Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 224
Capítulo 224


Notas iniciais do capítulo

Pessoas lindas do meu coração, depois de um tenebroso inverno, estou de volta!!

Tragam seus lencinhos, pois teremos um capítulo triste :(

Obrigada a todos que estão acompanhando a história, mesmo com minhas demoras para atualizar!

AVISO: “Este capítulo contém cenas em que você poderá querer chorar, evite ler em público se não quiser pagar mico!”

Boa leitura!



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— O que está pensando, querida? – perguntou Ingrid ao ver Emma longe em pensamento e suas mãozinhas brancas em apertar fortemente as pelúcias.

— Vocês vão me devolver assim que eu quebrar sem querer alguma coisa ou quando vocês descobrirem que a cegonha irá trazer um bebê para vocês? – respondeu ela insegura.

George estacionou o carro na primeira vaga que viu e o desligou para poder conversar com Emma – Minha querida escute bem, nós nunca iremos te devolver. A partir de hoje você será a nossa filha até quando você ficar velhinha com netinhos. – sorriu – Mesmo que quebre qualquer coisa, ainda assim continuará sendo nossa filha. Não importa o que aconteça você é e será nossa filha. Entendeu? – Emma afirmou com a cabeça – Mas se a cegonha trazer um bebezinho para vocês? Vocês vão me devolver?

— E quanto a cegonha nos trazer um bebezinho? – disse Ingrid – Isso não irá acontecer porque nós não demos nosso endereço para ela, então não tem como ela nos trazer um bebê. – explicou de um jeito fácil para a menina que eles não poderiam ter filhos biológicos – E ainda mais agora que temos você como nossa filha, não daremos mesmo o nosso endereço a ela. – um largo sorriso apareceu nos lábios de Emma, fazendo com que os dois adultos também sorrissem abertamente.

— Ótimo, então vamos embora que assim que chegarmos a fazenda Eugenia terá um banquete a nossa espera, e ela está ansiosa para te conhecer. – comentou George dando partida novamente no carro e seguindo pelo caminho.

— E como sobremesa poderemos tomar sorvete, o que você acha? – perguntou Ingrid.

— É de chocolate?

— Com certeza é de chocolate.

— Então eu quero. – disse Emma já se esquecendo um pouco da tristeza que havia se abatido.

— Hey! – chamou Regina assim que apareceu na porta da varanda. Era noite e a advogada havia acordado no momento em que sua esposa havia levantado da cama, mas resolveu dar um pequeno tempo para ela antes de ir atrás.

Emma abriu um pequeno sorriso – Hey! Te acordei, não? – o tom não era de pergunta e sim de afirmação – Desculpe! – soltou um suspiro longo Está virando hábito essas perdas de sono!— Logo isso melhora, prometo.

— Eu sei. – sorriu assim que se sentou e dessa vez ela que envolveu sua esposa no seu abraço – E não estou brava nem nada desse tipo, estou aqui para você sempre. – deu um beijo nos cabelos loiros, enquanto Emma se aconchegava no abraço de sua esposa Sempre estarei!

— Obrigada. – agradeceu em um fio de voz e ficou olhando aquela imensidão escura da noite.

— Mais uma lembrança? – questionou Regina depois de uns minutos em silêncio. Emma apenas assentiu com a cabeça – Lembranças são coisas boas, apesar de as vezes nos deixar triste. Elas nos mostram que tivemos momentos maravilhosos com quem amamos.

— Eu sei, é que no começo é difícil aceitar que elas não estão mais aqui. – murmurou Mas é a vida! O silêncio pairou novamente sobre elas.

Uma pequena loirinha estava brincando com sua bola de baseball que havia acabado de ganhar. Estava muito feliz, pois em sua cabeça já fazia um tempão que estava ali em sua nova casa, mas na realidade havia se passado quase um mês. Ela estava jogando a bola para um lado e para outro, quando sem intenção acabou jogando a bola com mais força e acertou o vidro da janela de seu quarto. Imediatamente seus olhos verdes se encheram de lágrimas, pois a primeira coisa que ela pensou foi seus pais ficariam bravos com ela e que eles a devolveriam para o orfanato.

— O que aconteceu? – perguntou George ao escutar o barulho, pois naquela hora estava ali perto de sua casa trabalhando – Você se machucou? – perguntou quando viu o vidro quebrado e Emma chorando.

— Por favor, não me devolva. – pediu a menina aos prantos, ela estava inconsolável, imóvel em seu lugar – Por favor, não me mande de volta, foi sem querer...

Aquilo quebrou o coração do homem, lentamente ele se aproximou dela, se abaixou e a envolveu em um abraço apertado – Shh está tudo bem... – disse calmo acariciando os cabelos loiros – Você não irá a lugar nenhum, você ficará aqui conosco. – disse tentando acalmar a garota. Ficaram ali por incontáveis minutos, quando finalmente Emma se acalmou – O que aconteceu? – ele voltou a perguntar agora olhando para aqueles olhos verdes tão inocentes e já tão cheios de dor.

— Eu estava brincando com a bola que você me deu e sem querer acabei jogando contra a janela, acertando o vidro. – respondeu e seus olhos voltaram a se encherem de lágrimas.

— Hey, está tudo bem... – tentou tranquilizar George – Você se machucou? – ela balançou a cabeça negativamente – Então é isso que importa.

— Você não vai me mandar de volta para o orfanato? – perguntou Emma receosa, o lábio inferior tremendo por causa do choro contido.

— Por que eu faria isso?

