— Como senti falta daqui! – falou Jane descendo do veículo assim que estacionou a frente da casa principal da fazenda – Fico imaginando você, Jú, que passou boa parte da sua vida aqui.

Júlia sorriu descendo do veículo, ela havia ganhando uma carona de suas madrinhas para a fazenda – Tem momentos que eu morro de saudades daqui. – disse. Ela não via a hora do feriado de Ação de Graças chegar para passar um tempo maior com sua família. Sua felicidade aumentou quando Maura lhe telefonou falando que elas iam para a fazenda na quarta, no meio da tarde e queriam saber se a garota queria uma carona. Ela mais que rapidamente aceitou – Mas agora estamos aqui e teremos praticamente quatro dias para aproveitarmos.

— Sim! Estávamos precisando dessa folga mesmo. – falou Maura se juntando as duas, ajudando a descer as quatro crianças.

— Que bom que vocês chegaram. – falou Regina aparecendo a porta da casa assim que escutou o barulho do veículo Finalmente!— Sejam todos bem-vindos. – abriu um sorriso ao ser envolvida por um apertado abraço de sua filha – Ai Jú, que saudades de você. – comentou retribuindo o abraço.

— Eu também mamãe. – disse abrindo um sorriso assim que se separou. No segundo seguinte abraçou suas duas amigas, e abriu sorrisos imensos para as quatro crianças.

— Como vocês cresceram. – falou maravilhada com as crianças Eu achando que só as minhas crianças tinham crescido!

— Vocês chegaram! – Emma falou assim que apareceu a porta Agora sim, eu sossego, pois Júlia chegou!

— Mãe! – Júlia abriu um sorriso e saiu correndo para abraçar sua mãe loira.

Emma desceu rapidamente a escada e encontrou sua filha no meio do caminho, a envolveu em um carinhoso abraço apertado – Jú! Que saudade de você, minha pequena morena. – falou feliz Parece que faz anos que não a vejo!

— Elas sempre foram mais apegadas, não? – comentou Jane sorrindo para a cena.

Regina assentiu com um gesto de cabeça Ah essas duas!— Sim, desde da época do orfanato. – respondeu – Mas vamos entrando que está frio aqui fora. – indicou para entrarem – Emma, você ajuda com as malas, por favor? – pediu assim que passou por sua esposa e filha.

— Claro! – falou a loira sorrindo – Vamos lá Jú, você também irá ajudar. – puxou sua filha pela mão. Jane se aproximou delas e abriu o porta malas.

— Cadê o restante do pessoal? – Júlia quis saber assim que entrou e viu a casa meio deserta.

— Hen deve estar aqui daqui a pouco. Ele está no treino, assim como Tom. – respondeu Emma colocando uma mala no chão.

— As gêmeas e Lucy foram com os avós até o supermercado. – respondeu Regina sorrindo – Eles devem estar voltando, isso se não trouxerem Tom junto. – riu Logo todos os meus filhos estarão aqui! — Os gêmeos eu os deixei no quarto, estavam começando a se trocar, pois acabaram de sair do banho.

— Jú! – Benjamin e George falaram do alto da escada assim que viram a irmã Falando neles!

— Monstrinhos! – ela sorriu feliz e abriu os braços para recebe-los em um apertado abraço.

Depois do abraço os gêmeos se juntaram as crianças Rizzoli-Isles e foram correndo para a sala de tv brincar e esperar pela hora do jantar.

— Venham, vamos conversar lá na cozinha enquanto eu faço um pouco de café. – falou Regina caminhando para a cozinha – Sei que não é igual ao de Bah, mas ele é bebível. – brincou.

— Mãe, você faz chocolate quente? – pediu Júlia assim que entrou na cozinha a frente de sua mãe loira – Estou com vontade, e nesse frio é maravilhoso.

Emma a olhou espantada Quero ver a cara dela! — Não vai me dizer que você está grávida? – brincou – Não faz muito tempo acabamos de ter essa conversa com Hen!

Foi a vez de Júlia olhar espantada – Eu sei que a ciência está bem avançada, mas ainda não chegou ao ponto de língua e dedos engravidarem, se bem que fez um tempinho que não vejo a Meggie, então só se eu estiver grávida através das ligações de celular. – sorriu travessamente.

Aquilo fez Emma cair na risada Essa é a minha filha! — Garota esperta. – passou um braço e a abraçou – Claro que faço chocolate quente para você. – olhou para suas amigas – Alguém mais quer?

— Eu! – disse Henry entrando pela porta do fundo da cozinha.

Regina sorriu – Mas só depois que você tomar seu banho. – respondeu.

Ele assentiu – Oi tias. – disse assim que viu Jane e Maura ali – Daqui a pouco eu volto para cumprimenta-las melhor. – saiu na direção do banheiro.

