Nova Geração de Heróis escrita por lauragw


Capítulo 59
Antes só do que mal acompanhada.


Notas iniciais do capítulo

Notinhas galera lá no fim.



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Passei pelo porteiro que ignorou minha presença. O elevador já se encontrava na portaria, então entrei sem ser notada por ninguém. Assim que apertei o botão do sétimo andar, me virei para o espelho. Eu usava uma calça jeans escura e uma blusa branca, All Star, meu cabelo estava solto e minhas bochechas estavam rosadas por causa do calor que fazia ali dentro.

Cheguei no andar, e as duas portas estavam fechadas. O apartamento de James era o da direita. Um pouco sem graça levei minha mão a campainha, ouvindo o eco logo em seguida. Não tardou muito para que eu pudesse ouvir a movimentação de Jay atrás da porta. Ele abriu sorrindo. Vestia uma bermuda jeans e uma blusa pólo preta.

- Oi. – cumprimentei.

- Parabéns. – ele disse me puxando para um abraço.

- Obrigada. – dei um selinho nele.

- Vem quero te dar uma coisa. – ele falou me puxando pela mão assim que fechou a porta.

Atravessamos a sala, que tinha a televisão ligada em um canal qualquer e passava algum filme que não reconheci. Fomos direto para o quarto dele. Era um quarto relativamente grande. Tinha uma cama de casal com colchas azuis escuras. Cortinas brancas e paredes azuis. Um armario branco, uma bancada com o notebook tudo bem simples.

- Bonito aqui. – comentei sentando na cama.

- Obrigado. – ele respondeu indo mexer no armario.

Enquanto ele procurava uma coisa, eu olhava para o pequeno mural em cima da bancada onde tinha foto dele e de Oliver em todas as idades. Os dois tinham a mesma idade, no entanto, de mães gregas diferentes. Era incrível como os dois nunca se pareceram nem por um segundo.

- Aqui. – ele falou pegando uma caixa de veludo.

Olhou pra mim e sentou do meu lado na beirada da cama. Entregou-me a caixa e me olhou esperando que eu abrisse. Levei meus dedos até a beirada a fim de puxar e abrir a caixa. Tive uma pequena dificuldade mas logo consegui abrir. Era uma pulseira dourada com vários pingentes.

- É linda – falei levantando a altura dos meus olhos.

Havia um sol, uma flor, um “L” e um coração.

- Obrigada. – me joguei nele.

- De nada... – ele disse me abraçando e me beijando.

Logo o beijo foi ficando mais quente. Eu sentia o que James queria por trás daquilo e possivelmente era o que eu queria também. Aos poucos fomos deitando na cama, ele por cima de mim tomando cuidado para não depositar seu peso em cima de mim. O beijo não parou por nenhum momento cada vez mais quente e repleto de segundas intenções.

Ele inverteu as posições e colocou um braço na minha cintura. Sem pensar muito no que estava fazendo levei minhas mãos aos cabelos dele. A outra mão de Jay deslizava pela extensão do meu corpo. Seus dedos levantaram suavemente a barra da minha blusa. Fazendo eu sentir arrepios pela extensão da minha pele onde as pontas dos seus dedos tocavam. Sua boca passou para o meu pescoço dando beijos e mordidas. Ocupei-me de sua orelha mordendo o lóbulo de leve e sentido o gemido dele contra a minha pele.

Ele começou a subir a minha blusa até tirá-la por completo e voltando a beijar meu pescoço mas agora também se ocupava de meus ombros. Então comecei a subir sua camiseta, passando as unhas pelo seu abdômen e costas à medida que subia ela. Ele contraiu o abdômen e mordeu meu lábio inferior, antes que voltássemos a nos beijar novamente puxei sua camiseta a jogando do lado da cama.

Estávamos nos beijando quando senti os dedos dele enganchando no passador de cinto da minha calça. Aquilo pareceu me lembrar do que eu estava fazendo, antes que ele abrisse o botão da calça e eu ficasse apenas de lingerie, separei o beijo. Ele me olhou confuso mas logo tirou as mãos e voltou para as minhas costas. Sentei-me e ele fez uma careta de leve.

- Desculpa, Lola.  – ele me olhava culpado. – Eu não deveria ter tentado nada. Foi insensato desculpa mesmo. – ele falava me abraçando de lado.

- Eu sabia o que tava acontecendo, James. – falei num murmúrio. – Eu que preciso te pedir desculpa.

- Eu não to entendendo mais nada. – ele falava me estendendo minha blusa.

A vesti e esperei ele vestir a dele para retomar o assunto.

