – murmurou voltando a suas tarefas – Não ganho para isso. – suspirou digitando no computador.

—SQ-

Por mais que Emma não gostasse, mas ela entendia que precisava ficar quieta para poder se recuperar mais rápido e poder mimar a sua grávida esposa, além de poder cuidar de seus filhos, e voltar ao poucos ao trabalho na fazenda Ah não vejo a hora de poder dar toda a atenção que minha morena e nosso bebê precisa, assim como nossos filhos, e até mesmo Lola e seus filhotes! Esses dias que se passaram foi realmente uma prova de fogo para ela ficar parada, mas com muita dificuldade estava conseguindo mesmo que para isso Regina a chantageasse Se bem que algumas chantagens foram golpes baixos, mas eu terei minha vingança quando estiver cem por cento melhor! As poucas vezes que ela ficava em pé, ou passava muito tempo sentada, acabava sentido os efeitos em seu baixo abdômen, que ainda estava em processo de cicatrização.

A loira fez Regina prometer-lhe que não abusaria das horas de trabalho no caso do Blanchard Pelo menos isso eu consegui fazer, afinal ela não pode se sobrecarregar! Quando que os advogados do FBI chegam? Naquela tarde fresca de começo de outono, elas estavam sentadas na cadeira de balanço na varanda, olhando o movimento ao longe na estrada em frente a fazenda.

Regina estava sentada, enquanto tinha a cabeça da loira em seu colo. A morena estava bem a vontade, com suas roupas não costumeiras, ou seja, um short jeans e uma camiseta um pouco larga, em seus pés uma rasteirinha. Sua pequena mão embrenhada nos loiros cabelos, perdida em carinhos e afagos ali. Já Emma tinha uma mão fora da cadeira, que fazia carinho na escancarada barriga Lola. Emma também não estava muito diferente de sua esposa, estava usando uma camiseta regata branca e uma calça de moletom preta para não apertar o local da cirurgia, nos pés chinelos confortáveis. Os quatro filhotes estavam todos deitados no tapete, dormindo um sobre o outro, apenas esperando as crianças voltarem da escola para poderem brincar um pouco ali no gramado como era o costume nos últimos dias.

— Como está se sentindo? – questionou Emma olhando fixamente nos castanhos olhos, quando ergueu seu rosto Amo esses olhos castanhos!

— Como Ruby disse, as vezes tenho um pouco de canseira, alguns enjoos matinais, mas nada muito constante ainda. – respondeu Regina olhando amavelmente para o par de olhos verdes ao qual se apaixonou profundamente Eu não teria problema em me afogar nessa imensidão verde! — Mas sei que daqui para frente isso ficará mais constante então irá desaparecer, assim com as vontades surgirão. – brincou ao final, abrindo mais ainda seu sorriso Será que terei desejos muito estranhos?

Emma não pode evitar e abriu um sorriso imenso Não me importo, correrei atrás de todos os seus desejos morena, não importando as horas! — Quero pode realizar cada desejo seu morena, te mimar muito, principalmente assim que eu puder me mexer sem problemas.

— Eu sei. – Regina se inclinou e selou seus lábios em um rápido beijo para depois voltar a se endireitar novamente, deixando o silêncio pairar no ambiente Confesso que não vejo a hora de você se movimentar como antes por essa fazenda, mas ainda assim eu estou muito feliz que esteja aqui comigo, mesmo que pareça uma velhinha andando no momento!

— Meninas! - chamou Cora colocando a cabeça para fora da porta principal e olhando as duas mulheres na cadeira de balanço.

— Sim, mamãe? – questionou Regina olhando para a mulher mais velha que se aproximou delas – Aconteceu algo?

O imenso sorriso nos lábios de Cora indicava que sim – Aconteceu. – falou enigmática.

Regina suspirou – Só espero que seja coisa boa. – brincou, mas com um fundo imenso de verdade Por favor, chega de acontecimentos bombásticos no momento! — Afinal chega de acontecimentos inesperados que acabam machucando alguém, ou no caso, que acabam machucando sempre a minha loira.

— Não se preocupe, lhe garanto que é uma coisa maravilhosa e ninguém sairá machucado. – respondeu Cora ao se sentar a cadeira a frente das duas mulheres.