— Jú, veja se as crianças lá na sala querem também. – pediu Emma pegando as coisas para fazer o chocolate quente. A garota assentiu e em segundos estava de volta.

— Os monstrinhos querem, e os outros disseram que se as tias deixarem, eles querem também. – falou ao se sentar novamente em seu lugar.

Emma olhou para as amigas Ah deixa eles se divertirem um pouquinho! — Tudo bem, eles podem tomar chocolate quente. – concordou Maura sorrindo – Então o que vocês nos contam? – quis saber colocando sua mão abaixo de seu queijo, enquanto o cotovelo apoiado sobre a mesa.

— Nada muito diferente do que o habitual. – falou Regina colocando a garrafa de café sobre a mesa, juntamente com as xícaras – Na correria com as crianças, é treino, é jogo, é aula extraclasse, as tarefas da fazenda, alguns clientes no escritório... – riu, quando viu Maura e Jane rindo – E vocês?

— Ah nada muito diferente também. – Jane disse depois de tomar um gole de café – Resolvendo casos, na correria com as crianças, apenas uma vida familiar. – brincou.

— Mais alguém virá para o feriado amanhã? – Maura quis saber.

— Jú, me ajude, por favor. – pediu sua mãe loira segurando uma grande jarra com o chocolate quente, enquanto a filha segurou a bandeja com as canecas – Já voltamos. – saiu na direção da sala.

— Zelena e Elsa com as meninas, disseram que vem, nem que seja apenas para darem uma passada aqui. – respondeu a advogada depois de tomar um gole de café Mas tenho certeza que elas acabam vindo para ficar mesmo! — Daniel ficou de me mandar mensagem se chega hoje a noite ou amanhã de manhã.

— Ai Alice virá? – perguntou Júlia assim que entrou com sua mãe, foi se sentar no seu lugar depois de entregar a bandeja para sua mãe.

— Sim. – confirmou sua mãe morena Alice e seu feitiço sobre as pessoas!

— Faz tempo que não a vejo, aposto que deve estar grandona. – falou Júlia carinhosamente.

Emma sorriu – Provavelmente... Aqui. – colocou uma grande caneca a frente de sua filha e começou a colocar chocolate quente para ela, e então começou a encher uma caneca para si.

— Oba! Chocolate quente. – Henry disse assim que entrou na cozinha – Jú! – falou feliz e abraçou fortemente a irmã, então cumprimentou Jane e Maura com beijo e abraço também – Sobrou para mim? – Emma respondeu com um gesto de cabeça, ele pegou uma caneca e se sentou ao lado de sua irmã – Como está a universidade? – quis saber assim que sua mãe loira começou a colocar chocolate em sua caneca.   

  - Uma correria, mas estou gostando bastante. – respondeu abrindo um sorriso para depois tomar um gole de seu chocolate quente com chantili e canela, igual ao de Henry e Emma.

— E o namoro? – Regina quis saber Ela está sorrindo feliz, isso é um bom sinal!

— Vai bem, apesar de fazer duas semanas que não vejo Meggie pessoalmente por causa das nossas provas. – respondeu a garota – Mas fiquei sabendo que temos mais um casal de namorados... – olhou para seu irmão, que imediatamente ficou vermelho.

— Você também não me fará passar vergonha, fará? – questionou Henry tomando um gole de seu chocolate quente.

Um imenso sorriso travesso surgiu nos lábios de Júlia – Eu? Nem um pouco, já temos a nossa mãe para esse papel. – brincou.

Henry soltou um grunhido com a resposta da sua irmã – E ela sabe muito bem executar esse papel. – murmurou e encheu a boca com chocolate quente.

— Como eu sei, senhor intacto. – brincou Júlia e Henry quis se enfiar debaixo da mesa, quando mães e filha riram.

— Intacto? – perguntou Maura ingenuamente, por mais que os anos na convivência com Jane e família tenha aumentando sua percepção para sarcasmos e coisas do tipo, mas algumas coisas que ela ainda não consegue pegar no ar. Jane riu e cochichou no ouvido de sua esposa, então os olhos de Maura se arregalaram surpresos, para depois as duas rirem.

— Aarrrgghh... – reclamou Henry – Acho que vou com o pessoal na sala de tv, pelo menos lá não sei zoado. – fez menção em se levantar.

— Ah Hen, não precisa disso não. – falou Júlia sorrindo amavelmente para o irmão, o segurando pelo braço, não o deixando se levantar – Paramos. Mas me conta, como está esse namoro? – quis saber. Agora Henry ficou vermelho de vergonha não pelas brincadeiras, apenas por pensar Violet – Pelo visto, você está todo apaixonado, não?

— Sim, estou. – confessou Henry – Eu gosto muito da Violet.

