Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 108
Capítulo 108 - Vida Nova


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou!! Euzinha :D E nem demorei tanto assim huhuhu

Agradecimento todos que comentaram, favoritaram e ao pessoal que acompanha dentro e fora da moita!! Adoro seus comentários e me divirto muito os lendo!! A campanha para me ajudar a colocar nomes nos capítulo ainda continua, e se alguém tiver sugestões para os capítulos anteriores que não tem nome me mandem também!! A autora ficará imensamente feliz ❤️❤️

Quero agradecer a Dopamina pela linda recomendação que fez da história!! Adorei cada palavra! Agora quanto ao seu pedido, acho que você não fará um bom negócio XD... Muito obrigada :)

E continuando com as audiências, vamos voltar só um pouquinho. Ou seja, para o começo do dia para mostrar o desenrolar da audiência de Leopold e então segue o baile!

Mais uma vez repetindo e relembrando, se tiver algo que não corresponda ou que esteja errado, por favor, ignorem, aproveitem a história, afinal não sou entendedora de direito brasileiro quiçá direito norte americano.

Boa leitura e divirtam-se!!



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 - Aqui John. – disse Ângela entregando uma caneca com café, assim que se sentou, com outra caneca em sua mão para si – Não é igual ao de Eugenia, mas acho que chega perto. – brincou.

— Obrigado. – agradeceu para logo tomar um gole do líquido preto – Realmente o café de Eugenia é imbatível, mas o seu não é de se jogar fora. – sorriu, fazendo Ângela sorrir também – Obrigado pela ajuda. – disse quieto olhando atentamente o líquido em sua caneca.

— Ora John, amigos são para isso. – falou Ângela – Então não precisa agradecer. – fez uma pausa – Quer me falar o que te aflige além do fato da audiência estar acontecendo neste exato momento?

O pai de Kathryn soltou um longo suspiro – Acho que é uma mistura de tudo... – riu então olhou para sua nova amiga – Ansiedade, medo, expectativa, alegria que se você bater tudo virará uma grande vitamina. – brincou.

— Como você e Glinda estão? – quis saber Ângela, achou que talvez falar da ruiva pudesse acalmá-lo para iniciarem uma conversa.

Sem perceber John abriu um sorriso sincero e apaixonado em seu rosto – Estamos nos conhecendo e cada vez mais eu me encanto por ela.

— Fico muito feliz em ouvir isso, meu amigo. – comentou Ângela sorrindo também, então soltou um suspiro – Não querendo ser enxerida como minha filha sempre me chama, mas John, e a sua esposa nesse cenário todo? Ela é a mãe da Katy, não? Você nunca comentou nada sobre ela. – o sorriso que John tinha em seus lábios desapareceu – Olha se você não quiser responder não tem problema. – a mãe de Jane emendou ao ver o semblante do homem mudar rapidamente – Como  minha filha diz, as vezes sou enxerida mesmo.

John soltou um longo suspiro – Sem problema, eu falo sobre ela... – fez uma pequena pausa – Abigail e eu éramos muitos jovens quando nos conhecemos... Sim, ela é a mãe de Katy. – começou - Veio a amizade, estudos e casamento, namoro, viagens, não necessariamente nessa ordem, mas foi o que aconteceu. – riu – Não nos casamos logo que me formei na faculdade, Abigail acabou abrindo mãos dos estudos, achou que aquilo tudo não era para ela.

— Como vocês fizeram durante seus estudos? – perguntou Ângela curiosa agora.

— Ela conseguiu um emprego de garçonete perto da universidade, e eu um estágio remunerado de meio período em um escritório de arquitetura. – respondeu John – Eu só não sei como eles me aceitara já que eu não havia nem completado o primeiro semestre quando fui procurar um estágio. – riu – Mas agradeço profundamente, pois me ajudou bastante nos estudos. Aprendi muita coisa ali. – tomou mais um gole de seu café – Assim fomos nos mantendo durante meus estudos. Morávamos em um pequeno cômodo que era suficiente para nós.

— Coisas da juventude, não? – brincou Ângela também tomando um gole de seu café.

John sorriu – Sim. – concordou – Então quando me formei o escritório que estagiava quis me contratar para ser um de seus arquitetos, mas foi como você disse, a juventude... – riu novamente – Acabei não aceitando a oferta de trabalho, pois Abigail me convenceu a viajar pelo país em nosso velho carro.

Os olhos de Ângela se abriram surpresos – Você largou tudo para sair pelo país com sua namorada?

— Por mais idiota que soe, sim. – respondeu ao abrir um sorriso travesso.

— Não acho idiota, acho que eu não teria coragem para isso. – disse Ângela rindo da loucura que John havia feito.

John riu também – Para ser sincero eu também não tinha, mas Abigail tinha por nós dois e muito mais. – continuou – Então largamos tudo montamos no nosso velho Impala vermelho e fomos viajar por esse país.

— Quem te vê hoje nunca pensaria que você foi uma pessoa nômade quando jovem. – comentou Ângela ainda tentando visualizar John todo estilo hippie. John tirou sua carteira do bolso e pegou uma antiga foto dele segurando Katy em seus braços. Ele estava encostado no capô do carro. O homem tinha uma sorriso feliz olhando para sua pequena garota em seus braços, enquanto Katy dormia tranquilamente.

— Eu quis ter essa foto na minha carteira, pois foi um dos momentos mais felizes da minha vida naquela época, minha filha tinha três ou quatro meses de vida e eu a tinha em meus braços. – explicou John enxugando uma lágrima que havia se acumulado no canto de seu olho – Bom, voltando a história. – ele limpou a garganta ao receber a foto de volta.

— Linda a foto. – disse Ângela sorrindo, seus olhos úmidos pela emoção ao se lembrar de quando seus filhos eram daquele tamanho.

— Passamos muito tempo viajando, fomos por tanto lugares que eu não saberia lhe dizer quais foram, tomamos o rumo que aparecia a nossa frente. – comentou John – Claro que tivemos muitos momentos ruins, muitas noites dormindo dentro do carro, dias que tínhamos dinheiro apenas para uma refeição no dia. Dias que dependíamos da ajuda das pessoas. Conserto do carro quando quebrava, gasolina... – foi enumerando todas as dificuldades que passaram nas viagens – Enfim, mas tudo compensava pelos lugares que passamos, lugares que muita gente nem sonha que existe até hoje, e claro lugares que nunca deveriam existir. – brincou – Fomos de uma costa a outra do país, da oeste a leste. Então decidimos retornar para a costa oeste por outro caminho. Para irmos fomos, por assim dizer, pela parte de cima do país, e para voltar decidimos ir pela parte de baixo... – fez uma pausa para tomar um gole de seu café.

— Quanto tempo vocês levaram para atravessar o país? – perguntou Ângela, ao mesmo tempo maravilhada com a história e curiosa.

— Acho que levamos quase dois anos, ou um pouco mais. Não me recordo, pois não marcávamos os dias. – respondeu John tentando se lembrar – Não tínhamos muita pressa, então fomos aproveitando a viagem. Então quando estávamos no meio do estado de Arkansas, na nossa volta, Abigail descobriu que estava grávida.

— O que vocês fizeram? – perguntou Ângela surpresa.

John soltou uma risada – No começo os dois corriam em volta do carro que nem dois loucos em uma mistura de alegria e preocupação. Felizes porque seríamos pais, e preocupados  porque seríamos pais. – brincou – Mas quando tudo se assentou, conversamos e decidimos que continuaríamos a viagem e teríamos o nosso bebê.

— Oh por meus pratos. – exclamou Ângela, mas estava rindo – Você deve ter ido ao inferno e ao céu nesse tempo.

— Posso afirmar que a nossa ida mesmo com tanto problemas fora bem mais agradável. – brincou John rindo – Mas eu não trocaria nada do que passei naquela época, pois hoje eu tenho a minha filha. – disse orgulhoso.

— Você comentou casamento. – disse Ângela depois que tomou outro gole de seu café – Vocês se casaram antes de saírem em viagem?

— Não. – respondeu John com  um sorriso de lado – Só fomos nos casar quando passamos por Las Vegas, e Abigail tinha um barrigão imenso. – Ângela soltou uma gargalhada – Nós economizávamos durante a viagem. Nas cidades que íamos parando fazíamos algum bico e então pegávamos estrada novamente. Apesar de Abigail estar carregando Katy em sua barriga nunca tocamos no assunto, pois não achávamos relevante no momento. – fez uma pausa – Então passando por aquelas ruas iluminadas de Las Vegas avistamos aquelas capelas vinte e quatro horas que fazem casamento de última hora, foi quando Abigail comentou sobre esse assunto.

— Sério que vocês nunca conversaram sobre isso durante todo esse tempo que vocês estavam viajando? – perguntou Ângela incrédula.

— Sim. Apenas ali na cidade do pecado comentamos pela primeira vez... – disse John – Então eu sugeri que casássemos em uma daquelas capelas, e para minha surpresa Abigail aceitou. Juntamos as economias que tínhamos e fomos. Depois de duas horas estávamos casado de papel passado. – brincou – Continuamos nossa viagem sem rumo.

— Dali vocês foram para onde? – quis saber Ângela ainda maravilhada com a história de John.

— Dali voltamos para San Francisco, uma vez que Katy estava quase nascendo. – respondeu o homem – Na realidade não sabíamos se era menino ou menina. Não tínhamos dinheiro para pagar por uma consulta ou mesmo para fazer o acompanhamento da gravidez, só podíamos torcer para que não acontecesse nada durante os nove meses.

— Mas se vocês não tinham dinheiro, como fizeram com o nascimento de Katy? – perguntou Ângela ao terminar seu café.

— Meus pais nos ajudaram. – respondeu John – Apenas de meu pai ser contra o meu estilo de vida, ele me disse que não queria que seu neto ou neta nascesse dentro de um carro velho e caindo aos pedaços no meio de uma estrada em um lugar perdido no mapa que nem tem população suficiente para entrar no censo. – riu com as palavras de seu pai.

— Os pais, apesar de quase nunca concordarmos com nosso filhos, sempre acabamos ajudando quando precisam. – comentou Ângela sorrindo, e John apenas assentiu com a cabeça terminando seu café também – Mais? – ofereceu.