- James, desculpa. Eu não podia ter me deixado envolver com você. Você desperdiçou seis meses comigo. Você podia estar com uma garota que pode dar o que você quer, que... que não sou eu.

- Não estou entendendo mesmo. – ele comentou sorrindo.

- James, eu não posso mais. Antes que eu te faça sofrer mais, eu não posso mais continuar. Desculpa, eu me sinto culpada, mas eu não quero que você perca mais tempo comigo.

- Lola, se acalma. – ele falava me abraçando mais forte. – Eu não me arrependo de nada. Eu já sabia que uma hora isso ia acabar, mas por favor não se culpe. Nenhum de nós dois tem culpa.

- Você não tem culpa... – ele me interrompeu antes que eu continuasse.

- Nem você. Sabe por quê? – negaceei com a cabeça. – Porque você amar ainda ele não é sua culpa. Nós nos sentimos atraídos e começamos uma coisa, num momento não muito propicio. Estava fadado ao fracasso, mas tentamos. Fomos felizes pelos seis meses e não ouse negar.

- Não vou negar. – disse sorrindo.

- Ótimo. – ele me abraçou. – Você dorme ainda aqui, ou quer que eu te leve pra casa?

- Posso ficar? – perguntei receosa.

- Claro. – ele falava sorrindo. – Você ainda é minha melhor amiga. Então vamos assistir um filme, comer algumas besteiras que tem por aí, pedimos uma pizza e ocupamos nosso tempo.

Foi exatamente isso que fizemos, nos mantivemos distraídos até que o sono bateu, e dormimos por ali mesmo. Eu me sentia aliviada, James era perfeito, mas não era o cara que eu gostava. Nem senti a noite avançar, acordei com a claridade entrando pela janela. Levantei ignorando a dor forte nas minhas costas por ter dormido no sofá. Cuidei para não pisar em James que dormia no chão e fui até o banheiro. Lavei meu rosto e escovei os dentes. Guardei tudo na minha bolsa e voltei pra sala. James continuava dormindo. Peguei o bloquinho ao lado do telefone e escrevi um bilhete para não deixá-lo preocupado.

Abri a porta e entrei no elevador. Enquanto estava no mesmo mandei uma mensagem pra Flávia pedindo que ela viesse me buscar. Com certeza estava na hora de eu comprar um carro.

Assim que o elevador chegou ao térreo, abri a porta saindo logo em seguida, sem querer esbarrei em alguém.

- Olha por onde anda! – a voz masculina preencheu meus ouvidos.

- Oliver? – perguntei levantando a cabeça e olhando para o garoto.

- Lola! Desculpa. – ele falou breve dando passagem.

- Tudo bem. – falei e caminhei até o sofá do Hall.

Oliver veio atrás e se sentou do meu lado.

- Você não ia subir? – perguntei olhando pra ele.

- Ia, não vou mais. – ele falou dando de ombros. – Aconteceu alguma coisa?

- Terminamos. – eu falei breve.

- Oh, então James não é tão bom quando pensa na hora do vamos ver? – ele sorria abertamente.

- Na verdade, foi antes do vamos ver. – eu comentei.

- Esperava mais de você Lola. Prefere fazer as coisas descompromissada? – ele começou a rir.

- Oliver! – dei um tapa no seu braço – Não fizemos nada.

- Putz, mancada então me tirar do conforto da minha casa. – ele falou acariciando o braço.

- Por sinal, onde você dormiu? – perguntei curiosa.

- Na sua casa. – ele falou sorrindo.

- Sério?!

- Sim, e ao contrário do meu irmão... digamos que eu sou bom no que faço.

- Humilde. – comentei revirando os olhos. – Mas se você e a Clara... onde a Flávia está?

- No Dan... – ele comentou dando de ombros. – Aqueles dois já perderam a noção do certo e do errado, pobre Liam ficou na mesma casa que os dois.

- Hm... – murmurei qualquer coisa.

Antes que o silencio pudesse ficar constrangedor, ouvi a buzina adorável do carro da Flávia.

- É a minha carona. – comentei me levantando.

- Ok, vou subir. – ele falou se levantando também.

Corri até o carro da Flávia entrei no banco do carona e coloquei o cinto rapidamente.

- Bom dia. – falei sorrindo.

- Dia. – Flá disse já arrancando. – Tirar os outros da cama é sacanagem, Lola.

- São dez da manhã. – respondi olhando pra ela.

Usava um pijama de hipopótamos roxos, o cabelo estava num rabo mau preso e pude ver suas pantufas de cachorro da onde eu estava.

