— Bom dia Aurora. – cumprimentou Kathryn aparecendo na varanda, com Ruby e Meghan ao seu lado.

— Bom dia meninas. – Aurora cumprimentou de volta e viu a menina ao lado das duas mulheres – Oi. – olhou para a menina.

Ruby segurou forte a mão de sua filha – Aurora, essa é Meghan, a nossa filha. – apresentou.

— Muito prazer. – disse a engenheira com um sorriso aberto. Meghan apenas acenou com a mão, ainda levemente tímida – Vamos lá ver a casa? – olhou para as duas mulheres.

— Vamos! – concordou Kathryn, ela tinha um imenso sorriso. Deram uma volta pelo lado de fora da casa, ao mesmo tempo Aurora ia mostrando todo o acabamento. Depois entraram e ganharam um tour completo por todos os cômodos. Viram que tudo funcionava, energia, água, calefação.

— Aqui! – Aurora entregou o molho com as chaves das portas principais para Kathryn, elas haviam voltado para a entrada principal – Obra concluída e entregue. – sorriu.

— Achei que nos entregaria a casa mais para o final da semana. – disse Ruby, que estava com Meghan encostada a sua frente, enquanto seus braços estavam em volta da menina.

— Os meus homens disseram isso, mas eu acabei pedindo para eles apressarem o acabamento. – piscou para as duas mulheres – Bom, agora eu preciso ir, pois tenho outra obra para começar. – informou – Vou começar o escritório. – fez uma pausa – Boa mudança e parabéns pela filha linda que vocês têm. – sorriu.

— Obrigada. – agradeceu Kathryn sorrindo e tirando uma mecha de cabelo castanho do rosto da menina e a colocando atrás da orelha.

— Ah! Logo faremos um churrasco para comemorar a chegada dos novos membros a família. – disse Ruby sorrindo feliz.

— Eu não perco isso por nada. – disse Aurora sorrindo – Depois me digam quando farão e que eu estarei lá. Agora preciso. – se despediram e a engenheira saiu pela porta deixando a pequena família ali.

— E agora? – perguntou Meghan olhando para as duas mulheres.

— Agora nós vamos até a escola fazer a sua matrícula, pois alguém hoje não queria ir para escola porque sua amiga não iria. – Kathryn disse em tom de brincadeira.

— Jú! Seu quarto é lindo! – exclamou Meghan assim que a amiga terminou de mostrar tudo, elas estavam sentadas na cama esperando por suas mães virem arrumar o lugar que Meghan dormiria.

— Eu escolhi o tema e a vovó Cora que decorou tudo. – respondeu Júlia toda orgulhosa do trabalho de sua avó – Eu ainda não acredito que você está aqui. – disse olhando para a amiga.

— Eu também não. – riu Meghan – Se isso for um sonho que eu não acorde mais dele.

Júlia sorriu – Eu sei o que você está dizendo. Eu te digo que não é um sonho, e que você está aqui.

— Chegamos. – anunciou Emma entrando com um colchão e logo atrás Kathryn com cobertas e travesseiros. As duas mulheres arrumaram tudo, enquanto as duas morenas ajudavam as crianças a se trocarem. Tudo arrumado elas se despediram e deixaram as duas crianças.

Os dois colchões estavam no chão, a pedido das meninas. Elas estavam deitadas com apenas a luz do abajur ao lado da cama aceso. Meghan soltou um suspiro contente.

— O que foi? – perguntou Júlia olhando para a amiga.

— Ah Jú, eu estou tão feliz... – respondeu Meghan depois de alguns segundos – Porque eu te encontrei de novo, também porque vamos morar no mesmo lugar e porque a minha primeira noite caçando doces no Halloween você estava junto.

— Hoje também foi a minha primeira vez que fui pegar doces. – disse Júlia sorrindo, então um silêncio agradável pairou no quarto.

— Hoje foi muito divertido. – Meghan quebrou o silêncio.

— Sim, bastante. – concordou Júlia – Eu gostei bastante, ainda mais quando aquela senhora achou que tia Ruby era uma criança. – riu juntamente com sua amiga – Ai Meggie com você aqui poderemos fazer muitas coisas juntas.

— Sim! – concordou a menina, então soltou um bocejo cansado. Sem perceberem as duas meninas caíram no sono.

— Jú? Acorde! – Emma chamou pela filha – Está na hora de levantar.

— Eu não quero ir para a escola. – resmungou a menina ainda deitada.

A loira se sentou no colchão ao lado da filha – Desculpe Jú, mas não posso deixar você faltar. – disse fazendo carinho nos cabelos da menina.

— Eu quero ficar aqui com a Meggie. – resmungou mais uma vez e enterrou seu rosto no travesseiro.

Emma riu – Sem negociação Júlia. – disse mais enfática – Você não irá faltar hoje na escola.

Antes que Júlia pudesse reclamar novamente Meghan interferiu – Jú, vai para a escola. – disse – Eu vou ficar te esperando até você voltar, então vamos brincar.

— Mas porque você não vai para a escola junto comigo? – quis saber Júlia desenterrando seu rosto do travesseiro e olhando para sua amiga.

— Porque ela ainda não foi matriculada na escola, mas Ruby e Katy farão isso logo. – respondeu Emma sorrindo – Vamos! Agora que está acordada vamos levantar e se arrume para a escola. – se levantou do colchão – Eu vou chamar seus irmãos.

— Mas mãe... – resmungou novamente.

— Sem resmungar Júlia Swan-Mills. Está decidido, você irá para a escola. – disse Emma mais firme – Quando voltar você e Meghan brincam.

— É Jú! Vai para a escola, quem sabe amanhã eu já não vou junto com vocês. – disse sorrindo ao se levantar – Eu vou acordar aquelas duas dorminhocas. – falou sorrindo e saiu correndo do quarto indo na direção do quarto que suas duas mães estavam.

— Então? – Emma perguntou olhando para sua filha, depois de ver a outra menina sair correndo do quarto.

Júlia soltou um longo suspiro frustrado – Tudo bem, já estou levantando... – disse tirando as cobertas de cima de si – Mas a Meggie pode ir comigo no clube de leitura hoje? – perguntou olhando cheia de esperança para sua mãe loira.

— Eu verei com as mães dela. Mas acho que não terá problema. – piscou para sua filha que sorriu juntamente com um aceno de cabeça – Daqui a pouco eu volto, vou para a minha dura batalha da segunda com Thomaz. – brincou, caminhando na direção do quarto de seu filho mais novo.

— Eu vou poder ir no clube de leitura junto com a Jú hoje? – quis saber enquanto caminhavam na direção do carro de Ruby.

— Se a monitora deixar você participar hoje, você poderá. – respondeu Kathryn se sentando ao lado de sua esposa, no banco do carona.