— Ela virá apenas com as mães, ou vai passar o feriado todo aqui? – questionou Júlia sorrindo feliz para o irmão.

— Violet virá mais cedo para passar o dia aqui. – respondeu então olhou para suas mães – Ela pode?

Regina sorriu terminando sua xícara de café Quase como nos tempos de crianças! Só que agora essas crianças ficam trocando beijos! Ai mente nem me fale! Mas enquanto elas estiverem trocando apenas beijos eu ainda fico sossegada! — Claro que pode.

Jane soltou um suspiro feliz – Nem parece que já passou tantos anos... Eu tenho a sensação de que foi ontem que eu o via correr pelo restaurante da ma, junto com você pequena... – olhou para Júlia – Tom e o TJ.

— Sim, parece mesmo que foi ontem que te ajudei a pegar aquele ladrão que estava correndo. – brincou Emma, mas se lembrando do acontecido.

— Sim. – concordou Jane sorrindo diante da distante lembrança.

Antes que pudessem continuar conversando dois furacõezinhos entraram na cozinha rapidamente – Jú!! – exclamara as gêmeas assim que viram sua irmã mais velha sentada ali.

— Praguinhas! – abriu os braços para recebe-las em um carinhoso abraço.

— Jú? – perguntou Tom aparecendo a porta, então seus olhos brilharam felizes ao ver a irmã ali – Jú! – exclamou feliz e foi em sua direção.

— Opa! – Júlia colocou a mão a frente, parando o irmão, que fez uma cara de tristeza – Tom, por mais que eu te ame e esteja morrendo de vontade de te abraçar, nesse momento não dá, você está todo sujo e fedido. – sorriu ao ver um sorriso surgir nos lábios do irmão – Por hora, é só um beijo no rosto... – se inclinou e beijou o rosto suado do irmão – Assim quem você tomar um banho ganha muitos abraços. – piscou.

— Tudo bem. – ele disse sorrindo feliz – Vou para o banho. – ao se virar viu Jane e Maura – Oi tias, desculpe... Assim que estiver de banho tomado eu cumprimento vocês.

— Sem problemas Tom, vá para seu banho. – falou Jane sorrindo.

— Tomzinho, você tem vinte minutos para o banho, porque daqui a pouco vou buscar a Meggie no ponto. – disse assim que viu a mensagem de sua namorada em seu celular.

 - Prometo não demorar! – sua voz já longe.

— Ah Jú, que bom que você chegou, minha neta. – falou Cora toda feliz abraçando a neta.

— Juju! – falou o pai de Emma abraçando a neta depois de sua esposa – E Meggie? – quis saber.

— Vou busca-la daqui a pouco. – respondeu com um imenso sorriso.

George assentiu com a cabeça – Aqui. – entregou a chave da pick-up vermelha – O caminho para a cidade está ruim devido a neve que caiu a noite e o alto movimento devido ao feriado de amanhã.

— Não dá para ir de Valente? – pegou a chave da mão do avô com um suspiro, queria tanto dirigir seu fusca.

— Acho que não, capaz de você atolar no meio do caminho. – comentou o homem se sentando e se servindo de café.

— Quando viemos a estrada não estava tão ruim. – comentou Jane terminando seu café.

— Vocês pegam só a parte aqui perto da fazenda. – respondeu Cora – E aqui o pedaço ainda está bom.

Jane assentiu com a cabeça – Verdade. Havia me esquecido que ela bifurca. – comentou. Continuaram conversando até finalmente Tom aparecer e receber todos os abraços que Júlia prometeu, mas não sem antes cumprimentar Jane e Maura devidamente.

— Se vocês me dão licença... – Júlia disse se levantando – Eu vou buscar a Meggie, que o ônibus dela deve estar chegando.

— A gente pode ir junto? – Lana pediu olhando para a irmã. Júlia apenas olhou para suas mães para saber o que responder. Quando viu o sorriso nos lábios das duas mulheres.

— Vamos minhas praguinhas, pelo visto teremos que ir de pick-up mesmo, pois lá que tem as cadeirinhas de vocês. – falou pegando seu cachecol e o enrolando no pescoço, enquanto Lana correu para sua mãe loira e Jennifer para sua mãe morena, as duas mulheres ajudaram as filhas a enrolar o cachecol no pescoço – Prontas?

— Sim! – as duas responderam animadas.

— Então vamos! – falou dando uma mão para cada irmã.

— Tomem cuidado. – pediu Emma olhando as três filhas sumirem pela porta dos fundos Essas três também são um grude! Assim como Lucy e os monstrinhos!

— Tomaremos. – veio a resposta lá de fora.