— Minha querida sogrinha, você se importaria de dividir conosco esse bom acontecimento? Afinal não podemos deixar a minha esposa, que está grávida, nessa ansiedade toda, afinal isso pode fazer mal para ela e o bebê. – brincou Emma sorrindo ao virar seu rosto para a mulher mais velha. A mão em seus cabelos nunca parou de fazer carinho, assim como a mão na barriga de Lola Por mais que eu esteja ficando louca em não poder trabalhar, ficar parada tem suas vantagens como ficar recebendo carinhos da minha adorada esposa!

— Finalmente eu acabei a decoração no quarto dos meus netos. – comunicou toda orgulhosa e um sorriso imenso nos lábios.

— Que maravilha mamãe. – exclamou empolgada – Aposto que ficou a coisa mais linda desse mundo.

— Querem ver agora? – perguntou Cora empolgada também.

Emma sorria – Acho que eu prefiro esperar nossos filhotes chegarem da escola, assim posso ver a reação deles ao ver os quartos terminados. – respondeu – Você se importaria se esperarmos por eles?

— De modo nenhum. – afirmou Cora – Eu também quero ver a reação deles assim que verem os quartos prontos.

— Por falar em reforma pronta. – Regina mudou de assunto – Como está a reforma do prédio que o tio irá fazer o escritório novo?

— Ah está a coisa indo rápido. O que ajuda é que na realidade é um sobrado. – respondeu Cora – Eu dei uma passada lá ontem, realmente não terá que mexer em muita coisa, mas ele quer mudar a cara do imóvel, deixá-lo mais aconchegante, com uma cara mais rústica.

— Entendo. – disse Regina - Bom, pelo que vi da cidade, se ficar algo parecido com São Francisco, ele irá espantar os possíveis clientes com todo aquele visual meio futurista.

— Sim, por isso ele quer fazer algo mais simples, algo como o restaurante de Ângela. – comentou – John gostou muito do visual e achou que aqui se encaixaria muito bem.

— A decoração do restaurante e todo a arquitetura dele é maravilhosa. – comentou Emma – Sim, realmente esse tipo de visual será muito bem-vindo a cidade. – fez uma pausa – Nossa que saudade da pizza lá do restaurante. – comentou por fim.

— Eu que estou grávida e você que fica com vontade? – brincou Regina sorrindo para sua esposa, sua mão sempre fazendo carinho.

— Ah morena, para comida eu sempre estarei com vontade. – respondeu travessamente A única coisa diferente é a minha eterna vontade de você, minha morena deliciosa! Emma nem começa que no momento você ainda não poderá terminar nada! Ai mente eu sei, mas meu desejo pela minha esposa é insaciável! Mas ele terá que ficar dormente até você se recuperar totalmente! Aquela resposta acabou tirando algumas risadas de mãe e filha.

As três mulheres continuaram conversando sobre assuntos aleatórios quando finalmente avistaram a pick-up vermelha entrando na fazenda. Os quatro filhotes que estavam dormindo acordaram imediatamente, sentando para esperar as crianças saírem do veículo. George ajudou Júlia, Thomaz e Henry a descerem e no instante seguinte estavam correndo na direção das mulheres e os quatro cachorros foram de encontro a elas. Abraços, carinhos, lambidas, tudo era festa entre as três crianças e os quatro cachorros. Os quatro adultos apenas sorriam diante da cena.

Emma havia se sentado, pois sabia que aqueles três pulariam em seu colo, claro que com cuidado para não machucar, assim como pulariam no colo de Regina, também com cuidado, e Cora na sequência. E foi exatamente isso que aconteceu. Depois dos abraços e beijos, todos estavam sentados. George ao lado de Cora na outra cadeira, enquanto na cadeira de balanço Júlia estava ao lado esquerdo de Emma, sendo abraçada pela mãe. A menina trouxe as pernas para cima do assento, as deixando perto do corpo. Thomaz sentado ao lado direito de Regina, com suas pequenas pernas sobre a perna direita da morena, enquanto Henry havia deitado entre as duas mulheres, deixando sua cabeça no colo de Regina, enquanto suas pernas estavam sobre o colo da loira Mas esse meu príncipe só não é mais folgado porque ainda é uma criança! Ah Regina não reclama que quando ele não couber mais nesse espaço com vocês desse jeito, você sentirá imensas saudades! Eu sei mente, não estou reclamando, pelo contrário estou adorando todo esse momento junto!