— Oba! – comemorou a menina assim que se sentou no banco traseiro e afivelou o cinto de segurança. Devidamente acomodadas, as três mulheres seguiram na direção da escola da cidade.

—SQ-

— Chegamos! – anunciou Thomaz entrando feito um furacão dentro de casa e logo foi recepcionado pelo bando de cachorros, que estavam apenas esperando por eles.

— Claro que está faltando o Rapaz e a Lola. – comentou Júlia sorrindo quando foi recebida com lambeijos dos cachorros. Meghan já estava no chão com alguns cachorros a lambendo também, e nesse grupo estava Luna.

Regina entrou acompanhada de Kathryn – Muito bem, agora vão lavar as mãos para comermos alguma coisa, depois lição de casa. – disse, mas o sorriso em seu rosto era evidente Ai como é bom chegar em casa e ver toda essa alegria! assim como nos lábios de sua amiga – E nem adianta reclamarem. – completou olhando seriamente Mesmo com toda essa alegria, não podemos sair da rotina!

Sem muita opção as crianças lavaram as mãos e estavam sentadas a mesa, juntamente com as duas mulheres enquanto Eugenia terminava de coar o café.

— Então como foi na escola? – quis saber a mulher mais velha colocando a garrafa térmica na mesa, e depois se sentando também.

Kathryn se serviu de uma caneca cheia de café – Foi bem. Deu tudo certo. – respondeu depois de tomar um gole generoso da bebida preta – Meggie começa amanhã. – olhou para a menina que parou com a fatia de pão a meio caminho de sua boca.

— Amanhã eu volto a estudar? – perguntou ao abaixar a fatia de pão – Achei que iria demorar mais.

— Sim, amanhã. – respondeu a loira – E ainda será na mesma classe de Jú.

Os olhos das duas meninas brilharam em felicidade – Vamos ficar na mesma sala? – perguntou a filha de Regina depois de tomar um gole de suco.

— Foi o que eu disse. – brincou a advogada loira sorrindo.

— Nossa Meggie, nós vamos estudar na mesma sala. – disse olhando para a amiga, que já tinha um imenso sorriso nos lábios.

— Oba!- comemorou Meghan erguendo os braços acima da cabeça – Vamos poder fazer todos os trabalhos em grupo juntas. – disse eufórica – Além de muitas outras coisas também.

— Mas isso não quer dizer que poderão fazer bagunça e muito menos ficar conversando durante as aulas. – Regina falou depois de tomar um gole de seu suco Porque muito provavelmente serei chamada dia sim e outro também se deixar! Nossa, quanto exagero Regina! Apenas precaução mente, eu conheço a minha menina!

— Prometemos não fazer isso. – afirmou Júlia sorrindo contente Assim espero!

— Cadê a mãe? – quis saber Henry quase terminando seu lanche.

Regina olhou para o relógio da parede Saudades dela! — Ela deve estar pela fazenda, meu príncipe, e muito provavelmente acompanhada por Lola e Rapaz. – sorriu Esses dois viraram sombra da minha loira!

— Ah menina Regina, precisa ver como o Rapaz se adaptou bem a prótese já. – comentou Eugenia assim que terminou de engolir um pedaço de pão com geleia – Nem parece que a ganhou ontem.

A advogada morena riu Aquele sem vergonha adorável! — Imagino... Aquele ali além de muito sem vergonha, é muito esperto. Não tinha dúvidas que ele se adaptaria rapidamente a prótese. – comentou tomando mais um gole de suco Sem falar que eu achei que ficou um charme nele! — Mas acho que ele mesmo assim irá ficar pedindo colo para a minha loira. – brincou por fim.

— Chegamos! – anunciou Ruby assim que abriu a porta do fundo da cozinha, entrou e deixou seu chapéu sobre o armário. Logo em seguida entrou Emma, deixando seu chapéu no lugar de sempre também, Rapaz todo serelepe com Lola entraram fazendo festa Ai que eu me divirto e muito com esses dois companheiros!

— Que bom! – disse Kathryn sorrindo para sua esposa, que se sentou ao seu lado.

— Como foi no clube de leitura? – perguntou Ruby olhando para sua filha, colocando suco em seu copo.

A menina sorriu abertamente – Foi muito legal.  – respondeu – Eu posso participar também? – quis saber dando uma mordida em sua fatia de pão.

— Bom... – Ruby disse olhando para sua esposa, aproveitando para tomar um gole de suco – O que acha Katy?

— Se a senhorita Belle aceitá-la, eu não vejo problema. – respondeu a loira olhando para sua esposa e depois para sua filha.

— Amanhã conversaremos com a senhorita Belle e acertaremos isso. – completou Ruby sorrindo vendo a felicidade da filha.

— Oba! – comemorou Meghan erguendo os braços acima da cabeça.

— Adivinha mãe? – perguntou Júlia olhando ansiosa para sua mãe loira.

— Que Meghan participará do clube de leitura? – arriscou em tom de brincadeira Afinal não faço muita ideia do que ela quer que eu adivinhe! Emma, que maldade! Não é maldade mente, é apenas uma constatação, afinal sou péssima em adivinhações!

Júlia riu – Não mamãe. Isso todos nós acabamos de saber. – disse Thomaz rindo de sua mãe Ai esse meu pequeno garoto é uma gostosura que só! — É outra coisa.

— Oh! – disse a loira rindo do filho mais novo No momento, pois logo teremos mais duas crianças mais novas!— Eu já fui melhor nessa coisa de adivinhação, agora eu desisto que não vou acertar mesmo. – completou.

— Meggie vai começar a estudar amanhã. – respondeu Júlia empolgada – E tem mais.

— O que mais? – perguntou Emma sorrindo para a empolgação da filha Adoro ver o sorriso feliz no rosto dos meus filhos!

— Ela vai estudar na mesma sala que eu. – completou sua resposta.

— Que notícia boa, minha filha. – disse Emma sorrindo Agora aguenta essas duas! — Mas isso não quer dizer que podem ficar fazendo bagunça ou conversando durante as aulas. – avisou Não quero ser chamada dia sim e outro também por causa do falatório das senhoritas!

— A mamãe disse a mesma coisa. – falou Júlia olhando para sua mãe loira – E já prometemos nos comportar na sala de aula.

— Muito bem. – concordou Emma ao final e terminando sua caneca de café Transmimento de pensação! Bem isso mesmo Emma!

— E Rapaz, como foi agora com a prótese? – quis saber Regina olhando para o cachorro deitado ao lado de Lola Ai que vontade de abraçá-lo! É um sem vergonha muito fofo! Com certeza Regina!