— Por favor, que a história ainda não acabou e vai longe. – respondeu ele entregando a caneca a Ângela que se levantou rapidamente indo até a cozinha e estava de volta segundos depois – Obrigado. – agradeceu assim que pegou a caneca de volta.

— Então seus pais lhe ajudaram. – falou Ângela continuando a história.

— Sim, foi quando soubemos que iríamos ter uma menina. – respondeu John emocionado, seus olhos voltando a se umedeceram – Aquilo mexeu demais comigo, eu teria uma menina. Uma preciosa menina. Abigail e eu chegamos ao consenso que colocaríamos o nome de Kathryn, na realidade foi o único nome em que concordamos. – riu – Só não pergunte as outras opções que são horríveis e me recuso a falar. – deu uma risada acompanhado de Ângela.

— Frank e eu também concordamos no nome de Jane. – comentou Ângela – Mas então depois disso?

— Acabamos ficando seis meses morando com meus pais... Foi nessa época que eu tirei a foto. – continuou John – Então em nossa sede de viagens e não criar raízes pegamos as nossas poucas coisas e Katy caímos na estrada novamente, mesmo sob o choro de minha mãe e os protestos zangados de meu pai. – tomou um gole de café – Bom, você pode deduzir que pais de primeira viagem apanhamos bastante para cuidar da nossa pequena, mas continuamos em frente.

— John agora eu concordo que foi muita loucura continuar viajando sem rumo com uma criança de colo. – comentou Ângela.

— Eu também, mas Abigail sempre me convencia que era o nosso melhor ficar viajando sem destino. Ser livre das amarras sociais. – comentou ele soltando um longo suspiro, então seu cenho entristeceu – Conseguimos nos virar até que Katy completou um ano e ficou muito doente, em desespero a levei para um hospital na cidadezinha que estávamos e o médico só cuidou dela porque ela era um bebê e não tinha culpa nenhuma dos pais inconsequentes que tinha. Ele tinha razão. – relembrou as palavras do médico – Aquilo foi como um aviso claro para mim... Percebi que nossas viagens não seriam como antes e que agora tínhamos uma pequena vida que precisava de nós, ou pelo menos de mim. – fez uma pausa – Depois daquilo eu conversei, praticamente discuti com Abigail e disse que voltaria para San Francisco com Kathryn e que se ela quisesse poderia vir, mas que daquele momento em diante eu iria cuidar de Katy, dar estabilidade e todo o conforto que ela merecia, para que minha menina nunca mais passasse por uma situação semelhante.

— O que Abigail fez? – perguntou Ângela.

John tomou outro gole de café – Acabou vindo junto. Minha mãe ficou feliz quando nos viu de volta, meu pai ainda estava ressabiado, mas por fim acabou nos aceitando novamente na casa deles. No dia seguinte eu acabei indo até o escritório de arquitetura que estagiei e perguntei se eles ainda tinham interesse em me contratar. Eles fizeram um pouco de jogo duro, mas no fim acabaram me contratando. – fez outra pausa – Passamos um ano morado com meus pais até eu finalmente conseguir comprar uma casa para nós. Não ser grande, mas era nossa.

— Ai que coisa boa John. – comentou Ângela feliz.

— Minha mãe fez drama novamente quando nos mudamos, mas meu pai estava feliz porque seu filho havia finalmente tomado rumo certo na vida. – riu com as palavras de seu pai – Quem não estava muito feliz era Abigail, mas ela estava aceitando bem o fato de termos fixado moradia, ou pelo menos era o que eu achava. – soltou um suspiro para então tomar um gole de café – Com o passar do tempo eu fui crescendo dentro do escritório até que o dono me propôs sociedade, que aceitei sem pensar. Então com mais algum tempo eu acabei comprando a outra parte e acabei ficando dono do escritório.

— Ai John que história essa a sua. – comentou Ângela que tinha o rosto apoiado sobre sua mão, o cotovelo sobre a mesa – E Abigail? Katy?

Soltou um longo suspiro – Katy estava ficando linda, tudo bem confesso que sou babão pela minha filha. – comentou John sorrindo bobamente – Já Abigail era nítido que não estava contente com a vida que levava, nossa brigas começaram a ficarem praticamente diárias, e para ajudar eu passava mais tempo no escritório do que em casa.

— A famosa turbulência do casamento. – comentou Ângela tomando um gole de seu café ao se lembrar que essa fase foi logo depois que Tommy completou três anos, foi uma época ruim aquela.

— Sim, então um dia estou no escritório quando me ligaram da escola de Katy, pois ela já estava com quatro anos e meio, dizendo que ela era a única que estava na escola ainda, e se tinha como eu ir buscá-la. – comentou – Eu fui rapidamente, claro que achando estranho, pois Abigail era responsável por buscar nossa filha na escola todo dia e ela não me disse nada que não iria naquele dia. – fez uma pausa, os olhos úmidos pelas lágrimas ao se lembrar desse momento difícil em sua vida – Então a minha surpresa aumentou quando cheguei em casa e encontrei silêncio. Procurei Abigail por todos os cômodos e nada, quando me sentei no sofá vi que tinha um bilhete dela sobre a mesa de centro.

— Não me diga que...

— Sim, ela havia ido embora. Simplesmente desapareceu. – respondeu John, enxugando uma lágrima que havia descido por sua bochecha – Nesse bilhete ela dizia que não aguentava mais viver trancada em uma casa, que não servia para viver fixa em um lugar. A vida dela era ficar viajando como fazíamos antes de ficar grávida, pois seu espírito era livre para ficar enjaulado entre quatro paredes. Que ela nos amava mais que tudo, mas não mais que sua liberdade. – disse ao mesmo tempo em que fechou seus olhos e deixou outra lágrima descer por seu rosto. Ângela emotiva como sempre, também tinha os olhos brilhante devido as lágrimas que se acumularam rapidamente.

— Que coisa horrorosa. – comentou Ângela chocada com a atitude da mulher – E vocês?

— Eu fiquei arrasado, Katy não tinha muita noção do que estava acontecendo, quando ela perguntava sobre a mãe eu apenas falava que estava viajando... Que de certa forma não estava mentindo para minha garotinha. – respondeu John tomando um gole de seu café, levemente recomposto da enxurrada de emoções que passou em seu coração e de lembranças em sua mente.

— Você nunca mais teve notícias dela depois disso? – quis saber Ângela tomando um gole de seu café.

John negou com a cabeça – Nenhuma. – respirou fundo – Alguns meses depois chegou uma correspondência. Era o documento do nosso divórcio, já assinado por ela... – tomou outro gole de café – Eu assinei também. – fez uma pausa e soltou um longo respiro – Então vi outro documento dentro do envelope... Abigail havia aberto mão dos direitos sobre Kathryn. – outra lágrimas havia descido por seu rosto inesperadamente – Esse papel Katy nunca ficou sabendo.

— E Katy nisso tudo? – perguntou a dona do restaurante – Você pretende contar sobre esse documento a ela?

— Ela no começou ficou muito triste quando percebeu que Abigail nunca mais voltaria, já na adolescência se revoltou sempre tentando achar uma resposta do porque sua mãe havia ido embora e a abandonado quando criança... – soltou um suspiro – Essa fase foi bem difícil, mas Cora me ajudou muito. Um dia, ela simplesmente mudou, parou de ser revoltada com essa história. Então na faculdade esse fato já não a incomodava mais e nunca mais tocou no assunto. – respondeu, soltando um longo suspiro – Para ser sincero, eu não sei... Esse assunto está enterrado agora, e acho que não fará muita diferença se ela saber ou não que sua mãe abriu mão de seus direitos sobre a nossa filha. – tomou mais um gole de café – Katy sempre me incentivou a tentar me relacionar novamente, mas eu não queria, acho que ainda não estava pronto. – então sorriu brevemente ao se lembrar da mulher que estava invadindo seu coração novamente – Acho que chegou o momento de amar novamente.

Ângela colocou sua mão sobre a de seu amigo – Sinto muito por isso, meu querido. – sorriu – Concordo plenamente com isso, que você deva viver por você agora meu amigo, afinal sua filha já está casada, com uma criança a caminho. – sorriu. John sorriu ao se lembrar que dentro muito em breve seria avô mais uma vez – Mas se você me deixar dar um conselho... – continuou e John assentiu – Não esconda que Abigail abriu mão dos direitos sobre Katy. Sua filha merece saber toda a verdade sobre esse assunto, mesmo que isso a possa machucar.

O homem soltou mais um suspiro longo – Você tem toda a razão sobre isso... Irei conversa com ela em outra oportunidade. – tomou mais um gole de café – Eu também sinto, porque por mais que tenha me destruído, isso machucou demais a minha filha. – comentou com os olhos voltando a lacrimejar – Acho que isso foi o que mais me doeu, ver a minha filha machucada e eu não poder fazer nada.

— Não poder ajudar os filhos com a dor nos dói mais ainda. – concordou Ângela – Mas eu sei que você sempre esteve ali para ajudar sua filha, assim como sempre estará ao lado dela. – fez uma pausa – E se Abigail reaparecesse novamente em sua vida, o que você faria?

John olhou pensativo para a cozinheira – Sinceramente eu não sei qual seria a minha reação. – respondeu sincero – Mas acho que temeria mais por Katy por não saber qual reação ela teria ao ver a mãe novamente.

A matriarca Rizzoli assentiu com a cabeça – Você ainda ama Abigail?

— Já a amei muito quando mais novo, mas atualmente meu coração está batendo por uma certa ruiva. – respondeu com um sorriso apaixonado.

— Seus pais nessa confusão toda?

Outro longo suspiro saiu – Meu pai acabou morrendo pouco tempo depois devido a um ataque cardíaco fulminante, minha mãe não aguentou a perda do meu pai e já não comia mais direito. Eles se amavam muito. Em pouco tempo ela estava debilitada e acabou adoecendo, por fim morrendo. Restando apenas eu e Katy. – comentou John limpando mais uma lágrima que escorrera por seu rosto. Ângela apenas ofereceu um sorriso reconfortante ao amigo que acenou de volta, seus olhos úmidos de lágrimas mais uma vez.