— Porque eu quebrei o vidro. – respondeu ela tristemente – A última vez que quebrei algo me mandaram logo de volta para o orfanato falando que eu não era comportada.

— Emma, olhe para mim. – pediu o homem carinhosamente, e ela ergueu seu olhar – Quebrar coisas acontece, e não é por causa disso que vamos te mandar de volta. – então ele viu medo e tristeza passar naqueles olhos verdes já cheios de lágrimas novamente – Aliás, já te dissemos uma vez e vou te dizer outra vez e quantas vezes forem necessárias, eu e Ingrid... – fez uma pausa para ver se ainda tinha atenção da garota – Nós nunca, escute bem, nós nunca iremos te devolver, e sabe porque? – Emma balançou negativamente a cabeça não confiando em sua voz naquele momento – A partir de hoje, você é nossa filha oficialmente, recebemos a aprovação oficial do juiz, e não importa o que aconteça você sempre será nossa filha.

— Então eu não voltarei para o orfanato? – perguntou fracamente.

— Não!

— Então agora eu sou uma Swan como vocês? – perguntou ela feliz.

— Sim! Agora você é uma Swan, como Ingrid e eu! Porque você é a nossa filha, Emma Swan. – respondeu ele todo orgulhoso – Agora quanto a janela, não tem problema, é só trocarmos o vidro. E você tenha só um pouco mais de cuidado. Tudo bem?

— Sim! – concordou então abraçou fortemente o homem.

— George sempre foi um homem, pai e avô maravilhoso. – comentou Regina sorrindo diante da lembrança que Emma havia acabado de contar Ainda tenho boas lembranças da época em que era criança com meu pai!

— Assim como o velho Henry. – completou Emma sorrindo, os olhos úmidos pelas lágrimas, mas elas não se atreveram a caírem Os dois foram fantásticos comigo!

— Meu pai era um sem vergonha de marca maior. – brincou Regina tentando aliviar um pouco da tristeza do momento – E o Henry neto puxou demais isso dele. – riu Nessa parte não estou brincando!

— Nem falo nada sobre o Henry neto. – Emma concordou e a duas riram Porque ele realmente puxou muita coisa do avô! — Acho que por hoje chega, vamos entrar? – perguntou.

— A hora que você quiser, minha loira. – deu mais um beijo nos cabelos loiros, antes de Emma se levantar por completo e oferecer a mão, a qual Regina aceitou sem pestanejar.

— Vamos dormir que amanhã temos muito o que fazer aqui na fazenda. – disse Emma abrindo a porta da sala – Você também vem, Rapaz. Afinal nosso dia será longo amanhã. – terminou e viu o velho cachorro se levantar e resmungar antes de entrar – E nem adianta resmungar, a tia Ruby falou que você precisa andar por causa do seu reumatismo. – Rapaz resmungou mais um pouco enquanto fazia o caminho de sua cama, fazendo as duas mulheres rirem tomando o rumo da escada que levava para os quartos.

—SQ-

Emma estava em seu cavalo cavalgando pela fazenda, acompanhada de Rapaz, apenas verificando se suas ordens haviam sido seguidas. Mesmo com seus resmungos, Rapaz gostava de acompanhar sua dona pela fazenda toda. No meio do caminho resolveu parar um pouco para que seu cachorro pudesse descansar, desceu do cavalo e se sentou ao pé da árvore. Ficou olhando toda aquela paisagem natural, adornada por pessoas indo e vindo, animais passeando.

Emma havia terminado de instruir alguns funcionários da fazenda sobre algumas tarefas, que depois, ela iria conferir o andamento.

— É acho que eu não tenho mais o que te ensinar. – comentou George montado em seu cavalo, ao parar ao lado da filha – Você aprendeu tudo que eu sabia e ainda algumas coisas você aperfeiçoou.

Um sorriso travessa surgiu nos lábios da loira – Ah que nada pai, você ainda tem muito a me ensinar. – segurou na sela de seu cavalo e o montou – E as coisas que melhorei, como você diz, só foram possíveis, porque você e Henry já as haviam desenvolvido. – fez uma pausa antes de começarem a trotar levemente na direção da outra parte da fazenda – E como disse, você ainda tem muito a me ensinar. – piscou.

— Se você diz, quem sou eu para discordar. – brincou enquanto iam trotando levemente.

— Pai? – perguntou Emma quebrando o silêncio.

— O que, filha?

— Eu não lembro se já conversamos sobre isso, mas agora depois de velha, isso tem surgido em minha mente com certa frequência, é apenas curiosidade...

— O que te aflige, minha garota?

— Não é isso, é apenas curiosidade mesmo... – ele assentiu para que ela continuasse – Você e mamãe nunca quiseram adotar outra criança depois de mim?

George soltou um longo suspiro – Uma vez Ingrid e eu conversamos sobre isso, até pensamos em adotar mais crianças, mas achamos melhor não... Muito devido a tudo que você já havia passado até o momento em que passou a ser nossa filha.

— Como assim? – questionou.

— Tínhamos medo de que você achasse que nós não a amávamos mais, e por isso adotaríamos outras crianças e nos livraríamos de você, como os outros fizeram antes de nós. – explicou – E que nesse desespero pudesse fazer algo não pensado... Sei lá, como fugir ou desaparecer.

— Provavelmente eu teria esses pensamentos na época. – comentou Emma assim que chegaram ao lugar, já descendo – Vem seu George. – chamou sorrindo abertamente.

— Mas porquê?

— Ué, eu disse que você ainda tem coisas a me ensinar. – respondeu e indicou alguns funcionários a frente.