A loira olhou para seu mais novo fiel escudeiro Ah Rapaz, acho que melhor impossível! — Ele foi bem, apesar de alguns tropeços. – riu Você quer dizer cambalhotas, não Emma? Ah mente esses detalhes podemos esquecer! — E por incrível que pareça, ele não pediu colo nenhuma vez. – Regina riu Ainda não é, Emma? Logo ele pedirá não se preocupe mente! — Bom, agora se me dão licença, preciso voltar para as tarefas. – se despediu de todos Acabou o descanso! — Até a hora da janta. – olhou para sua amiga – Você vem Rubs?

— Calma que estou indo junto Loirão. – comentou Ruby terminando seu suco e se despedindo de todos também.

— Vamos Rapaz! Lola! – chamou Emma a porta da cozinha com o chapéu em mãos Últimas hora do dia e depois só descanso! O cachorro mais novo se levantou rapidamente e seguiu a loira, enquanto Lola apenas ergueu a cabeça para olhá-la e voltar a se deitar Sabia que você iria arregar agora no final de tarde! — Tudo bem, você fica. – disse brincando e fechou a porta atrás de si.

—SQ-

— Emma! Regina! Ruby! Kathryn! – disse David ao abrir a porta de sua casa – Entrem, por favor. – deu passagem para as quatro mulheres.

— Boa noite David. – cumprimentou Regina sorrindo – Viemos visitar você, Mary e o bebê.

— Oi! – ele disse sorrindo – Sentem-se. – apontou o sofá – Eu vou chamar Mary. – informou e saiu da sala.

— Olá garotas. – cumprimentou Mary ao entrar na sala, alguns minutos depois. Logo atrás veio David segurando o filho – Como estão? – distribuiu beijos.

— Estamos bem. – respondeu Kathryn sorrindo – E vocês?

Mary se sentou no lugar vago no sofá – Um pouco cansada, mas bem. Nosso pequeno bebê também está bem. – sorriu ao ver seu marido segurando a criança – David está dando conta da paternidade. – brincou.

— Seus pais? – questionou Emma ao ver que estava apenas o casal dentro de casa Está até um pouco silenciosa a casa, mesmo com o bebê! Vocês estão acostumadas com toda a bagunça da casa de vocês, é isso! Você tem razão mente!

Mary soltou uma longa respiração – Não me entendam errado, adoro meus pais e meus sogros, mas eles todos estavam me deixando louca. – riu – Então em uma amigável conversa decidimos que eu precisava ficar um tempo sozinha com meu filho e meu marido apenas.

— E eles? – perguntou Ruby curiosa.

— Eles entenderam, e também acharam que já estava na hora de irem embora. – respondeu o loiro – Conversamos com eles por telefone assim que chegaram e já combinamos passar o feriado de Ação de Graças nos meus pais e o natal nos pais de Mary. Claro que a família toda reunida, afinal será os primeiros feriados do neto. – soltou uma respiração – Assim vamos combinando os feriados e festejos. – brincou ao final.

— Mas e vocês? Quais as novidades? – quis saber Mary ansiosa – Faz tempo que não saio daqui de dentro.

— Antes nós queremos pedir desculpas a vocês por não termos vindo antes, pois sabemos que os primeiros dias sempre são os mais procurados. – brincou Emma – Então agora que já está tudo mais calmo, tanto para vocês como para nós, viemos.

— Vocês não precisam se desculpar. – disse Mary sorrindo – Entendemos perfeitamente, e além disso como meus pais e sogros aqui também não poderíamos dar a atenção a vocês.

— Por falar em festejos já adianto que logo faremos um churrasco... Antes do inverno chegar de vez. – informou Regina sorrindo abertamente – E claro que vocês são nossos convidados, inclusive essa coisa fofa. – apontou para o bebê Vai Regina pede logo! — Posso segurá-lo um pouco? – pediu já não se aguentando mais.

— Claro! – disse David entregando o bebê para a morena.

Regina pegou o menino no colo – Ai que bebê mais fofo. – disse olhando para sua pequena face e sorrindo abertamente Não vejo a hora dos meus pequenos nascerem! Será uma correria danada Regina! Eu sei mente, será uma correria em dobro, mas mesmo assim não queria diferente! — Então Neal, você está dando muito trabalho para seus pais? – perguntou brincando com a criança em seu colo. O bebê era uma cópia de Mary – Aposto que sim. – respondeu em tom de brincadeira também, fazendo o bebê sorrir Que sorriso banguela adorável!

Emma estava apaixonada pela visão de sua esposa segurando o bebê Logo serão os nossos bebês que ela irá segurar! Sim mente, serão! Quero muitos momentos assim! Sem perceber ela se levantou e parou a trás de sua morena olhando para o bebê nos braços de sua esposa sobre o ombro – Hey garotão! Ainda bem que você puxou a beleza de sua mãe, porque se dependesse de seu pai, você estaria perdido. – brincou.

— Hey! Não sou tão feio assim. – brincou o homem sorrindo para a sua amiga – Mas ele será torcedor dos Yankees.

— Ow xinga o garoto, mas não o amaldiçoa. – disse Emma fingindo estar espantada com o que o amigo disse. Aquilo tirou algumas risadas – Sim, realmente não é tão feio, tanto que teve uma corajosa para casar com você e ainda ter um filho seu. – disse em tom de brincadeira.

— Você quer pegar o bebê no colo, Emma? – Regina perguntou olhando para sua esposa Vamos mudar foco da conversa!

Os olhos da loira se arregalaram surpresos Eu gostaria! — Eu não sei... – disse incerta Mas não sei se estou pronta para isso! — Tenho medo de derrubá-lo. – confessou por fim.

— Vamos Emma, pode pegá-lo. – incentivou Mary – Você não irá derrubá-lo, além de que isso será um pequeno aprendizado para quando você for pegar o seu bebê.

— Bebês. – corrigiu a loira sorrindo para Mary.

— Como? – perguntou Mary confusa, com o cenho franzido Verdade eles ainda não ficaram sabendo da notícia!

— Bebês. – repetiu a loira ao se posicionar a frente de sua esposa, cheia de coragem para pegar a criança no colo Vamos lá garotão, vem com a tia Emma!

Regina com cuidado passou o bebê para a loira, que no começo, meio desajeitada, o pegou Isso Emma, desse jeito mesmo! — Eu estou esperando gêmeos. – completou olhando rapidamente para Mary e depois voltou sua atenção para sua esposa – Assim, segure a cabeça do bebê. – instruiu. Sorriu abertamente ao ver os olhos de Emma brilhando em felicidade ao segurar a criança Vem logo meus dois novos amores! — Acostume-se que logo você terá dois para segurar. – brincou.

— Meus parabéns! – disse Mary batendo as mãos toda empolgada – Já sabem qual o sexo deles?

— Só daqui a pouco mais de um mês. – respondeu Regina sorrindo ainda olhando para sua esposa.