— E Cora, como você a conheceu? – perguntou Ângela mudando o foco da conversa – Pelo que percebi é uma amizade de anos.

— Sim, praticamente amizade de uma vida. – respondeu John – Nos conhecemos em momentos ruins em nossas vidas, por assim dizer. Eu só tinha Katy e Cora recém separada do marido, com Regina debaixo de sua asa. Eu estava precisando de um novo arquiteto para o escritório e foi quando vi o currículo de Cora, ele me chamou a atenção e mandei uma oferta de trabalho. – explicou – Ela aceitou, então nos tornamos muito amigos, eu acabei encontrando uma irmã em Cora, e ela um irmão em mim. As pessoas achavam que tínhamos um caso, mas era apenas uma amizade fraternal, que eu agradeço que continue até hoje. Cora ainda amava e muito Henry, mesmo tendo se separado, mas eles acabaram seguindo suas vidas. Eu estava fechado para balanço. – brincou – A única coisa que me importava era Katy, e depois, Cora e Regina, que acabaram se tornando minha família também. Então a vida foi acontecendo até chegarmos aqui. – riu.

— Você chegou a conhecer o pai de Regina? – Ângela quis saber.

John abriu um sorriso – Sim, Henry era um homem excelente. Podia-se perceber que eles dois ainda eram apaixonados um pelo outro, mas quando a vida acontece, é complicado.

— Bastante. – concordou Ângela terminando seu café. Então escutou o telefone do restaurante tocar – Só  um minuto. – disse e foi atender o aparelho, então voltou – John, sinto, mas terei que abandoná-lo agora, a não ser que queira ir comigo para a cozinha e continuar nossa conversa. – sugeriu.

Os olhos do homem se arregalaram ao ver as horas em seu relógio no punho – Nossa, já é essa hora? Não percebi o tempo passar. – comentou olhando para Ângela.

— Sim. – disse – Era Katy no telefone, eles estão em recesso de almoço na audiência e não podem sair do tribunal e acabou encomendando o almoço aqui e daqui a pouco Ruby passa para pegar a encomenda.

— Eu vou com você para a cozinha, claro que se não tiver problema. – ele se levantou pegando sua caneca e a da amiga.

— Nenhum, mas terá que usar toca e avental, afinal ali preparamos a comida do restaurante. – comentou Ângela guiando o caminho.

— Isso não será problema nenhum. – ele disse sorrindo, olhou fixamente – Obrigado Ângela. Por conversar comigo e me fazer esquecer por algumas horas a minha ansiedade sobre a audiência de Katy e Glinda.

— Ah meu querido, amigo são para isso. – piscou e entregou a touca e avental para o homem – Bom, vamos por a mão na massa literalmente. – brincou terminando de amarrar seu avental e lavar as mãos para começar a preparar os pedidos.

—SQ-

— Boa tarde. – cumprimentou a juíza assim que se sentou. O pessoal cumprimentou de volta e se sentaram depois da juíza – Retorno do recesso de almoço e retomada do caso duzentos e trinta e oito traço zero dois, pedido de Divórcio Litigioso querelante Glinda Page, réu Leopold Page. – fez uma pausa olhando para o pessoal a sua frente – Na parte da manhã foram apresentadas provas, assim como algumas discorrências dos advogados tanto do réu quanto da querelante. – outra pausa – As quais eu já analisei nesse espaço de tempo, assim antes do veredito final abrirei espaço para que os advogados discorram uma última vez. – informou.

— Tudo bem meritíssima. – comentaram Kathryn e William ao mesmo tempo.

— Então dou a palavra ao advogado do réu, senhor Smee. – disse a juíza.

O homem soltou um longo suspiro antes de se levantar. Abotoou seu blazer assim que finalmente ficou de pé – Vossa Excelência... – começou depois de limpar a garganta – Reitero a constituição aqui novamente ao lembrar o direito do homem em ter sua família ao seu lado. Meu cliente é humano e  sendo assim, passível de falhas, mas quem nunca falhou em sua vida? Ele ama sua esposa e apenas quer tê-la ao seu lado assim como uma vez juraram em seus votos de casamentos. É errado ao homem querer ter sua família ao seu lado? Não, por isso meu cliente está aqui hoje lutando para que sua família fique junto a si. Termino minhas palavras com essa frase: Um homem só se torna forte com a ajuda de sua família ao seu lado. – desabotoou o blazer e se sentou pesadamente em sua cadeira.

— Com a palavra a advogada da querelante, senhora Lucas-Midas. – falou Valerie depois de anotar alguma coisa em seus papéis.

Kathryn se levantou imponente mais uma vez Showtime! — Vossa Excelência, muito foi-se falado em querer nessa audiência, principalmente o querer de uma das partes, sem se levar em conta o querer da outra parte. Até a constituição fora citada no auxílio em concretizar apenas um querer. – frisou as duas últimas palavras, fez uma mínima pausa – Nessa mesma constituição, tão citada hoje, prevê que todo ser humano tem liberdade para se fazer suas escolhas, e a minha cliente fez a escolha em querer não viver mais a infeliz vida que tinha ao lado de seu marido, o qual nunca a tratou bem, e muito menos foi-lhe fiel. – então olhou para os dois homens a sua frente – Que devo lembrar, isso já é motivo suficiente para que se concretize o divórcio. – depois voltou sua atenção a juíza – A minha cliente nada mais quer do que poder viver sua vida sem os maus tratos e ameaças feitas por seu estimado marido, o qual quebrou todos os votos de casamentos que juraram. – fez uma pausa – E não, não é errado querer ter sua família ao seu lado, assim como também não é errado não querer mais essa mesma família, que tanto lhe causou dor e sofrimento, ao seu lado. Sim, seres humanos são passíveis de falhas, tanto que minha cliente foi compreensiva e aceitou as muitas falhas de seu marido, até que chegou a um ponto que ela sabia que essas falhas iriam continuar e já não via mais motivos para continuar perdoando, então tomou a coragem para se libertar dessas amarras que a seguravam contra sua vontade, se libertar da opressão que é seu marido, dar voz ao seu querer. – enfatizou novamente o querer, fez outra pequena pausa – Assim como seu marido, minha cliente está aqui hoje lutando por seu querer. Um querer em viver a vida livremente, estar ao lado de quem a faz feliz sem ter medo em viver na expectativa de quando virá sofrer algum mau trato ou mesmo sofrer um “acidente” dentro de casa. – soltou um longo suspiro – Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir e chorar, eu chorei, ir ou ficar, acabei ficando até achar que finalmente estava na hora de ir, desistir ou lutar, lutei até desistir; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir. Eu decidi que o importante para mim agora é viver a minha vida livremente!— olhou para a juíza – Isso é tudo meritíssima.

Os olhos da juíza se abriram levemente diante do discurso de Kathryn, até o assessor da juíza olhava maravilhado pelas palavras da loira – Por tudo que fora dito aqui, creio que realmente não haverá nenhum tipo de acordo. – afirmou a mulher olhando para os advogados, que negaram com a cabeça – Então chego ao veredito...

— Meritíssima eu posso falar algumas palavras? – pediu Leopold interrompendo a juíza. Valerie apenas ergueu a sobrancelha suspeitosa. William até tentou fazer seu cliente se calar, mas sem sucesso.

Soltou uma longa respiração – Senhor Page, não sou de abrir espaço para os clientes falarem, afinal tem advogados para isso, mas já que insiste, o senhor tem a palavra. – cedeu por fim, mas seu tom tinha uma pequena ironia.

Leopold assentiu com a cabeça – Obrigado meritíssima. – então olhou para sua esposa – Glinda, por favor, eu te amo. Não termine assim nosso casamento, volte para mim. Olha, eu peço desculpas por tudo de mal que lhe fiz, mas fiz tudo isso no intuito de manter a nossa família. Eu não sou nada sem você ao meu lado. Eu imploro, volte para mim. – terminou. Glinda apenas arregalou os olhos surpresas diante da confissão de seu marido, assim com Kathryn, mas a loira logo depois estreitou os olhos desconfiada Ah que não é assim que arruma as coisas, senhor Page! Você teve uma vida inteira para arrumar e não é agora com algumas palavras bonitas e desculpas vazias que as coisas voltarão a ser como eram antes!

— Se a querelante quiser dizer algumas palavras o espaço é seu. – comentou a juíza – Uma vez que abri espaço para o réu, nada mais justo que fazer o mesmo para a senhora.

Glinda olhou para Kathryn para saber se era necessário, e a loira apenas fez uma breve aceno com a cabeça Abra seu coração! A ruiva soltou um longo suspiro e olhou para seu marido – Sabe, se você tivesse me dito isso alguns anos atrás eu até acreditaria em você, e o perdoaria como fiz as muitas vezes no decorrer desses anos todos... – começou e viu que Leopold ia falar novamente, mas continuou – Não, minha vez. – foi firme, a juíza estava a ponto de interromper Leopold, mas sorriu com a fala da cliente de Kathryn – Mas sabe, eu cansei de ser mal tratada, de ter medo de suas reações explosivas, medo de apanhar sem saber o motivo... Esse tempo que estava morando com Zelena, a nossa filha, eu redescobri como é bom poder fazer escolhas novamente desde escolhas simples como o que eu vou comer até o que eu vou vestir, não ter medo da própria sombra. Eu estou me redescobrindo novamente, e nada me fará desistir disso, eu não vou abrir mão disso por nenhuma promessa vazia sua, pois eu sei que é isso. Promessas vazias como tantas outras que me fez durante os anos. – fez uma pausa – Sim, eu te amei e muito, mas agora meu único desejo é que você se cuide. Eu perdoo tudo o que você a mim, mas eu não posso e não vou perdoar o que você fez a nossas filhas. Sim, filhas, porque mais que Lilith não é meu sangue, mas eu a considero como minha, já que você fez a crueldade de tirá-la do braço de sua mãe biológica da forma mais vil. – fez uma pausa e viu Leopold arregalar os olhos diante de suas palavras – E por causa de você, Lilith é do jeito que é hoje, porque você achou que sabia o que fazia, enquanto apenas destruía a menina, mas em parte eu também me sinto culpada por isso, e esse é um dos motivos que não posso perdoar o que você fez as nossas meninas. – fez uma pausa para tomar coragem, tomou um fôlego novo – Ao seu lado eu é quem não era nada, agora longe de você eu sei o que quero e quem eu sou. E sinceramente, não me importa se você não será nada sem a mim ao seu lado. Você teve tudo para ser alguém quando estava ao seu lado. Agora sou eu que quero ser alguém sem você ao meu lado. Eu não quero e não vou voltar para você. – soltou outro suspiro para conter as emoções que estavam a flor da pele – É tudo meritíssima.