—SQ-

Júlia desligou o veículo assim que estacionou perto do ponto – Vamos esperar aqui dentro, que está mais quentinho que lá fora. – falou olhando para as irmãs, assim que se virou – Quando Meggie chegar eu saio rapidinho, tudo bem?

— Sim. – Lana respondeu sorrindo feliz. Elas ficaram ali mais ou menos uns cinco minutos conversando, melhor dizendo, Júlia escutando tudo que Lana e Jennifer fizeram, além de contarem tudo sobre os cavalinhos que elas tem agora, os quais Júlia prometeu conhecer amanhã, já que estava começando a escurecer e a ficar mais frio.

— Acho que é o ônibus da Meggie. – falou Júlia assim que viu o ônibus parar no ponto – É sim! – sorriu feliz ao ver sua namorada descer do veículo – Eu já volto, por favor, não saiam. – disse e saiu rapidamente quando suas irmãs prometeram não sair – Meggie! – exclamou Júlia assim que pisou na mesma calçada da namorada.

— Jú! – Meghan exclamou feliz e seus olhos brilharam feliz ao ver sua amada vindo em sua direção – Que saudades! – falou assim que a envolveu em um abraço apertado.

— Também senti muitas saudades de você. – Júlia retribuiu o abraço. Quando seus olhos se encontraram, no segundo seguinte forma suas bocas em um beijo apaixonado e cheio de saudade – Vem! – puxou sua namorada pela mão na direção da pick-up.

— Meggiiieee! – as gêmeas disseram assim que Meghan abriu a porta da pick-up para se sentar do lado do passageiro.

— Praguinhas! – disse feliz ao ver as duas meninas ali – Quando pararmos na fazenda eu quero um braço de cada uma, tudo bem?

— Sim! – as duas meninas sorriram felizes.

— Vamos para casa Jú, que estou morrendo de frio e saudade do pessoal. – falou tentando esquentar as mãos, apesar de estar bem agasalhada, Meghan não esperava esse frio todo aqui na cidade.

— É para já! – disse Júlia ligando a pick-up e a colocando em movimento, já se direcionando nas ruas que vão para o caminho da fazenda.

—SQ-

— Como é bom ver todo mundo em casa novamente... – falou Cora sorrindo feliz para as duas grandes mesas na cozinha – Mesmo que seja apenas por alguns dias.

 - Que serão maravilhosos. – completou George. Ele e Emma haviam colocado outra mesa na cozinha para que coubessem todos.

— Loirão, tem certeza que apenas essas duas mesas darão para o jantar de amanhã? – Ruby quis saber tomando um gole de sua cerveja.

— Eu acho que dá... – respondeu a loira olhando Se não der, achamos um jeito de todos comerem!

— Se não der, podemos fazer igual jantar de ano novo, deixamos tudo sobre a mesa e vamos nos servindo. – Regina se juntou Lugar para o jantar de Ação de Graças não faltará!

— Podem pegar a mesa lá de casa também. – acrescentou Kathryn terminando de tomar um gole de sua taça de vinho.

Eugenia sorriu – Amanhã nós veremos isso, vamos nos concentrar no agora e aproveitar o jantar. – se inseriu na conversa – Quero saber de tudo Meggie e Jú, podem começar a contar. – pediu a senhora – Você andam comendo direito? Achei vocês um pouco magrinhas, Jú nem tanto, mas Meggie está mais magrinha.

Júlia riu – Eu não estou tão magrinha, porque pelos menos umas três vezes na semana eu vou comer no restaurante da vó Angie. – sorriu travessamente – E Meggie não tem esse privilégio.

Meghan soltou um suspiro – Nisso a Jú tem razão... Tem uns lugares bons fora do campus, mas não chegam aos pés do restaurante da vó Angie ou da comida aqui da fazenda. – sorriu e colocou uma garfada de comida na boca.

— Então aproveita para comer tudo que tem direito aqui. – brincou Ruby vendo a filha comer com vontade.

— Não se preocupe que eu farei algumas marmitas para vocês levarem antes de irem embora. – Eugenia piscou sorridente.

— Não precisa vó... – falou Meghan então viu o olhar triste de sua avó – Mas se você acha que não te atrapalha, eu vou amar levar os postinhos com comida. – sorriu ao ver o imenso sorriso estampado no rosto de sua bisavó.

— Atrapalha não. – Eugenia disse feliz.

— Obrigada vó. – Meghan agradeceu feliz.

Eugenia olhou para Júlia – Eu também vou fazer para você.

— Obrigada vó. – agradeceu Júlia sabendo que não adiantaria tentar argumentar, apenas aceitar.

— Daniel deu notícias de que horas eles chegam? – Kathryn quis saber.

Regina assentiu enquanto tomava um gole de seu vinho Verdade, acabei esquecendo que ele mandou mensagem! — Sim... – disse após engolir a bebida – Ele disse que chegará agora a noite.