A loira olhava encantada para a criança no seu colo – Confesso que apesar de toda a minha insegurança, eu não vejo a hora de ter nossos pequenos nos braços. – disse Emma ao olhar para sua esposa e sorrir Pois essa é a nossa família que eu tanto amo!

— Você leva jeito. – brincou David quando se sentou no braço da poltrona em que sua esposa estava sentada, olhando a amiga segurar seu bebê, depois de ir a cozinha e trazer um pouco de suco para eles.

— Minha vez Loirão. – disse Ruby empolgada ao se levantar e parar a frente da amiga – Deixa eu pegar essa pequena coisa fofa no colo também. – pediu. Com muito cuidado Emma passou a criança para os braços de Ruby – Como você é pequeno. – disse a veterinária olhando para o bebê em seus braços.

— Cadê as crianças? – quis saber Mary.

— Ficaram em casa com os avós. – respondeu Kathryn com um imenso sorriso ao ver sua esposa com a criança no colo – Meu pai está todo babão pela nova neta.

— Nova neta? – perguntou David, confuso Mais uma notícia que eles não estavam sabendo!

O sorriso nos lábios de Kathryn se abriu mais ainda – Sim, Ruby e eu adotamos uma menina... – respondeu orgulhosa – É a Meghan, ela é a melhor amiga de Jú.

— Calma! – pediu Mary não entendendo nada – Explica direito isso. – pediu Sim, isso é uma confusão que só!

— Bom... – começou Emma sorrindo Mas vamos esclarecer tudo! — Quando adotamos Jú e Tom, Úrsula nos disse que Júlia além de tudo que estava passando, estava triste, pois a sua melhor amiga havia sido adotada não muito tempo.

— Mas foram vocês que a adotaram? – perguntou Mary. Ruby negou com a cabeça.

— Não nessa época. – respondeu Kathryn tomando um gole de seu suco.

— Humm... Entendi. – comentou Mary esperando a continuação, enquanto tomava um gole de seu suco também.

Emma soltou um suspiro Continuando o relato! — Então quando estávamos em Boston por causa das audiências, Rubs e eu fomos até o orfanato convidar Úrsula e seu Ezequiel para o meu aniversário, e ali descobrimos que Meghan estava de volta ao orfanato.

— Os pais morreram em um acidente de carro, e a avó materna não aceitou a menina por ser adotada. – continuou Ruby – Aquilo mexeu comigo e na semana seguinte ficamos em Boston para acertamos todos os trâmites da adoção de Meghan.

— E hoje ela está conosco, e reencontrou sua melhor amiga. – terminou Kathryn sorrindo feliz.

— Ai que coisa linda. – disse Mary emocionada, com os olhos brilhando devido as lágrimas que se acumularam ali – Isso daria um lindo enredo de filme.

— Com certeza daria. – concordou Ruby sorrindo para o bebê – Então agora todos estão sendo paparicados por todos os avós. – brincou.

— Imagino. – David riu.

— Agora é a minha vez. – disse Kathryn ansiosa para pegar a criança no colo. Ruby sorriu e com cuidado passou o bebê para o colo de sua esposa.

— E vocês, já sabem o sexo de seu bebê? – quis saber Mary sem deixar de sorrir ao ver a alegria de suas amigas segurando seu filho no colo.

— Nossa consulta está marcada para o final da semana. – respondeu Ruby olhando para sua esposa – E se der ficaremos sabendo qual o sexo do nosso baby. – terminou ao olhar para Mary.

Ficaram ali mais uma meia hora conversando até que finalmente Neal deu sinais de sono e as quatro mulheres aproveitaram para se despedirem e voltarem para casa, pois seus filhos, muito provavelmente também estariam dando sinais de sono, ou mesmo já na cama dormindo. Quando chegaram os avós já tinham colocado as crianças para dormirem e estavam se retirando também. Elas, como toda noite, deram boa noite para seus filhos, cuidaram dos cachorros e por fim se retiraram para o merecido sono.

—SQ-

— Oba! Nossas coisas chegaram! – disse Kathryn animada ao ver dois caminhões parando na entrada da casa – Por ali! – indicou apontando a outra casa. Os dois motoristas assentiram e continuaram o caminho até chegarem a casa da loira.

Imediatamente os homens começaram a descarregar os dois caminhões e colocando tudo conforme Kathryn ia instruindo. Não muito tempo depois Ruby chegou esbaforida para ajudar sua esposa nessa tarefa. Logo cedo elas haviam ido levar Meghan para a escola.

— Meggie! Vamos levantar! – disse Ruby batendo a porta do quarto de Júlia, então entrou. Ficou surpresa ao ver que sua filha e a amiga já estavam de pé – Que bom que hoje não terei problemas em te acordar. – brincou olhando para as duas meninas.

Segundos depois Emma entrou no quarto da filha para a mesma tarefa de sua amiga, acordar a filha para ir para a escola – Que bom que já estão de pé. – disse sorrindo – Quer ajuda para se trocar?

— Não precisa mãe. – respondeu Júlia já pegando uma roupa em seu guarda-roupa – Vá acordar meus irmãos, que eles sim são difíceis de acordar. – brincou.

— Henry nem tanto, agora Thomaz é outra história. – disse rindo – Bom, qualquer coisa, é só chamar. – Emma saiu não sem antes cumprimentar Ruby e Meghan.

— Vamos Meggie! – Ruby chamou – Vem se trocar e daqui a pouco vocês se encontram na cozinha para tomar café.

— Tá! – disse a menina sorrindo – Até daqui a pouco. – se despediu de sua amiga e seguiu sua mãe quarto a fora.

Tomaram café da manhã sem nenhum problema, apesar de Thomaz estar sonolento. Regina havia levantado com bastante enjoo aquela manhã, havia se despedido de seus filhos, voltando para a cama depois de tomar uma caneca de chá para o enjoo. Meghan foi com suas mães para o carro, enquanto as outras três crianças foram com Emma para a pick-up.

— Vem que eu vou mostrar a sala que vamos estudar. – Júlia disse empolgada, segurando a mão da amiga, e saíram a frente. Emma vinha logo atrás com Thomaz e Henry em cada mão. Ruby e Kathryn de mãos dadas ao lado, enquanto caminhavam pelos corredores da escola. Durante o percurso Emma foi deixando cada menino em sua sala e por fim acompanhou as meninas até a sala delas. Zelena não conseguiu fazer muita festa ao saber da adoção, principalmente porque as meninas já estavam bem a frente, mas garantiu que estaria no churrasco que iriam fazer.

— Bom dia! – cumprimentou a professora na porta da sala.

— Bom dia senhora Arnold. – cumprimentou Júlia sorrindo – Senhora Arnold, a minha amiga Meghan vai começar hoje. – informou toda feliz.