— Se você diz. – riu o homem descendo do cavalo e acompanhando sua filha.

— Hey Rapaz vamos voltar para o escritório? – perguntou Emma vendo seu cachorro deitado confortavelmente na grama ao seu lado, ele apenas bateu o rabo feliz – Sabia que você ia gostar da ideia. – se levantou e montou em seu cavalo – Então vamos que temos que caminhar mais um pouquinho para você poder descansar o resto do dia. – o cachorro se levantou e dessa vez não resmungou – Você é um belo de um sem vergonha. – brincou e Rapaz soltou um latido meio que confirmando – Você não tem jeito. – riu.

— Loirão! – chamou Ruby ao entrar no escritório, em mãos alguns relatórios e nota fiscais de compra de remédios.

— Entra Rubs! – disse olhando para o computador, fazia mais de uma hora que ela havia chegado depois da ronda pela fazenda.

A veterinária sentou a cadeira a frente da mesa e esperou por sua amiga a olhá-la – Como você está? – quis saber, quando teve total atenção de Emma.

— Um dia de cada vez. – respondeu e soltou um suspiro Um dia de cada vez!— Mas cada dia melhor. – olhou a papelada Um dia de cada vez, mas sempre um pouco melhor do que o dia anterior! — O que você tem para mim? – abriu um sorriso.

— Papéis que você adora olhar, analisar e depois guardar. – brincou entregando um pequeno bolo de papel – Notas fiscais e alguns relatórios.

— Nossa, como amo isso. – a loira entrou na brincadeira pegando e olhando por cima, rindo De certo modo até gosto mesmo! — Eu vou me divertir com isso.

Ruby se levantou – E é por isso que estou indo embora, porque além de muitas coisas a se fazer ainda, não quero atrapalhar a sua diversão com esses papéis. – piscou e se abaixou, fez um afago em Rapaz – E você, caminhada todo dia. – riu quando o cachorro resmungou – Se precisar, sabe que pode contar comigo.

— Eu sei, Rubs. Obrigada. – agradeceu a loira e sorriu ao ver sua amiga sumir depois de fechar a porta do escritório.

O sol já começava seu caminho descendente, indicando que o dia estava terminando quando Emma chegou a casa de seu pai.

— Hey! – disse e sorriu ao ver seu pai sentado e apenas apreciando os últimos raios de sol em sua pele.

George abriu um sorriso – Hey! – mas manteve seus olhos fechados – Só um segundo que estou terminando meu banho de sol do dia. – brincou.

Emma sorriu e se sentou na cadeira ao lado da dele – Que eu saiba os médicos pedem banho de sol de manhã. – disse e fechou os olhos aproveitando o momento também.

— Errado. Eles sugerem banho de sol até as dez da manhã ou depois das quatro da tarde. – comentou e soltou um suspiro.

— Tudo bem, então tomarei banho de sol com você. – comentou a loira e se acomodou melhor na cadeira – Quando quiser falar eu escutarei. – completou. Ela havia recebido um recado de que seu pai queria conversar com ela assim que terminasse o trabalho do dia na fazenda.

— Acho que você já percebeu... – iniciou George depois de uns minutos em silêncio, ainda mantendo os olhos fechados.

— Que há algo errado com você? – questionou Emma abrindo os olhos e olhando diretamente para seu pai.

— Sim... – George soltou um suspiro e finalmente abriu os olhos, encarou o olhar penetrante de sua filha – É o meu coração. – respondeu – Ele está bem fraco e pode parar a qualquer momento, para resumir tudo o que o médico falou.

— Você conversou com Jú? – quis saber.

George olhou para o horizonte – Sim, fomos para Boston conversar com Júlia, para saber uma segunda opinião sobre os exames, e ela disse basicamente as mesmas coisas que o doutor Grosman. – fez uma pausa e esperou sua filha perguntar algo, mas as perguntas não vieram então continuou – Mesmo tomando minha medicação, meu coração está fraco... Nem se aumentasse a dosagem da medicação, as chances dele voltar a ficar mais forte são mínimas, principalmente por eu ser uma pessoa de idade bem avançada. – ficou em silêncio e deixou sua filha absorver as informações que soltou.

Conforme Emma ia pensando com calma em tudo que seu pai havia dito, seu olhar ia diminuindo – Quanto tempo te deram? – sua voz baixa.

O homem fechou os olhos em um breve momento – Ele não soube precisar... Talvez um dia, uma semana, um mês, um ano...

— Possibilidade de um transplante? – questionou Emma olhando para seu pai.

George soltou um suspiro – Emma...

— Não pai, eu quero saber! – disse um pouco mais enfática – Você considerou transplante?

— Para que? – respondeu – Não que eu vá conseguir um novo coração daqui a duas horas, pois você sabe que não é assim. – respirou fundo – E outra minha filha, eu já vivi bastante, e não vale a pena um coração novo em um corpo velho. Deixo para quem precisa mais do que eu.

— Mais do que você? – Emma se levantou brava – Olha o absurdo que acabou de dizer! Você ainda tem uma vida. Tem família. Tem netos e bisnetos... – lágrimas começaram a descer por suas bochechas – Tem a mim... – murmurou.

— Emma... – começou George ainda sentado.

— Não pai, vamos entrar na lista de espera de transplante, assim você pode ter mais tempo... – então sentiu seu pai a envolver em um abraço.