A juíza assentiu, mas estava feliz pela ruiva ser corajosa o suficiente e enfrentar seu marido de peito aberto – Sem mais espaços para palavras, e confirmado que não haverá acordo entre as partes... – começou seu veredito – Depois de analisadas as provas, assim como a ata da primeira parte da audiência e as palavras finais agora ditas agora a pouco chego a conclusão de que, particularmente eu gosto dessa frase: Quando um não quer, dois não acontece. – sorriu – Eu, juíza Valerie Perry, com o poder do estado investido a mim, concedo a ação do divórcio para a querelante Glinda Page. – decretou. A ruiva fechou os olhos em felicidade, soltando um suspiro de alívio. Kathryn abriu um sorriso vitorioso. William soltou um suspiro em derrota, seus olhos opacos. Leopold estava incrédulo.

— Não! – ele exclamou revoltado – Você ao pode fazer isso!

— Silêncio. – a juíza pediu batendo seu martelo no apoio. William segurou o prefeito fortemente – Eu sou a justiça e a lei aqui. – falou brava – Então fique quieto enquanto termino o meu veredito, ou peço ao guarda para lhe prender por desacato a autoridade.

— Se acalme Leopold, ir contra a juíza agora será pior. – o advogado tentava colocar um pouco de senso em seu cliente. O prefeito mesmo contrariado acabou ficando quieto em seu lugar.

— Sim, eu posso fazer, e você nem com toda sua influência de prefeito irá conseguir o efeito contrário. – chicoteou as palavras na cara de Leopold Uy que essa foi maravilhosa dona juíza! Não foi Katy? Ai mente deveria ter gravado isso! – Muito bem, como estava dizendo, eu concedo a ação de divórcio a Glinda Page, que a partir de agora poderá retomar seu nome de solteira, passando a assinar Glinda Mabrey. Além de conceder seu único desejo, que é o de ter sua casa de volta. Não havendo nenhuma possibilidade de processo ou qualquer outro subterfúgio por parte do réu. – olhou para Leopold com um sorriso de lado – Você tem uma semana para se retirar da casa a qual reside atualmente, com suas coisas, se passado esse tempo e você não sair da casa, você será preso por não cumprimento de uma ordem judicial.

— Mas onde eu irei morar, Glinda? – tentou convencer sua, agora, ex-esposa.

A ruiva olhou para o prefeito – Não me interessa Leopold. – respondeu sem alguma pena ou remorso – Sua vida agora não me interessa mais, faça dela o que quiser.

— Silêncio. – pediu a juíza novamente – Além de deixar a casa, a qual reside, o réu ainda será incumbido de pagar duzentos mil dólares a sua ex-esposa Glinda, por perdas e danos morais durante esses anos todos de casamento. Sei que a quantia é irrisória com relação a todos esses anos, mas acho que o montante é cabível para o momento. – explicou Valerie – Se a querelante quiser entrar com outro processo para aumentar a quantia referida, é todo direito seu.

— Não precisa, meritíssima, essa quantia é de bom tamanho. – respondeu Glinda antes de consultar Kathryn.

— Tem certeza? – perguntou a loira olhando para Glinda.

— Sim Kathryn. – respondeu cansada – O quanto antes eu resolver tudo melhor. – explicou – E eu não quero o dinheiro sujo de Leopold.

Kathryn assentiu com a cabeça – Não iremos entrar com outro processo, Vossa Excelência, a quantia mencionada é suficiente.

— Como queiram, mas deixarei esse item em aberto, para quando um dia queiram entrar com o processo. – informou – Com o veredito final explanado, caso encerrado. – bateu o martelo. Virou-se para seu assessor e pediu para o mesmo providenciar os papéis do divórcio. Enquanto o homem redigia os papéis do divórcio, a sala permanecia em completo silêncio. Kathryn e Glinda tinha imensos sorrisos abertos, enquanto William apenas tinha o semblante fechado pela derrota e Leopold tinha suas feições curvadas em ódio e raiva.

— Aqui meritíssima. – minutos depois o seus assessor lhe entregou algumas folhas.

— Obrigada. – agradeceu relendo os papéis – Aqui senhora Lucas-Midas, peça a sua cliente assinar as três vias. Uma ficará arquivada no processo, uma cópia para ela, e outra para o cliente do senhor Smee. – explicou.

Kathryn pegou as cópias e releu – Está tudo certo. – disse para Glinda, indicando aonde tinha que assinar – Aqui meritíssima. – entregou as três cópias para a juíza.

— Você irá assinar ou quer que eu assine em seu lugar, senhor Page? – perguntou a juíza olhando duramente para o prefeito.

— Melhor aceitar. – aconselhou William para Leopold.

Com um suspiro em derrota, mas visivelmente enraivecido – Eu assino. – respondeu entre os dentes.

Com um sorriso de lado a juíza entregou as três cópias para o advogado que indicou ao seu cliente onde assinar – Aqui. – entregou as cópias.

A juíza assinou e por fim entregou uma cópia para cada advogado – Senhores, caso encerrado. Estão dispensados. – disse ao se levantar e sair pela porta que havia entrado.

Instintivamente Glinda abraçou Kathryn – Obrigada. – murmurou ao ouvido. A loira apenas sorriu para sua, agora, não mais cliente ao se separarem.

— Vamos que estou louca para abraçar a minha morena rebelde. – comentou Kathryn ao sair da sala juntamente com Glinda e Neal. O homem sorria, pois não precisou de sua ajuda para resolver o caso. Leopold fulminava sua ex-esposa com o olhar.

— Leopold Page? – perguntou Mitchell ao se aproximar com mais dois agentes diferente, uma vez que sua equipe fora junto com o Barnes e seus comparsas.

— Sou eu. – ele respondeu franzindo o cenho – Quem são vocês? – perguntou ao se virar para o homem.

— FBI! – mostrou seu distintivo – O senhor está preso. – anunciou segurando o braço do prefeito, que imediatamente arregalou os olhos surpresos.

Sem pensar, Leopold puxou seu braço do agarre do homem – Tire suas mãos de mim! Eu sou prefeito, não vou preso. – disse exaltado – Vocês não podem me prender.

Glinda arregalou os olhos surpresa diante da cena – O que está acontecendo aqui? – murmurou para Kathryn.

— Seu ex-marido está sendo preso por corrupção e formação de organização criminosa. – Neal respondeu com um sorriso de lado ao ver a cena. Mais ao final do corredor vinham Zelena e Elsa andando apressadamente. A ruiva mais nova assim que avistou sua mãe fora da sala de audiência, não pensou duas vezes saiu em disparada.

— Você foi exonerado do cargo essa manhã, senhor agora ex-prefeito. – respondeu Mitchell segurando fortemente o braço do homem novamente – E por isso, você pode ser preso. – colocou a algema.

— Por que estou sendo preso? – perguntou confuso – Eu assinei a merda do divórcio, isso não é motivo para me prenderem. Eu tenho que estar presente no julgamento da minha filha amanhã. Ela vai precisar de mim assim que for inocentada. – tentou se soltar, mas Mitchell fora mais forte e algemou o outro braço.

— Você está sendo preso por corrupção e organização criminosa. – respondeu o comandante do FBI – Além de abuso de autoridade, suborno, falsificação e lavagem de dinheiro. Você tem o direito de ficar calado, tudo que disser pode e será usado contra você no tribunal. Você tem direito a um advogado, caso não tenha condições de arcar com um, o estado lhe enviará um advogado. – fez uma pausa. Os olhos de Zelena se arregalaram surpresa ao escutar tudo aquilo – E sinto muito, mas você terá notícias de sua filha dentro da prisão.

— Me larga! Eu não vou preso! – Leopold tentou se soltar, mas fora inútil, pois mais um agente o segurou pelo outro braço – Eu sou inocente! Eu não fiz nada disso! Minha filha irá precisar de mim! Me soltem! – brigou mais uma vez tentando sair do agarre dos homens, mas em vão.

— É o que todos dizem nesse momento. – debochou Mitchell – Vamos que sua limusine está a sua espera, assim como seus súditos. – comentou sarcasticamente. Mal abriu a porta do tribunal, a mesma que havia saído com Barnes, imediatamente flashes forma disparados na direção deles. Uma vez dentro da viatura, o carro partiu na direção que minutos atrás outras viaturas foram.

— Por meu alunos! – exclamou Zelena ainda em choque Como esperei por esse dia! — Eu acabei de ver o Leopold ser preso? – perguntou incrédula.

— Sim. – respondeu Neal, então se virou para Kathryn – Parabéns pela vitória. – estendeu sua mão para a loira – Satisfação em trabalhar com você, senhora Lucas-Midas.

— Eu que agradeço, senhor Cassidy. – Kathryn retribuiu o aperto – Muito obrigada. – agradeceu. O advogado acenou e se despediu de todos e foi no caminho contrário do FBI.

— Isso que dizer que você não é mais casada com aquele boçal? – perguntou Zelena com um imenso sorriso nos lábios. Glinda apenas assentiu com um aceno de cabeça e um imenso sorriso nos lábios Esse dia está cada vez melhor! Sem dizer nada Zelena envolveu sua mãe em um forte abraço – Que maravilha. – murmurou ao ouvido de sua mãe. – Que felicidade que você está livre daquele imbecil. Hoje é um dia de muita felicidade, pois finalmente Leopold irá pagar por seus crimes, e minha mãe está livre daquele crápula.