— Oh eu estou sabendo. – respondeu a professora com um sorriso – Tudo bom Meghan? Prazer tem tê-la aqui conosco também.

— Oi. – ela respondeu timidamente.

— Júlia, porque você não mostra a sua amiga a nossa classe? – pediu a professora gentilmente – E depois vocês podem se sentar juntas. Mas é só hoje, amanhã Meghan terá outro lugar. – informou.

— Tudo bem senhora Arnold. – respondeu Júlia sorrindo abertamente – Vem Meggie que vou te mostrar a sala e onde vamos sentar. – antes que ela pudesse puxar a amiga pela mão.

— Tenha um ótimo dia Meggie, e Ruby e eu estaremos aqui para te pegar quando a aula acabar. – informou a loira sorrindo, mas com os olhos marejados. Afinal seria a primeira vez que iriam se separar por mais que uma hora, e a loira já estava toda sentimental.

— Tá! Eu vou esperar por vocês. – disse sorrindo abraçando as duas mulheres e depositando beijos nas bochechas e então finalmente se deixou ser puxada por sua amiga, que também já havia se despedido de sua mãe.

— Senhora Arnold, desculpe por matricular a nossa filha assim no meio do semestre, mas não faz muito tempo que conseguimos os papéis de adoção. – comentou Kathryn tomando sua postura de advogada – Mas ainda estamos em processo para a adoção em definitivo de Meggie.

A senhora sorriu amavelmente – Não tem porque se desculpar, o que importa é que Meghan está na escola, e aposto que com uma família que a ama muito. – comentou – Além do que o semestre está apenas no começo ainda, então Meghan não perdeu muita coisa.

— Quanto a isso, a senhora pode mandar tudo que já deu, que minha esposa e eu iremos ajudar nossa filha a recuperar o tempo perdido. – pediu Ruby sorrindo.

— Não se preocupem, que hoje eu farei uma avaliação em Meghan e mando o que for preciso. – respondeu a professora.

— Ah senhora Arnold, nós conversamos com o diretor... – começou Ruby novamente.

— Senhora Lucas-Midas, o diretor conversou comigo sobre isso também, não se preocupe. – se adiantou a professora – Eu liberarei Meghan junto com Júlia, pois sei que assim facilita para vocês.

— Agradecemos imensamente. – disse Kathryn sorrindo.

— Bom dia senhora Arnold. – cumprimentou um pequeno grupo assim que se aproximaram da sala.

A professora sorriu abertamente – Bom dia queridos. Vamos entrando que a aula já está quase começando.

— Essa é a nossa deixa. – brincou Emma sorrindo – Tenha um bom dia, senhora Arnold.

— Vocês também. – desejou a professora de volta e viu as três mulheres fazendo o caminho contrário que fizeram para chegar ali.

— Ai, eu nem acredito que as nossas coisas chegaram. – disse Ruby animada ajudando a sua esposa a instruir o pessoal a colocar as coisas.

— Quero ver a cara de Meggie quando ver que terá seu próprio quarto. – disse Kathryn abraçando sua esposa pela cintura – E claro, quero muito ver o quarto do nosso baby.

— Não só você, minha loira estonteante. Seu pai principalmente. – brincou Ruby sorrindo.

— Meggie! – chamou John. Estavam todos a mesa conversando quando o assunto sobre a decoração da casa saiu.

— Sim? – ela respondeu olhando para o homem.

— Sei que você terá um quarto só seu, e eu gostaria de saber se você me deixará ajudá-la a decorá-lo. – pediu o pai de Kathryn, cheio de expectativa.

— Mas eu ainda não sei como quero decorar o quarto. – disse a menina levemente desanimada.

John abriu um sorriso aconchegante – Quanto a isso não tem problema, pois eu sei que logo você saberá como quer decorá-lo. – disse animando a menina – Eu quero saber se eu poderei te ajudar a decorá-lo.

Kathryn se inclinou de lado para ficar na altura da menina – Eu se fosse você aceitaria a oferta. – aconselhou – Não porque ele é meu pai, mas porque ele realmente pode te ajudar nessa parte. – olhou para a filha – Lembra das fotos do meu quarto de criança que te mostrei alguns dias atrás? – perguntou e a menina assentiu com a cabeça – Ele que me ajudou.

Os olhos de Meghan se abriram surpresos – Sério? – agora fora a vez de Kathryn assentiu com a cabeça – Era lindo seu quarto. – então se virou para seu pai – Eu quero sua ajuda, sim. – Meghan aceitou por fim a oferta.

— Maravilha! – exclamou John todo feliz – Eu vou pensar em algumas ideias e depois eu te falo, se alguma te agradar trabalharemos em cima dela. Mas se nenhuma te agradar, voltaremos a pensar em mais ideias. O que acha? – sugeriu ele todo empolgado.

— Tudo bem. – disse a menina sorrindo abertamente.

John olhou para Eugenia e Cora – E vocês duas serão as minhas ajudantes. – então olhou para Giuseppe – E com certeza se precisar de algum móvel irei contar com a sua ajuda.

— Só eu ficarei de fora? – brincou George fingindo estar magoado.

O pai de Kathryn soltou uma gargalhada – Você será meu encarregado direto, ou seja, meu braço direito nessa empreitada.

— Sim senhor! – George brincou batendo continência.

— Ai, essa família é muito doida, mas eu não a trocaria por nenhuma outra. – disse Kathryn rindo ao se lembrar dessa conversa.

— Eu também não. – concordou Ruby – Vamos continuar que não falta muito. Apesar da maioria das coisas estarem nos cômodos, nós teremos que colocá-los no lugar.

— Mas isso, nós podemos pedir ajuda para o pessoal, que eu acredito que não irão negar em nos ajudar. – comentou Kathryn indicando aonde a mesa do escritório iria. Assim passaram o resto da manhã e começo da tarde. Quando os homens da entrega foram embora, o próximo passo foi esvaziar o quarto que ocupavam na casa de Regina. A morena, aparentemente já melhor, ajudou as duas amigas a arrumar tudo e levar para a outra casa.

— Acho que essa mala é última. – disse Regina segurando uma pequena mala e indo ao lado de suas amigas que também tinham caixas em suas mãos. Entraram na casa e ali deixaram as coisas – Confesso que irei sentir falta de vocês lá em tempo integral. – disse a advogada com os olhos úmidos pelas lágrimas.

— Quem escuta você falando até parece que fomos morar no Polo Norte. – brincou Kathryn em igual estado que sua amiga.

— Eu sei, mas a casa irá ficar um pouco vazia sem vocês lá. – continuou Regina limpando as lágrimas que se acumularam em seus olhos Ai malditos hormônios duplos!