— Saudades dessa bicha amiga. – brincou a advogada loira sorrindo e tomando um gole de seu vinho.

— Vocês falaram que Elsa e Zelena virão amanhã, Anna também vem? – perguntou Maura tomando um gole de seu vinho.

Os olhos de Regina se arregalaram Esqueci de perguntar! — Sabe que eu não sei. – riu.

— Pelo que a Violet falou a tia irá para a casa da sogra, ou já foi? – comentou Henry assim que terminou de engolir a comida – Bom, de qualquer forma, eles não estarão aqui na cidade amanhã na hora do jantar.

— Sua mãe, Jane? – perguntou Cora se servindo mais um pouco de vinho.

— Ela viajou com Leonard para a casa da filha Sandra... – respondeu Jane olhando para Cora – Parece que esse será o único feriado que as irmãs conseguem se reunir, então aproveitaram pra reunir todo mundo.

— Estão mais que certos. – falou George sorrindo bebericando sua cerveja.

A sargento olhou para Kathryn – Seu pai e Glinda?

Um sorriso travesso surgiu nos lábios da advogada – Ah depois que o senhor John resolveu tirar umas férias, mais que merecidas, não param um dia aqui. – respondeu – Sempre viajando, agora nem sei para onde eles foram dessa vez. – riu.

— Eles foram se divertir nos cassinos em Las Vegas. – Cora riu assim que informou.

— Las Vegas? – Kathryn disse surpresa – Aposto que foram se casar em alguma capela vinte-e-quatro horas. – brincou.

Regina sorriu de lado Seria engraçado eles aparecendo aqui e dizendo que casaram lá! — Não seria a primeira vez que ele faria isso.

— Não! – Cora riu, e os outros adultos também riram.

Meghan olhou para sua mãe loira, sua expressão confusa – Não entendi. – disse tomando um gole de seu suco.

— Meu pai nunca contou essa história para vocês? – perguntou Kathryn surpresa.

— Ah mamãe, ele apenas contou as aventuras que teve quando viajou pelo país quando novo. – respondeu Meghan encolhendo os ombros timidamente – Mas eu achei que era apenas histórias para fazer a gente dormir. – sorriu amarelo.

Kathryn acabou rindo – Não deixe seu avô saber disso. – falou em tom de confidência e Meghan apenas assentiu com a cabeça – Ah minha querida, essas viagens dele são verdadeiras. – confirmou – Bom, resumo da ópera...

— Não sabia que essas histórias viraram óperas. – comentou Maura surpresa – Eu gostaria de ver.

— Maura, meu anjo... – Jane sorriu para a esposa – Não tem ópera.

— Não? – perguntou, então seus olhos se abriram – Ah foi jeito de falar, não? – questionou e Jane assentiu com a cabeça – Desculpe. – sorriu.

— Ah sem problema Maura. – Kathryn piscou – Mas seria engraçado se essas aventuras virassem óperas. – então olhou para sua filha mais velha – Numa dessas viagens, ele e minha mãe acabaram em Las Vegas e num rompante eles procuraram uma capela vinte-e-quatro horas e se casaram de papel passado no calor do momento.

Meghan sorriu – Então seria divertido ver o vovô chegar e anunciar que casou com Glinda em Las Vegas.

— Seria muito engraçado. – concordou Kathryn rindo juntamente com todos. Continuaram conversando até terminarem de jantarem.

Com a cozinha arrumada, foram arrumar os quartos para dormirem. Júlia iria dormir com Meghan, no quarto da futura veterinária, o que não passou sem algumas piadas de Emma e Ruby. Tom e Henry iria dividir o quarto. Lucy e Angie dividiram o quarto, e depois dividiriam com Alice também, enquanto as gêmeas dividiram o quarto com a Alex, e os gêmeos dividiria o quarto com Vincet e Enrico. Assim sobrando dois quartos, que Maura e Jane ficariam, Daniel e Killian ficariam com o segundo quarto vago.

— Jane, nós convidamos Vince para o jantar amanhã, mas ele falou que iria viajar para a casa do filho. – comentou Emma entregando uma cerveja para a amiga. Elas estavam todas sentadas na sala de estar, enquanto os filhos estavam na sala de tv. Os avós já haviam se retirado, prometendo tomarem café da manhã todos juntos.

— Ah sim, ele comentou que estava triste por não vir, mas estava feliz porque ia ver o filho. – comentou aceitando a cerveja – Obrigada. – tomou um gole – Mas ele está certo, são poucas vezes que ele consegue ver o filho e tem que aproveitar mesmo, esses tempos atrás ele e Kiki foram para Boston por alguns dias, e nos encontramos. – sorriu feliz lembrando do encontro.