— Sim, agora sou uma mulher livre novamente. – concordou a ruiva mais velha. Elsa também deu um abraço felicitando sua sogra. Sem dizerem muitas coisas as quatro mulheres iam andando na direção oposta ao do FBI e do advogado. Zelena ia de braços dados com a sua mãe, e sua mão entrelaçada com Elsa, e Kathryn ia ao lado de Glinda. Nesse meio tempo a loira já havia mandado uma mensagem para sua esposa que já estava saindo do tribunal.

—SQ-

— Loirão, minha loira estonteante acabou de mandar mensagem dizendo que acabou. – disse Ruby ao se aproximar da mesa que estavam sentados, no restaurante de Ângela.

— Regina também. – respondeu Emma vendo se celular Finalmente terei a minha morena ao meu lado de novo! — Meninos, vamos! – chamou. As crianças resmungaram falando que queriam ficar brincando com o TJ.

— Pode deixá-los aqui, eu olho. – pediu Ângela com um sorriso – Assim que você pegar Regina no tribunal voltem aqui para pegar as crianças. – sugeriu. As crianças comemoraram quando Emma cedeu.

— Eu vou junto. – disse John ao lado de Ruby.

— Então vamos sogrão. – Ruby falou brincalhona – Vou pegar a chave do carro.

— Eu vou na pick-up, pois não caberá todo mundo em um carro só. – explicou Emma pegando a chave do veículo.

— Então vamos. – disse Ruby já quase na porta.

— Daqui a pouco nós estaremos de volta, Angie. – falou Emma sorrindo. A mulher apenas sorriu diante do apelido.

—SQ-

— Grande filho de um bom corno. – xingou Emma ao ver sua morena sendo segura por Robin, enquanto estava começando a fazer a manobra para estacionar. Sem pensar duas vezes, ela saltou do veículo não se importando em terminar de estacionar e muito menos desligá-lo Esse merdinha me paga hoje! Eu vou descontar tudo que está guardado para ele, ainda mais se ele machucar a minha morena e nosso bebê! Emma corria em fúria na direção de sua esposa e Robin.

— Mas que merda, Loirão! – exclamou Ruby ao ver o que Emma havia feito. Ela rapidamente estacionou o carro e correu na pick-up – John, vá atrás de Emma. – pediu. O homem imediatamente estava atrás da loira, mas a mulher fora muito mais rápida que ele Não sou tão novo assim para conseguir acompanhar, mas estou chegando! Uma hora eu chego, só espero que não seja tarde!

Quando Ruby chegou Emma já estava com Regina em seu abraço e Robin fugindo em seu carro Isso ae Loirão bota para correr aquele despacho mal acabado!­ — Loirão! Regina! – chamou Ruby ao se aproximar, juntamente com John, todo esbaforido – Aqui a chave da pick-up. – entregou para Emma, que assentiu com a cabeça.

— Vocês estão bem? – quis saber John olhando para as duas mulheres, assim que recuperou o fôlego – Eu até tentei acompanhar Emma, mas confesso que ela é bem rápida.

— Sim. – respondeu Regina, massageando seu braço dolorido, mas tinha um sorriso em seu rosto pelas palavras de seu tio – Apenas com o braço dolorido no local que Robin me apertou. – explicou dando um abraço em John, que retribuiu prontamente Mas a minha salvadora chegou bem a tempo de evitar que outra coisa acontecesse! — Ele me pegou de surpresa, mas ainda bem que minha loira chegou no momento certo.

— Obrigada Rubs. – agradeceu Emma guardando a chave em seu bolso. Regina apenas a olhou confusa, voltando a ficar de baixo de abraço protetor de sua loira Isso, assim eu posso te proteger melhor morena! — Eu estava estacionando quando vi aquele asqueroso te segurando, e não pensei duas vezes saltei da pick-up e vim correndo.

— Eu estava logo atrás. – completou Ruby – Estacionei o carro de Katy e acabei terminando de estacionar a pick-up. Ao mesmo tempo pedi para John vir atrás de Emma.

— Entendi. – comentou Regina Minha heroína! — Obrigada. – agradeceu a Ruby, então deu mais um selinho em sua esposa – Pelo vista a audiência de Kathryn está no fim. – afirmou Que bom, assim podemos sair logo daqui!

— Na realidade já acabou. Por isso estamos aqui. – respondeu Ruby sorridente. John era a ansiedade em pessoa.

— As crianças? – questionou Regina ao perceber que estava apenas sua esposa, Ruby e John ali com ela Espero que eles estejam bem! Eu já estou morrendo de saudades deles!

— Acabaram ficando lá no restaurante, pois TJ chegou da escola e eles estavam todos brincando. – respondeu Emma Estão todos bem, não se preocupe! — Mas combinei que viria te buscar, então os pegaríamos e iríamos para casa, tomar banho para mais tarde voltarmos para o restaurante Isso é o que eu mais quero, a minha família junto a mim nesse momento! Coisa melhor não há Regina! Não mesmo mente!

Não muito tempo depois as portas do tribunal se abriram novamente com a saída de Kathryn, Glinda, que vinha de braços dados com a Zelena, e Elsa ao seu lado, suas mãos dadas e seus dedos entrelaçados Finalmente! Sem paciência para esperar, John caminhou apressadamente na direção das quatro mulheres, e no instante que parou a frente da ruiva mais velha, não se importou com nada a envolvendo em um abraço amoroso Que vá tudo para os ares! Glinda sorriu contente depois que a surpresa inicial passou e correspondeu ao abraço carinhoso de John Ah o amor! foi o pensamento das seis mulheres que olhavam a cena com imensos sorrisos.

Muito relutante, John afrouxou seu abraço, mas mantendo a ruiva em seus braços. Seus olhos azuis procuraram por uma resposta silenciosa. O imenso sorriso nos lábios de Glinda foi a resposta que John precisava, e sem perder mais tempo colou seus lábios com os da mulher em seu abraço. Glinda prontamente retribuiu o singelo beijo.

Os olhos de Emma, Regina e Ruby se arregalaram surpresos, mas em seus lábios tinham sorrisos abertos e felizes Eita que eu não esperava por isso! Ah Emma, eles merecem! Não estou falando que não merecem, apenas fui pega de surpresa! Que se beijem muito! Zelena olhava incrédula para a cena a sua frente Olha essa minha mãe toda saidinha! E John todo assanhado! Elsa apenas sorria feliz por sua sogra. Kathryn tinha os olhos brilhando com as lágrimas que quiseram acumular ali Finalmente ele voltou a caminhar com sua vida, e não apenas sobreviver como vinha fazendo!

— Bom, pelo beijo acho que você conseguiu, não? – perguntou Regina assim que se aproximou do pessoal, sempre com o braço de Emma ao seu redor Tio John todo garanhão! Não é a toa que Ruby chamou Katy de garanhona! Não é mente? Com certeza Regina! Tal pai tal filha!

Kathryn apena sorriu vitoriosa – Eles não tiveram nenhuma chance. – então seus olhos brilharam em felicidade ao ver sua esposa – Hey! – disse assim que Ruby se aproximou Que saudades de você minha morena, e claro do nosso baby!

— Hey! – a veterinária respondeu com um sorriso apaixonado. Kathryn envolveu seus braços ao redor do pescoço de sua esposa e colou seus lábios em um breve beijo Finalmente tenho você em meus braços!

— Estava com saudade sua. – a loira murmurou contra os lábios de Ruby.

A veterinária abriu um imenso sorriso – O bebê e eu também estávamos com saudade de você. – comentou para colar mais uma vez seus lábios em outro beijo carinhoso.

— Vocês eu não sei, mas estou louca por um banho. – comentou Glinda que havia se aninhado debaixo do abraço protetor de John – E depois a maravilhosa comida de Ângela. – tinha o braço de John ao redor de seus ombros, enquanto seu braço esquerdo envolvia a cintura do homem.

— Você vem junto? – perguntou Zelena esperançosa para sua namorada Diz que sim!

Elsa soltou um suspiro – Adoraria acompanhá-los, mas preciso voltar para Storybrooke daqui a pouco. – respondeu fazendo um carinho no rosto da ruiva – Mas prometo que sexta a noite estaremos todos de volta e ficaremos juntinhas novamente. – depositou um beijo já saudoso nos lábios de sua namorada.   

— Estou contando os minutos para isso. – disse dando um último selinho na sua loira.  

Elsa se aproximou de Glinda, pegando suas mãos – Fico muito feliz que tudo terminou bem e que agora você é uma mulher livre. – deu um abraço caloroso na ruiva mais velha – Parabéns por essa conquista.

— Obrigada minha querida. – agradeceu Glinda dando outro abraço na loira – Realmente é uma pena você não poder se juntar a nós hoje, mas entendo que tenha que voltar. Sexta estaremos lhe esperando junto com minha neta e sua irmã e cunhado.

— Violet está desesperada para lhe ver. – comentou Elsa – Ela disse que sem a vovó ali com ela, seus dias estava chatos. – repetiu as palavras da filha, com um imenso sorriso

— Ai que coisa mais gostosa essa minha neta. – comentou feliz com as palavras da menina.

— Bom, agora tenho que ir. – disse ao se despedir de todo mundo e mais uma vez depositou um beijo nos lábios de Zelena. Foi na direção de seu carro, acenou a última vez e seu carro sumiu depois de fazer a curva na esquina. A ruiva mais nova soltou um suspiro triste.

— Calma minha filha, não falta muito para sexta. – animou Glinda assim que passou os braços ao redor da filha. Zelena apenas olhou para sua mãe e assentiu com um aceno de cabeça.

— Gente! – disse Kathryn animada – Como diria Daniel, tenho babados para contar. – anunciou dando pulinhos no lugar.

— Nós também. – informou Regina rindo da amiga E você nem imagina quais são!

— Então que tal deixarmos todos esses babados para a hora do jantar? – sugeriu John sorrindo para as mulheres que povoavam sua vida naquele momento.

— Eu acho tudo. – Emma tentou imitar Daniel, mas fracassou miseravelmente, fazendo todos rirem – Ok! Sei que não ficou igual, mas concordo em deixar os babados para o jantar.

— Então vamos que ainda temos que pegar as crianças lá com Ângela. – disse Regina assim que se recuperou do ataque de risos – Nos vemos no restaurante as oito?