— Não se preocupe que logo nossos lugares serão preenchidos... – brincou Ruby ao colocar a mão sobre o abdômen levemente avantajado de Regina – Por esses dois bebês que irão nascer. – sorriu.

Regina riu A fazenda será povoada isso sim! Como será mente! — E a de vocês logo será povoada também. – brincou Regina de volta ao colocar a mão sobre o abdômen de Ruby, que também era bem visível agora As vezes parece um sonho tudo isso! Só parece, pois tudo isso é real Regina!

— Contamos com isso. – brincou Kathryn passando o braço por cima do ombro de sua esposa e de sua amiga de infância – Agora chega dessa choradeira descabida, que temos algumas coisas para ajeitar antes de irmos buscar as crianças na escola.

— Sim! – disseram Ruby e Regina ao mesmo tempo. Assim elas começaram a arrumar algumas coisas, e a colocar em ordem as coisas mais fáceis e leves.

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— Loirão! – chamou Ruby assim que se aproximou da amiga. Emma havia acabado de encerrar a aula de montaria com os filhos. Meghan apenas assistiu. A loira havia perguntado se ela gostaria de aprender, mas Meghan negou, pois não havia mostrado interesse. Agora quanto ao softball, a menina havia ficado muito interessada. Meghan havia visto algumas meninas jogando quando foram buscar Thomaz no treino ontem, depois de saírem do clube de leitura.

— Sim Rubs. – disse Emma bebendo um pouco de água, enquanto as crianças estavam sentadas perto do cercado conversando, juntamente com os cachorros Esse grupo ainda aprontará muita bagunça! Ah espera para ter mais três crianças juntas que você verá o que é “organização criminosa” Emma! Nossa, com certeza estaremos perdidas!

— Eu terminei os relatórios dos cavalos que chegaram de Glenn Falls. – disse passando a mão no pescoço do Bonitão – Eles estão bem de saúde, apenas dois estão com um leve inchaço na lombar, mas eu já entrei com a medicação necessária. – informou.

— Muito bom. – comentou Emma Assim as coisas estão caminhando normalmente! — Algum que possa ser usado para as aulas ou passeios no Bosque?

— Sim. – afirmou Ruby – Estão no relatório quais seriam bons para essas atividades... É só vocês fazer sua avaliação sobre eles... – terminou, mas deixou algo no ar.

— E vejo que tem algo a mais. – comentou Emma olhando para a amiga Você não me engana! — Desembucha.

Ruby riu – É que veio um cavalo um pouco mais bravo. – comentou – Estilo Bonitão quando chegou aqui. – olhou para o cavalo que soltou um relincho ao perceber que estavam falando dele.

— Hey! Não precisa ficar com ciúmes, que pode ter certeza que minha morena não te trocará por esse cavalo não. – disse Emma passando a mão no pescoço do animal – Rubs cuida das crianças um pouco que eu vou levar o Bonitão de volta para o celeiro. – fez uma pausa Nossa, faz tanto tempo que eu não danço! Faz Emma, mas agora as coisas irão voltar ao normal e você poderá dançar mais vezes! Isso com certeza mente! — Então trago o novo amigo para dançar.

— Tudo bem. – disse Ruby sorrindo – Ah e não é amigo, e sim amiga. E ela está separada dos demais, não tem como errar. – piscou. Emma apenas sorriu de lado, então voltou sua atenção para o cavalo e o caminho que faria até o celeiro.

— Onde a mãe está indo? – quis saber Henry ao ver a loira se afastar e Ruby se aproximar.

— Ela está indo guardar o Bonitão e pegar a nova amiga para dançar. – respondeu a veterinária ao se sentar ao lado de sua filha, e imediatamente Luna sair do colo de Meghan e ir se deitar no colo da morena. Meghan apenas fuzilou Luna, que abanou o rabo para a menina e depois se entregou ao carinho que recebia da veterinária. Ruby riu daquela pequena cena entre as duas Ai essas minhas duas crianças!

Aquela informação fez os olhos de Henry brilharem – Ela vai dançar? – perguntou empolgado. Ruby assentiu com a cabeça – Nossa! Faz tempo que não vejo a mãe dançar.

— Hum... Não entendi. – comentou Thomaz olhando para Ruby, confuso – A mãe vai dançar? Ela sabe dançar?

A veterinária riu do garoto, enquanto pescava seu celular do bolso e mandando mensagens para Regina, Kathryn e sua avó, pois sabia que essas três se encarregariam de espalhar a notícia – Sim! – olhou para as crianças – Acho que Emma contou que ela é domadora de cavalos, não?

— Sim, contou. – respondeu Júlia, que tinha Rapaz deitado em seu colo, todo jogado.

— Então, quando ela vai domar o cavalo... – olhou para Thomaz – Fazer amizade com o cavalo bravo, ela fala que vai dançar, pois seus movimentos parecem de dança. Entenderão?

— E ela vai fazer isso agora? – quis saber Meghan, que mesmo não mostrando interesse em aprender a montar, ficou curiosa para ver a mãe de sua amiga fazer amizade com o cavalo.

— Sim. – respondeu Ruby – Olha ela vindo com a égua. – apontou e o pessoal viu Emma trazendo uma linda égua caramelada. Podia-se ver que a égua não queria obedecer aos comandos da loira, mas que com jeito vinha puxando as rédeas.

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— Para tudo Katy! – disse Regina olhando para seu celular Eu não acredito no que estou lendo!

— O que foi mulher? – perguntou a amiga começando a arrumar as suas roupas dentro do guarda-roupa – Qual a emergência? – brincou.

Regina abriu um sorriso – Sua esposa me mandou uma mensagem.

— Você fala assim na minha cara que está traindo sua esposa e a mim, com a minha esposa. – Kathryn disse em tom brincalhão Vou sentir falta dessa interação em casa! Mas Regina elas vão morar a poucos metros de distância e não no Polo Norte! Ah mente, eu sei, são os hormônios mexendo com as minhas emoções! — Pelo menos poderia ser um pouco mais discreta no caso de vocês. – sorriu travessamente.

Regina abriu um sorrio arteiro Vamos entrar na brincadeira, apesar de nem cogitar em pensar de trair a minha loira gostosa! Nossa, fazia tempo que você não chamava Emma assim! Verdade, estava até sentindo falta disso, mas tentarei retornar com isso! — Na realidade, tanto eu quanto Ruby já assinamos os papéis de divórcio. – riu da cara de Kathryn – E agora que estamos livres, as duas grávidas, vamos viver o nosso tórrido caso de amor. – terminou rindo.