- Cedo. – ela respondeu entre um bocejo.

- Pra onde estamos indo? – perguntei olhando pra frente.

- Pra casa dos garotos. – ela respondeu. – Vamos pedir uma pizza, todos estão avisados.

- Ah... certo. – respondi breve.

O resto do caminho foi silencioso, Flávia estava tentando manter o seu sono para quando chegasse em casa se jogasse na cama sem pensar muito. Eu para evitar qualquer xingamento caso esse sono sumisse fiquei quieta ouvindo a musica do CD que ela tinha colocado e olhando pra fora.

Vi quando entramos no condomínio e passamos para a casa azul do fim da pequena rua. Flávia parou o carro e se jogou para fora arrastando os pés. Sorri e fui atrás dela. Passou a chave na porta e se jogou no sofá. Entrei atrás dela, tirei a chave da porta coloquei no aparador e fechei a porta.

- Lolinha! – Dan desceu as escadas.

Tinha acabado de tomar banho. Vestia uma bermuda e uma camiseta de manga curta, ambas pretas e um All Star branco. Tinha os cabelos loiros pingando e segurava uma toalha branca na mão.

- Hey Dan. – disse sentando no braço do sofá em que Flá apagara.

- Caramba, como a sua amiga dorme. – ele falou indo até a cozinha, provavelmente se dirigindo para a área.

- Você que deu um cansaço nela! – brinquei com ele, gritando de volta.

- Faço o que posso... – ele respondeu sorrindo de lado.

Bati na perna de Flávia com a intenção de acordá-la mas a morena só virou para o outro lado.

- Desiste. – Dan respondeu ligando a televisão num canal qualquer. – Flávia... – ele a chamou perto do ouvido. – Meu amor?

- Que? – ela disse se virando e olhando pra ele.

- Vai tomar um banho, e desce porque o pessoal deve ta chegando. – ele falava calmo.

- Ta certo. – ela falou arrastando os pés escada acima.

- Ela não tem concerto. – comentei me jogando para sentar no acento agora.

- Esse é o charme dela. – Dan provocou sentando do meu lado.

Engatamos uma conversa qualquer, quando a campainha tocou e Flávia gritou ao mesmo tempo lá de cima.

- ESQUECI MINHA TOALHA!

- Lola, atende a porta que eu vou ajudar ela. – ele pediu sorrindo malicioso.

- Nem vem, atende você a porta, porque senão vocês dois não descem mais. – eu respondi me levantando. – Eu a ajudo.

Subi as escadas correndo. Ouvi o barulho do chuveiro vindo de uma das portas e bati na mesma.

- Onde ta? – perguntei.

- No quarto do Dan. – ela respondeu breve.

Abri a porta do quarto do Dan e peguei a toalha rosa, de dentro da mochila vermelha. Voltei até o banheiro e joguei na mão dela.

- Obrigada! – ela gritou assim que fechei a porta.

Estava tão distraída que mal percebi quando bati em alguém.

- Oh me desculpe. – disse me virando. Eu andava esbarrando demais nas pessoas.

- Oi, Lola. – Liam disse me olhando.

Ele assim como o Dan provavelmente tinha acabado de sair do banho. A diferença? Liam estava só com uma calça jeans, a camisa no ombro e os cachos pingando água.

- Er... oi. – respondi assim que voltei a minha consciência.

Ele riu e vestiu a camiseta.

- Desculpa. – ele respondeu ainda sorrindo. – Tudo bem? – ele perguntou me encarando.

- Tudo. E você? Conseguiu dormir? – brinquei.

- Eles não fazem tanto barulho quanto pensam. E você? Soube que foi pro James.

- É. Eu preciso falar contigo. – falei antes que o assunto desandasse.

- Vamos até o meu quarto então. – ele disse caminhando de volta para o corredor e entrando na ultima porta da direita.

Entrei em seguida e encostei a porta.

O quarto era todo em preto, moveis brancos e cortina igualmente. A cama de casal era enorme e tinha uma colcha listrada de branco com preto. As paredes tinham quadros antigos em branco e preto. Tudo parecia monocromático, até que a parede oposta era repleta de fotos. Toda ela era um mural. Lindo e incrível. Havia fotos minhas, dos garotos, nossas, do grupo todo. Todo mundo tinha no mínimo umas 10 fotos ali.

- Fala. – ele disse se virando pra mim.

- Eu... terminei com o James. – comentei breve.

Ele não se pronunciou.

- A gente não fez nada se é isso que importa...