— Combinado. – falou Kathryn entrando em seu carro do lado do motorista, enquanto Regina entrava do lado do passageiro na pick-up.

— O que foi minha loira? – perguntou Regina ao perceber sua esposa mais quieta que o normal Você está incomodada com algo! O que é? — É por causa do que acabou de acontecer? – perguntou receosa. Elas já tinham avançado um pedaço de rua na direção do restaurante.

Emma soltou um suspiro Aquilo já é passado, mas que foi bom quebrar o nariz daquele boçal foi! Como foi, não Emma? Sim, mente foi!— Eu já nem lembrava mais que esmurrei a cara daquele infeliz. – brincou, mas sua mão estava vermelha e ralada nas articulações dos dedos. Um silêncio levemente desagradável pairou dentro da pick-up.

Regina colocou a mão sobre a coxa de sua esposa Se abra e converse comigo! — Então o que está passando nessa sua cabeça? – quis saber.

— Nós fomos hoje ao orfanato, não? – começou dando uma rápida olhada para sua esposa e voltou sua atenção para o trânsito a sua frente Vamos aproveitar para conversar dentro da pick-up, longe de Jú! Aliás Emma, esse veículo está virando uma sala de conversas sérias entre você e sua morena! Parando para pensar você tem razão mente, mas vamos focar no assunto!

— Sim, vocês foram convidar Úrsula e seu Ezequiel para o aniversário no sábado. – comentou Regina olhando para sua esposa Algum problema nisso? Eles não poderão ir ao jantar?

— Morena, você lembra quando vimos a Jú pela primeira vez? – perguntou ao parar no sinal vermelho Vamos começar o assunto!

— Sim, me lembro. – respondeu a advogada, mas olhava confusa para sua loira O que isso tem a ver com o assunto?

Emma colocou o veículo em movimento quando o sinal ficou verde – Lembra do porque ela estava triste?

O cenho de Regina franziu brevemente Acho que sim! — Porque a amiga tinha sido adotada e porque todo mundo só queria adotar o Tom. – respondeu.

— Exato. – confirmou a loira – E adivinha quem encontramos lá no orfanato essa manhã?

Os olhos de Regina se arregalaram ligando os pontos Sério? — Não vai me dizer que... – fez uma mínima pausa – A amiga de Jú?

— Isso mesmo. – Emma confirmou mais uma vez.

— Por meus saltos, o que aconteceu para ela voltar para o orfanato? – quis saber Regina Jú ficará arrasada se souber disso! Então no momento é melhor não contar Regina! Acho melhor mesmo mente!

A loira soltou mais um longo suspiro Que história triste! — Uma coisa triste e terrível... – começou – Os pais que a adotaram morreram em um acidente de carro durante uma viagem de negócios... – aquilo fez o cenho de Regina se entristecer Que coisa horrível! — E a avó, que é mãe do pai, não quis ficar com a menina porque nunca a reconheceu como neta, por ela não ser filha biológica do homem.

— Que coisa horrível, Emma. – comentou Regina triste Ai que se eu encontro essa senhora acabo com a fuça dela igual minha loira fez com o almofadinha do Robin! Nossa, você está mesmo brava, pois até usou um dos apelidos que Emma já usou para aquele boçal! Ai mente estou muito brava com essa mulher, mas aposto que ela é uma! Infeliz!

— Bastante... – concordou – Mas o que mais me preocupa é a Jú.

— Por que? – quis saber Regina Ai Regina acabamos de conversar sobre isso segundos antes! Ai releve mente, ainda estou brava com a atitude daquela mulher!

— A nossa filha ficará triste em saber que a amiga acabou voltando para o orfanato depois do que aconteceu. – respondeu – E também não sei se devemos contar a ela sobre isso ou não.

Regina ponderou por alguns segundos – Acho que pelo menos no momento não devemos contar nada a nossa filha, pois não sabemos a reação que ela pode ter com essa notícia.

Emma assentiu com a cabeça Melhor a se fazer no momento! — Mas eu percebi outra coisa... – voltou a falar depois de um breve silêncio E tenho algumas suspeitas, que só direi mais para frente! Regina apenas olhou para sua esposa novamente esperando que ela continuasse – Ruby.

— O que tem ela?

— Ruby ficou muito mexida com a história da amiga de Jú. – respondeu Emma fazendo uma curva estavam quase chegando ao restaurante – Que a propósito, se chama Meghan. – sorriu Muito bonito o nome! — E tenho para mim, que amanhã ou depois a Rubs vá visitar o orfanato para tentar conversar com ela.

— Que nome lindo. – comentou Regina com um pequeno sorriso nos lábios Tomara Emma, que Ruby vá mesmo! Vamos torcer para que isso aconteça Regina! Já estou torcendo mente! – Eu espero que ela vá sim, acho que Ruby poderá conversar melhor com a Meghan sobre isso do que qualquer outra pessoa. – comentou e Emma apenas assentiu com a cabeça Afinal as duas passaram por traumas bem parecidos! — E quanto a esse assunto, no momento melhor não comentarmos nada com Jú.

— Sim. – concordou mais uma vez a loira – Depois converso com Rubs para também não comentar nada perto da Jú. – fez uma pausa Pois quando surgir a oportunidade conversaremos com a nossa pequena morena sobre esse assunto! — E vamos esperar o desenrolar dessa história. – terminou assim que começou a estacionar a pick-up perto do restaurante Que eu espero que sejam boas, se acontecer o que estou prevendo!

— Sim. – veio a resposta de Regina antes de sair do veículo assim que Emma terminou de estacioná-lo.

—SQ-

— Senhor Glass. – disse Olsen ao celular.

— Espero que tenha ótima notícias para mim.— veio a resposta — Pois aqui tive muitas notícias boas acontecendo.

— Eu diria maravilhosas. – falou – Mas acho que o senhor gostaria de vir aqui para Boston para cobrir o julgamento da filha do prefeito, pois o material que tenho sobre o prefeito dará uma bela reportagem.

— Ah meu rapaz, estou fazendo as malas agora mesmo! Te encontro no hotel que está hospedado daqui a algumas horas.— desligou o a ligação.

Jimmy colocou seu celular no bolso e sorriu ao ver algumas fotos em sua câmera fotográfica – Acho que essa foto ficará ótima na primeira página do jornal. – murmurou. Era uma foto de Leopold algemado e sendo levado pelos agentes do FBI enquanto tentava se soltar e gritava ao mesmo tempo – Amanhã também promete alta emoções. – riu com sua própria piada. O rapaz desligou sua câmera e foi para seu carro, segundos depois estava se dirigindo para o hotel em que estava hospedado e ficaria a espera de seu chefe.   

—SQ-

— Uma notícia melhor que a outra. – disse para si Sidney enquanto arrumava uma mala – Depois de cobrir tudo que aconteceu aqui na cidade, ainda terei o julgamento da princesinha do papai. – sorriu – Acho que depois disso posso me aposentar. – brincou fechando a mala e saindo do quarto.

—SQ-

Uma grande mesa estava colocada perto do balcão. Praticamente no lugar habitual de sempre. Os adultos já estavam sentados, enquanto as crianças estavam no espaço que Ângela havia arrumado, brincando com sempre. As conversas preenchiam o local, afinal já era hora de expediente, e além deles tinha os clientes costumeiros. Uma suave música tocava ao fundo.

Os garçons andando de um lado a outro anotando os pedidos, enquanto Ângela apenas dava algumas instruções dentro da cozinha, e quando precisava ajudava no preparo de um ou outro prato. Quando todos concordaram que queriam nhoque para o jantar tanto Regina quanto Ruby praticamente salivaram com a sugestão, Ângela prontamente fora preparar o pedido.

John estava sentado ao lado de Glinda, agora que ela era uma mulher livre, eles trocavam carinhos e breves beijos sem se importarem quem os veria. Kathryn sorria para a cena dos dois. Ruby olhava contente a felicidade de seu sogro. Zelena estava triste por não ter sua namorada ao seu lado, mas sorria abertamente para a felicidade de sua mãe. Emma e Regina apenas tinha sorrisos felizes pelos dois. Jane e Maura sorriam felizes para as claras manifestações de afeto entre os dois. Já Vince acabou ficando surpreso no início, mas agora era somente sorrisos. Leonard também fora e havia se junto a eles a mesa, apesar de não conhecer muito bem, sorria feliz pela vitória na audiência.

Sobre a mesa havia algumas garrafas de vinho, assim como de cerveja e muitos copos de sucos – Aqui! – disse Ângela finalmente colocando uma grande travessa de nhoque no centro. Segundos depois apareceu o ajudante da cozinha com outra travessa de nhoque, e um terceiro com mais uma travessa – Crianças vem comer que está na mesa. – chamou.

As quatro crianças lavaram as mãos na pia perto do espaço que estavam e foram para seus lugares a mesa. Emma e Regina serviram seus filhos, enquanto Lídia servia TJ. Com muita conversa o jantar seguiu, além de muitas risadas e brincadeiras. A sobremesa fora servida também quando todos já estavam satisfeitos e então as crianças foram brincar novamente.

— Tudo bem, agora que já comemos quero saber dos babados que vocês tem para nos contar. – comentou Ruby ao se aconchegar em Kathryn Afinal o dia foi corrido!

— Antes de tudo quero fazer um brinde. – Leonard pediu erguendo sua taça com vinho. Todos acabaram erguendo seus copos também – Quero fazer um brinde as duas melhores advogadas de Boston, Regina e Kathryn. – fez uma pausa – Que vocês continuem sendo poderosas e muitas vitórias brinde suas vidas. – brindaram.

— Por falar nisso, como foi o desfecho do caso, Regina? – perguntou Ângela, que estava sentada ao lado do empresário. Jane vez e outra apenas lançava olhares suspeitos sobre eles Aí tem coisa!

— Foi tudo bem. – comentou a morena Melhor impossível!

— Bem foi pouco, foi tudo ótimo e maravilhoso. – respondeu Leonard com um imenso sorriso.