— Vocês duas grávidas morando juntas iria ser hilário se não fosse trágico. Afinal imagina todos esses hormônios a flor da pele? – comentou a loira Por meus saltos, não quero nem pensar! Emma, com certeza irá merecer um prêmio quando a gravidez acabar! Isso nós vamos ver mente! Veremos, afinal estamos apenas no começo ainda! — Mas do que se trata a mensagem?

Agora o sorriso nos lábios de Regina se tornou apaixonado Verdade até esquecida da mensagem! — Minha loira vai dançar. – respondeu e guardou o celular Eu não posso e não vou perder! — Vamos que eu não quero perder um minuto. – anunciou já quase a porta do quarto.

— Eu também não. – disse Kathryn deixando as roupas já esquecidas em cima da cama e acompanhando Regina para fora da casa.

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Ruby, as crianças e os cachorros acabaram saindo do cercado assim que Emma abriu a porteira do mesmo para entrar com a égua. Eles se sentaram debaixo da árvore ali perto, com suas atenções voltadas para a loira no centro do cercado.

— Vovôs! – exclamou Tom feliz ao ver todos os avós se aproximando.

— Oi pessoal! – cumprimentou Cora olhando para todos e sorrindo.

— Perdemos alguma coisa? – perguntou George alternando o olhar entre os netos e a filha no centro do cercado.

— Não tio. Loirão acabou de entrar no cercado. – respondeu Ruby sorrindo.

— Mamãe! – anunciou Thomaz novamente ao ver as duas mulheres se aproximando, ele não se aguentou e saiu correndo de encontro com a mãe morena.

— Oi meu querido. – disse Regina recepcionando o filho mais novo, de mãos dadas continuaram caminhando até se reunirem com todos – Chegamos!

— Maravilha e bem na hora. – disse Ruby sorrindo, depois que recebeu um selinho de sua esposa. Então o silêncio pairou sobre eles, enquanto os olhos atentos a loira e a égua dentro do cercado.

No momento que Emma adentrou o cercado, imediatamente soltou a rédea para a égua ficasse livre Vamos lá mocinha, pode correr livre! O animal apenas ficou imóvel por alguns segundos, olhando tudo atentamente. Emma vagarosamente começou a dar alguns passos para trás, na direção do centro do cercado, mas sempre mantendo seu olhar fixo na égua Vamos garota! Mexa-se! Depois de um tempinho a égua começou a se movimentar e ao perceber que estava “livre” saiu em disparada pelo cercado. Dando voltas e mais voltas, sempre em um rápido galope.

Emma ao centro sempre acompanhando com o olhar toda a movimentação da égua Boa garota, assim mesmo! Em uma rápida observação viu toda a sua família debaixo da árvore reunida, a olhando. Abriu um sorriso feliz e continuou com seu olhar concentrado no animal, que aos poucos começava a caminhar pelo cercado Bem que o velho Henry falou que quando vou dançar o pessoal se reúne para ver! — Isso garota... Se acalme e conheça o lugar. – murmurou para si enquanto acompanhava o animal com o olhar ainda Agora concentração aqui dentro do cercado!

A égua foi se acalmando e depois de alguns minutos andando pelo cercado todo, resolveu parar não tão perto de Emma, mas quase ao centro. A loira percebeu que aquele era o momento de se aproximar, em suas mãos tinha um pedaço de corda enrolada. Lentamente foi se aproximando do animal, que a olhava desconfiada Calma garota! Não vou fazer nada de mal a você! Apenas tentar ganhar um pouco de sua confiança!

Quando estava há alguns passos apenas de distância Emma ergueu sua mão direita na altura da cabeça do animal e se aproximou Estou me aproximando devagar, pode ficar tranquila! Tentou colocar a sua mão sobre o chanfro da égua, mas ela ariscamente tirou sua cabeça de perto da mão da loira e se afastou. A loira continuou com sua mão estendida, e enquanto a égua ia se afastando, sua mão ia passando pelo corpo do animal até chegar em seu rabo e segurar um porção, fazendo com que a égua fizesse pouco de força para se soltar Quer brincar, não? Então vamos brincar um pouquinho! Por fim Emma abriu sua mão soltando o animal que saiu pelo cercado em um trote. Dando mais algumas voltas pelo cercado, mas sempre sob o olhar atento de Emma.

Finalmente a égua parou novamente Agora! Emma tentou outro tipo de aproximação, mas parou ao ver a égua se abaixar até a pequena porção de areia ali e ficar rolando na mesma Ah você quer relaxar? Sem problema! Então se levantou e balançou todo o seu corpo para tirar o excesso de areia, então começou a cavoucar com sua pata direita dianteira na terra levantando mais poeira Bem brincalhona você, não? Isso não é problema! Vamos brincar! Então saiu mais uma vez em disparada pelo cercado dando algumas voltas até finalmente parar novamente.

Emma lentamente foi se aproximando da égua mais uma vez, e quando se aproximou colocou sua mão sobre a anca e foi passando pelo dorso até finalmente chegar a base do pescoço e ali envolver seu braço pelo pescoço do animal Isso sem medo! Calma! Colou seu corpo junto ao da égua, e assim que ela percebeu começou a andar com Emma grudada a si. Uma mão da loira estava em volta do pescoço e a outra com a corda, acabou por segurar no cabresto da égua, o utilizando para guiar o animal durante a andança no cercado.

— Sshhh... – Emma ia dizendo enquanto andavam rapidamente até a loira perceber que a égua estava diminuindo a velocidade e achou que era hora de dar o comando para pararem – Shhh. – estacou suas botas no chão e assim parou o animal – Hey! – disse começando a soltar seu agarre do pescoço, mas mantendo sua outra mão no cabresto. A mão livre começou a fazer carinho pelo pescoço e topo da cabeça – Sshh... Apenas carinho... – murmurou para o animal Vamos brincar mais! então envolveu seu braço ao redor novamente do pescoço e assim saíram mais uma vez pelo cercado andando rapidamente. Emma acompanhava a égua junto Você deve ser bem nova, garota, pelo tanto que gosta de brincar!

— O que ela está fazendo? – questionou Meghan curiosa – Por que ela está fazendo aquilo?

— Emma diz que é para o cavalo ou égua, no caso, se sentir seguro perto da presença de uma pessoa. – comentou Ruby – Ou pelo menos eu acho que é isso. – riu.

— Seria uma forma de dar tranquilidade ao animal e começar a ganhar a confiança do animal. – completou George.

— Por que ela deixou a égua correr bastante no começo? – agora fora Tom quem perguntou, curioso.

— O natural do cavalo é viver em liberdade, juntamente com outros cavalos. Sem falar que eles têm um instinto em gostar muito de correr, por isso que ela deixou a égua correr bastante. Pelo que eu percebi a égua correu meio que apreciando o espaço. – explicou o pai de Emma – Pois ficar dentro da baia e no caminhão que a trouxe a deixou extremamente com a sensação de estar presa, além de muito estressada. Quanto mais eles verem que estão soltos melhor para começar a ser feito o trabalho de domesticação. – completou.