— Sim, ele está mais que certo mesmo, tem que aproveitar todas as oportunidades de ver o filho. – comentou Kathryn sorrindo.

— Ah que lindo, as madames aí conversando e nem perceberam que a gente chegou. – falou Daniel fingindo estar chateado, assim que abriu a porta principal e viu as seis mulheres ali conversando tranquilamente – Não escutaram o carro? – entrou de mãos dadas com Alice.

— Escutar, escutamos... – Emma olhou para o amigo e sorriu travessamente Claro que não poderia deixar de brincar com ele! — Mas é que está muito frio para sair daqui de dentro. Alice! – exclamou feliz ao ver a menina, que se soltou da mão de seu pai e saiu correndo para abraçar sua madrinha loira.

— Nunca fui tão mal recepcionado nessa fazenda. – brincou novamente, vendo sua filha sendo abraçada pela loira.

Regina se levantou e foi até o amigo Estava sentindo falta desse show todo! — É muito drama para uma pessoa só. – brincou e o envolveu em um abraço apertado.

— Acho bom mesmo me abraçar, porque estava com muitas saudades de você, sapa diva rainha. – disse Daniel retribuindo o abraço.

— Cheguei! – falou Killian de mãos dadas com um garotinho assim que entrou pela porta logo atrás do marido e filha.

— Por meus casos! – exclamou Kathryn olhando a criança com Killian – Que é o rapazinho?

Imensos sorrisos surgiram nos lábios de Daniel e Killian, que se postou atrás do menino e manteve suas mãos sobre os pequenos ombros – Esse é o Louis, nosso filho. – apresentou Killian.

— É o meu irmão. – falou Alice ainda no colo de sua madrinha.

— Você gostou de ter um irmão? – Emma perguntou sorrindo para a afilhada Aposto que sim!

A menina assentiu com a cabeça – Sim, agora eu tenho alguém para brincar lá em casa. – sorriu abertamente Olha esse sorriso feliz!

— Mas essa pessoa purpurinada que adora aparecer com uma novidade aqui na fazenda. – falou Kathryn sorrindo para o amigo – Quando vocês o adotaram?

— Apenas a dois meses. – respondeu Killian abaixando na altura do filho – Lou, esse monte de mulher são todas suas tias. – sorriu – E elas tem um monte de crianças que você e a Alice podem brincar junto.

— Monte de criança igual onde eu estava? – perguntou olhando para o pai.

Ele sorriu – Quase igual ao tanto de criança.

— Estamos mais para creche. – brincou Ruby que estava perto de Alice também.

Regina se abaixou na altura do menino Que coisa fofa esse rapazinho! — Você é um menino muito bonito. – abriu um sorriso acolhedor – Quantos anos você tem?

Ele tentou fazer o número com os dedos, mas não estava conseguindo e Killian ajudou a formar o número quatro – Quato! – respondeu mostrando a pequena mão.

— Jú! – chamou Emma sorrindo para o menino Fofo igual a irmã! Claro que as mulheres se derreteram ao ver Alice toda princesinha, assim como Louis todo engomadinho – Quem diria que Daniel e Killian enfeitariam tanto assim os filhos? – brincou. Antes que Daniel ou Killian pudessem responder a voz de Júlia surgiu na sala.

— Oi mãe? – perguntou assim que surgiu na sala seus olhos arregalaram felizes, nem precisou sua mãe dizer nada – Alice!

— Jú! – falou a menina e saiu na direção da garota e rapidamente estava abraçando a menina – Como você está grandona. – falou assim que a colocou no chão – E está linda! – sorriu.

— Gostou? É meu vestido de princesa. – Alice disse com um imenso sorriso nos lábios.

— É lindo! – concordou Júlia.

Então os olhos de Alice se arregalaram – Tenho um irmão agora. – falou e puxou Júlia pela mão até se aproximar do menino – É o Louis.

Júlia se ajoelhou e se sentou sobre seus calcanhares – Oi Louis, eu sou a Júlia. – sorriu para o menino, que sorriu timidamente – Você está muito bonito.

— É nova. – falou o menino passando a mão pela camiseta, enquanto olhava também.

Júlia abriu um sorriso – É muito linda. – não se aguentou de tanta fofura e abraçou o menino, que ficou surpreso com aquilo, mas depois riu infantilmente.

— Hu! Só eles que ganham abraço? Eu praticamente te vi nascer aqui nessa família. – brincou Daniel, mas estava sorrindo feliz diante da cena.

Júlia ergue os olhos – Achei que Alice tivesse apenas vindo junto com o irmão. – brincou, mas se aproximou do arquiteto.

— Ora sua pestinha, tinha que ser filha dessa loira sapa boazuada mesmo. – riu e abraçou a garota. Abraçou Killian também – Pode levar a Alice que eu sei que você está morrendo de vontade de voltar para a sua sapa boazuda rebelde mirim. – piscou. Júlia soltou uma risada com o novo apelido de Meghan.