— Minha filha. – sua voz doce, e imediatamente Emma se sentiu aquela garotinha de cinco anos novamente – Eu tive pouco mais de vinte anos de tempo a mais de vida. – disse – Eu renasci depois daquele primeiro ataque que eu tive, vivi a mais plena vida e mais anos que muitos médicos me deram. Tenho plena consciência disso, eu vi você crescer e se tornar essa pessoa maravilhosa, vi você formar sua família. Vi meus netos crescerem e começarem a formar suas famílias... – se soltou e segurou as mãos de sua filha, e sorriu abertamente – Quem tem esse privilégio no meu estado? Sou muito grato por isso.

— Pai... – Emma murmurou.

— Shh minha filha, é hora de deixar ir. – imediatamente a loira envolveu seu pai em um forte abraço.

— Emma? – chamou Kristoff ao aparecer a porta – Emma? – chamou novamente vendo que a loira não havia escutado a primeira vez.

A loira fechou os olhos e balançou a cabeça limpando seus pensamentos – Sim Kris?

— Está tudo bem? – ele perguntou preocupado.

— Ah sim, está bem sim. – respirou fundo Ou um dia estará! — Em que posso ajudá-lo?

— Você pediu para chama-la assim que os cavalos chegassem... – Kristoff havia chegado de viagem não havia meia hora.

— Ah sim sim. – se levantou rapidamente, mas salvou tudo que estava fazendo no computador – Que bom que chegaram. Espero que tenha sido uma viagem sem problemas.

— Sim, foi tudo tranquila a viagem. – se espreguiçou um pouco.

A loira sorriu Ele está com cara de cansado! — Se você quiser pode encerrar por hoje que eu assumo junto com Ruby. – tirou o celular do bolso.

— Ah eu já pedi para chamarem a Ruby. – se adiantou o homem, Emma guardou o celular e sorriu em agradecimento – Que isso, eu ajudo com os cavalos, guardo o caminhão e então encerro o dia, tudo bem?

— Tudo bem. – sorriu ao parar ao lado de seu amigo Vamos encher a mente com outras coisas! — Vamos ver nossos novos moradores.

—SQ-

— Oi morena. – Emma sorriu ao entrar na cozinha, deixando seu chapéu no lugar de sempre Finalmente acabou o longo dia! — O cheiro está maravilhoso. – disse ao se aproximar e depositar um beijo na bochecha de sua esposa, e envolver seus braços ao redor da mulher morena Mas não supera o cheiro de minha morena!

Regina sorriu terminando de mexer a panela com uma carne e legumes É bom vê-la tentando fazer as coisas como sempre!— É a minha famosa carne com legumes. – abriu mais ainda seu sorriso ao sentir sua esposa a abraçando. Assim que viu que já estava pronta, desligou o fogo e se virou dentro do abraço para ficar de frente para sua esposa – Tudo bem? – questionou envolvendo seus braços no pescoço da loira Vou aproveitar o momento!

— Sim. – Emma respondeu juntamente com um aceno de cabeça – Falta muito para o jantar?

— Não muito, mas dá tempo suficiente para você tomar um banho se quiser. – beijou levemente os lábios de sua esposa.

A loira fez cara de ofendida – Está insinuando que estou fedida? – brincou Adoro essas nossas brincadeiras!

— E suada. – Regina entrou na brincadeira, então se aproximou do ouvido de sua esposa Ela sabe muito bem que adoro provoca-la, afinal é o que vou fazer!— Mas você sabe que eu adoro quando está assim. – murmurou.

— Oh a grande advogada certinha e patricinha engomada de Boston confessando que adora se enroscar com uma peoa toda suada e fedendo a cavalo. – Emma sorriu travessamente, dando um beijo no pescoço moreno Só sei que adoro me enroscar com essa patricinha engomada!

— Hum! – gemeu Regina Como adoro! — Tanto adoro que até me casei e tive muitos filhos com ela. – riu ao sentir Emma salpicando vários pequenos beijos em seu pescoço e bochecha Mas acho que precisamos parar por aqui!

— Que mulher de sorte, essa peoa. – Emma sorriu abertamente Muita sorte! — Vou tomar meu banho. – deu um beijo mais demorado nos lábios de sua esposa e então a soltou, já caminhando na direção da porta interna do cozinha e tomar o rumo do quarto.

— Não demore. – disse e piscou antes de Emma sumir depois da porta.

A água do chuveiro caia sobre seus cabelos loiros enquanto um longo suspiro saiu de seus lábios, sua mente divagava juntamente com o barulho da água caindo no chão.

— Olha se não é a mais nova mulher casada dessa casa. – brincou Emma assim que viu sua filha sentada na cadeira de balanço – Como foi de lua-de-mel?

— Ah mãe, foi maravilhosa. – Júlia sorriu e indicou para que sua mãe se sentasse – Enquanto estávamos lá, já até pensamos na próxima já. Queremos alguma praia.

— Cuidado que programar próximas luas-de-mel é um caminho sem volta. – disse Emma rindo – Veja o caso de sua mãe e eu, já tivemos quantas? Acho que três e estamos programando uma quarta.

Júlia riu travessamente – O objetivo é esse. – piscou e as duas mulheres riram, e então o silêncio pairou sobre elas.

— Seu avô me contou sobre a visita a Boston. – disse Emma olhando para o horizonte, quebrando o silêncio.

Júlia soltou um longo suspiro – Presumo que ele tenha contado tudo então? – perguntou Júlia olhando para sua mãe.

— Sim, sobre a doença e o coração fraco... – disse a loira, então olhou para sua filha – E posso afirmar que o casamento, as pressas, seja devido a isso?