A conversa inicial foi tranquila com as crianças contando tudo que haviam feito na escola, quais as atividades que haviam gostado de fazer, quais não gostaram. Júlia avisou que tinha tarefa para fazer, tanto Regina quanto Emma se prontificaram em ajudá-la. Henry disse que a professora também havia mandado algo para fazer, mas que estava escrito na agenda dele. Antes do jantar todos eles iriam se juntar para fazerem as tarefas como era costume desde que havia se iniciado as aulas.

— Eu tenho uma novidade. – anunciou Cora toda feliz para as três crianças – Vocês querem saber qual é?

— Claro né vovó Coia. – disse Tom todo encostado em sua mãe morena – É bolo de chocolate? – arriscou sapecamente Para ele tudo se resume a bolo de chocolate! E baseball Regina, não esqueça! Verdade!

Aquela resposta fez todos os adultos rirem – Não, meu neto lindo. – disse a mulher mais velha – Essa novidade geralmente quem dá é Eugenia. – brincou e piscou para o neto que sorriu Depois eu peço para Eugenia fazer um bolo! — Mas é uma boa novidade, não tão boa quanto bolo de chocolate, mas boa do mesmo jeito.

— Então o que é vovó? – quis saber Júlia já toda ansiosa. As idas ao psicólogo estavam começando a ajudar a menina com seus traumas, claro que ainda estavam no começo, mas já se percebia algumas mínimas mudanças na menina Ainda bem que Jú aceitou ir ao psicólogo, foram poucas sessões, mas elas já ajudaram bastante e isso é visível!

— O quarto de vocês está pronto. – anunciou e esperou pelas reações.

— Sério? – quis saber a menina com os olhos arregalados – Assim? Prontinho prontinho?

Cora riu – Sim, Jú. Assim prontinho prontinho. – repetiu do jeito que sua neta disse.

— Podemos ver? – quis saber Henry já se sentando. Ele já adorava seu quarto antes, quando suas duas mães o decoraram, mas como os quartos dos irmãos iam ser decorados, Cora prometeu que mudaria algumas coisas no dele também.

— Claro que podem ver. – disse se levantando – Qual quarto vamos ver primeiro? – quis saber.

— O meu! – Tom pulo da cadeira – O meu, poi favoi. – pediu juntando as mãos em forma de súplica. Essa era a nova estratégia que as três crianças encontraram para conseguirem o que queriam, com os avós estava dando certo, mas com as mães tinham que encontrar outra estratégia que essa não havia funcionado.

Cora riu do esforço do neto mais novo para ser o primeiro – Tudo bem, vamos ver o seu primeiro Tom. – concordou. O menino comemorou com a famosa dancinha da irmã Ah esse meu pequeno garoto! Levemente desajeitado, mas ainda assim adorável! Eu nem vou comentar quando você era pequena Emma, e fazia esse tipo de dancinha também! Então nem precisa lembrar mente, já que não vai comentar!

— Depois podemos ver o meu? – quis saber Henry também ficando em pé e pedindo para a avó. Cora olhou para Júlia que apenas sorria em concordância.

— Sim. Depois vamos ver o quarto de Henry e então o quarto de Jú, tudo bem? – perguntou Cora olhando para a menina, para ter certeza de que estava tudo bem. Ela assentiu com a cabeça com um pequeno sorriso nos lábios – Quem mais vai junto para ver os quartos prontos? – imediatamente os dois meninos se viraram para suas mães.

— Vamos também? – perguntou Henry já pegando uma mão de cada mulher.

— É vamos, mãe e mamãe? – pediu Tom dando pequenos pulinhos no lugar. Os cachorros rodeavam os dois meninos na esperança de brincar.

Emma sorriu Não perco isso por nada! — Sim, vamos. Depois vocês vão brincar com os cachorros que eles estão desesperados, então banho, lição de casa e jantar. – começou a traçar o que fariam.

— Não adianta reclamarem. – acrescentou Regina – Então um pouco de tv e depois cama, afinal amanhã ainda é dia de escola.