— Vem Alice... – estendeu a mão para a menina – Vamos lá com o resto do pessoal.

— A gente vai brincar? – perguntou segurando a mão de Júlia, e estendeu a mão livre para o irmão – Vamos Louis. – chamou e sorriu quando o irmão segurou sua mão.

— Vamos brincar de um monte de coisa. – confirmou Júlia enquanto começaram a caminhar na direção da sala de tv – E eu vou te apresentar para todo mundo, Louis.

— Oba! – ouviram a menina comemorar já no meio do corredor.

— Cerveja? – Emma ofereceu assim que se levantou, pois ia a cozinha pegar mais segundos depois de Júlia sumir no corredor para a sala de tv.

Daniel sorriu de lado – Ainda bem que ofereceu alguma coisa, achei que iria me deixar passando sede aqui.

Emma soltou uma gargalhada Pouco abusado, mas eu sei ser mais! — Sinta-se feliz que não ofereci a água do cocho dos cavalos para você. – brincou – Cerveja ou vinho? – perguntou olhando para os dois rapazes.

— Cerveja. – pediu Killian – Estou louco por uma.

— Eu prefiro vinho. – respondeu Daniel. Emma assentiu e saiu na direção da cozinha.

Segundos depois estavam todos abastecidos novamente com suas bebidas, e depois de muitos abraços – Ai, com estava sentindo falta desse brejo. – brincou Daniel acomodado no sofá, ao lado de Killian, e com uma taça de vinho na mão.

— Falou o vaga-lume do brejo. – brincou Kathryn – Não podia ver um volume nas calças que o rabo já piscava.

Aquilo fez todos rirem – Ah minha querida sapa dondoca, essa fase já foi, mas sempre eu venho para iluminar esse brejo adorado.

— A sua sorte aqui é que nenhuma sapa aqui gosta de vaga-lume. – brincou Ruby – Porque se gostasse você já não existiria mais.

Daniel riu – Por isso volto a repetir, eu venho para iluminar esse brejo adorado. – piscou e tomou um gole de seu vinho. Continuaram conversando por mais algum tempo, onde Daniel e Killian contaram como adotaram Louis e queriam fazer surpresa assim como fizeram com Alice, até decidirem que estava na hora de todos irem dormir.

—SQ-

O dia começou agitado na fazenda com aquele bando de gente para tomar café. Depois Lana e Jennifer insistiram para mostra os pôneis que haviam ganhado para quem ainda não conhecia. Emma acabou mostrando o projeto da futura piscina. Daniel adorou todo o projeto e já imaginava altas festas na piscina nova durante o verão, prometeu até passar uma semana na fazenda. Acabou todo mundo se juntando na cozinha para conversarem, enquanto as crianças estavam espalhadas pela casa em grupos brincando ou conversando. Júlia tentou convencer sua madrinha a disputar uma partida de corrida no vídeo game, mas Jane resistiu e disse que na próxima, pois ainda não tinha treinado o suficiente para aquela disputa.

Violet chegou logo após o almoço, já que Henry pediu uma carona para Júlia, pois ele estava começando a ter aulas para tira sua habilitação. Quando chegou, claro que ele foi alvo de algumas brincadeiras por parte de sua mãe loira, mas nada traumatizante. Mais ao final da tarde Zelena com Elsa e as meninas Rebecca e Robie se juntaram para completar o grupo naquela tarde. As duas mulheres ficaram maravilhadas com Louis.

Nesse clima descontraído eles continuaram ali conversando até finalmente o jantar estar pronto. Acabaram por decidir deixar apenas as crianças menores sentadas a mesa para comerem, enquanto o restante seria feito ano novo, se servia e ia comendo. A mesa estava cheia e toda arrumada. Ao centro dois imensos perus, rodeado por muita farofa de frutas secas e castanhas. Cinco pequenas molheiras com molho de cranberry para acompanhar o peru. Três travessas de saladas de vegetais que eram compostas por cenouras brancas, cenouras comuns, inhame e pedaços de abóbora, típica de comer nesse feriado. Também duas travessas de grãos verdes composta por couve-de-bruxelas, brócolis, espinafre e milho, outra comida típica do feriado. Duas enormes caçarolas de legumes. Além de três tortas de abóboras e três tortas de nozes pecã. A mesa ainda tinha duas vasilhas de purês de batata-doce de acompanhamento. Para finalizar, oito cestas de pequenos pãezinhos. Vinho e cidra para beber, além de suco para as crianças. De sobremesa a tradicional torta de maçã que Regina havia preparado no dia anterior. Antes de comerem agradeceram pela comida e um de cada vez ia falando pelo qual motivo era grato naquele dia.