— Então eu também sou um cavalo, pois gosto de correr bastante. – disse Thomaz olhando seu avô, como se fosse a coisa mais óbvia. George não aguentou soltou uma gargalhada, juntamente com os outros adultos que escutavam a conversa.

— Cavalo eu não diria, Tom. – brincou o homem – Está mais para um potro ainda. – piscou – Agora vamos ver a sua mãe. – pediu. O menino assentiu com um sorriso nos lábios e as atenções voltaram para a loira e a égua no cercado.

— Sshhh... – Emma ia dizendo enquanto caminhavam novamente – Shhh. – estacou suas botas no chão e assim parou o animal outra vez. Emma olhava para a égua, e com calma ia amarrando a corda em sua mão no cabresto. Uma vez amarrada a corda, Emma olhando para o animal tentou subir em suas costas. Rapidamente a égua deu um leve pinote como que dizendo não – Sshhh... Tudo bem. – disse alisando a pelagem do animal – Vamos andar mais um pouco. – incentivou a égua a voltar a trotar e aos pouco foi dando corda até chegar ao ponto que queria e assim deixou a égua andar em círculos com ela ao centro Bom, continue assim!

Ao ver que já havia andando um bom tempo, começou a encurtar a corda e trazer a égua para perto de si novamente, e quando estava ao seu alcance a abraçou novamente no pescoço e saíram andando pelo cercado. Emma percebeu que a égua estava começando a se acostumar com seu toque e a aceitar alguns pequenos comandos – Mas eu sei que terei um longo caminho com você, mocinha. – brincou e estacou suas botas no chão parando o animal. Percebeu que a égua já estava cansada e talvez conseguisse fazer o que tinha em mente Acho que agora eu vou conseguir! Mais uma vez tentou subir no animal e fora rejeitada. Emma começou a distribuir mais carinho pelo corpo todo animal e percebeu o animal se tranquilizar novamente. Ficou assim por muitos minutos e quando achou que era hora tentou novamente subir na égua e agora com êxito – Isso! Boa garota! – disse a loira apoiada apenas por sua barriga sobre as costas do animal. Ela fez mais carinho na pelagem e lentamente ia mudando sua posição sobre a égua, até finalmente ficar deitada por completo por todas as costas do animal e deitou sua cabeça sobre o pescoço e envolveu seus braços no mesmo – Sshhh... Apenas carinho... – murmurava percebendo uma pequena inquietação do animal. Recomeçou com seus carinhos, não apenas com as mãos, mas também agora com as pernas e com os pés. Enquanto sua cabeça estava deitada sobre o pescoço – Sshhh... Calma... Carinho... – dizia enquanto fazia carinho no animal todo. Quando percebeu que a égua estava mais calma, sem pressa desceu, mas sempre mantendo contato com a égua – Acho que por hoje está bom. – disse fazendo muito carinho no pescoço – Vem que está na hora de você comer algo. – sorriu assim que a égua soltou um relincho como que concordando Brincalhona e esfomeada! Realmente você tinha que vir para essa fazenda! Parece pré-requisito isso, não Emma? Sim mente, parece! Aproximou da cerca onde havia deixado os pedaços de legumes e frutas – Aqui. – pegou e um a um foi dando para a égua, que de rogada não tinha nada nessa parte – Comilona você. – brincou enquanto sua mão direita fazia carinho e a mão esquerda dava a comida.

— Nossa mãe, isso foi muito legal. – disse Júlia ao se aproximar da cerca, mas ainda mantendo certa distância a pedido de sua mãe morena.

— Você gostou? – perguntou Emma sorrindo para a filha e logo viu os dois meninos e Meghan se aproximando também, e um pouco mais atrás, vinha Regina acompanhada de Kathryn e Ruby. Já os mais velhos voltaram para a casa.

— Sim, foi muito legal. – repetiu Júlia sorrindo – Ela tem nome? – perguntou apontando para a égua que comida tranquilamente.

— Ainda não, mas não se preocupe, logo acharemos um nome para ela. – piscou – Agora água. – conduziu a égua até o bebedor.

— Meu pai realmente tinha razão... – comentou Regina ao se aproximar de sua esposa Como tinha razão! — É lindo ver você dançando com cavalos. – sorriu E pensar que você é a minha esposa, enche mais ainda meu coração de amor! — Mesmo eu sabendo que é uma égua. – piscou brincalhona para sua esposa que riu.

— Fico feliz que goste de me ver dançando. – Emma disse e piscou travessamente Se quiser qualquer dia eu posso “dançar” para você, morena, é só pedir! Modo Neandertal em ação! Ah com muita certeza mente! Rapaz inconformado por não ter a atenção da loira saiu correndo na direção dela, enquanto latia para chamar sua atenção. Assim que se aproximou Emma sorriu Claro que ele não ficaria quieto! — Hey Rapaz, tudo bem. É uma amiga nova. – disse ao ver o cachorro se aproximar lentamente da égua e começar a cheirá-la. A égua soltou um relincho, mas que não fora suficiente para afastá-lo, e sem pressa ele finalmente se aproximou da pata e a cheirou demoradamente, então para surpresa de todos, a lambeu e começou a se esfregar, conquistando a amizade da égua no segundo seguinte. O animal maior abaixou sua cabeça quando sentiu o cachorro se esfregar e passou o focinho pelo pequeno corpo Isso conforta meu coração!

— Acho que temos uma nova amizade na fazenda. – disse Regina sorrindo para a cena Muito fofos esses dois!

Emma soltou uma risada O sem vergonha e a brincalhona! Bela dupla, não Emma! Ah mente e que dupla! — Com certeza temos. – olhou carinhosamente para a cena – Vem vamos para o estábulo que por hoje você foi muito bem. – anunciou e Rapaz soltou um latido – Tudo bem, você pode vir junto. – brincou e chamou o pequeno cachorro para ir junto – Nos encontramos na casa. – a loira informou. Regina apenas assentiu com a cabeça Com toda a certeza minha loira!

— Nós vamos juntos, mãe. Espera a gente. – falou Henry já saindo correndo sem esperar por nenhuma resposta de suas mães. Quando Regina reagiu, viu seus filhos e sobrinha, e todos os cachorros juntos a Emma, caminhando animadamente na direção do estábulo Ai, não vejo a hora de ter mais os três bebês juntos dessa criançada toda e cachorros! Não esqueça da sua criança crescida Regina! Nunca!

— Ah esses meus filhos. – brincou a morena. Kathryn sorriu acompanhando a amiga, uma vez que sua esposa havia voltado para o consultório para poder encerrar o expediente.