A médica apenas assentiu com um aceno de cabeça – Quando vó Cora e vô George apareceram em Boston, caro que fiquei muito feliz em vê-lo lá curtindo a vida... – fez uma pausa – Mas depois que me mostraram os exames e me pediram uma segunda opinião, eu não tive muito o que falar, a não ser concordar com o doutor Grosman em tudo.

— Seu avô pelo menos pensou em transplante? – Emma quis saber.

— Eu sugeri isso, mas ele...

— Dispensou a ideia, não? – perguntou Emma soltando um suspiro, voltando a olhar para o horizonte, depois que viu Júlia assentir com a cabeça.

— Eu tentei argumentar e fazê-lo mudar de ideia, Meggie também tentou, até a vó Cora. – continuou – Mas ele estava irredutível.

— Esse é o seu George. – a loira deu um riso levemente amargo – E pediu que vocês não contassem, certo?

— Sim. – confirmou a médica – E a ideia de adiantarmos o casamento, o qual não tínhamos a ideia de quando seria, foi de Meggie. – fez uma pausa – Como se fosse um presente para o vô, afinal não sabíamos quanto tempo ele ainda tinha. – soltou um suspiro triste – E gostaríamos que ele participasse desse momento importante em nossa vida.

— Entendi... Nada mais justo para vocês. – comentou Emma soltando um suspiro.

— Ai mãe, me perdoe, eu não queria esconder nada de você, mas sabe como é o vovô. – Júlia já tinha lágrimas nos olhos – Não fique brava comigo, assim que terminamos a conversa, a primeira coisa que eu queria fazer era te ligar ou vir aqui e te contar tudo, mas não cabia a mim isso. – uma lágrima desceu por sua bochecha.

Emma envolveu sua filha em um abraço – Claro que não estou brava com você, minha filha. Eu entendo tudo, só não concordo com as decisões que seu avô tomou, e eu também não tive muito o que fazer. – disse um pouco frustrada essa última parte.

— Mãe? – chamou Benjamin da porta do quarto.

— Quase saindo do banheiro, Ben. – veio a resposta – Aconteceu alguma coisa?

— A Lala está com fome. – brincou – Na verdade a mamãe pediu para vir busca-la, se não a Lala come tudo. – brincou mais uma vez.

Emma riu Ah essas minhas crianças famintas e esfomeadas! — Pronto. – disse aparecendo a porta do quarto já vestindo uma bermuda e camiseta – Vamos se não ficaremos os dois sem comida. – passou o braço por cima dos ombros do filho, que praticamente estava na altura de sua mãe – Você cresceu novamente, não? – olhou para o filho Logo estarei mais baixa que todos os meninos!— Daqui a pouco terei que ficar nas pontas dos pés para fazer isso.

— Só um pouquinho. – brincou o filho sorrindo para sua mãe loira – Sem problema mãe, qualquer coisa eu abaixo um pouquinho para você passar o braço sobre meus ombros. – piscou e beijou a bochecha de sua mãe Ah meus meninos são ogros, porém amáveis!

— Chegamos! Sobrou alguma comida? – Emma perguntou se sentando em seu lugar de costume.

— Acabou tudo! A Lala comeu tudo. – brincou George rindo da cara da irmã mais nova.

O olhar de Lana para o irmão teria matado se isso pudesse acontecer – Comxi nadah nhão, sheu inxeridoh. – falou com a boca cheia.

Regina olhou para sua filha – Você boca fechada para comer, e quando falar que esteja sem comida. – seu tom era calmo, porém firme – E você não tem muita moral para falar de sua irmã. – apontou para o grande prato com comida, piscou travessamente para o filho Como é bom vê-los brincando novamente! — Venham vocês dois que ainda há muita comida para todos nessa mesa.

—SQ-

— Tom, o que houve, rapaz? – perguntou seu técnico – Você não é de errar esse tipo de arremesso ou captura.

O rapaz soltou um suspiro – Desculpe, estou tentando concentrar e manter o foco, mas está um pouco difícil... – fez uma pausa – Mas eu vou focar mais, me concentrar.

Alex o olhou profundamente – Eu sinto muito pelo seu avô, Tom, sério e sei que já aconteceu algum tempo... – colocou a mão sobre o ombro do loiro – Mas eu preciso de você focado e concentrado para os treinos e os jogos, porém, nesse estado mental você não está aqui para nos ajudar... – fez uma pausa – Vou te liberar por duas semanas, se recomponha e então volte como o jogador que conhecemos.

— Mas técnico...

— Nada de mas Tom... Você precisa desse tempo com a sua família, e quando passar essas duas semanas, você estará de volta e pronto para continuar seu trabalho aqui. – completou Alex.

Tom olhou para seu técnico – Obrigado.

— Não me agradeça. – piscou – Vá logo que você tem uma viagem de quatro horas pela frente. – Tom assentiu e saiu na direção do portão que levava para o vestiário.

Quando chegou na casa de suas mães entrou e viu que não havia ninguém, então resolveu ir até o escritório, pois pelo menos sua mãe morena, era quase certeza de encontrá-la lá – Mães? – chamou assim que entrou e viu que ali não havia ninguém – Mães? – chamou mais uma vez.

— Tom? – respondeu Regina saindo do banheiro – O que faz aqui? Aconteceu alguma coisa? – abraçou seu filho preocupada Espero que nada tenha acontecido!

Tom fechou os olhos e deixou ser abraçado por sua mãe morena – Sim e não. – respondeu retribuindo o abraço.

— Faz tempo que você chegou? – se soltou um pouco do rapaz, que já estava mais alto que ela Ele cresceu mais ou será que está apenas mais com porte atlético?