—SQ-

A noite já havia avançado quando Regina despertou e viu que o lugar que deveria estar Emma estava vazio. Olhou para o banheiro e a luz estava apagada Aonde ela foi? Estranhou e acabou se levantando, saindo a procura de sua loira. Foi passando nos quartos em que as crianças estavam dormindo tranquilamente.

Desceu as escadas olhou e viu a luz da cozinha apagada, então olhou para a varanda e viu uma luz acesa, e a porta principal estava levemente aberta. Caminhou até a varanda e assim que colocou a cabeça para fora, viu sua esposa sentada na grande cadeira de balanço, com os pés sobre a mesa de centro, enquanto Rapaz estava deitado debaixo das pernas de sua esposa. O cachorro estava usando um velho suéter da loira como sua roupa de frio, pois se recusava a usar a roupas próprias para cachorro. Já sua esposa estava enrolada em um grande cobertor.

— Hey! – chamou Regina ao sair completamente na varanda, tirando sua esposa do olhar perdido que tinha no horizonte O que você estava pensando, minha loira?

Emma olhou para o lado esquerdo e viu sua esposa parada ali com um pequeno sorriso nos lábios Minha morena!— Hey! – respondeu de volta – Aconteceu alguma coisa? – perguntou preocupada, mas abrindo seu braço esquerdo juntamente com o cobertor, convidando sua esposa para lhe fazer companhia na cadeira de balanço Sente aqui comigo!

— Apenas senti sua falta na cama, e acabei acordando. – disse indo se sentar do lado direito de Emma, que imediatamente a acolheu em um abraço lateral, assim podendo se aquecerem diante daquele frio noturno Era esse calor que estava sentindo falta também! A morena puxou seus pés para cima do assento. Pousou sua cabeça no ombro direito da loira, soltando um suspiro de contentamento.

— Desculpa, eu não conseguia dormir, e não queria te acordar, então vim sentar aqui um pouco para ver se o sono vinha. Mesmo com esse frio. – comentou Emma depositando um beijo nos cabelos castanhos de sua esposa, aspirando o aroma do xampu que sua esposa usava e que a loira tanto amava – Acho que alguns hábitos não morrem. – brincou.

— Sim... – concordou Regina e acomodando melhor contra sua loira Que gostoso aqui!— Mas fazia muito tempo que você não vinha sentar aqui... Algo está a incomodando?

— Ah morena... Nada... Apenas pensamentos... – Emma quebrou o silêncio depois de ficar um minuto quieta Pensamentos sobre tudo!— Estava pensando no dia de hoje... – continuou depois de uma pequena pausa – Vendo nossos filhos maiores... Crescendo... A família só aumentando... Acho que me bateu um saudosismo da época que eles eram pequenos... – sorriu – Aí fiquei pensando em tudo que passamos nesses anos todos... Desde as coisas boas e até as ruins.

— Não precisa pensar nas coisas ruins. – falou Regina olhando para sua esposa Não quero lembrar que eu quase te perdi por causa de uma louca psicótica!

— Preciso sim, morena, porque elas nos ensinam coisas para levar a frente, e principalmente nos fazer dar muito mais valor as coisas boas que passamos. – respondeu a loira depositando outro beijo nos cabelos de sua morena E para estar aqui eu tivesse que passar por tudo novamente, passaria sem problema nenhum!

— Pensando com essa lógica, você tem razão. – a advogada comentou depois de alguns segundos em silêncio para refletir sobre o que sua esposa havia dito Momentos ruins são aprendizados assim como momentos bons! O silêncio pairou sobre as duas mulheres, um silêncio confortável.

— Hora de voltar para a cama, morena. – disse Emma sorrindo diante da visão de sua esposa quase dormindo ali em seu abraço Apesar de estar gostando de ficar aqui! — Vamos voltar para dentro que esfriou mais.

— Nem percebei que havia dormido. – sorriu para sua loira Estava tão boa essa soneca! – Agora você entende porque quando você não está na cama eu acordo. Só consigo dormir com você ao meu lado. – sorriu sonolenta.

Emma abriu um sorriso igual ao de sua esposa Eu entendo bem o sentimento, morena!— Eu também só consigo dormir bem quando tenho você em meus braços. – olhou para Rapaz – Vamos garoto, hora de entrarmos, está muito frio aqui fora. – disse para o cachorro que rapidamente se levantou e acompanhou as duas mulheres de volta para dentro. A loira com seu braço ao redor dos ombros de Regina, e a morena com seu braço ao redor da cintura de Emma. Entraram e apagaram a luz da varanda, caminhando na direção do quarto, afinal o dia seguinte também prometia altas emoções. Aliás a vida ainda prometia muitas emoções.