Houve um resmungo geral não por ter escola, mas porque teriam que dormir cedo. Por fim acabaram concordando, pois sabiam que não teria nenhuma opção quanto a isso, dia de dormir mais tarde era na sexta e no sábado, pois sabiam que não havia escola na manhã seguinte desses dois dias. Como haviam prometido, Emma e Regina conversaram com os filhos sobre o que mais eles gostavam de fazer. Henry respondeu que queria continuar andando de cavalo, pois queria entrar para a equipe da fazenda quando fosse um pouco mais velho. Thomaz como esperado disse que gostava de baseball e queria praticar. Júlia não respondeu na hora, mas algum tempo depois disse que não tinha um esporte preferido, gostava mesmo era de ficar lendo ou jogando vídeo game, mas que havia gostado de aprender a andar a cavalo. Com base nas respostas dos filhos as duas mulheres decidiram que os meninos continuariam aprendendo a andar a cavalo, assim como futuramente colocar Henry para treinar com David e Mary. Para Thomaz, em uma conversa com o professor de educação física da escola descobriram que tinha um tipo de escolinha para as crianças na área esportiva da cidade que ensinava todos os esportes populares para crianças pequenas. Já que as crianças maiores ingressavam nos clubes de atividades que a escola oferecia. E para Júlia descobriram com a professora Belle que havia um grupo de leitura na biblioteca da cidade, o qual ela fazia parte. Era um grupo de leitura voltada para crianças até dez anos de idade.

As crianças foram as primeiras a entrarem juntamente com os cachorros. Cora e George foram os seguintes, e por fim Emma e Regina, juntamente com Lola, sempre a sua fiel escudeira. A loira estava conseguindo caminhar sem ajuda, mas ela ia devagar devido a todo o processo de cura no abdômen.

— Mas vovó, a porta está trancada. – disse Tom decepcionado quando tentou entrar em seu quarto e se deparou com a porta trancada.

— É para não estragar a surpresa. – brincou Cora quando viu que estava todo mundo ali. Ela deixaria para que as crianças mostrasse para John, Ruby, Katy e Eugenia depois. Colocou a chave na porta, a destrancando em seguida a abrindo totalmente para que todos pudessem ver.

—SQ-

Um carro havia acabado de estacionar em frente a pousada da cidade. Dois homens desceram olhando tudo ao redor – Me parece bem pacata a cidade. – disse o homem do lado do carona.

— Sim. Se não fosse pelo relatório do chefe sobre os acontecimentos que ocorreram alguns dias atrás eu também não acreditaria. – concordou o outro homem que estava do lado do motorista.

— Você viria morar em uma cidade assim, depois de passar bons anos em Boston? – perguntou Lee fechando a porta do carona, indo até o porta-malas.

— Acho que não... Eu nasci e cresci em cidade grande. – respondeu Neal fechando a sua porta e abrindo a porta traseira do carro para que eles pudessem pegar as coisas.

— Eu com certeza não trocaria Boston por nenhuma outra cidade. – disse Lee assim que fechou a porta traseira. Neal acionou o alarme.

— Bom, vamos descansar. – comentou Neal caminhando na direção da pousada – A viagem foi cansativa, amanhã cedo iremos procurar a senhora Swan-Mills e a senhora Lucas-Midas.

Lee abriu um sorriso – Não vejo a hora da operação começar a prender todos. Vai ser a coisa mais linda desse mundo. – comentou. Neal apenas abriu um sorriso de satisfação.

 


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Notas finais do capítulo

Capítulo sem muitas emoções ou reviravoltas, pois grande emoções ainda virão mais para frente. E sim, eu não descrevi os quartos dos meninos nesse capítulo, senão ele ficaria imenso e o capítulo não sairi hoje, mas no próximo teremos todas as descrições assim como as reações das crianças e adultos.

O jornal de Sidney dando o que falar. Robin dando as caras no departamento e tomando uma catracada federal do chefe de Jane. Lilith se mostrando cada vez mais instável psicologicamente, e a promotora prometendo passar como um rolo compressor por cima dela. Momento família Swan-Mills e finalmente a tão aguardada reforma do quarto dos meninos. E sim, finalmente os advogados do FBI chegaram a cidade.

Ah sim, Jimmy Olsen é da história do Superman xD ...

Até a próxima!