— Não, deve ter uns dez minutos no máximo. – respondeu sorrindo para sua mãe.

Regina sorriu também – Vem! Vamos para casa que vou fazer um café e também um bolo de chocolate e você pode me contar o que aconteceu. – segurou a mão de seu filho Pois sei que ama bolo de chocolate!

— Ah dona Regina, não negarei seu bolo de chocolate. – Tom abriu um iluminado sorriso enquanto caminhavam na direção da casa principal da fazenda.

— Cuidado que está quente. – falou a morena assim que colocou um prato cheio de pedaços de bolo de chocolate e uma garrafa de café sobre a mesa.

— Acho que cheguei na hora. – falou Emma entrando na cozinha O cheiro de café está ótimo! — Tom? – perguntou surpresa Será que aconteceu algo?

— Hey mãe. – se levantou para dar um abraço em sua mãe loira.

Emma rapidamente recebeu seu filho em um afetuoso abraço – Não que eu não esteja feliz em te ver aqui, porém, aconteceu algo? – quis saber quando se separaram.

— Como disse para a mamãe, sim e não. – respondeu pegando um pedaço de bolo.

Olhos castanhos e olhos verdes se encontraram Já sei! — Que tal eu fazer um pouco de chocolate quente e então poderemos conversar, claro se você quiser.

— Eu só estava esperando você falar que vai fazer chocolate quente. – disse Tom depois de devorar rapidamente o pedaço que havia pegado.

A loira sorriu Chocolate quente cura quase tudo! — Certo, eu faço, mas não devore todo o bolo antes do chocolate quente ficar pronto. – brincou.

— Prometo comer mais um pedaço apenas e esperar o chocolate quente. – falou Tom cruzando os dedos indicadores sobre sua boca, para logo em seguida pegar um pedaço de bolo. – as duas mulheres riram do filho comendo bolo, apesar de ter passado da casa dos vintes anos, naquele momento parecia o garotinho de quatro anos comendo bolo quando ele veio para a fazenda.

— Então? – perguntou Emma assim que colocou uma jarra com chocolate quente sobre a mesa Vamos encher a cara de chocolate quente!

— Como disse, não aconteceu nada importante por assim dizer. – respondeu Tom se servindo de chocolate quente – Eu apenas não estou conseguindo concentrar nos treinos e jogos, então meu técnico me deu duas semanas de folga para voltar no eixo. – deu um gole na bebida – Você terão que me aturar aqui por duas semanas. – abriu um sorriso e pegou mais um pedaço de bolo.

— Entendi. – comentou Regina também tomando um gole de seu café Que bom que ele nos procurou e não saiu por ai sem direção! — Ficaremos muitos felizes por ter você aqui nessas próximas duas semanas.

— Éh bhom eshtar aquih. – disse Tom com a boca cheia.

— Modos a mesa, Tom. – a advogada repreendeu, mas sorriu quando recebeu um sorriso de seu filho.

—SQ-

O sol brilhava fraco naquela manhã, Emma estava com preguiça de sair da cama, mas sabia que precisava, pois tinha muitas tarefas pela fazenda para serem feitas naquele dia. Espreguiçou sem pressa, tirou a coberta sobre seu corpo e então se sentou a beirada da cama. Soltou um bocejo e segundos antes de se levantar, viu a luz de seu celular acender e o número de Cora aparecer no visor, atendeu sem dizer nada.

— Emma... – foi tudo que Cora disse e para Emma não precisava dizer mais nada, devido ao tom usado por sua sogra.

— Estou indo. – foi tudo que respondeu. Ficou alguns segundos olhando para o celular já sem brilho.

Regina se sentou na cama e colocou a mão sobre o ombro de sua esposa – Emma?

— Meu pai morreu. – murmurou triste. Soltou um suspiro enquanto seus olhos brilharam com as lágrimas que estava se acumulando. Sem dizer nada, a advogada envolveu sua esposa em um amoroso abraço, enquanto seus próprios olhos também já estavam úmidos pelas lágrimas.

— Cora? – chamou Emma ao abrir a porta da casa que seu pai e sogra moravam. Ela demorou por volta de vinte minutos para aparecer.

— Aqui no quarto. – veio a resposta.

A loira foi andando vagarosamente, era como se o tempo tivesse diminuído sua velocidade. Tudo ali parecia estar fora do lugar, mas nada disso importava. Bateu três vez no batente da porta, que estava aberta e então olhou para dentro. A cena cotidiana era como se seu pai estivesse dormindo tranquilamente, com Cora sentada ao seu lado. Aproximou-se com calma, e se sentou do outro lado da cama.

— A nossa noite foi como de costume, vimos tv por pouco mais de uma hora, ele tomou sua xícara costumeira de chá... – respirou fundo para conter as lágrimas e continuar – Antes de dormirmos por completo, George me abraçou e me deu um beijo na testa... – fez uma pausa limpando a lágrima que desceu por sua bochecha – Disse que estava feliz e realizado pela vida que teve e então dormimos. – limpou mais uma lágrima que desceu por sua bochecha – Hoje quando acordei, estranhei que George ainda não havia se levantado, e quando fui dar um beijo de bom dia...

— Percebeu que ele estava morto. – Emma terminou em um fio de voz, embargada pelo choro. Cora não teve voz e apenas assentiu com a cabeça.

— Emma? Mãe? – chamou Regina dentro da casa.

— No quarto, morena. – respondeu Emma arrumando o pijama de seu pai, ele tinha uma expressão serena, parecia que ainda estava dormindo.