Regina abriu um imenso sorriso Não seja modesta Regina! Ok mente! — Sim, foi maravilhoso. Leonard não só conseguiu suas indústrias de volta, assim como receberá um indenização generosa, além de ter o pedido de falência anulado.

— Que coisa boa. – veio o comentário geral. No dia anterior, Regina e Kathryn haviam conversado e a morena havia contado da participação de Amber na audiência e as reações de Barnes e seus colegas.

— Mas o melhor ficou para o final. – falou Leonard com um sorriso de lado.

— É o babado que tenho para contar. – brincou Regina. Ela e Emma resolveram deixar o incidente com Robin fora da conversa, afinal estavam ali felizes para estragarem o momento com esse assunto. John e Ruby percebendo a intenção também não comentaram nada sobre isso Adorei que vocês também não comentaram nada! Sim Emma, quanto mais rápido esquecermos isso, mais no passado ele ficará! Sim, apesar da minha mão ainda latejar vez ou outra, mas valeu a pena!

— Então desembucha logo. – disse Zelena ansiosa como estava para saber o que tinha acontecido Por que o que eu tenho para contar também é uma bomba!

Regina sorriu de lado Se preparem! — O FBI apareceu, inclusive a agente Hall, para prender Barnes, Sato, Clark e pasmem, até o Peterson.

Os olhos de Jane se arregalaram, assim como todos a mesa – Todos da defesa? – perguntou incrédula.

— Sim. Não sobrou um ali para contar história. – riu Sobrou! Vocês! Ah sim, mas estou falando do pessoal da defesa!

— Ai que esse dia fica cada vez melhor. – comentou Ruby sorrindo.

Zelena olhou para a veterinária – Então se segura que tenho um babado forte também. – anunciou – Ai cadê o Daniel nessas horas para vir com os bordões que somente ele sabe. – comentou zombeteira.

— Meu amor, estou aqui linda e toda extravagante, pode começar a contar esse bafo esplêndido que só você, sapa ruiva gostosona sabe. – John havia conseguido imitar igual ao paisagista, e aquilo fez todos caírem na risada.

Glinda olhou surpresa para o homem ao seu lado, seus olhos cheios de lágrimas devido as risadas – Quem é você e o que fez com o John que eu conheço? – brincou tirando mais algumas risadas. A mulher sorriu por fim e depositou um beijo nos lábios do pai de Kahtryn, que retribuiu no instante seguinte Ai que coisa fofa essas dois! Sim, Regina muito fofo!

— Então Lena? – quis saber Emma ao tomar um gole de sua cerveja, já que quem voltaria dirigindo era Regina Mesmo não dirigindo na volta, não posso abusar!

— Leopold além de perder na audiência, foi exonerado do cargo de prefeito e preso pelo FBI por organização criminosa. – Zelena anunciou.

A mesa inteira ficou quieta por alguns segundos – O FBI começou a caça aos criminosos, pelo visto. – comentou Regina por fim Até que enfim!

— Que caiam todos. – disse Ruby feliz. E um sim geral ecoou na mesa.

Emma sentiu seu celular vibrar, então o tirou do bolso e leu a mensagem que seu pai havia mandado – Nossa, Storybrooke está pegando fogo. – disse em voz alta Acho que não é só lá não, acho que o país inteiro deva estar pegando fogo!

— O que aconteceu? – perguntou Regina curiosa Espero que não seja fogo na fazenda!

Emma levantou seu olhar da tela do aparelho eletrônico – Além do prefeito ter sido exonerado do cargo, seu vice também perdeu o cargo e foi preso, assim como dois integrantes do conselho municipal e pasmem, o xerife também entrou na dança. – informou e esperou a reação da mesa Acho que não irá sobrar ninguém!

— Então quer dizer que a cidade está sem xerife no momento? – perguntou Vince muito interessado.

 Emma assentiu com a cabeça – Acho que sim, talvez Damon tenha sido nomeado xerife temporariamente. – respondeu – Mas eu não sei como funciona esse esquema.

Vince assentiu com a cabeça pensando sobre essa informação – Você está pensando em se oferecer para o cargo, Vince? – perguntou Jane ao ouvir a conversa.

Seu parceiro soltou um suspiro – Olha que não é uma má ideia.

— Mas você não disse que iria viver a sua vida agora? – questionou confusa – E irá continuando a trabalhar?

Vince riu – Jane, aposto que a vida de um policial na cidade como Storybrooke, o máximo que irá fazer é tirar o gatinho de uma senhora que subiu na árvore, ou separar briga de bêbados, - brincou.

— Nisso Vince tem razão. – concordou Kathryn – Afinal a cidade é muito tranquila.

— Além de que terei tempo para viver a vida, ir pescar, passar mais tempo com Kiki. – comentou o detetive.

Jane riu – O que me leva a perguntar... Kiki já concordou com essa ideia em ir morar em uma cidade pequena? – quis saber Jane, mas estava compreendendo o lado do parceiro.

Vince riu – Ainda não, mas logo a levarei para passear por lá, e não acho difícil ela se apaixonar pela cidade. – piscou para a parceira. Jane apenas sorriu travessamente.

— Dona Ângela... – chamou um garçom ao se aproximar – Os clientes estão pedindo para ligar a tv, parece que algo importante está acontecendo no momento.

Ângela imediatamente se levantou, desligou a música e ligou a tv colocando no canal de jornalismo – Estamos aqui diretamente do prédio do FBI que deu início hoje a segunda parte de suas investigações. O FBI estava fazendo uma grande investigação em conjunto com várias delegacias e departamento em mais de cinco estados.­ – informou a repórter – Hoje começou as prisões para mais de duzentas pessoas espalhadas nesses mais de cinco estados que vão desde empresários até políticos de altos cargos. Essas investigações visam o desmantelamento de uma grande organização criminosa, que envolvia desde falsificação de documentos, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, sonegação de impostos, apropriação de dinheiro indevidamente e muitas outras coisas, que vinha avassalando o país.— então olhou para o lado e viu um dos superiores saindo do prédio – Diretor! Diretor! –­ chamou a repórter— Uma palavra senhor!— apontou o microfone para o homem, assim como vários outros repórteres haviam feito.

­— Hoje é um dia para se ter orgulho, pois uma investigação que vinha acontecendo sigilosamente já há muito tempo está começando a nos dar frutos. Nós estávamos investigando essa grande organização criminosa e hoje começamos a segunda parte dessas investigações, ou seja, as prisões. Mas posso garantir que ainda tem muita gente para ser presa que faz parte dessa organização. No momento é só o que eu posso dizer!— sem dizer mais nada o homem continuou andando na direção do carro, uma vez ali dentro o veículo saiu.

— Bom, como podem ver, muita coisa ainda acontecerá de acordo com o diretor-geral, e nós iremos ficar aqui para ver se descobrimos mais sobre isso. Eu sou Stacy Flowers, da NNC, direto do prédio do FBI aqui em Washington D.C.. Não percam, em nosso canal, nós ainda teremos uma edição especial no jornal das onze da noite.— assim que ela terminou de falar, várias imagens de muitas pessoas sendo presas em vários lugares do país.   

— Ow! – exclamou Emma sendo a primeira a quebrar o silêncio que se instaurou na mesa depois que a tv fora silenciada mais uma vez e a música voltou a preencher o ambiente Escutar que é uma grande investigação é uma coisa, agora ver realmente faz toda a diferença! Sim, Emma, as investigações são gigantescas!

— Com certeza Ow, Loirão. – concordou Ruby ainda surpresa – Eu achando que o negócio apenas era com o senhor Blanchard.

— Não, o esquema pelo que eles haviam dito era imenso. – disse Regina olhando para a veterinária Mas não tinha dimensão do quão imensa era, agora vendo as imagens começo a ter um pouco de noção! — E as imagens e reportagem nos provam isso.

— Quero fazer um brinde. – disse John erguendo seu copo de vinho. Todos imitaram seu gesto – Quero brindar ao dia de hoje... – começou – Comemorar as vitórias das minhas duas filhas no tribunal. – olhou para Katy e Regina, as duas mulheres tinham sorrisos em seus lábios – Comemorar um novo ciclo que se inicia na vida de Glinda... – sorriu apaixonado para a ruiva ao seu lado – Sei que George já brindou a isso, mas também o quero fazer. Um brinde aos meus novos netos que logo estarão aqui conosco e claro, ao netos que eu já tenho, que os amos de paixão. – respirou fundo para conter todas as emoções que passou hoje – Comemorar essa linda família que a cada dia aumenta mais Lucas-Midas, Swan-Mills, Rizzoli, Blanchard, e quem sabe um dia não sejamos uma única e imensa família. Um brinde a vida. – terminou e todos brindaram.

Nesse clima de festa o jantar continuou entre muitas conversas e risadas, até as crianças se renderem ao sono e procurarem por seus pais pedindo colo. Aquilo foi a deixa para irem embora. Emma, Regina e as crianças foram para o apartamento da morena. Enquanto que Kathryn, Ruby juntamente com Glinda, John e Zelena foram para o apartamento da loira. A advogada e a professora até tentaram juntar John e Glinda no mesmo quarto aquela noite, mas não conseguiram diante do sólido argumento de que ainda não estavam preparados para dormirem na mesma cama, mesmo que fossem fazer apenas isso, dormir. Por fim, as duas ruivas já haviam se retirado para dormir, John estava no último quarto livre.

Kathryn entrou em seu quarto e não viu sua esposa Cadê? Seu cenho franziu e ela foi atrás da sua morena, agora não tão rebelde, já que as mechas vermelhas estavam sumindo cada vez mais por causa da gravidez. Quando chegou a sala, viu Ruby sentada na cadeira, com as pernas recolhidas contra seu peito, seus braços em torno de seus joelhos, e seus olhos distante olhando através da grande janela do apartamento a vista noturna de Boston – Hey! – disse a loira ao envolver seus braços ao redor da esposa, dando um abraço e pousando sua cabeça sobre o ombro esquerdo.

Ruby sorriu e virou seu rosto para a sua loira – Hey você! – ela disse para logo em seguida depositar um beijo na bochecha e voltar seus olhos para a espetacular vista a sua frente.