- Você não precisa dar explicações pra mim. – ele lembrou com uma voz serena.

- Eu estou fazendo porque quero. – respondi. – Só fale alguma coisa.

- Lola, você sabe quanto essa noticia é ótima pra mim. Você sabe que eu terminei com a Ashley há uma semana por sua causa. Sabe que todo esse tempo eu estou só esperando por isso. Só que eu estou esperando que você diga, mas...

- Pois é... eu sei de tudo isso, mas não sei se ficaremos juntos.

- Porque? Você não me ama mais? Não sente nada por mim?

Uma lágrima resolveu brincar no meu rosto escorrendo levemente até que eu a retirasse sem a menor delicadeza.

- Liam, eu sempre te amei, mas parece que isso nunca foi o suficiente. Não foi o suficiente pra você lembrar de mim enquanto ainda estávamos juntos. Pra não me trair.

- Eu estava bêbado, não lembro de nada. Não é minha culpa. – ele encolhia os ombros e falava baixo.

- Pode até ser, mas poxa, custava? Ia custar muito beber um pouco menos pra lembrar dos teus atos? Ia doer muito?! – eu falava agora já tão baixo quanto ele e segurava o choro.

- Eu não fiz. – ele falava baixo mas convicto. – Não naquela hora. Tenho certeza. Apenas a Ashley e os amigos dela dizem que sim, mas eu não fiz, algo me diz que eu não fiz.

- Algo te diz, Liam? – eu o encarava. – Ótimo. Agora consiga que esse algo diga algo para mim também.

- Eu não sei como. – ele falava derrotado.

- Descubra, eu sinto muito, mas preciso disso. – falei encostando a mão no seu ombro. – Não sabe o quanto dói, saber que pode ter sido verdade, e não estou disposta a ficar na duvida.

- Você me ama ainda? – ele disse levantando a cabeça e fazendo seus olhos violetas me encararem.

- Amo. – respondi. – Amo tanto, que não consigo ficar com outro. Só que não sou idiota o suficiente para deixar esse amor me cegar. Fico sozinha, mas não posso lidar com essa duvida.

- Eu vou dar um jeito. – ele levantou – Eu te amo, vou dar um jeito.

- Não brinca com os meus sentimentos dizendo isso. – eu falei num sussurro.

- Não to mentindo. – ele falou bem próximo. – Eu te amo, Lola.

Fechei os olhos com força deixando que as ultimas lágrimas caíssem. Ele beijou minhas bochechas e a ponta do meu nariz.

- Por favor... não... – e antes que eu fizesse qualquer coisa.

Sua boca quente de juntou com a minha, aos poucos pediu passagem e eu cedi. Levei minhas mãos até os seus cabelos enquanto nos beijávamos cada vez mais desejosos. Eu estava com saudade de tudo aquilo. Dei impulso e passei minhas pernas envoltas da sua cintura. Fazendo com que suas mãos apertassem minhas coxas para me dar sustentação.

Nos beijamos por mais um tempo até que nos separei. Liam soltou minhas pernas e eu corri em direção a porta. Virei pra trás e vi que seus olhos estavam em mim. Balancei a cabeça e sai do quarto. 


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Notas finais do capítulo

Tá bom, ok. Estou aceitando qualquer review hoje, se você é Lomes pode me xingar a vontade e se é Loliam, pode xingar mais ainda. Acho que ninguém ficou realmente feliz com isso tudo. Mas a gente soube um pouquinho mais dos nossos personagens co-principais como eu gosto de chamá-los. E ao que pareceu só nossa pequena Lola, é digamos inocente ainda. Então aviso super importante:A fic vai entrar em Hiatus. Eu vou explicar isso direitinho pra que ninguém vá pesquisar no Google e xingue a quinta geração da minha família. Então se você pesquisa no google aparece isso:"É quando uma obra literária (lê-se fanfic) fica sem atualização em um tempo, podendo nem ser concluída. Existem alguns motivos pra acontecer: ou o autor vai se dedicar a outra fic, ou quer dar um tempo na escrita"Então não é isso. Eu to indo viajar agora nas férias. Eu moro no RS então isso significa 15 dias. Mas que seja, vou no domingo e volto em duas semanas e pouco. Então esse tempo a fic vai ficar sem atualização. Ok. Eu sei que parei num momento bem inoportuno e meu plano era nem atualizar esse cap, mas fiquei pensando que todo mundo ia me xingar então escrevi essa parte. Espero que gostem, eu vou aproveitar a minha viagem e vocês aproveitem as suas férias onde quer que seja. Beijos, obrigada.



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