— Já liguei no hospital, e estão mandando uma ambulância. – disse ao entrar em definitivo no quarto e parar perto da cama, ao lado de sua esposa – E agora? – quis saber, fazendo um pequeno carinho nos cabelos de sua esposa, que olhava para seu pai.

— Vamos esperar a ambulância. – Cora respondeu e se levantou caminhando na direção do banheiro – Já volto. – murmurou antes de fechar a porta atrás de si.

Tom estava sem sono, então resolveu descer para tomar um copo de água e quem sabe, ver um pouco de tv, quando terminou de descer percebeu a porta principal levemente aberta e a luz da varanda acesa – Aposto que é a dona Emma. – murmurou e foi para cozinha tomar um copo de água e então voltou e foi até a porta – Mãe? – chamou assim que viu sua mãe loira sentada na grande cadeira de balanço, com Rapaz e Lola deitados debaixo dela.

— Hey Tom. – sorriu para o filho, quando tirou o olhar profundo para a escuridão da madrugada – Sem sono? – questionou Ultimamente o meu tem virado hábito, talvez seja hora de rever um psicólogo!

— Sim.

— Ótimo, então sente-se aqui comigo e vamos fazer companhia um ao outro já que estamos sem sono. – brincou Emma indicando para ele sentar ao lado dela ou na outra cadeira.

Tom sorriu e se sentou ao lado de sua mãe – Como você está com tudo que aconteceu? – quis saber.

Emma soltou um longo suspiro Melhorando aos poucos! — Acho que principalmente triste... – respondeu – Mas com muita saudade também... – continuou Acho que preciso mesmo de um psicólogo! — E ainda dói, mas sei que com o tempo melhora.

— A Amanda diz que o tempo sempre é o melhor remédio para tudo. – disse Tom esticando suas pernas e as cruzando.

— Errada ela não está. – Emma sorriu brevemente Ok! Amanhã irei atrás de um psicólogo! — E ela, como está? Vocês como estão? Já tem a data para noivar e casar? – brincou essa última parte.

Tom riu – Vamos com calma com a marcha nupcial, dona Emma. – brincou o rapaz – Estamos bem, ela gostaria de estar aqui, mas está na Espanha em um congresso internacional.

— Fico feliz que você estão bem. – comentou a loira então sentiu o braço de seu filho a envolvendo em um abraço lateral. Emma não se fez de rogada e deixou o filho a aconchegar. A conversa parou e o silêncio pairou sobre mãe e filho.

A temperatura estava amena, o sol brilhava fraco apesar do céu azul e limpo de nuvens, uma suave brisa agitava as folhas das árvores próximas. O silêncio do local só era quebrado pelo choro e as palavras que o reverendo dizia.

— Hoje estamos aqui reunidos nesse dia triste para nos despedirmos de nosso ente querido, George Swan...

Emma estava sentada quieta, apenas escutando, seu semblante triste, sua mente estava uma confusão só. Regina estava ao seu lado. Todos seus filhos estavam presentes, inclusive Lucy, que assim que ficou sabendo pegou o primeiro voo para Boston. A família de Ruby também estava toda presente. Cora e Eugenia sentadas lado a lado. Jane e a família também vieram para o funeral. Ângela sentada atrás de suas amigas.

O reverendo continuou sua oratória tentando confortar os corações ali presente – Do pó viemos, ao pó retornaremos. Que George Swan descanse em paz.

Sem mais demora, o caixão começou a descender na sepultura, então os funcionários começaram a jogar a terra sobre o caixão. Aos poucos os presentes ao funeral foram se despedindo de Emma e retornando para a fazenda.

— Você quer que eu fique aqui com você mais um pouco? – questionou Regina sendo a única que restou ali com sua esposa. A loira apenas assentiu com um aceno de cabeça.

— Só mais um pouco. – murmurou com o olhar na lápide de seu pai George Swan Amado marido, pai, avô e um bom amigo. Deixará saudades.

Mais ao longe, debaixo de uma sobra da árvore haviam três pessoas observando a cena – Eu sabia que você iria fazer um ótimo trabalho cuidando da nossa Emma.

— Eu mandei bem, ne? – George olhou para a mulher ao seu lado.

Ingrid apenas riu – Senti falta desse seu senso de humor.

— Eu senti falta de você, meu amigo. – o outro homem que estava do outro lado de George, colocou sua mão sobre seu ombro.

— Eu também Henry... – disse George – Olha, quanto ao meu casamento com Cora.

Henry sorriu – Hey! Não se preocupe, eu entendo perfeitamente. Vocês dois tinham direito de continuarem a viver e foi o que fizeram.

— E agora, nossas filhas que precisam continuar vivendo. – falou Henry – Obrigado por cuidar de tudo.

— Podem ter certeza de que vão. – disse Ingrid sorrindo e vendo as duas mulheres sentadas sozinhas. Os dois homens também sorriram, segundos antes de se virarem e começarem a caminhar e sumirem no ar.

Emma levantou brevemente o olhar da lápide e jurou por tudo em que acreditava que por um, dois segundos, havia visto seu pai, sua mãe e seu grande amigo Henry. Mas quando piscou para olhar direito já não havia mais nada ali debaixo da árvore.

— Aconteceu algo? – Regina perguntou ao ver o olhar perdido de sua esposa longe.

A loira soltou um suspiro – Não morena... – finalmente respondeu – Acho que está na hora de voltarmos.

— Tem certeza? – questionou quando recebeu o olhar de sua esposa.