A loira percebeu que algo estava incomodando sua esposa, puxou a cadeira ao lado para mais perto e se sentou – O você e Emma fizeram o dia todo enquanto eu estava presa no tribunal? – perguntou ao colocar uma mecha do cabelo castanho atrás da orelha Vamos fazer uma abordagem diferente hoje!

A veterinária riu – Ah nada muito importante. – seu sorriso se alargou – Eu entrei em desespero de manhã e acabei indo até Emma e Regina. – começou, os olhos da advogada se arregalaram surpresos – Mas depois, eu acabei me acalmando conversando com elas. – fez uma pausa – Loirão me arrastou para o orfanato em que viveu antes de ser adotada. – riu. Kathryn acabou rindo também – Fomos lá para convidar Úrsula e Ezequiel para o aniversário no sábado.

— Eles vão? – quis saber.

— Sim, irão. Úrsula e o marido, Ezequiel e a esposa. – respondeu Ruby – Mas sabe o que eles lembram do nosso casamento? – perguntou indignada e Kathryn negou com a cabeça, mas tinha um sorriso sapeca nos lábios – Eles apenas se lembram da nossa cara de surpresa quando Emma anunciou que também nos casaríamos. Acredita nisso?

— De todo o casamento e é somente isso que eles lembram? – questionou Kathryn incrédula.

— Sim. – afirmou Ruby juntamente com um aceno Que absurdo!

Kathryn acabou soltando uma gargalhada baixa – Ah minha morena rebelde, temos que concordar que realmente ficamos surpresas com aquilo.

— Sim, mas teve tantas outras coisas para lembrarem também, como a briga pelo buquê, Emma e todo mundo usando chapéu, Lola e seus filhos todos emperiquitados para o casório e tantas outras coisas. – enumerou alguns acontecimentos.

— Eu sei. – concordou Kathryn rindo – Mas continue.

— A tarde ficamos lá com Ângela, já que Regina também precisou voltar para o tribunal. – continuou – Então você mandou mensagem avisando que tinha terminado. – repentinamente seus olhos se abriram Agora que não temos ninguém por perto, posso contar o que aconteceu! — Você perdeu a cena fora do tribunal. Como me esqueci de contar isso para você?

— Que cena? – perguntou Kathryn curiosa agora.

— Aquele traste inútil do Robin apareceu e não sei o que ele conversava com Regina, mas ele a segurava pelo braço. Loirão não perdeu tempo, saiu da pick-up correndo para acudir a Rê. – começou a contar – Ela deixou a pick-up ligada e praticamente no meio da rua.

— Sério? – indagou incrédula Nossa que eu perdi uma coisa dessa?

— Sim. – confirmou Ruby juntamente com um aceno de cabeça Foi muito bom ver Ema dando uma lição naquele almofadinha!

— E o que aconteceu?

Ruby abriu um sorriso – Bom, pedi para John ir atrás da Loirão, ao mesmo tempo que eu estacionei os dois veículos. Enquanto eu me aproximava vi Emma dando alguns socos no Robin, que muito provavelmente estava com o nariz quebrado e saiu correndo amedrontado quando eu cheguei perto.  – terminou.

Os olhos de Kathryn se arregalaram felizes – Não acredito que eu perdi essa cena fantástica.

— Perdeu Katy. – confirmou Ruby com um sorriso Agora eu vi tudo de camarote!

— Amanhã sem falta preciso conversar com Rê e saber essa história nos mínimos detalhes. – comentou a loira. Então olhou fixamente para sua esposa Boa jogada para tirar o foco, mas eu irei voltar e agora serei direta! — Mas tem algo que está lhe incomodando, quer falar sobre?

Ruby olhou rapidamente para a vista a sua frente, soltando um longo suspiro Droga! Achei que tinha conseguido despistá-la! Pelo visto não! Mas não tenho outra alternativa a não ser contar! — Está tão nítido assim? – questionou brincalhona.

— Praticamente como um luminoso em neon acima da sua cabeça. – respondeu Kathryn em tom de brincadeira também – Mas falando sério, agora o que lhe atormenta? – fez mais um carinho nas madeixas castanhas de sua esposa Me conte!

Ruby suspirou – Uma garotinha e a sua história... – respondeu.

— Quer me contar? – pediu Kathryn. Ruby assentiu em um breve aceno de cabeça.

— Quando fomos ao orfanato, eu acabei vendo essa garotinha, seu nome é Meghan... – começou – Ela estava isolada em um canto enquanto todos a sua volta brincavam ou conversavam, mas ela estava lá sozinha. – fez uma pausa – Depois quando já estávamos indo embora, essa mesma garotinha continuava do mesmo jeito no canto. Emma falou que era o canto que ela ficava quando criança, e o mesmo canto que viu Jú sentada triste. – Kathryn apenas a olhava em silêncio – Eu acabei perguntando quem era, e Úrsula me respondeu que era a Meghan, ela é amiga de Jú.

Aquela informação fez os olhos de Kathryn se abrirem imensamente – Sério? A nossa Jú? Filha da Emma e da Regina?

— Sim, a mesma. – confirmou Ruby.

— Mas ela não tinha sido adotada quando a Rê conheceu Jú e o Tom? – perguntou agora confusa. Ruby assentiu com a cabeça – O que ela faz de volta ao orfanato?

Outro suspiro fora dado por Ruby Uma história muito triste! — Ela tinha sido adotada, então eu perguntei se o casal havia devolvido a menina... – seus olhos começando a lacrimejar Muito parecida com a minha! — Como haviam feito com Emma, mas Úrsula me disse que não... – limpou a lágrima que desceu por seu rosto. Kathryn apenas esperou por sua esposa continuar – Ela acabou voltando para o orfanato, pois o casal que havia a adotado morreu em um acidente de carro em uma viagem de negócios. – explicou Igual aos meus pais!

Imediatamente a mão de Kathryn foi para a sua boca aberta em surpresa – Que coisa triste. – murmurou.

A morena assentiu – Ainda tem mais. – completou e Kathryn apenas esperou que sua esposa continuasse – Esse casal não tinha ninguém próximo que a menina pudesse ser criada, na realidade, ela tinha. A avó por parte de pai, mas a mulher se negou a ficar com a menina, pois ela não era filha biológica de seu filho e não a reconhecia como neta. – fez uma pausa e outra lágrima desceu por seu rosto Nessa parte eu posso me considerar uma mulher de muita sorte por minha avó me criar! — Assim sem ninguém para ficar e cuidar dela, Meghan acabou voltando para o orfanato. – terminou em um murmuro.

— Que crueldade essa mulher fez e disse para a criança. – comentou Kathryn horrorizada com a atitude da mulher – E essa menina e sua história mexeu com você, não meu amor? – disse olhando enternecida Pois são bem parecidas, mas com uma pequena diferença!

— Sim. – confirmou – Emma até me perguntou se eu queria ir conversar com Meghan, mas eu acabei não indo, pois havia sido pega de surpresa com a história dela e muito provavelmente não saberia o que conversar. Então você ligou falando do recesso do almoço e fomos embora do orfanato. – terminou a sua história.

Kathryn ficou alguns segundos ali analisando tudo que havia escutado, juntamente com todas as reações de sua esposa – Você quer ir amanhã conversa com ela? – perguntou carinhosamente Pois eu tenho quase certeza de que você quer!

Repentinamente os olhos de Ruby brilharam em esperança – Gostaria muito. – respondeu em um fio de voz Mas será que eu vou saber o que falar com ela? — Você vai comigo lá? – perguntou receosa – Se não quiser ir tudo bem.

— Claro que eu vou junto com você lá no orfanato amanhã. – Kathryn respondeu rapidamente – Nada me fará mais feliz do que lhe acompanhar em um coisa tão importante para você como essa. – sorriu.

— Obrigada. – falou Ruby abraçando sua esposa carinhosamente – Obrigada mesmo. – murmurou ao ouvido de sua loira.

Kathryn sorriu assim que soltou sua esposa e lhe beijou ternamente nos lábios – Acho que podemos ir dormir, afinal temos um compromisso importante amanhã cedo. – piscou para a veterinária que abriu um imenso sorriso iluminado e assentiu com um aceno de cabeça. Sem dizer mais nada as duas mulheres se levantaram e de mãos dadas caminharam sem pressa na direção do quarto. Ansiedade e expectativa preenchiam Ruby naquele momento, mas assim que as duas mulheres caíram na cama, a morena logo se aconchegou no abraço de sua loira para logo em seguida o sono tomar conta de suas mentes.

 


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Notas finais do capítulo

Tivemos um pouco da história de John. Quem acharia que ele viveu alguns anos viajando pelo país, ele não tem cara disso! O veredito do caso de Leopold e ele sendo preso. Kathryn arrasando, juntamente com Glinda, e a cena romântica de John e Glinda fora do tribunal. Zelena vibrando com a prisão do pai. Todos reunidos no restaurante de Ângela para um jantar comemorativo as vitórias, e as notícias começando a correr. Uma conversa de Kathryn e Ruby sobre Meghan. Alguém percebeu a pequena homenagem? Acho que não huhuhu Não vou falar agora, no próximo eu conto huhu Aaah e não, eu não pretendo trazer a mãe de Katy de volta para a história.

Sei que também não tivemos muito da família Swan-Queen, mas garanto que no decorrer da história não faltará momentos deles!!

Bom, o próximo capítulo será a audiência da themônia Lilith, esse julgamento me dará muito mais trabalho para escrever, uma vez que será bem diferente das duas audiências que já aconteceram, então já aviso de antemão que muito provavelmente irá demorar para sair o capítulo! Tenham um pouco de paciência comigo e não me abandonem ;)

Até a próxima!!


Link para curiosidade de quem quiser saber como era o carro de John quando jovem!!

http://epocadeclassicos.blogspot.com/2011/04/chevrolet-impala-307.html

PS: Las Vegas ficou conhecida como a cidade do pecado devido às inúmeras formas de lazer e entretenimento que a cidade oferece para os adultos, algo que verificamos com regularidade na literatura, cinematografia ou outro tipo de audiovisuais.

PS 2: A frase que a Kathryn fala ao final de seu discurso é de autoria de Cora Coralina, exceto as partes em itálico.