— Sim. – Emma se levantou e caminhou até o túmulo de seu pai, que já estava totalmente soterrado e não havia mais funcionários do cemitério ali. Depositou a flor que estava em sua mão sobre a terra fresca – Adeus pai. – soltou um suspiro e caminhou de voltar para sua esposa que a esperava calmamente. Sem trocarem uma palavra, a loira segurou a mão de sua morena e caminharam em silêncio até a pick-up.

— Ah vocês estão aí. – disse Regina ao aparecer na porta da varanda e ver sua esposa e seu filho Eu esperava ver minha esposa apenas!— Sem sono?

— Ah morena, você sabe que sim. – Emma sorriu ao ver Tom oferecer o braço livre para aconchegar sua outra mãe. Regina não se fez de rogada e se aconchegou no abraço amoroso do filho Ah meu garoto!

— Bom, creio que os dois tiveram o mesmo pensamento para estarem sem sono. – a advogada quebrou o silêncio minuto depois Só para confirmar!

— Sim, mas não se preocupe mamãe, estamos bem. – disse Tom dando um beijo nos cabelos castanhos de sua mãe – Apenas sem sono e aproveitando esse momento em família nessa excelente hora da madrugada. – sorriu ao escutar suas duas mães suspirarem.

— Fico muito feliz que você ficará essas duas semanas aqui, Tomzinho. – falou Emma olhando para a vastidão preta que tomou conta da paisagem da fazenda – Essa é sempre uma ótima hora para reunião familiar. – brincou.

— Eu também estou feliz por estar aqui. – deu um beijo nos cabelos loiros de sua mãe. Ficaram ali mais algum tempo, quase não conversaram, apenas aproveitaram o momento, e quando finalmente o sono começou a dar sinal em mãe e filho, resolveram que era hora de entrar. Emma esperou Rapaz e Lola entrarem para finalmente fechar a porta atrás de si.

—SQ-

Já fazia alguns dias já haviam se passado, desde a “reunião” na madrugada na varanda. Um assobio saiu de seus lábios assim que desceu do táxi – É, o rapaz se deu bem mesmo... – murmurou e então olhou para o motorista – Tem como esperar?

— Pagando a corrida, eu até viro seu motorista particular. – disse o motorista desligando o carro.

— Eu vou pagar... – disse e então levantou o olhar e viu Emma passando perto – Só me espere... – saiu andando rápido – Hey loira! – chamou – Hey você mesma, loira. Não está me escutando?

Emma havia escutado até quando o carro havia chegado, mas pelo tom que o homem usou para chamá-la, ela decidiu que ele teria que se esforçar um pouco mais Será que continuou fingindo que não escutei ou espero para escutar as merdas que ele irá falar?

— Hey! Estou falando com você. – chegou perto, e estava a ponto de segurar Emma pelo braço.   

— Eu escutei você logo no primeiro momento, mas deixei prosseguir para ver até onde ia a falta de educação... – respondeu olhando feio para o homem que no momento seguinte retraiu a mão Isso mesmo, nem me encoste se quiser continuar tendo mão! — Em que posso ajudá-lo?

— Estou procurando o meu filho. – respondeu e olhou Emma de cima e abaixo, então sorriu safadamente.

Emma fechou mais ainda a cara depois da olhada, mas segurou sua língua e mão Lugar errado para procurar por seu filho! — Seu filho? Ele veio fazer aulas de equitação? Passeio no parque? Creio que não seria aqui que você vá encontra-lo, então sugiro que siga reto por esse caminho...

— Não! Não! Você entendeu errado... – interrompeu.

— Eu não entendi errado, você que não se explicou melhor... – disse Emma respirando fundo Eu tenho mais coisa para fazer do que ficar aqui escutando esse tapado! — Quem é o seu filho?

— Eu estou procurando pelo meu filho, o Thomaz. O jogador do Red Sox. – respondeu o homem e olhou ao redor da fazenda – Quero falar com o dono da fazenda também. – a loira apenas o olhou, processando tudo que havia escutado – Hey! Tem alguém aí? Você escutou tudo o que eu disse?

Emma respirou fundo Era só o que faltava! — Sim, eu escutei.

— Então me leve para o dono da fazenda que quero conversar com ele, e com o meu filho. – exigiu.

Um sorriso debochado surgiu nos lábios de Emma Porque essas coisas acontecem comigo? Mas vamos lá! — Claro, por aqui, por favor. – começou a caminhar na direção do escritório.

— Até que enfim entendeu alguma coisa. – resmungou o homem seguindo Emma.

— Regina? – Emma chamou entrando no escritório Sei que minha morena irá entender! — Regina? – chamou mais uma vez, até finalmente escutar barulho da sala adjacente.

A advogada que estava na sala de arquivo procurando um contrato apenas estranhou o tom de sua esposa, e resolveu ver o que estava acontecendo – Já volto. – disse ao seu filho que a estava ajudando a procurar por um contrato em específico. Tom apenas assentiu com a cabeça e continuou sua tarefa.

— Emma? – perguntou assim que saiu da sala, deixando a porta aberta, mas não era o suficiente para ver Tom lá dentro – O que aconteceu?

— Tem um senhor procurando pelo dono da fazenda... – deu ênfase na palavra dono, e Regina já entrou no modo advogada Ah problema a vista!

— Vamos direto ao assunto... – o homem interrompeu – Me chamo Edward, e sou o pai de Tom.

 


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Notas finais do capítulo

Tadá! Sei que o capítulo foi triste. E agora esse prepotente do pai de Tom aparecendo para causar um pouco na vida do pessoal da fazenda.

Até a próxima!



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